Catecismo Maior de Wstminster - Parte 2
R: As razões anexas ao terceiro mandamento, contidas nestas palavras: “O Senhor teu Deus”, e, “porque o Senhor não terá por inocente aquele que tomar em vão o seu nome”, são porque ele é o Senhor e nosso Deus, portanto o seu Nome não deve ser profanado nem por forma alguma abusado por nós; especialmente porque ele estará tão longe de absolver e poupar os transgressores deste mandamento, que não os deixará escapar de seu justo juízo, embora muitos escapem das censuras e punições dos homens.
Ref: Ex 20.7; Lv 19.12; Dt 28.58,59; I Sm 3.13;
115. Qual é o quarto mandamento?
R: O quarto mandamento é: “Lembra-te de santificar o dia de sábado. Trabalharás seis dias e farás neles tudo o que tens para fazer. O sétimo dia, porém, é o sábado do Senhor teu Deus. Não farás nesse dia obra alguma, nem tu, nem o teu filho, nem a tua filha, nem o teu servo, nem a tua serva, nem o teu animal, nem o peregrino que vive das tuas portas para dentro. Porque o Senhor fez em seis dias o céu, a terá, o mar e tudo o que neles há, e descansou ao sétimo dia: por isso o Senhor abençoou o dia sétimo e o santificou.”
Ref.: Ex 20.8-11
116. Que se exige no quarto mandamento?
R: No quarto mandamento exige-se que todos os homens santifiquem ou guardem santos para Deus todos os tempos estabelecidos, que Deus designou em sua Palavra, expressamente um dia inteiro em cada sete; que era o sétimo desde o princípio do mundo até à ressurreição de Cristo, e o primeiro dia da semana desde então, e há de assim continuar até ao fim do mundo; o qual é o sábado cristão, e que no Novo Testamento se chama Dia do Senhor.
Ref.: Is 56.2,4,6,7; Gn 2.3; I Co 16.2; Jo 20.19-27; Ap 1.10.
117. Como deve ser santificado o Sábado ou Dia do Senhor?
R: O Sábado, ou Dia do Senhor (=Domingo), deve ser santificado por meio de um santo descanso por todo aquele dia, não somente de tudo quanto é sempre pecaminoso, mas até de todas as ocupações e recreios seculares que são lícitos em outros dias; e em fazê-lo o nosso deleite, passando todo o tempo (exceto aquela parte que se deve empregar em obras de necessidade e misericórdia) nos exercícios públicos e particulares do culto de Deus. Para este fim havemos de preparar os nossos corações, e, com toda previsão, diligência e moderação, dispor e convenientemente arranjar os nossos negócios seculares, para que sejamos mais livres e mais prontos para os deveres desse dia.
Ref.: Ex 20.8,10; Ex 16.25,26; Jr 17.21,22; Mt 12.1-14; Lv 23.3; Lc 4.16; Lc 23.54-56;
118. Por que é o mandamento de guardar o sábado (=Dia do Senhor ou Domingo) mais especialmente dirigido aos chefes de família e a outros superiores?
R: O mandamento de guardar o sábado (=Dia do Senhor ou Domingo) é o mais especialmente dirigido aos chefes de família e a outros superiores, porque estes são obrigados não somente a guarda-lo por si mesmos, mas também fazer que seja ele observado por todos os que estão sob o seu cuidado; e porque são, às vezes, propensos e embaraça-los por meio de seus próprios trabalhos.
Ref.: Ex 23.12
119. Quais são os pecados proibidos no quarto mandamento?
R: Os pecados proibidos no quarto mandamento são: Toda omissão dos deveres exigidos, toda realização descuidosa, negligente e sem proveito, e o ficar cansado deles, toda profanação desse dia por ociosidade e por fazer aquilo que é em si pecaminoso, e por todas as obras, palavras e pensamentos desnecessários acerca de nossas ocupações e recreios seculares.
Ref.: Ex 22.26; Ez 33.31,32; Ml 1.13; Am 8.5; Ez 23.38; Jr 17.27; Is 58.13,14.
120. Quais são as razões anexas ao quarto mandamento, para lhe dar maior força?
R: As razões anexas ao quarto mandamento, para lhe dar maior força são tiradas da equidade dele, concedendo-nos Deus seis dias de cada sete para os nossos afazeres, e reservando apenas um para si, nestas palavras: “Seis dias trabalharás e farás tudo o que tens para fazer”, de Deus exigir uma propriedade especial nesse dia: “O sétimo dia é o sábado do Senhor teu Deus”, do exemplo de Deus, que “em seis dias fez o céu e a terra, o mar e tudo o que neles há, e descansou no dia sétimo”; e da bênção que Deus conferiu a esse dia, não somente santificando-o para ser um dia santo para o seu serviço, mas também determinando-o para ser um meio de bênção para nós em santifica-lo: “portanto o Senhor abençoou o dia de sábado e o santificou.”
Ref.: Ex 20.9,10; Ex 20.11;
121. Por que a expressão “lembra-te” se acha colocada no princípio do quarto mandamento?
R: A expressão “lembra-te” se acha colocada no princípio do quarto mandamento, em parte devido ao grande benefício que há em nos lembrarmos dele, sendo nós assim ajudados em nossa preparação para guarda-lo; e porque, em o guardar, somos ajudados a guardar melhor todos os mais mandamentos, e a manter uma grata recordação dos dois grandes benefícios da criação e da redenção, que contém em si a breve súmula da religião; e em parte porque somos propensos a esquecer-nos desde mandamento, visto haver menos luz da natureza para ele, e restringir nossa liberdade natural quanto a coisas permitidas em outros dias; porque esse aparece somente uma vez em cada sete, e muitos negócios seculares intervém e muitas vezes nos impedem de pensar nele, seja para nos prepararmos para ele, seja para o santificarmos; e porque Satanás, com os seus instrumentos, se esforça para apagar a glória e até a memória desde dia, para introduzir a irreligião e a impiedade.
Ref.: Ex 20.8; Ex 16.23; Ez 20.12,20; Gn 2.2,3; Sl 118.22,24; Nm 15.37,38.40;Ex 34.21; Lm 1.7; Ne 13.15-23, Jr 17.21-23;
122. Qual é o resumo dos seis mandamentos que encerram o nosso dever para com o homem?
R: O resumo dos seis mandamentos que encerram o nosso dever para com o homem, é amar o nosso próximo como a nós mesmos, e a fazer aos outros aquilo que desejamos que eles nos façam.
Ref.: Mt 22.39; Mt 7.12.
123. Qual é o quinto mandamento?
R: O quinto mandamento é: “Honrarás a teu pai e a tua mãe, para teres uma longa vida sobre a terra que o Senhor teu Deus te há de dar.”
Ref.: Ex 20.12
124. Que significam as palavras “pai” e “mãe”, no quinto mandamento?
R: As palavras “pai” e “mãe”, no quinto mandamento, abrangem não somente os próprios pais, mas também todos os superiores em idade e dons, especialmente todos aqueles que, pela sua ordenação de Deus, estão colocados sobre nós em autoridade, quer na Família, quer na Igreja, quer no Estado.
Ref.: Pv 23.,25; Gn 4.20,21; II Rs 5.13; Gl 4.19; Is 49.23.
125. Por que são os superiores chamados “pai” e “mãe”?
R: Os superiores são chamados “pai” e “mãe” para lhes ensinar que, em todos os deveres para com os seus inferiores, devem eles, como verdadeiros pais, mostrar amor e ternura para com aqueles, conforme as suas diversas relações, e para levar os inferiores a cumprirem os seus deveres para com os seus superiores, pronta e alegremente, como se estes fossem seus pais.
Ref.: Ef 6.4; I Co 4.14-16;
126. Qual é o alcance geral do quinto mandamento?
R: O alcance geral do quinto mandamento é o cumprimento dos deveres que mutuamente temos uns para com os outros em nossas diversas relações como inferiores, superiores ou iguais.
Ref.: Ef 5.21; I Pe 2.17; Rm 12.10.
127. Qual é a honra que os inferiores devem aos superiores?
R: A honra que os inferiores devem aos superiores é toda a devida reverência sincera, sem palavras e em procedimento, a oração e ações de graças por eles; a imitação de suas virtudes e graças; a pronta obediência aos seus mandamentos e conselhos legítimos; a devida submissão às suas correções; a fidelidade, a defesa, a manutenção de suas pessoas e autoridade, conforme os seus diversos graus e a natureza de suas posições; suportando as suas fraquezas e encobrindo-as com amor, para que sejam uma honra para eles e para o seu governo.
Ref.: Ml 1.6; Pv 31.38,29; Lv 19.32; I Tm 2.1,2; Hb 13.7; Ef 6.1,2; I Pe 2.13,14; Hb 12.9; I Pe 2.18-20; Tt 2.9,10; I Sm 26.15,16; Mt 22.21; Rm 13.6,7; I Tm 5.17,18; Gn 9.23; Sl 127.3-5; Pv 31.23.
128. Quais são os pecados inferiores contra os seus superiores?
R: Os pecados dos inferiores contra os seus superiores são: toda negligência dos deveres exigidos para com eles; a inveja, o desprezo e a rebelião contra suas pessoas e posições, em seus conselhos, mandamentos e correções legítimos; a maldição, a zombaria e todo comportamento rebelde e escandaloso, que vem a ser uma vergonha e desonra para eles e para o seu governo.
Ref.: Mt 15.5,6; Sl 106.16; I Sm 8.7; Ex 21.15; I Sm 10.27; I Sl 2.25; Dt 21.18,20,21; Pv 30.11,17; Pv 19.26.
129. Que se exige dos superiores para com os seus inferiores?
R: Exige-se dos superiores, conforme o poder que recebem de Deus e a relação em que se acham colocados, que amem os seus inferiores, que orem por eles e os abençoem; que os instruam, aconselhem e admoestem, aprovando, animando e recompensando os que fazem o bem, e reprovando, repreendendo e castigando os que fazem o mal; protegendo-os e provendo-lhes tudo o que é necessário para a alma e o corpo; e que, por um procedimento sério, prudente, santo e exemplar glorifiquem a Deus, honrem-se a si mesmos, e assim preservem a autoridade com que Deus os revestiu.
Ref.: Cl 3.19; Tt 2.4; I sm 12.23; Jô 1.5; I Rs 8.55,56; Dt 6.6,7; Ef 6.4;I Pe 3.7; Rm 13.3; Rm 13.4; Pv 29.15; I Tm 5.8; I tm 4.12; I Rs 3.28; tt 2.15.
130. Quais são os pecados superiores?
R: Os pecados dos superiores, além da negligência dos deveres que lhe são exigidos, são a ambição incontrolável, a busca desordenada da própria glória, repouso, proveito ou prazer; a exigência de coisas ilícitas ou fora do alcance de os inferiores poderem realizar; aconselhando, encorajando ou favorecendo-os naquilo que é mau; dissuadindo, desanimando ou reprovando-os naquilo que é bom; corrigindo-os indevidamente; expondo-os descuidadosamente ao dano, à tentação e ao perigo; provocando-os à ira, ou de alguma forma desonrando-se a si mesmos, ou diminuindo a sua autoridade por um comportamento injusto, indiscreto, rigoroso ou negligente.
Ref.: Ex 34,2,4; Fp 2.21; Jo 5.4; Is 56.10,11; At 4.18; Mt 23.2,4; Mt 14.8; Jr 5.30,31; Jr 6.13,14; Jo 7.46-48; I Pe 2.19,20; Lv 19.29; Ef 6.4; I Rs 12.13,14.
131. Quais são os deveres dos iguais?
R: Os deveres dos iguais são o considerar a dignidade e o merecimento uns dos outros, tendo cada um aos outros por superiores; e o alegar-se com os dons e a promoção uns dos outros como sendo de si mesmos.
Ref.: I Pe 2.17; Rm 12.10; Rm 12.15,16.
132. Quais são os pecados dos iguais?
R: Os pecados dos iguais, além da negligência dos deveres exigidos, são a depreciação do merecimento, a inveja dos dons, a tristeza causada pela promoção ou prosperidade dos outros, e a usurpação da preeminência que uns têm sobre outros.
Ref.: Rm 13.8; Pv 13.21; At 7.9; Nm 12.2; I Jo 3.12; Mt 20.15; Lc 15.28,29; Mt 20.25-27; Lc 22.24-26.
133. Qual é a razão anexa ao quinto mandamento para lhe dar maior força?
R: A razão anexa ao quinto mandamento, para lhe dar maior força, contida nestas palavras: “para que se prolonguem os teus dias na terra que o Senhor teu Deus te dá”, é uma promessa de longa vida e prosperidade, tanto quanto sirva para a glória de Deus e para o bem de todos quantos guardem este mandamento.
Ref.: Ex 20.12; Ef 6.2,3; Dt 5.16; I Rs 8.25.
134. Qual é o sexto mandamento?
R: O sexto mandamento é: “não matarás.”
Ref.: Ex 20.13
135. Quais são os deveres exigidos no sexto mandamento?
R: Os deveres exigidos no sexto mandamento são todo empenho cuidadoso e todos os esforços legítimos para a preservação de nossa vida e a de outros, resistindo a todos os pensamentos e propósitos, subjugando todas as paixões e evitando todas as ocasiões, tentações e práticas que tendem a tirar injustamente a vida de alguém por meio de justa defesa dela contra a violência; por paciência em suportar a mão de Deus; sossego mental, alegria de espírito e uso sóbrio da comida, bebida, remédios, sono, trabalho e recreios; por pensamentos caridosos, amor, compaixão, mansidão, benignidade, bondade, comportamento e palavras pacíficos, brandos e corteses, a longanimidade e prontidão para se reconciliar, suportando pacientemente e perdoando as injúrias, dando bem por mal, confortando e socorrendo os aflitos, e protegendo e defendendo o inocente.
Ref.: Ef 5.29; Sl 82.4; Mt 5.22; Jr 26.15,16; Ef 4.26; Pv 22.24,25; I Sm 25.32,33, Pv 1.10,11,15; I Rs 21.9,10,19; Gn 37.21,22; I Sm 24.12; I Sm26.9-11; Pv 24.11,12; I Sm 14.45; Lc 21.19; Hb 12.5; Sl 37.8,11; Pv 17.22; Pv 23.20; Pv 23.29,30; Mt 9.12; Sl 127.2; II Ts 3.10,12; Mc 6.31; I Tm 4.8; I Co 13.4,5, I Sm 19.4,5; Rm 13.10; Zc 7.9; Cl 3.12; Rm 12.18; I Pe 2.20; Rm 12.20,21; Mt 5.24; I Ts 5.14; Mt 25.35,36; Pv 31.8,9; Is 58.7.
136. Quais são os pecados proibidos no sexto mandamento?
R: Os pecados proibidos no sexto mandamento são: o tirar a nossa vida ou a de outrem, exceto no caso de justiça pública, guerra legítima, ou defesa necessária; a negligência ou retirada dos meios lícitos ou necessários para a preservação da vida; a ira pecaminosa, o ódio, a inveja, o desejo de vingança; todas as paixões excessivas e cuidados demasiados; o uso imoderado de comida, bebida, trabalho e recreios; as palavras provocadoras, a opressão, a contenda, os espancamentos, os ferimentos e tudo o que tende à destruição da vida de alguém.
Ref.: At 16.28; Gn 9.6; Nm 35.31,33; Hb 11.32-34; Ex 22.2; Mt 25.42,43; Mt 5.22; I Jo 3.15; Pv 14.30; Rm 12.19; Tg 4.1; Mt 6.31,34; Lc 21.34; Ex 20.9.10; I Pe 4.3,4; pv 15.1; Pv 12.18; Is 3.15; Nm 35.16; Pv 28.17.
137. Qual é o sétimo mandamento?
R: O Sétimo mandamento é: “Não adulterarás.”
Ref.: Ex 20.14
138. Quais são os deveres exigidos no sétimo mandamento?
R: Os deveres exigidos no sétimo mandamento são: castidade no corpo, mente, afeições, palavras e comportamento; e a preservação dela em nós mesmos e nos outros; a vigilância sobre os olhos e todos os sentidos, a temperança, a conservação da sociedade de pessoas castas, a modéstia no vestuário, o casamento daqueles que não têm o dom da continência, o amor conjugal e a coabitação, o trabalho diligente em nossas vocações, o evitar todas as ocasiões de impurezas e resistir às suas tentações.
Ref.: I Ts 4.4,5; Ef 4.29; Cl 4.6; i Pe 3.2, I Co 7.2; Mt 5.28; Pv 23.31,33; Jr 5.7; Pv 2.16,20; I Co 5.9; I Tm 2.9; I Co 7.9; Pv 5.18,19; I Pe 3.7; I Co 7.5; I Tm 5.13,14; Pv 31.27; Pv 5.8.
139. Quais são os pecados proibidos no sétimo mandamento?
R: Os pecados proibidos no sétimo mandamento, além da negligência dos deveres exigidos, são: adultério, fornicação, rapto, incesto, sodomia e todas as concupiscências desnaturais, todas as imaginações, pensamentos, propósitos e afetos impuros; todas as comunicações corruptas ou torpes, ou o ouvir as mesmas; os olhares lascivos, o comportamento imprudente ou leviano; o vestuário imoderado, a proibição de casamentos lícitos e a permissão de casamentos ilícitos; o permitir, tolerar ou ter bordéis e a frequentação deles, os votos embaraçadores de celibato; a demora indevida de casamento; o ter mais que uma mulher ou mais que um marido ao mesmo tempo; o divórcio ou o abandono injusto; a ociosidade, a glutonaria, a bebedice, a sociedade impura; cânticos, livros, gravuras, danças, espetáculos lascivos e todas as demais provocações à impureza, ou atos de impureza, quer em nós mesmos, quer nos outros.
Ref.: Pv 5.7; Pv 4.23,27; Hb 13.4; Gl 5.19; II Sm 13.14; Mc 6.18; I Co 5.1,13; Rm 1.26,27; Lv 20.15,16; Mt 15.19; Ef 5.3,4; Pv 7.5,21; Is 3.16; II Pe 2.14; Pv 7.10,13,14; I Tm 4.3; II Rs 23.7; Lv 19.29; Jr 5.7; Mt 19.10-12; I Tm 5.14,15; Mt 19.5; Mt 5.32; I Co 7.12,13; Ez 16.49; Ef 5.11; Rm 13.13; Rm 13.14.
140. Qual é o oitavo mandamento?
R: O Oitavo mandamento é: “Não furtarás.”
Ref.: Ex 20.15.
141. Quais são os deveres exigidos no oitavo mandamento?
R: Os deveres exigidos no oitavo mandamento são: a verdade, a fidelidade e a justiça nos contratos e no comércio entre os homens, dando a cada um o que lhe é devido; a restituição de bens ilicitamente tirados de seus legítimos donos; a doação e a concessão de empréstimos, livremente, conforme as nossas forças e as necessidades de outrem; a moderação de nossos juízos, vontades e afetos, em relação às riquezas deste mundo; o cuidado e empenho providentes em adquirir, guardar, usar e distribuir aquelas coisas que são necessárias e convenientes para o sustento de nossa natureza, e que condizem com a nossa condição; o meio lícito de vida e a diligência no mesmo; a frugalidade; o impedimento de demandas forenses desnecessárias e fianças, ou outros compromissos semelhantes; e o esforço por todos os modos justos e lícitos para adquirir, preservar e adiantar a riqueza e o estado exterior, tanto de outros como o nosso próprio.
Ref.: Sl 15.2,4; Rm 13.7; Lv 6.4,5; Dt 15.7,8,10; I Tm 6.8,9; I Tm 5.8; Pv 27.23,24; I Tm 6.17,18; Ef 4.28; Rm 12.5-8; Pv 10.4; Rm 12.11; Pv 12.27; Pv 21.20; I Co 6.7; Pv 11.15; Lv 25.25.
142. Quais são os pecados proibidos no oitavo mandamento?
R: Os pecados proibidos no oitavo mandamento, além da negligência dos deveres exigidos, são: o furto, o roubo, o tráfico de seres humanos e a recepção de qualquer coisa furtada; as transações fraudulentas e os pesos e medidas falsos; a remoção de marcos de propriedade, a injustiça e a infidelidade em contratos entre os homens ou em questões de confiabilidade; a opressão, a extorsão, a usura, o suborno, as vexatórias demandas forenses, o cerco injusto de propriedades e a desapropriação, a acumulação de gêneros para encarecer o preço; os meios ilícitos de vida, e todos os outros modos injustos e pecaminosos de tirar ou de reter de nosso próximo aquilo que lhe pertence, ou de nos enriquecer a nós mesmos; a cobiça, a estima e o amor desordenado aos bens mundanos, a desconfiança, a preocupação excessiva e o empenho em obtê-los, guarda-los e usar deles; a inveja diante da prosperidade de outrem; assim como a ociosidade, a prodigalidade, o jogo dissipador e todos os outros modos pelos quais indevidamente prejudicamos o nosso próprio estado exterior, e o ato de defraudar a nós mesmos do devido uso e conforto da posição em que Deus nos colocou.
Ref.: Pv 23.21; Ef 4.28; Sl 62.10; I Tm 1.10; Pv 29.24; I Ts 4.6; Pv 11.1; Dt 19.14; Am 8.5; Lc 16.11,12; Ez 22.29; Lv 25.17; Mt 23.25; Is 33.15; Pv 3.30; Is 5.8; Pv 11.26; At 19.19; Tg 5.4; Lc 12.15; I Jo 2.15,16; Mt 6.25,34; Sl 73.3; II Ts 3.11; Pv 21.17; Dt 12.7;.
143. Qual é o nono mandamento?
R: O nono mandamento é: “Não dirás falso testemunho contra o teu próximo.”
Ref.: Ex 20.16
144. Quais são os deveres exigidos no nono mandamento?
R: Os deveres exigidos no nono mandamento são: conservar e promover a verdade entre os homens e a boa reputação de nosso próximo, assim como a nossa; evidenciar e manter a verdade, e de coração, sincera, livre, clara e plenamente falar a verdade, somente a verdade, em questões de julgamento e justiça e em todas as mais coisas, quaisquer que sejam; considerar caridosamente os nossos semelhantes; amar, desejar e ter regozijo pela sua boa reputação; entristecer-nos pelas suas fraquezas e encobri-las, e mostrar franco reconhecimento dos seus dons e graças; defender sua inocência; receber prontamente boas informações a seu respeito e rejeitar as que são maldizentes, lisonjeadoras e caluniadoras; prezar e cuidar de nossa boa reputação e defende-la quando for necessário; cumprir as promessas lícitas; empenhar e praticar tudo o que é verdadeiro, honesto, amável e de boa fama.
Ref.: Ef 4.25; III Jo 12; Pv 31.9; Sl 15.2; Jr 9.3; Jr 42.4; At 20.27; Lv 19.15; Cl 3.9; Hb 6.9; III Jo 4; II Co 12.21; Pv 17.9; I Co 1.4,5; Sl 82.3; I Co 13.4-7; Sl 15.3; Pv 25.23; Pv 26.24,25; Sl 101.5; II Co 11.18,23; Sl 15.4; Fp 4.8.
145. Quais são os pecados proibidos no nono mandamento?
R: Os pecados proibidos no nono mandamento são: tudo quando prejudica a verdade e a boa reputação de nosso próximo, bem assim a nossa, especialmente em julgamento público, o testemunho falso, subornar testemunhas falsas; aparecer e pleitear cientemente a favor de uma causa má; resistir e calcar à força a verdade, dar sentença injusta, chamar o mau, bom e o bom, mau; recompensar os maus segundo a obra dos justos e os justos segundo a obra dos maus; falsificar firmas, suprir a verdade e silenciar indevidamente em uma causa justa; manter-nos tranqüilos quando a iniqüidade reclama a repreensão de nossa parte, ou denunciar outrem, falar a verdade inoportunamente, ou com malícia, para um fim errôneo; pervertê-la em sentido falso, ou proferi-la duvidosa e equivocadamente, para prejuízo da verdade ou da justiça; falar inverdades; mentir, caluniar, maldizer, depreciar, tagarelar, cochichar, escarnecer, vilipendiar, censurar temerária e asperamente ou com parcialidade, interpretar de maneira má as intenções, palavras e atos de outrem, adular e vangloriar, elogiar ou depreciar demasiadamente a nós mesmos ou a outros, em pensamentos ou palavras; negar os dons e as graças de Deus; agravar as faltas menores; encobrir, desculpar e atenuar os pecados quando chamados a uma confissão franca; descobrir desnecessariamente as fraquezas de outrem e levantar boatos falsos; receber e acreditar em rumores maus e tapar os ouvidos a uma defesa justa; suspeitar mau; invejar ou sentir tristeza pelo crédito merecido de alguém; esforçar-se ou desejar o prejuízo de laguem; regozijar-se na desgraça ou na infâmia de alguém; a inveja ou tristeza pelo crédito merecidos de outros; prejudicar; o desprezo escarnecedor; a admiração excessiva de outrem; a quebra de promessas legítimas; a negligência daquelas coisas que são de boa fama; praticar ou não evitar aquelas coisas que trazem má fama, ou não impedir, em outras pessoas, tais coisas, até onde pudermos.
Ref.: Lc 3.14; Lv 19.15; Pv 19.5; At 6.13; Jr 9.3; Pv 17.15; Is 5.23; I Rs 21.8; Lv 5.1; Lv 19.17; Is 59.4; Pv 29.11; I Sm 22.9,10; Sl 56.5; Gn 3.5; Is 59.13; Cl 3.9; Sl 50.20; Sl 15.3; Tg 4.11; Lv 19.16; Rm 1.29; Is 28.22; I Co 6.10; Mt 7.1; Tg 2.13; Jo 7.24; Rm 3.8; Sl 12.2,3; II Tm 3.2; Lc 18.11; Is 29.20,21; Gn 3.12,13; Pv 25.9; Ex 23.1; Jr 20.10; At 7.57; I Co 13.4,5; Mt 21.15; Dn 6.3,4; Jr 48.27; Mt 27,28; I Co 3.21; Rm 1.31; II Sm 12.14; Fp 3.18,19.
146. Qual é o décimo mandamento?
Ref.: Ex 20.17
147. Quais são os deveres exigidos no décimo mandamento?
Ref.: Hb 13.5; Rm 12.15; Fp 2.4, I tm 1.5.
R: Os pecados proibidos no décimo mandamento são: o descontentamento com o nosso estado; a inveja e a tristeza pelo bem de nosso próximo, juntamente com todos os desejos e afetos desordenados para com qualquer coisa que lhe pertença.
Ref.: I Co 10.10; Gl 5.26; Sl 112.9,10; Rm 7.7; Dt 5.21; Cl 3.5; Rm 13.9.
R: Nenhum homem, por si mesmo, ou por qualquer graça que receba nesta vida, é capaz de guardar perfeitamente os mandamentos de Deus; mas diariamente os viola por pensamentos, palavras e obras.
Ref.: Tg 3.2; I Rs 8.46; Sl 17.15; I Jo 1.8; I Jo 2.6; Gn 8.21; Tg 1.14; Sl 19.12; Tg 3.2,8.
150. São todas as transgressões da lei de Deus igualmente odiosas em si mesmas à vista de Deus?
Ref.: Hb 2.2,3; Ed 9.14; Sl 78.17,32,56.
151. Quais são as circunstâncias agravantes que tornam alguns pecados mais odiosos do que outros?
R: Alguns pecados se tornam mais agravantes:
1º »
Ref.: Jr 2.8; I Rs 11.9; II Sm 12.14; I Co 5.1; Tg 12.47; Jo 3.10; II Sm 12.7-9; Ez 8.11,12; Rm 2.21,22,24; Gl 2.14.
2º » Em razão das pessoas ofendidas, se as ofensas forem diretamente contra Deus, seus atributos e culto, contra Cristo e sua graça; contra o Espírito Santo, seu testemunho e operações; contra superiores, pessoas eminentes e aqueles a quem estamos especialmente relacionados e a quem devemos favores; contra os santos, especialmente contra os irmãos fracos; contra as suas almas ou as de quaisquer outros, e contra o bem geral de todos ou de muitos.
Ref.: I Jo 5.10; Mt 21.38,39; I Sm 2.25; Rm 2.4; Mt 1.14; I Co 10.21,22; Jo 3.18,36; Hb 6.4-6; Hb 10.29; Mt 12.31,32; Ef 4.30; Nm 12.8; Pv 30.17; Zc 2.8; I Co 8.11,12; I Ts 2.15,16; Mt 23.34-38.
3º » Pela sua natureza e qualidade de ofensa, se for contra a letra expressa da lei, se violar muitos mandamentos, se contiver em si muitos pecados; se for concebida não só no coração, mas manifestar-se em palavras e ações, escandalizar a outrem e não admitir reparo algum; se for contra os meios, misericórdias, juízos, luz da natureza, convicção da consciência, admoestação pública ou particular, censuras da igreja, punições civis; se for contra as nossas orações, propósitos, promessas, votos, pactos, obrigações a Deus ou aos homens; se for feita deliberada, voluntária, presunçosa, imprudente, jactanciosa, maliciosa, freqüente, e obstinadamente, com displicência, persistência, reincidência, depois do arrependimento.
Ref.: Ez 20.12,13; Cl 3.5; Mq 2.1,2; Rm 2.23,24; Pv 6.32-35; Mt 11.21-24; Dt 32.6; Jr 5.13; Rm 1.20,21; Pv 29.1; Rm 13.1-5; Sl 78.34,36,37; Jr 42.20-22; Sl 36.4; Nm 15.30; Ez 35.5,6; Nm 14.22,23; Zc 7.11,12; Pv 2.14; Jr 9.3,5; II Pe 2.20,21; Hb 6.4,6.
4º) Pelas circunstâncias de tempo e de lugar, se for no dia do Senhor ou em outros tempos de culto divino, imediatamente antes, depois destes ou de outros auxílios para prevenção ou remédio contra tais quedas; se em público ou em presença de outros que são capazes de ser provocados ou contaminados por essas transgressões.
Ref.: Is 22.12-14; Jr 7.10,11; Ez 23.38; Is 58.3,4; I Co 11.20,21; Pv 7.14,15; Ne 9.13-16; Is 3.9; I Sm 2.22-24.
Ref.: Tg 2.10,11; Ml 1.14; Dt 32.6; Hc 1.13; I Pe 1.15,16; Lv 11.45; I Jo 3.4; Gl 3.10; Ef 5.6; Pv 13.21; Mt 25.41; Rm 6.21,23; Hb 9.22; I Jo 1.7; I Pe 1.18,19.
R: Para escaparmos à ira e maldição de Deus, em que incorremos pela transgressão da lei, ele exige de nós o arrependimento para com Deus, a fé em nosso Senhor Jesus Cristo e o uso diligente de todos os meios exteriores pelos quais Cristo nos comunica os benefícios de sua mediação.
Ref.: At 20.21; Mc 1.15; Jo 3.18
Vejam-se os textos citados sob a questão 154.
Ref.: Mt 28.19-20; At 2.42,46; I Tm 4.16; I Co 1.21; Ef 5.19,20; Ef 6.17,18.
Ref.: Jr 23.28,29; Hb 4.12; At 17.11,12; At 26.18; At 2.37,41; II Co 3.18; II Co 10.4,5; Rm 6.17; Sl 19.11; Cl 1.28; Ef 6.16,17; Mt 4.7,10; Ef 4.11,12; II Tm 3.15-17; Rm 16.25; I Ts 3.2,13; Rm 10.14-17.
R: Embora não seja permitido a todos lerem a Palavra publicamente à congregação, contudo os homens de todas as condições têm obrigação de lê-la em particular para si mesmos e com as suas famílias, e para este fim as Santas Escrituras devem ser traduzidas das línguas originais para as línguas vulgares.
Ref.: Dt 17.18,19; Is 34.16; Dt 6.6,7; Sl 78.5,6; I Co 14.18,19.
R: As Santas Escrituras devem ser lidas com um alto e reverente respeito; com firme persuasão de serem elas a própria Palavra de Deus e de que somente ele pode habilitar-nos e entende-las; com desejo de conhecer, crer e obedecer à vontade de Deus nelas revelada; com diligência e atenção ao seu conteúdo e propósito; com meditação, aplicação, abnegação e oração.
Ref.: Ls 119.97; I Ts 2.13; II Pe 1.16-21; Sl 119.18; Lc 24.44-48; Tg 1.21.22; I Pe2.2; At 17.11; At 8.30,34; Mt 13.23; Sl 1.2; At 2.38,39; II Cr 34.21; Gl 1.15,16; Sl 119.18.
R: A Palavra de Deus deve ser pregada somente por aqueles que têm dons suficientes, e são devidamente aprovados e chamados para o ministério.
Ref.: I Tm 3.2,6; II Tm 2.2; Ml 2.7; Rm 10.15; I Co 12.28,29; I Tm 4.14.
Tt 2.1,7,8; At 18.25; II Tm 4.2; I Co 14.9; I Co 2.4; Jr 23.28; I Co 4.1,2; At 20.27; Cl 1.28; II Tm 2.15; I Co 3.2; Hb 5.12-14; At 18.25; II Tm 4.5; II Co 5.13,14; II Co 3.12; II Co 4.2; Jo 7.18; I Co 9.19-22; II Co 12.19; I Tm 4.16; At 26.16-18.
Ref.: Lc 8.18; I Pe 2.1,2; Sl 119.18; At 17.11; Hb 4.12; II Ts 2.10; Tg 1.21; At 17.11; I Ts 2.13; Hb 2.1; Dt 6.6-7; Sl 119.11; Lc 8.15.
Ref.: I Pe 3.21; At 8.13,23; I Co 3.7; I Co 6.11.
R: Um sacramento é uma santa ordenança instituída por Cristo em sua Igreja, para significar, selar e conferir àqueles que estão em pacto da graça os benefícios da mediação de Cristo, para os fortalecer e lhes aumentar a fé em todas as mais graças, e os obrigar à obediência, para testemunhar e nutrir o seu amor e comunhão uns para com os outros, e para distingui-los dos que estão fora.
Ref.: Mt 28.20; Rm 4.11; I Co 11.24,25; Rm 9.8; At 2.38; I Co 11.24-26; Rm 6.4; I Co 12.13; I Co 10.21.
As partes de um sacramento são duas: uma, um sinal exterior e sensível usado segundo a própria instituição de Cristo, a outra, uma graça inferior e espiritual significada pelo sinal.
Ref.: Veja-se Confissão de Fé, Cap. XXVII e as passagens ali citadas.
R: Sob o Novo Testamento, Cristo instituiu em sua Igreja somente dois sacramentos: o Batismo e a Ceia do Senhor.
Ref.: Mt 28.19; I Co 11.23-26¸Mt 26.26,27.
R: Batismo é um sacramento do Novo Testamento no qual Cristo ordenou a lavagem com água em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, para ser um sinal e selo de nos unir a si mesmo, da remissão de pecados pelo seu sangue e da regeneração pelo seu Espírito; da adoção e ressurreição para a vida eterna; e por ele os batizando são solenemente admitidos à Igreja visível e entram em um comprometimento público, professando pertencer inteira e unicamente ao Senhor.
Ref.: Mt 28.19; Gl 3.27; Rm 6.3; At 22.16; Mc 1.4; Jo 3.5; Gl 3.26-27; I Co 15.29; At 2.41; Rm 6.4.
O Batismo não deve ser ministrado aos que estão fora da Igreja visível, e assim estranhos aos pactos da promessa, enquanto não professarem a sua fé em Cristo e obediência a Ele; porém as crianças, cujos pais, ou um só deles, professarem fé em Cristo e obediência a ele, estão, quanto a isto, dentro do pacto e devem ser batizadas.
Ref.: At 2.41; At 2.38,39; I Co 7.14; Lc 18.16; Rm 11.16; Gn 17.7-9; Cl 2.11,12; Gl 3.17,18,29.
R: O dever necessário, mas muito negligenciado, de tirar proveito de nosso Batismo deve ser cumprido por nós durante toda a nossa vida, especialmente no tempo de tentação, quando assistimos à administração desse sacramento a outros, por meio de séria e grata consideração da sua natureza e dos fins para os quais Cristo o instituiu, dos privilégios e benefícios conferidos e selados por ele e do voto solene que nele fizemos por meio de humilhação devida à nossa corrupção pecaminosa, às nossas falhas, e ao andarmos contrários à graça do Batismo e aos nossos votos; por crescermos até à certeza do perdão de pecados e de todas as mais bênçãos a nós seladas por esse sacramento; por fortalecer-nos pela morte e ressurreição de Cristo, em cujo nome fomos batizados para mortificação do pecado e a vivificação da graça e por esforçar-nos a viver pela fé, a ter a nossa conversação em santidade e retidão como convém àqueles que deram os seus nomes a Cristo, e a andar em amor fraternal, como batizados pelo mesmo Espírito em um só corpo.
Ref.: Sl 22.10,11; Rm 6.3-5; Rm 6.2,3; I Co 1.11-13; I Pe 3.21; Rm 4.11,12; Rm 6.2-4; Gl 3.26,27; Rm 6.22; I Co 12.13,25,26.
R: A Ceia do Senhor é um sacramento do Novo Testamento no qual, dando-se e recebendo-se pão e vinho, conforme a instituição de Jesus Cristo, é anunciada a sua morte; e os que dignamente participam dele, alimentam-se do corpo e do sangue de Cristo para sua nutrição espiritual e crescimento na graça; têm a sua união e comunhão com ele confirmadas; testemunham e renovam a sua gratidão e consagração a Deus e o seu mútuo amor uns para com os outros, como membros do mesmo corpo místico.
Ref.: I Co 11.26; Mt 26.26,27; I Co 11.23-27; I Co 10.16-21.
Ref.: Mc 14.22-24.
As especificações enumeradas nas respostas às questões 170 a 175 são deduzidas da natureza da Ceia do Senhor como estabelecida no N.T. Os textos são dados para mostrar que estas especificações estão de acordo com o tema geral das Escrituras.
Ref.: At 3.21; Gl 3.1; Hb 11.1; Jo 6.51,53; I Co 10.16.
Ref.: I Co 11.28; II Co 13.5; I Co 5.7; Ex 12.15; Co 11.29; II Co 13.5; I Co 10.17; I Co 5.8; I Co 11.18,20; Mt 5.23,24; Jo 7.37; Is 55.1; I Co 5.8; Hb 10.21,22,24; I Co 11.24; II Co 30.18,19.
Ref.: Is 54.7,8.10; Is 50.10; Mt 5.3,4; Sl 31.22; Sl 42.11; II Tm 2.19; Rm 7.24,25; Mt 26.28; Mt 11.28; Is 40.11,29,31; Mc 9.24; At 16.30; I Co 11.28.
R: Os que forem achados ignorantes ou escandalosos, não obstante a sua profissão de fé e o desejo de participar da Ceia do Senhor, podem e devem ser excluídos desse sacramento, pelo poder que Cristo legou à sua Igreja, até que recebam instrução e manifestem mudança.
Ref.: I Co 11.29; I Co 5.11; Mt 7.6; I Co 5.3-5; II Co 2.5-8.
174. Que se exige dos que recebem o sacramento da Ceia do Senhor, na ocasião de sua celebração?
Ref.: I Co 11.29; Lc 22.19; I Co 11.31; Zc 12.10¸Sl 63.1; Gl 2.20; Jo 6.35; Jo 1.16; Fp 3.9; I Pe 1.8; II Cr 30.21; Sl 22.26; I Co 10.17.
Ref.: I Co 11.17,30.31; II Co 2.14; At 2.42,46,47; I Co 10.12; I Co 11.25,26; Sl 27.4; Sl 77.6; Sl 77.6; Sl 123.1,2; Os 14.2; II Co 7.11; I Cr 15.12-14.
Ref.: Sl 62.8; Jo 16.23,24; Rm 8.26; Dn 9.4; Fp 4.6.
179. Devemos orar somente a Deus?
R: Sendo Deus o único que pode esquadrinhar o coração, ouvir os pedidos, perdoar os pecados e cumprir os desejos de todos, o único em quem se deve crer e a quem se deve prestar culto religioso, a oração, que é uma parte especial do culto, deve ser oferecida por todos a ele só, e a nenhum outro.
Ref.: I Rs 8.39; Sl 65.2; Mq 7.18; Sl 145.16,19; II Sm 22.32; Mt 4.10; I Co 1.2; Lc 4.8; Is 42.8; Jr 3.23.
Ref.: Jo 14.13,14; Lc 6.46; Hb 4.14-16; I Jo 5.13-15.
181. Por que devemos orar em nome de Cristo?
Ref.: I Jo 14.6; I Tm 2.5; Jo 6.27; Cl 3.17; Hb 13.15.
R: Não sabendo nós o que havemos de pedir, como convém, o Espírito nos assiste em nossa fraqueza, habilitando-nos a saber por quem, pelo quê, e como devemos orar; operando e despertando em nossos corações (embora não em todas as pessoas, nem em todos os tempos, na mesma medida) aquelas apreensões, afetos e graças que são necessários para o bom cumprimento desse dever.
Ref.: Rm 8.26; Sl 80.18; Sl 10.17; Zc 12.10.
R: Devemos orar por toda a Igreja de Cristo na terra, pelos magistrados e outras autoridades, por nós mesmos, pelos nossos irmãos e até mesmo pelos nossos inimigos, e pelos homens de todas as classes, pelos vivos e pelos que ainda hão de nascer; porém, não devemos orar pelos mortos, nem por aqueles que se sabe terem cometido o pecado para a morte.
Ref.: Ef 6.18; I Tm 2.1,2; II Ts 3.1; Gn 32.11; Tg 5.16; Mt 5.44; I Tm 2.1; Jo 17.20; I Jo 5.16.
184. Pelo quê devemos orar?
Ref.: Mt 6.9; Sl 51.18; Mt 7.11; Sl 125; I Ts 5.23; I Jo 5.14; Tg 4.3.
Ref.: Sl 33.8; Gn 18.27; Sl 86.1; Sl 130.3; Sl 51.17; Zc 12.10-11; Fp 4.6; Sl 81.10; I Co 14.15; Hb 10.22; Sl 145.18; Sl 17.1; Jo 4.24; Tg 5.16; I Tm 2.8; Ef 6.18; Mq 7.7; Mt 26.39.
R: Toda a Palavra de Deus é útil para nos dirigir na prática da oração; mas a regra especial é aquela forma de oração que nosso Salvador Jesus Cristo ensinou aos seus discípulos, geralmente chamada “Oração do Senhor”.
Ref.: Ii Tm 3.16,17; Mt 6.9-13; Lc 11.2-4.
R: A oração do Senhor não é somente para direcionamento, como modelo segundo o qual devemos orar; mas também pode ser usada como uma oração, contanto que seja feita com entendimento, fé, reverência e outras graças necessárias para o correto cumprimento do dever da oração.
Ref.: Mt 6.9; Lc 11.2.
189. O que nos ensina o prefácio da Oração do Senhor?
Ref.: Mt 6.9; Lc 11.13; Rm 8.15;Sl 95.6,7; Is 64.9; Sl 123.1; Sl 104.1; Sl 113.4-6; At 12.5; Zc 8.21.
Ref: Mt 6.9; II Co 3.5; Sl 51.15; Sl 67.2,3; Sl 145.6-8; II Ts 3.1; II Co 2.14; Sl 19.14; Fp 1.11; Sl 67.1-4; Ef 1.17,18; Sl 97.7; Sl 74.18,22; Jr 14.21; Is 64.1,2.
R: Na segunda petição, que é: “Venha o teu reino” – reconhecendo que nós e todos os homens estamos, por natureza, sob o domínio do pecado e de Satanás –-, pedimos que o domínio do mal seja destruído, o Evangelho seja propagado por todo o mundo, os judeus chamados, e a plenitude dos gentios seja consumada; que a igreja seja provida de todos os oficiais e ordenanças do Evangelho, purificada da corrupção, aprovada e mantida pelo magistrado civil; que as ordenanças de Cristo sejam administradas com pureza, feitas eficazes para a conservação daqueles que estão ainda nos seus pecados, e para a confirmação, conforto e edificação dos que estão já convertidos; que Cristo reine nos nossos corações, aqui, e apresse o tempo da sua segunda vinda e de reinarmos nós com ele para sempre; que lhe apraza exercer o reino de seu poder em todo o mundo, do modo que melhor contribua para estes fins.
Ref.: Ef 2.2,3; Sl 68.1; Rm 7.24,25; Ez 11.19; Sl 119.35; At 21.14; Sl 123.2; Is 38.3; Ef 6.6; Sl 119.4; Rm 12.11; II Co 1.12; Sl 119.112; Rm 2.7; Sl 103.20-22.
R: Na quarta petição, que é: “O pão nosso de cada dia nos dá hoje” – reconhecendo que em Adão e pelo nosso próprio pecado, perdemos o nosso direito a todas as bênçãos exteriores desta vida, e que merecemos ser, por Deus, totalmente privados delas, tendo elas se transformado em maldição para nós, no seu uso; que nem elas podem de si mesmas nos sustentar, nem nós podemos merece-las nem pela nossa diligência consegui-las, mas que somos propensos a desejar, obter e usar delas ilicitamente, pedimos, por nós mesmos, e por outros que tanto eles como nós, dependendo da providência de Deus, de dia em dia, no uso de meios lícitos, possamos, do seu livre e conforme parecer bem à sua sabedoria paternal, gozar de sua porção suficiente desses favores e de tê-los continuados e abençoados para nós em nosso santo e confortável uso e contentamento; e que sejamos guardados de tudo quanto é contrário ao nosso sustento e conforto temporais.
Ref: Gn 3.17; Lm 3.22; Dt 8.3; Gn 32.10; Dt 8.18;Pv 10.22; Os 12.7; Tg 4.3; Tg 4.13,15; Sl 90.17; Sl 144.12-15; I Tm 4.4,5; I Tm 6.6-8; Pv 30.8,9.
R: Na quinta petição que é: “Perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós também perdoamos aos nossos devedores” , reconhecendo que nós e todos os demais somos culpados do pecado original e atual, e por isso nos tornamos devedores à justiça de Deus; que nem nós nem outra criatura qualquer pode fazer a mínima satisfação por essa dívida –, pedimos, por nós mesmos e por outros, que Deus da sua livre graça e pela obediência e satisfação de Cristo adquiridas e aplicadas pela fé, nos absolva da culpa e da punição do pecado, que nos aceite no seu Amado, continuem o seu favor e graça em nós, perdoe as nossas faltas diárias e nos encha de paz e gozo, dando-nos diariamente mais e mais certeza de perdão; que tenhamos mais coragem de pedir e sejamos mais animados e esperar, uma vez que já temos este testemunho em nós, que de coração já perdoamos aos outros as suas ofensas.
Ref.: Mt 6.12; Mt 18.24; Rm 3.9-19; Rm 5.19; Ef 1.6; II Pe 1.2; Os 14.2; Rm 15.13; Sl 51.7-12; Lc 11.4; Mt 6.14,15.
R: Na sexta petição, que é “Não nos deixes cair em tentação, mas livra-nos do mal” reconhecendo que o mui sábio, justo e gracioso Deus, por diversos fins, santos e justos, pode dispor as coisas de maneira que sejamos assaltados, frustrados e feitos por algum tempo cativos pelas tentações; que Satanás, o mundo e a carne estão prontos e são poderosos para nos desviar e enlaçar; que nós, depois do perdão de nossos pecados, devido à nossa corrupção, fraqueza e falta de vigilância, estamos, não somente sujeitos a ser tentados e dispostos a nos expor às tentações, mas também, de nós mesmos, incapazes e indispostos para lhes resistir, sair ou tirar proveito delas; e que somos dignos de ser deixados sob o seu poder –-, pedimos que Deus de tal forma reja o mundo e tudo o que nele há, subjugue a carne, restrinja a Satanás, disponha tudo, conceda e abençoe todos os meios de graça e nos desperte à vigilância no seu uso, que nós e todo o seu povo sejamos guardados, pela sua providência, de sermos tentados ao perdão, ou que, quando tentados, sejamos poderosamente sustentados pelo Espírito, e habilitados a ficar firmes na hora da tentação, ou, quando fracassados, sejamos levantados novamente, recuperados da queda, e que façamos dela uso e proveito santos; que a nossa santificação e salvação sejam aperfeiçoados do pecado, da tentação e de todo o mal, para sempre.
Ref.: Mt 6.13; II Cr 32.31; I Pe 5.8; Lc 21.34; Tg 1.14; Gl 5.17; Mt 26.41; I Tm 6.9; Rm 7.18,19; Sl 81.11,12; Jo 17.15; Sl 51.10; Hb 2.18; Rm 8.28; Hb 13.20,21; Ef 4.11,12; Mt 26.41; I Co 10.13; Ef 3.14-16; Sl 51.12; I Pe 5.10; I Ts 3.13; Rm 16.20; I Ts 5.23.
R: A conclusão da Oração do Senhor, que é: “Porque teu é o reino e o poder e a glória para sempre. Amém”, nos ensina a reforçar as nossas petições com argumentos que devem sr derivados, não de qualquer mérito que haja em nós ou em qualquer outra criatura, mas de Deus; e ajuntar louvores às nossas orações, atribuindo a Deus, unicamente, a soberania eterna, onipotência e gloriosa excelência; em virtude do quê, como ele pode e quer socorrer-nos, assim nós, pela fé, estamos animados a instar com ele a que atenda aos nossos pedidos, e a confiar tranqüilamente que assim o fará. E para testemunhas os nossos desejos e certeza de sermos ouvidos, dizemos: Amém.
Ref.: Mt 6.13; Jô 23.3,4; Dn 9.4,7-9; Fp 4.6; I Cr 29.10-13; Ef 3.20,21; Lc 11.13; Ef 3.12; Hb 10.19-22; I Jo 5.14; Rm 8.32; I Co 14.16; Ap 22.20,21.
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