tag:blogger.com,1999:blog-274203322024-03-07T03:13:14.902-03:00CONFISSÕES DE FÉ, CREDOS E CATECISMOSJosemar Bessahttp://www.blogger.com/profile/11243228073041915068noreply@blogger.comBlogger52125tag:blogger.com,1999:blog-27420332.post-1146615441741874432006-08-22T23:10:00.000-03:002006-08-22T23:12:39.096-03:00CONFISSÕES - ÍNDICE<p align="center"><strong></strong></p><p align="center"><strong><em>Escolha a Tópico, clique sobre ele e aproveite.</em></strong></p><p></p><ul><li><strong><a href="http://josemarconfissao.blogspot.com/2006/08/o-catecismo-de-heidelberg-sua-histria.html"><span style="color:#ff0000;">O Catecismo de Heidelberg: Sua História e Influência</span></a> <span style="color:#3366ff;">( Artigo )</span></strong></li></ul><p></p><ul><li><strong><a href="http://josemarconfissao.blogspot.com/2006/08/catecismo-de-heidelberg.html"><span style="color:#ff0000;">Catecismo de Heidelberg</span></a></strong></li></ul><p><strong></strong></p><ul><li><a href="http://josemarconfissao.blogspot.com/2006/05/confisso-de-f-de-westminster.html"><span style="color:#cc0000;"><strong>Confissão de Fé de Westminster.</strong></span></a></li></ul><p></p><ul><li><strong><a href="http://josemarconfissao.blogspot.com/2006/05/catecismo-maior-de-westminster.html"><span style="color:#cc0000;">Catecismo Maior de Westminster Parte 1.</span></a></strong></li><li><strong><a href="http://josemarconfissao.blogspot.com/2006/05/catecismo-maior-de-wstminster-parte-2.html"><span style="color:#cc0000;">Catecismo Maior de Westminster Parte 2</span></a><span style="color:#cc0000;">.</span></strong></li></ul><p align="justify"><strong><em><span style="color:#3366ff;"></span></em></strong></p><ul><li><div align="justify"><strong><span style="color:#cc0000;"><a href="http://josemarconfissao.blogspot.com/2006/05/os-cnones-de-dort-1618-1619.html"><span style="color:#cc0000;">Os Cânones de Dort</span>.</a></span></strong></div></li></ul><p align="justify"><strong><span style="color:#cc0000;"></span></strong> </p><ul><li><strong><a href="http://josemarconfissao.blogspot.com/2006/08/credo-niceno.html"><span style="color:#ff0000;">Credo Niceno</span></a></strong></li></ul><p></p><p></p><p></p><p></p><p></p><p></p><p></p><p></p>Josemar Bessahttp://www.blogger.com/profile/11243228073041915068noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-27420332.post-1156295330223409622006-08-22T22:06:00.000-03:002006-08-22T22:08:50.240-03:00Credo Niceno<div align="justify"><strong>ORIGEM<br /></strong><br />O Credo Niceno deriva-se do credo de Nicéia (composto pelo Concílio de Nicéia (<strong>325 AD</strong>), com pequenas modificações efetuadas pelo Concílio de Calcedônia (<strong>451 AD</strong>) e pelo Concílio de Toledo (<strong>Espanha, 589 AD</strong>). Este credo expressa mais precisamente a doutrina da Trindade, contra o arianismo.[1] Eis o texto do Credo de Nicéia, conforme aceito por católicos e protestantes:<br /><br /><strong>TEXTO</strong><br /><br />Creio em um Deus, Pai Todo-poderoso, Criador do céu e da terra, e de todas as coisas visíveis e invisíveis; e em um Senhor Jesus Cristo, o unigênito Filho de Deus, gerado pelo Pai antes de todos os séculos, Deus de Deus, Luz da Luz, verdadeiro Deus de verdadeiro Deus, gerado não feito, de uma só substância com o Pai; pelo qual todas as coisas foram feitas; o qual por nós homens e por nossa salvação, desceu dos céus, foi feito carne pelo Espírito Santo da Virgem Maria, e foi feito homem; e foi crucificado por nós sob o poder de Pôncio Pilatos. Ele padeceu e foi sepultado; e no terceiro dia ressuscitou conforme as Escrituras; e subiu ao céu e assentou-se à direita do Pai, e de novo há de vir com glória para julgar os vivos e os mortos, e seu reino não terá fim. E no Espírito Santo, Senhor e Vivificador, que procede do Pai e do Filho[2], que com o Pai e o Filho conjuntamente é adorado e glorificado, que falou através dos profetas. Creio na Igreja una, universal e apostólica, reconheço um só batismo para remissão dos pecados; e aguardo a ressurreição dos mortos e da vida do mundo vindouro.[3]<br /><br />NOTAS<br /><br />[1] Doutrina de Ario (primeira metade do século IV), segundo a qual Cristo não é eterno, mas o primeiro e mais perfeito ser criado.<br /><br />[2] Esta frase (tradução do termo latino filioque) foi adicionada pelo Concílio de Toledo (da igreja ocidental).<br /><br />[3] Traduzido de Schaff, Creeds of Christendom, 25-29. citado por A. A. Hodge, Outlines of Theology, (Edinburgh, & Pennsylvania: The Banner of Truth Trust, 1991), 116-117 e Epifânio, Ancoratus c. 374 AD, 118 (citado por Henry Bettenson, Documentos da Igreja Cristã, 56).<br /></div>Josemar Bessahttp://www.blogger.com/profile/11243228073041915068noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-27420332.post-1156295780898704172006-08-22T22:05:00.000-03:002006-08-22T22:40:40.503-03:00Catecismo de Heidelberg<div align="center"><em><strong>Catecismo de Heidelberg (1548)<br /><br />por<br /><br />Zacarias Ursino e Gaspar Oleviano </strong></em></div><div align="justify"><br /><br /><strong>DOMINGO 1</strong><br /><br /><br /><strong>1. Qual é o seu único fundamento, na vida e na morte?<br /></strong><br />O meu único fundamento é meu fiel Salvador Jesus Cristo (l). A Ele pertenço, em corpo e alma, na vida e na morte (2) , e não pertenço a mim mesmo (3). Com seu precioso sangue Ele pagou (4) por todos os meus pecados e me libertou de todo o domínio do diabo (5). Agora Ele me protege de tal maneira (6) que, sem a vontade do meu Pai do céu, não perderei nem um fio de cabelo (7). Além disto, tudo coopera para o meu bem (8). Por isso, pelo Espírito Santo, Ele também me garante a vida eterna (9) e me torna disposto a viver para Ele, daqui em diante, de todo o coração (10).<br /><br />(1) 1Co 3:23; Tt 2:14. (2) Rm 14:8; 1Ts 5:9,10. (3) 1Co 6:19,20. (4) 1Pe 1:18,19; 1Jo 1:7; 1Jo 2:2,12. (5) Jo 8:34-36; Hb 2:14,15; 1Jo 3:8. (6) Jo 6:39; Jo 10:27-30; 2Ts 3:3; 1Pe 1:5. (7) Mt 10:29,30; Lc 21:18. (8) Rm 8:28. (9) Rm 8:16; 2Co 1:22; 2Co 5:5; Ef 1:13,14. (10) Rm 8:14; 1Jo 3:3.<br /><br /><strong>2. O que você deve saber para viver e morrer neste fundamento? </strong><br /><br />R. Primeiro: como são grandes meus pecados e minha miséria (1). Segundo: como sou salvo de meus pecados e de minha miséria (2). Terceiro: como devo ser grato a Deus por tal salvação (3).<br /><br />(1) Mt 9:12; Jo 9:41; Rm 3:10; 1Jo 1:9,10. (2) Lc 24:46,47; Jo 17:3; At 4:12; At 10:43; 1Co 6:11; Tt 3:3-7. (3) Sl 50:14,15; Sl 116:12,13; Mt 5:16; Rm 6:12,13; Ef 5:10; 2Tm 2:15; 1Pe 2:9,12. Veja também Mt 11:28-30; Ef 5:8. </div><div align="center"><br /><br /><br /><span style="font-size:130%;"><strong>PARTE 1: NOSSA MISÉRIA </strong></span></div><div align="justify"><br /><br /><strong>DOMINGO 2</strong><br /><br /><br /><strong>3. Como você conhece sua miséria?<br /></strong><br />R. Pela lei de Deus (1).<br /><br />(1) Rm 3:20.<br /><br /><strong>4. O que a lei de Deus exige de nós?</strong><br /><br />R. Isto Cristo nos ensina num resumo, em Mateus 22:37-40: "Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todo o teu entendimento. " Este é o grande e primeiro mandamento. O segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. Destes dois mandamentos dependem toda a lei e os profetas" (1).<br /><br />(1) Lv 19:18; Dt 6:5; Mc 12:30,31; Lc 10:27.<br /><br /><strong>5. Você pode observar esta lei perfeitamente?<br /></strong><br />R. Não, não posso (1) , porque por natureza sou inclinado a odiar a Deus e a meu próximo (2).<br /><br />(1) Rm 3:10,20,23; 1Jo 1:8,10. (2) Gn 6:5; Gn 8:21; Jr 17:9; Rm 7:23; Rm 8:7; Ef 2:3; Tt 3:3.<br /><br /><br /><strong>DOMINGO 3</strong><br /><br /><br /><strong>6. Mas Deus criou o homem tão mau e perverso?</strong><br /><br />R. Não, Deus criou o homem bom (1) e à sua imagem (2) , isto é, em verdadeira justiça e santidade, para conhecer corretamente a Deus seu Criador, amá-Lo de todo o coração e viver com Ele em eterna felicidade, para louvá-Lo e glorificá-Lo (3).<br /><br />(1) Gn 1:31. (2) Gn 1:26,27. (3) 2Co 3:18; Ef 4:24; Cl 3:10.<br /><br /><strong>7. De onde vem, então, esta natureza corrompida do homem?<br /></strong><br />R. Da queda e desobediência de nossos primeiros pais, Adão e Eva, no paraíso (1). Ali, nossa natureza tornou-se tão envenenada, que todos nós somos concebidos e nascidos em pecado (2).<br /><br />(1) Gn 3; Rm 5:12,18,19. (2) Sl 51:5; Jo 3:6.<br /><br /><strong>8. Mas nós somos tão corrompidos que não podemos fazer bem algum e que somos inclinados a todo mal?<br /></strong>R. Somos sim (l) , se não nascermos de novo pelo Espírito de Deus (2).<br /><br />(1) Gn 6:5; Gn 8:21; Jó 14:4; Jo 15:14,16,35; Is 53:6; Tt 3:3. (2) Jo 3:3,5; 1Co 12:3; 2Co 3:5.<br /><br /><br /><strong>DOMINGO 4</strong><br /><br /><br /><strong>9. Então, Deus exige do homem, em sua lei, o que este não pode cumprir. Isto não é injusto?</strong><br /><br />R. Não, pois Deus criou o homem de tal maneira que este pudesse cumprir a lei (1). O homem, porém, sob instigação do diabo e por sua própria rebeldia, privou a si mesmo e a todos os seus descendentes destes dons (2).<br /><br />(1) Gn 1:27; Ef 4:24. (2) Gn 3:4-6; Rm 5:12; 1Tm 2:13,14.<br /><br /><strong>10, Deus deixa sem castigo esta desobediência e rebeldia?</strong><br /><br />R. Não, não deixa, porque Ele se ira terrivelmente tanto contra os pecados em que nascemos como contra os que cometemos, e quer castigá-los por justo julgamento, agora, nesta vida, e na futura (1). Ele mesmo declarou: "Maldito todo aquele que não permanece em todas as coisas escritas no livro da lei, para praticá-las" (Gálatas 3:10)(2).<br /><br />(1) Gn 2:17; Êx 20:5; Êx 34:7; Sl 5:5; Na 1:2; Rm 1:18; Rm 5:12; Ef 5:6; Hb 9:27. (2) Dt 27:26.<br /><br /><strong>11. Mas Deus não é também misericordioso?</strong><br /><br />R. Deus na verdade é misericordioso(1), mas também e justo (2). Por isso, sua justiça exige que o pecado, cometido contra a suprema majestade de Deus, seja castigado também com a pena máxima, quer dizer, com o castigo eterno em corpo e alma (3).<br /><br />(1) Êx 20:6; Êx 34:6,7. (2) Êx 20:5; Êx 23:7; Êx 34:7; Sl 7:9. (3) Na 1:2,3; 2Ts 1:9.</div><div align="center"><br /><br /><br /><span style="font-size:130%;"><strong>PARTE 2: NOSSA SALVAÇÃO </strong></span></div><div align="justify"><br /><br /><strong>DOMINGO 5</strong><br /><br /><br /><br /><strong>12. Então, conforme o justo julgamento de Deus, merecemos castigo, nesta vida e na futura. Como podemos escapar deste castigo e, de novo, ser aceitos por Deus em graça?<br /></strong><br />R. Deus quer que sua justiça seja cumprida (1). Por isso, nós mesmos devemos satisfazer essa justiça, ou um outro por nós (2).<br /><br />(1) Gn 2:17; Êx 20:5; Êx 23:7; Ez 18:4; Hb 10:30. (2) Mt 5:26; Rm 8:3,4.<br /><br /><strong>13. Nós mesmos podemos satisfazer essa justiça?<br /></strong><br />R. De maneira alguma. Pelo contrário, aumentamos, a cada dia, a nossa dívida com Deus(1).<br /><br />(1) Jó 4:18,19; Jó 9:2,3; Jó 15:16; Sl 130:3; Mt 6:12; Mt 16:26; Mt 18:25.<br /><br /><strong>14. Será que uma criatura, sendo apenas criatura, pode pagar por nós?<br /></strong><br />R. Não, não pode. Primeiro: porque Deus não quer castigar uma outra criatura pela dívida do homem(1).<br /><br /><strong>Segundo: porque tal criatura não poderia suportar o peso da ira eterna de Deus contra o pecado e dela livrar outros (2).<br /></strong><br />(1) Gn 3:17; Ez 18:4. (2) Sl 130:3; Na 1:6.<br /><br /><strong>15. Que tipo de Mediador e Salvador, então, devemos buscar?</strong><br /><br />R. O Mediador deve ser verdadeiro(1) homem e homem justo (2) , contudo, mais poderoso que todas as criaturas; portanto, alguém que é, ao mesmo tempo, verdadeiro Deus (3).<br /><br />(1) 1Co 15:21. (2) Hb 7:26. (3) Is 7:14; Is 9:6; Jr 23:6; Lc 11:22; Rm 8:3,4.<br /><br /><br /><strong>DOMINGO 6</strong><br /><br /><br /><br /><strong>16. Por que o Mediador deve ser verdadeiro homem e homem justo?</strong><br /><br />R. Deve ser verdadeiro homem, porque a justiça de Deus exige que o homem pague o pecado do homem (1). Deve ser homem justo, porque alguém que tem seus próprios pecados, não pode pagar por outros (2).<br /><br />(1) Is 53:3-5; Jr 33:15; Ez 18:4,20; Rm 5:12-15; 1Co 15:21; Hb 2:14-16. (2) Sl 49:7; Hb 7:26,27; 1Pe 3:18.<br /><br /><strong>17. Por que o Mediador deve ser, ao mesmo tempo, verdadeiro Deus?</strong><br /><br />R. Porque, somente sendo verdadeiro Deus(1), Ele pode suportar (2) , como homem, o peso da ira (3) de Deus, e conquistar e restituir, para nós, a justiça e a vida (4).<br /><br />(1) Is 9:6; Rm 1:4; Hb 1:3. (2) Is 53:4,11. (3) Dt 4:24; Sl 130:3; Na 1:6. (4) Is 53:5,11; Is 54:8; Jo 3:16; At 20:28; 1Pe 3:18.<br /><br /><strong>18. Mas quem é esse Mediador que, ao mesmo tempo, é verdadeiro Deus (1) e verdadeiro (2) homem e homem justo (3) ?<br /></strong><br />R. Nosso Senhor Jesus Cristo (4) , que nos foi dado para completa salvação e justiça (5).<br /><br />(1) Jr 23:6; Mt 3:1; Rm 8:3; Gl 4:4; 1Jo 5:20. (2) Lc 1:42; Lc 2:6,7; Rm 1:3; Fp 2:7; Hb 2:14,17; Hb 4:15. (3) Is 53:9,11; Jr 23:5; Lc 1:35; Jo 8:46; Hb 4:15; Heb 7:26; 1Pe 1:19; 1Pe 2:22; 1Pe 3:18. (4) Mt 1:23; Lc 2:11; Jo 1:1,14; Jo 14:6; Rm 9:5; 1Tm 2:5; 1Tm 3:16; Hb 2:9. (5) 1Co 1:30; 2Co 5:21.<br /><br /><strong>19. Como você sabe isto?</strong><br /><br />R. Pelo santo Evangelho, que o próprio Deus, de início, revelou no paraíso(1). Depois mandou anunciá-lo pelos santos patriarcas (2) e profetas (3) e, de antemão, o representou através dos sacrifícios e das outras cerimônias do Antigo Testamento. (4) Finalmente, o cumpriu por seu único Filho (5).<br /><br />(1) Gn 3:15. (2) Gn 12:3; Gn 22:18; Gn 26:4; Gn 49:10. (3) Is 42:1-4; Is 43:25; Is 49:6; Is 53; Jr 23:5,6; Jr 31:32,33; Mq 7:18-20; Jo 5:46; At 3:22-24; At 10:43; Rm 1:2; Hb 1:1. (4) Cl 2:17; Hb 10:1,7. (5) Rm 10:4; Gl 3:24; Gl 4:4,5; Cl 2:17.<br /><br /><br /><strong>DOMINGO 7<br /></strong><br /><br /><br /><strong>20. Todos os homens, então, tornam-se salvos por Cristo, assim como pereceram em Adão?<br /></strong><br />R. Não(1), somente aqueles que pela verdadeira fé são unidos a Cristo e aceitam todos os seus benefícios (2).<br /><br />(1) Mt 7:14; Mt 22:14. (2) Sl 2:12; Mc 16:16; Jo 1:12,13; Jo 3:16,18,36; Rm 3:22; Rm 11:20; Hb 4:2,3; Hb 5:9; Hb 10:39; Hb 11:6.<br /><br /><strong>21. O que é a verdadeira fé?<br /></strong><br />R. A verdadeira fé é o conhecimento e a certeza de que é verdade tudo o que Deus nos revelou em sua Palavra(1). É também a plena confiança (2) de que Deus concedeu, por pura graça, não só a outros, mas também a mim, a remissão dos pecados, a justiça eterna e a salvação (3) , somente pelos méritos de Cristo (4). O Espírito Santo (5) opera esta fé em meu coração, por meio do Evangelho (6).<br /><br />(1) Rm 4:20,21; Hb 11:1,3; Tg 1:6. (2) Sl 9:10; Rm 4:16-21; Rm 5:1; Rm 10:10; Ef 3:12; Hb 4:16. (3) Hc 2:4; At 10:43; Rm 1:17; Gl 3:11; Hb 10:10,38. (4) Lc 1:77,78; Jo 20:31; At 10:43; Rm 3:24; Rm 5:19; Gl 2:16. (5) Mt 16:17; Jo 3:5; Jo 6:29; At 16:14; 2Co 4:13; Ef 2:8; Fp 1:29. (6) Mc 16:15; At 10:44; At 16:14; Rm 1:16; Rm 10:17; 1Co 1:21.<br /><br /><strong>22. Em que um cristão deve crer?</strong><br /><br />R. Em tudo o que nos é prometido no Evangelho. O Credo Apostólico, resumo de nossa universal e indubitável fé cristã, nos ensina isto(1).<br /><br />(1) Mt 28:19; Mc 1:15; Jo 20:31.<br /><br /><strong>23. O que dizem os artigos deste Credo?</strong><br /><br />R. 1) Creio em Deus Pai, Todo-Poderoso, Criador do céu e da terra; 2) e em Jesus Cristo, seu único Filho, nosso Senhor; 3) que foi concebido pelo Espírito Santo, nasceu da virgem Maria; 4) padeceu sob Pôncio Pilatos, foi crucificado, morto e sepultado, desceu ao inferno; 5) no terceiro dia ressurgiu dos mortos; 6) subiu ao céu e esta sentado à direita de Deus Pai Todo-Poderoso; 7) donde há de vir a julgar os vivos e os mortos. 8) Creio no Espírito Santo; 9) na santa igreja universal de Cristo, a comunhão dos santos; 10) na remissão dos pecados; 11) na ressurreição da carne 12) e na vida eterna.<br /><br /><br /><strong>DOMINGO 8</strong><br /><br /><br /><strong>24. Como se divide este Credo?</strong><br /><br />R. Em três partes. A primeira trata de Deus Pai e da nossa criação. A segunda de Deus Filho e da nossa salvação. A terceira de Deus Espírito Santo e da nossa santificação.<br /><br />25. Por que você fala de três Pessoas: Pai, Filho e Espírito Santo, visto que há um só Deus (1) ?<br /><br />R. Porque Deus se revelou, em sua Palavra, de tal maneira que estas três Pessoas distintas são o único, verdadeiro e eterno Deus (2).<br /><br />(1) Dt 6:4; Is 44:6; Is 45:5; 1Co 8:4,6; Ef 4:5,6. (2) Gn 1:2,3; Is 61:1; Mt 3:16,17; Mt 28:19; Lc 1:5; Lc 4:18; Jo 14:26; Jo 15:26; At 2:32,33; 2Co 13:13; Gl 4:6; Ef 2:18; Tt 3:4-6. </div><div align="center"><br /><br /><br /><span style="font-size:130%;"><strong>DEUS PAI E NOSSA CRIAÇÃO</strong></span> </div><div align="justify"><br /><br /><br /><strong>DOMINGO 9<br /></strong><br /><br />26. Em que você crê quando diz: "Creio em Deus Pai, Todo-Poderoso, Criador do céu e da terra"?<br /><br />R. Creio que o eterno Pai de nosso Senhor Jesus Cristo criou, do nada, o céu, a terra e tudo o que neles há(1) e ainda os sustenta e governa por seu eterno conselho e providência (2). Ele é também meu Deus e meu Pai, por causa de seu Filho Cristo (3). NEle confio de tal maneira, que não duvido que dará tudo o que for necessário para meu corpo e minha alma (4) ; e que Ele transformará em bem todo mal que me enviar, nesta vida conturbada (5). Tudo isto Ele pode fazer como Deus todo-poderoso (6) e quer fazer como Pai fiel (7).<br /><br />(1) Gn 1:1; Gn 2:3; Êx 20:11; Jó 33:4; Jó 38:4-11; Sl 33:6; Is 40:26; At 4:24; At 14:15. (2) Sl 104:2-5,27-30; Sl 115:3; Mt 10:29,30; Rm 11:36; Ef 1:11. (3) Jo 1:12; Rm 8:15; Gl 4:5-7; Ef 1:5. (4) Sl 55:22; Mt 6:25,26; Lc 12:22-24. (5) Rm 8:28. (6) Rm 8:37-39; Rm 10:12; Ap 1:8. (7) Mt 6:32,33; Mt 7:9-11.<br /><br /><br /><strong>DOMINGO 10<br /></strong><br /><strong>27. O que é a providência de Deus?<br /></strong><br />R. É a força Todo-Poderoso e presente (1) , com que Deus, pela sua mão, sustenta e governa o céu, a terra e todas as criaturas (2). Assim, ervas e plantas, chuva e seca (3) , anos frutíferos e infrutíferos, comida e bebida, saúde e doença, riqueza e pobreza e todas as coisas (4) não nos sobrevêm por acaso, mas de sua mão paternal (5).<br /><br />(1) Sl 94:9,10; Is 29:15,16; Jr 23:23,24; Ez 8:12; Mt 17:27; At 17:25-28. (2) Hb 1:3. (3) Jr 5:24; At 14:17. (4) Pv 22:2; Jo 9:3. (5) Pv 16:33; Mt 10:29.<br /><br /><strong>28. Para que serve saber da criação e da providência de Deus?<br /></strong><br />R. Para que tenhamos paciência(1) em toda adversidade e mostremos gratidão (2) em toda prosperidade e para que, quanto ao futuro, tenhamos a firme confiança em nosso fiel Deus e Pai, de que criatura alguma nos pode separar do amor dEle (3). Porque todas as criaturas estão na mão de Deus, de tal maneira que sem a vontade dEle não podem agir nem se mover (4).<br /><br />(1) Jó 1:21,22; Sl 39:9; Rm 5:3,4; Tg 1:3. (2) Dt 8:10; 1Ts 5:18. (3) Sl 55:22; Rm 5: 4,5; Rm 8:38,39. (4) Jó 1:12; Jó 2:6; Pv 21:1; At 17:25-28. </div><div align="center"><br /><br /><br /><strong><span style="font-size:130%;">DEUS FILHO E NOSSA SALVAÇÃO</span></strong> </div><div align="justify"><br /><br /><br /><strong>DOMINGO 11<br /></strong><br /><br /><strong>29. O nome "Jesus" significa "Salvador". Por que o Filho de Deus tem este nome?<br /></strong><br />R. Porque Ele nos salva de todos os nossos pecados(1) e porque, em ninguém mais, devemos buscar ou podemos encontrar salvação (2).<br /><br />(1) Mt 1:21; Hb 7:25. (2) Is 43:11; Jo 15:4,5; At 4:11,12; 1Tm 2:5; 1Jo 5:11,12.<br /><br /><strong>30. Será que aqueles que buscam, o bem e a salvação nos assim chamados "santos", ou em si mesmos ou em qualquer lugar, realmente crêem no único Salvador?<br /><br /></strong>R. Não, não crêem, pois na prática negam o único Salvador Jesus, ainda que falem tanto dEle(1). Pois das duas, uma: ou Jesus não é o perfeito Salvador, ou aqueles que O aceitam como Salvador com verdadeira fé, encontram nEle tudo o que é necessário para a salvação (2).<br /><br />(1) 1Co 1:13,30,31; Gl 5:4. (2) Is 9:7; Jo 1:16; Cl 1:19,20; Cl 2:10; Hb 12:2; 1Jo 1:7.<br /><br /><br /><strong>DOMINGO 12<br /></strong><br /><strong>31. O nome "Cristo" significa "Ungido". Por que Jesus tem também este nome?</strong><br /><br />R. Porque Ele foi ordenado por Deus Pai e ungido(1) com o Espírito Santo para ser nosso supremo Profeta e Mestre, nosso único Sumo Sacerdote e nosso eterno Rei.<br /><br />Como Profeta Ele nos revelou plenamente o plano de Deus para nossa salvaçao (2) ;<br /><br />como Sumo Sacerdote Ele nos resgatou pelo único sacrifício de seu corpo (3) e, continuamente, intercede por nós junto ao Pai (4) ;<br /><br />como Rei Ele nos governa por sua Palavra e Espírito e nos protege e guarda na salvação (5) que Ele conquistou para nós.<br /><br />(1) Sl 45:7; Is 61:1; Lc 4:18; At 10:38; Hb 1:9. (2) Dt 18:15; Is 55:4; Mt 11:27; Jo 1:18; Jo 15:15; At 3:22. (3) Sl 110:4; Hb 7:21; Hb 9:12,14,28; Hb 10:12,14. (4) Rm 8:34; Hb 7:25; Hb 9:24; 1Jo 2:1. (5) Sl 2:6; Zc 9:9; Mt 21:5; Mt 28:18; Lc 1:33; Jo 10:28; Ap 12:10,11.<br /><br /><strong>32. Por que você e chamado cristão (1) ?<br /></strong><br />R. Porque pela fé sou membro de Cristo e, por isso, também sou ungido (2) para ser profeta, sacerdote e rei. Como profeta confesso o nome dEle (3) ; Como sacerdote ofereço minha vida a Ele como sacrifício vivo de gratidão (4) ; e como rei combato (5) , nesta vida, o pecado e o diabo, de livre consciência, e depois, na vida eterna, vou reinar com Ele sobre todas as criaturas (6).<br /><br />(1) At 11:26. (2) Is 59:21; Jl 2:28; At 2:17; 1Co 6:15; 1Jo 2:27. (3) Mt 10:32,33; Rm 10:10. (4) Êx 19:6; Rm 12:1; 1Pe 2:5; Ap 1:6; Ap 5:8,10. (5) Rm 6:12,13; Gl 5:16,17; Ef 6:11; 1Tm 1:18,19; 1Pe 2:9,11. (6) 2Tm 2:12; Ap 22:5.<br /><br /><br /><strong>DOMINGO 13</strong><br /><br /><br /><strong>33. Por que Cristo é chamado "o único Filho de Deus", se nós também somos filhos de Deus?</strong><br /><br />R. Porque só Cristo é, por natureza, o Filho eterno de Deus(1). Nós, porém, somos filhos adotivos de Deus (2) , pela graça, por causa de Cristo.<br /><br />(1) Jó 1:14,18; Jo 3:16; Rm 8:32; Hb 1:1,2; 1Jo 4:9. (2) Jo 1:12; Rm 8:15-17; Gl 4:6; Ef 1:5,6<br /><br /><strong>34. Por que você chama Cristo "nosso Senhor"?</strong><br /><br />R. Porque Ele nos comprou e resgatou, corpo e alma, dos nossos pecados e de todo o domínio do diabo, não com ouro ou prata, mas com seu precioso sangue. Assim pertencemos a Ele(1).<br /><br />(1) Jo 20:28; 1Co 6:20; 1Co 7:23; Ef 1:7; 1Tm 2:6; 1Pe 1:18,19; 1Pe 2:9.<br /><br /><br /><strong>DOMINGO 14<br /></strong><br /><br /><strong>35. O que você entende, quando diz que Cristo "foi concebido pelo Espírito Santo e nasceu da virgem Maria"?<br /><br /></strong>R. Entendo que o eterno Filho de Deus, que é e permanece verdadeiro e eterno Deus(1), tornou-se verdadeiro homem (2) , da carne e do sangue da virgem Maria (3) , por obra do Espírito Santo. Assim Ele é, de fato, o descendente de Davi (4) igual a seus irmãos em tudo, mas sem pecado (5).<br /><br />(1) Mt 1:23; Mt 3:17; Mt 16:16; Mt 17:5; Mc 1:11; Jo 1:1 Jo 17:3,5; Jo 20:28; Rm 1:3,4; Rm 9:5; Fp 2:6; Cl 1:15,16; Tt 2:13; Hb 1:3; 1Jo 5:20. (2) Mt 1:18,20; Lc 1:35. (3) Lc 1:31,42,43; Jo 1:14; Gl 4:4. (4) 2Sm 7:12; Sl 132:11; Mt 1:1; Lc 1:32; At 2:30,31; Rm 1:3. (5) Fp 2:7; Hb 2:14,17; Hb 4:15; Hb 7:26,27.<br /><br /><strong>36. Que importância tem para você Cristo ter sido concebido e nascido sem pecado?<br /></strong><br />R. Que Ele e nosso Mediador(1) e com sua inocência e perfeita santidade, cobre diante de Deus meu pecado (2) no qual fui concebido e nascido.<br /><br />(1) Hb 2:16-18; Hb 7:26,27. (2) Sl 32:1; Is 53:11; Rm 8:3,4; 1Co 1:30,31; Gl 4:4,5; 1Pe 1:18,19; 1Pe 3:18.<br /><br /><br /><strong>DOMINGO 15</strong><br /><br /><br /><br /><strong>37 O que você quer dizer com a palavra "padeceu"?</strong><br /><br />R. Que Cristo, em corpo e alma, durante toda a sua vida na terra, mas principalmente no final, suportou a ira de Deus contra os pecados de todo o gênero humano(1). Por este sofrimento, como o único sacrifício propiciatório (2) , Ele salvou, da condenação eterna de Deus, nosso corpo e alma (3) e conquistou para nós a graça de Deus, a justiça e a vida eterna (4).<br /><br />(1) Is 53:4,12; 1Tm 2:6; 1Pe 2:24; 1Pe 3:18. (2) Is 53:10; Rm 3:25; 1Co 5:7; Ef 5:2; Hb 9:28; Hb 10:14; 1Jo 2:2; 1Jo 4:10. (3) Gl 3:13; Cl 1:13; Hb 9:12; 1Pe 1:18,19. (4) Jo 3:16; Jo 6:51; 2Co 5:21; Hb 9:15; Hb 10:19.<br /><br /><strong>38. Por que Ele padeceu "sob Pôncio Pilatos"?<br /></strong><br />R. Cristo, embora julgado inocente, foi condenado pelo juiz oficial (1) , para que nos libertasse do severo juízo de Deus que devia cair sobre nós (2).<br /><br />(1) Mt 27:24; Lc 23:13-15; Jo 18:38; Jo 19:4; Jo 19:11. (2) Is 53:4,5; 2Co 5:21; Gl 3:13.<br /><br /><strong>39. Cristo "foi crucificado". Isto tem mais sentido do que morrer de outra maneira?</strong><br /><br />R. Tem sim, porque pela crucificação tenho certeza de que Ele tomou sobre si (1) a maldição que pesava sobre mim. Pois a morte da cruz era maldita por Deus (2).<br /><br />(1) Gl 3:13. (2) Dt 21:23.<br /><br /><br /><strong>DOMINGO 16<br /></strong><br /><br /><strong>40. Por que Cristo devia sofrer a morte?<br /></strong><br />R. Porque a justiça e a verdade de Deus(1) exigiam a morte do Filho de Deus; não houve outro meio de pagar nossos pecados (2).<br /><br />(1) Gn 2:17. (2) Rm 8:3,4; Fp 2:8; Hb 2:9,14,15.<br /><br /><strong>41. Por que Ele foi "sepultado"?</strong><br /><br />R. Para dar testemunho de que estava realmente morto(1).<br /><br />(1) Mt 27:59,60; Lc 23:53; Jo 19:40-42; At 13:29; 1Co 15:3,4.<br /><br /><strong>42. Se Cristo morreu por nós, por que devemos nós morrer também?</strong><br /><br />R. Nossa morte não é para pagar nossos pecados(1), mas somente significa que morremos para o pecado e que passamos para a vida eterna (2).<br /><br />(1) Mc 8:37. (2) Jo 5:24; Rm 7:24,25; Fp 1:23.<br /><br /><strong>43. Que importância tem, para nós, o sacrifício e a morte de Cristo na cruz?</strong><br /><br />R. Pelo poder de Cristo, nosso velho homem é crucificado, morto e sepultado com Ele(1), para que os maus desejos da carne não mais nos dominem (2) , mas que nos ofereçamos a Ele, como sacrifício de gratidão (3).<br /><br />(1) Rm 6:6. (2) Rm 6:8,11,12. (3) Rm 12:1.<br /><br /><strong>44. Por que se acrescenta: "desceu ao inferno"?</strong><br /><br />R. Porque meu Senhor Jesus Cristo sofreu, principalmente na cruz inexprimíveis angústias, dores e terrores(1). Por isso, até nas minhas mais duras tentações, tenho a certeza de que Ele me libertou da angústia e do tormento do inferno (2).<br /><br />(1) Mt 26:38; Mt 27:46; Hb 5:7. (2) Is 53:5.<br /><br /><br /><strong>DOMINGO 17<br /></strong><br /><br /><strong>45. Que importância tem, para nós, a ressurreição de Cristo?<br /></strong><br />R. Primeiro: pela ressurreição, Ele venceu a morte, para que nós pudéssemos participar da justiça, que Ele conquistou por sua morte (1). Segundo: nos também, por seu poder, somos ressuscitados para a nova vida (2). Terceiro: a ressurreição de Cristo é uma garantia de nossa ressurreição em glória (3).<br /><br />(1) Rm 4:25; 1Co 15:16-18; 1Pe 1:3. (2) Rm 6:4; Cl 3:1-3; Ef 2:4-6; (3) Rm 8:11; 1Co 15:20-22.<br /><br /><br /><strong>DOMINGO 18<br /></strong><br /><br /><strong>46. O que você quer dizer com as palavras: "subiu ao céu"?</strong><br /><br />R. Que Cristo, à vista de seus discípulos, foi elevado da terra ao céu(1) e lá esta para nosso bem (2) , até que volte para julgar os vivos e os mortos (3).<br /><br />(1) Mt 16:19; Lc 24:51; At 1:9. (2) Rm 8:34; Ef 4:10; Cl 3:1; Hb 4:14; Hb 7:24,25; Hb 9:24. (3) Mt 24:30; At 1:11.<br /><br /><strong>47. Cristo, então, não está conosco até o fim do mundo, como nos prometeu(1)?</strong><br /><br />R. Cristo é verdadeiro homem e verdadeiro Deus. Segundo sua natureza humana não está agora na terra (2) , mas segundo sua divindade, majestade, graça e Espirito jamais se afasta de nós (3).<br /><br />(1) Mt 28:20. (2) Mt 26:11; Jo 16:28; Jo 17:11; At 3:21; Hb 8:4. (3) Mt 28:20; Jo 14:16-18; Jo 16:13; Ef 4:8.<br /><br /><strong>48. Mas se a natureza humana não está em todo lugar onde a natureza divina está, as duas naturezas de Cristo não são separadas uma da outra?<br /><br /></strong>R. De maneira nenhuma; a natureza divina de Cristo não pode ser limitada e está presente em todo lugar. Por isso, podemos concluir que a natureza divina dEle está na sua natureza humana e permanece pessoalmente unida a ela, embora também esteja fora dela (2).<br /><br />(1) Is 66:1; Jr 23:23,24; At 7:49; At 17:27,28. (2) Mt 28:6; Jo 3:13; Jo 11:15; Cl 2:8.<br /><br /><strong>49. Que importância tem, para nós, a ascensão de Cristo?<br /></strong><br />R. Primeiro: Ele é, no céu, nosso Advogado junto a seu Pai(1). Segundo: em Cristo temos nossa carne no céu, como garantia segura de que Ele, como nosso Cabeça, também nos levará para si, como seus membros (2). Terceiro: Ele nos envia seu Espírito, como garantia (3) , pelo poder do Espírito buscamos as coisas que são do alto, onde Cristo está sentado a direita de Deus, e não as coisas que são da terra (4).<br /><br />(1) Rm 8:34; 1Jo 2:1. (2) Jo 14:2,3; Jo 17:24; Ef 2:6. (3) Jo 14:16; Jo 16:7; At 2:33; 2Co 1:22; 2Co 5:5. (4) Fp 3:20; Cl 3:1.<br /><br /><br /><strong>DOMINGO 19</strong><br /><br /><br /><strong>50. Por que se acrescenta: "e está sentado à direita de Deus"?<br /></strong><br />R. Porque Cristo subiu ao céu para mani festar-se, lá mesmo, como o Cabeça de sua igreja cristã(1) e para governar tudo em nome de seu Pai (2).<br /><br />(1) Ef 1:20-23; Cl 1:18. (2) Mt 28:18; Jo 5:22.<br /><br /><strong>51. Que importância tem, para nós, essa glória de Cristo, nosso Cabeça?</strong><br /><br />R. Primeiro: por seu Espírito Santo, Ele derrama sobre nós, seus membros, os dons celestiais(1). Segundo: Ele nos defende e protege, por seu poder, contra todos os inimigos (2).<br /><br />(1) At 2:33; Ef 4:8,10-12. (2) Sl 2:9; Sl 110:1,2; Jo 10:28; Ef 4:8; Ap 12:5.<br /><br /><strong>52. Que consolo traz a você a volta de Cristo "para julgar os vivos e os mortos"?</strong><br /><br />R. Que, em toda miséria e perseguição, espero, de cabeça erguida, o Juiz que vem do céu, a saber: o Cristo que antes se apresentou em meu lugar ao tribunal de Deus e tirou de mim toda a maldição (1).<br /><br />Ele lançará, na condenação eterna, todos os seus e meus inimigos (2) , mas Ele me levará para si mesmo, com todos os eleitos na alegria e glória celestiais (3).<br /><br />(1) Lc 21:28; Rm 8:23,24; Fp 3:20; 1Ts 4:16; Tt 2:13. (2) Mt 25:41-43; 2Ts 1:6,8,9. (3) Mt 25:34-36; 2Ts 1:7,10. </div><div align="center"><br /><br /><br /><span style="font-size:130%;"><strong>DEUS ESPÍRITO SANTO E NOSSA SANTIFICAÇÃO</strong></span></div><div align="justify"><br /><br /><br /><strong>DOMINGO 20</strong><br /><br /><br /><strong>53. O que você crê sobre o Espírito Santo?</strong><br /><br />R. Primeiro: creio que Ele é verdadeiro e eterno Deus com o Pai e o Filho (1). Segundo: que Ele foi dado também a mim (2). Por uma verdadeira fé, Ele me torna participante de Cristo e de todos os seus benefícios (3). Ele me fortalece (4) e fica comigo para sempre (4).<br /><br />(1) Gn 1:2; At 5:3,4; 1Co 2:10; 1Co 3:16; 1Co 6:19. (2) Mt 28:19; 2Co 1:21,22 Gl 3:14; Gl 4:6; Ef 1:13. (3) Jo 16:14; 1Co 2:12; 1Pe 1:2. (4) Jo 15:26; At 9:31. (5) Jo 14:16,17; 1Pe 4:14.<br /><br /><br /><strong>DOMINGO 21</strong><br /><br /><br /><br /><strong>54. O que você crê sobre "a santa igreja universal de Cristo"?</strong><br /><br />R. Creio que o Filho de Deus (1) reúne, protege e conserva (2) , dentre todo o gênero humano (3) , sua comunidade (4) eleita para a vida eterna (5). Isto Ele fez por seu Espírito e sua Palavra (6) , na unidade da verdadeira fe (7) , desde o princípio do mundo até o fim (8). Creio que sou membro vivo (9) dessa igreja, agora e para semprel0).<br /><br />(1) Jo 10:11; Ef 4:11-13; Ef 5:25,26. (2) Sl 129:4,5; Mt 16:18; Jo 10:16,28. (3) Gn 26:4; Is 49:6; Rm 10:12,13; Ap 5:9. (4) Sl 111:1; At 20:28; Hb 12:22,23. (5) Rm 8:29,30; Ef 1:10-14; 1Pe 2:9. (6) Is 59:21; Rm 1:16; Rm 10:14-17; Ef 5:26. (7) Jo 17:21; At 2:42; Ef 4:3-6; 1Tm 3:15. (8) Is 59:21; 1Cor 11:26 (9) Rm 8:10; 1Jo 3:14,19-21. (10) Sl 23:6; Jo 10:28; Rm 8:35-39; 1Co 1:8,9; 1Pe 1:5; 1Jo 2:19.<br /><br /><strong>55. Como você entende as palavras: "a comunhão dos santos"?</strong><br /><br />R. Primeiro: entendo que todos os crentes, juntos e cada um por si, têm, como membros, comunhão com Cristo, o Senhor, e todos os seus ricos dons (1). Segundo: que todos devem sentir-se obrigados a usar seus dons com vontade e alegria para o bem dos outros membros (2).<br /><br />(1) Rm 8:32; 1Co 6:17; 1Co 12:12,13; 1Jo 1:3. (2) 1Co 12:21; 1Co 13:1-7; Fp 2:2-5.<br /><br /><strong>56. O que você crê sobre "a remissão dos pecados"?<br /></strong><br />R. Creio que Deus, por causa da satisfação em Cristo, jamais quer lembrar-se de meus pecados (1) e de minha natureza pecaminosa (2) , que devo combater durante toda a minha vida. Mas Ele me dá a justiça de Cristo (3) , pela graça, e assim nunca mais serei condenado por Deus (4).<br /><br />(1) Sl 103:3,10,12; Jr 31:34; Mq 7:19; 2Co 5:19. (2) Rm 7:23-25. (3) 2Co 5:21; 1Jo 1:7; 1Jo 2:1,2. (4) Jo 3:18; Jo 5:24.<br /><br /><br /><strong>DOMINGO 22</strong><br /><br /><br /><strong>57. Que consolo traz a você "a ressurreição da carne"?<br /></strong><br />R. Meu consolo é que depois desta vida minha alma será imediatamente elevada para Cristo, seu Cabeça (1). E que também esta minha carne, ressuscitada pelo poder de Cristo, será unida novamente à minha alma e se tornará semelhante ao corpo glorioso de Cristo (2).<br /><br />(1) Lc 16:22; Lc 20:37,38; Lc 23:43; Fp 1:21,23; Ap 14:13. (2) Jó 19:25-27; 1Co 15:53,54; Fp 3:21; 1Jo 3:2.<br /><br /><strong>58. Que consolo traz a você o artigo sobre a vida eterna ?</strong><br /><br />R. Meu consolo é que, como já percebo no meu coração o início da alegria eterna (1) , depois desta vida terei a salvação perfeita. Esta salvação nenhum olho jamais viu, nenhum ouvido ouviu e jamais surgiu no coração de alguém. Então louvarei a Deus eternamente (2).<br /><br />(1) Jo 17 3; 2Co 5:2,3. (2) Jo 17:24; 1Co 2:9. </div><div align="center"><br /><br /><br /><span style="font-size:130%;"><strong>A JUSTIFICAÇÃO</strong></span> </div><div align="justify"><br /><br /><strong>DOMINGO 23<br /></strong><br /><br /><br /><strong>59. Mas que proveito tem sua fé no Evangelho?</strong><br /><br />R. O proveito é que sou justo perante Deus, em Cristo, e herdeiro da vida eterna (1).<br /><br />(1) Hc 2:4; Jo 3:36; Rm 1:17.<br /><br /><strong>60. Como você é justo perante Deus?<br /></strong><br />R. Somente por verdadeira fé em Jesus Cristo (1).<br /><br />Mesmo que minha consciência me acuse de ter pecado gravemente contra todos os mandamentos de Deus, e de não ter guardado nenhum deles, e de ser ainda inclinado a todo mal (2) , todavia Deus me dá, sem nenhum mérito meu, por pura graça (3) , a perfeita satisfação, a justiça e a santidade de Cristo (4). Deus me trata (5) como se eu nunca tivesse cometido pecado algum ou jamais tivesse sido pecador; e, como se pessoalmente eu tivesse cumprido toda a obediência que Cristo cumpriu por mim (6). Este benefício é meu somente se eu o aceitar por fé, de todo o coração (7).<br /><br />(1) Rm 3:21-26; Rm 5:1,2; Gl 2:16; Ef 2:8,9; Fp 3:9. (2) Rm 3:9; Rm 7:23. (3) Dt 9:6; Ez 36:22; Rm 3:24; Rm 7:23-25; Ef 2:8; Tt 3:5. (4) 1Jo 2:1,2. (5) Rm 4:4-8; 2Co 5:19. (6) 2Co 5:21. (7) Jo 3:18; Rm 3:22.<br /><br /><strong>61. Por que você diz que é justo somente pela fé?</strong><br /><br />R. Eu o digo não porque sou agradável a Deus graças ao valor da minha fé, mas porque somente a satisfação por Cristo e a justiça e santidade dEle me justificam perante Deus (1). Somente pela fé posso aceitar e possuir esta justificação (2).<br /><br />(1) 1Co 1:30; 1Co 2:2. (2) 1Jo 5:10.<br /><br /><br /><strong>DOMINGO 24<br /></strong><br /><br /><strong>62. Mas por que nossas boas obras não nos podem justificar perante Deus, pelo menos em parte?<br /></strong><br />R. Porque a justiça que pode subsistir perante o juízo de Deus deve ser absolutamente perfeita e completamente conforme a lei de Deus (1). Entretanto, nesta vida, todas as nossas obras, até as melhores, são imperfeitas e manchadas por pecados (2).<br /><br />(1) Dt 27:26; Gl 3:10. (2) Is 64:6.<br /><br /><strong>63. Nossas boas obras, então, não têm mérito? Deus não promete recompensá-las, nesta vida e na futura?<br /></strong><br />R. Essa recompensa não nos é dada por mérito, mas por graça (1).<br /><br />(1) Lc 17:10.<br /><br /><strong>64. Mas essa doutrina não faz com que os homens se tornem descuidosos e ímpios?<br /></strong><br />R. Não, pois é impossível que aqueles que estão implantados em Cristo, por verdadeira fé, deixem de produzir frutos de gratidão (1).<br /><br />(1) Mt 7:18; Jo 15:5. </div><div align="center"><br /><br /><br /><span style="font-size:130%;"><strong>A PALAVRA E OS SACRAMENTOS</strong></span> </div><div align="justify"><br /><br /><br /><strong>DOMINGO 25</strong><br /><br /><br /><strong>65. Visto que somente a fé nos faz participar de Cristo e de todos os seus benefícios, de onde vem esta fé?</strong><br /><br />R. Vem do Espírito Santo (1) que a produz em nossos corações pela pregação do Evangelho (2) , e a fortalece pelo uso dos sacramentos (3).<br /><br />(1) Jo 3:5; 1Co 2:12; 1Co 12:3; Ef 1:17, 18; Ef 2:8; Fp 1:29. (2) At 16:14; Rm 10:17; 1Pe 1:23. (3) Mt 28:19.<br /><br /><strong>66. Que são sacramentos?<br /></strong><br />R. São visíveis e santos sinais e selos. Deus os instituiu para nos fazer compreender melhor e para garantir a promessa do Evangelho, pelo uso deles. Essa promessa é que Deus nos dá, de graça, o perdão dos pecados e a vida eterna, por causa do único sacrifício de Cristo na cruz (1).<br /><br />(1) Gn 17:11; Lv 6:25; Dt 30:6; Is 6:6,7; Is 54:9; Ez 20:12; Rm 4:11; Hb 9:7,9; Hb 9:24.<br /><br /><strong>67. Então, tanto a Palavra como os sacramentos têm a finalidade de apontar nossa fé para o sacrifício de Jesus Cristo na cruz, como o único fundamento de nossa salvação (1) ?<br /></strong><br />R. Sim, pois o Espírito Santo ensina no Evangelho e confirma pelos sacramentos que toda a nossa salvação está baseada no único sacrifício de Cristo na cruz.<br /><br />(1) Rm 6:3; Gl 3:27.<br /><br /><strong>68. Quantos sacramentos Cristo instituiu na nova aliança?<br /></strong><br />R. Dois: o santo batismo e a santa ceia. </div><div align="center"><br /><br /><br /><strong><span style="font-size:130%;">O SANTO BATISMO </span></strong></div><div align="justify"><br /><br /><br /><strong>DOMINGO 26<br /></strong><br /><br /><br /><strong>69. Como o batismo ensina e garante a você que o único sacrifício de Cristo na cruz é para seu bem?<br /></strong><br />R. Cristo instituiu essa lavagem com água (1) e acrescentou a promessa de lavar, com seu sangue e Espírito, a impureza da minha alma (isto é, todos os meus pecados) (2) tão certo como por fora fico limpo com a água que tira a sujeira do corpo.<br /><br />(1) Mt 28:19. (2) Mt 3:11; Mc 1:4; Mc 16:16; Lc 3:3; Jo 1:33; At 2:38; Rm 6:3,4; 1Pe 3:21.<br /><br /><strong>70. O que significa ser lavado com o sangue e o Espírito de Cristo?<br /></strong><br />R. Significa receber perdão dos pecados, pela graça de Deus, por causa do sangue de Cristo, que Ele derramou por nós, em seu sacrifício na cruz (1). Significa também ser renovado pelo Espírito Santo e santificado para ser membro de Cristo. Assim morremos mais e mais para o pecado e levamos uma vida santa e irrepreensível (2).<br /><br />(1) Ez 36:25; Zc 13:1; Hb 12:24; 1Pe 1:2; Ap 1:5; Ap 7:14. (2) Ez 36:26,27; Jo 1:33; Jo 3:5; Rm 6:4; 1Co 6:11; 1Co 12:13; Cl 2:11,12.<br /><br /><strong>71. Onde Cristo prometeu lavar-nos com seu sangue e seu Espírito, tão certo como somos lavados com a água do batismo?<br /></strong><br />R. Na instituição do batismo, onde Ele diz: "Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo" (Mateus 28:19). "Quem crer e for batizado será salvo; quem, porem, não crer será condenado" (Marcos 16:16). Esta promessa se repete também onde a Escritura chama o batismo de "lavagem da regeneração" (Tito 3:5) e de "purificação dos pecados" (Atos 22:16).<br /><br /><br /><strong>DOMINGO 27<br /></strong><br /><br /><strong>72. Então, a própria água do batismo é a purificação dos pecados?<br /></strong><br />R. Não (1) , pois somente o sangue de Jesus Cristo e o Espírito Santo nos purificam de todos os pecados (2).<br /><br />(1) Mt 3:11; Ef 5:26; 1Pe 3:21. (2) 1Co 6:11; 1Jo 1:7.<br /><br /><strong>73. Por que, então, o Espírito Santo chama o batismo "lavagem da regeneração" e "purificação dos pecados"?<br /></strong><br />R. É por motivo muito sério que Deus fala assim. Ele nos quer ensinar que nossos pecados são tirados pelo sangue e Espírito de Cristo assim como a sujeira do corpo é tirada por água (1). E, ainda mais, Ele nos quer assegurar por este divino sinal e garantia que somos lavados espiritualmente dos nossos pecados tão realmente como nosso corpo fica limpo com água (2).<br /><br />(1) 1Co 6:11; Ap 1:5; Ap 7:14. (2) Mt 16:16; Gl 3:27.<br /><br /><strong>74. As crianças pequenas devem ser batizadas?<br /></strong><br />R. Devem, sim, porque tanto as crianças como os adultos pertencem à aliança de Deus e à sua igreja (1). Também a elas como aos adultos são prometidos, no sangue de Cristo, a salvação do pecado e o Espírito Santo que produz a fé (2).<br /><br />Por isso, as crianças, pelo batismo como sinal da aliança, devem ser incorporadas à igreja cristã e distinguidas dos filhos dos incrédulos (3). Na época do Antigo Testamento se fazia isto pela circuncisão (4). No Novo Testamento foi instituído o batismo, no lugar da circuncisão (5).<br /><br />(1) Gn 17:7. (2) Sl 22:10; Is 44:1-3; Mt 19:14; At 2:39. (3) At 10:47. (4) Gn 17:14. (5) Cl 2:11,12. </div><div align="center"><br /><br /><br /><strong><span style="font-size:130%;">A SANTA CEIA</span></strong> </div><div align="justify"><br /><br /><br /><strong>DOMINGO 28</strong><br /><br /><br /><strong>75. Como a santa ceia ensina e garante que você tem parte no único sacrifício de Cristo na cruz e em todos os seus benefícios?<br /></strong><br />R. Da seguinte maneira: Cristo me mandou, assim como a todos os fiéis, comer do pão partido e beber do cálice, em sua memória. E Ele acrescentou esta promessa: Primeiro, que, por mim, seu corpo foi sacrificado na cruz e que, por mim, seu sangue foi derramado, tão certo como vejo com meus olhos que o pão do Senhor é partido para mim e o cálice me é dado. Segundo, que Ele mesmo alimenta e sacia minha alma para a vida eterna com seu corpo crucificado e seu sangue derramado, tão certo como recebo da mão do ministro e tomo com minha boca o pão e o cálice do Senhor. Eles são sinais seguros do corpo e do sangue de Cristo (1).<br /><br />(1) Mt 26:26-28; Mc 14:22-24; Lc 22:19,20; 1Co 10:16,17; 1Co 11:23-25.<br /><br /><strong>76. O que significa comer o corpo cruci ficado de Cristo e beber seu sangue derramado?<br /></strong><br />R. Significa aceitar com verdadeira fé todo o sofrimento e morte de Cristo e assim receber o perdão dos pecados e a vida eterna (1). Significa também ser unido cada vez mais ao santo corpo de Cristo (2) , pelo Espírito Santo que habita tanto nEle como em nós. Assim somos carne de sua carne e osso de seus ossos (3) mesmo que Cristo esteja no céu (4) e nós na terra; e vivemos eternamente e somos governados por um só Espírito, como os membros do nosso corpo o são por uma só alma (5).<br /><br />(1) Jo 6:35,40,47-54. (2) Jo 6:55,56. (3) Jo 14:23; 1Co 6:15,17,19; Ef 3:16,17; Ef 5:29,30; 1Jo 3:24; 1Jo 4:13. (4) At 1:9,11; At 3:21; 1Co 11:26; Cl 3:1. (5) Jo 6:57; Jo 15:1-6; Ef 4:15,16.<br /><br /><strong>77. Onde Cristo prometeu alimentar e saciar os fieis com seu corpo e seu sangue, tão certo como eles comem do pão partido e bebem do cálice?<br /><br /></strong>R. Nas palavras da instituição da ceia, que são :"O Senhor Jesus, na noite em que foi traído, tomou o pão; e, tendo dado graças, o partiu e disse: Isto é o meu corpo que é dado por vós; fazei isto em memória de mim. Por semelhante modo, depois de haver ceado, tomou também o cálice, dizendo: Este cálice é a nova aliança no meu sangue; fazei isto, todas as vezes que o beberdes, em memória de mim. Porque todas as vezes que comerdes este pão e beberdes o cálice, anunciais a morte do Senhor, até que ele venha" (1Coríntios 11:23-2 (6). O apóstolo Paulo já se tinha referido a esta promessa, dizendo: "Porventura o cálice da bênção que abençoamos, não é a comunhão do sangue de Cristo? O pão que partimos, não é a comunhão do corpo de Cristo? Porque nós, embora muitos, somos unicamente um pão, um só corpo; porque todos participamos do único pão" (1Coríntios 10:16,1) (7).<br /><br />(1) Mt 26:26-28; Mc 14:22-24; Lc 22-19,20.<br /><br /><br /><strong>DOMINGO 29<br /></strong><br /><br /><strong>78. Pão e vinho, então, se transformam no próprio corpo e sangue de Cristo?</strong><br /><br />R. Não (1). Neste ponto há igualdade entre o batismo e a ceia. A água do batismo não se transforma no sangue de Cristo, nem tira os pecados. Ela é somente um sinal divino e uma garantia disto (2). Igualmente o pão da santa ceia não se transforma no próprio corpo de Cristo (3) , mesmo que seja chamado "corpo de Cristo", conforme a natureza e o uso dos sacramentos (4).<br /><br />(1) Mt 26:29. (2) Ef 5:26; Tt 3:5. (3) 1Co 10:16; 1Co 11:26. (4) Gn 17:10,11; Êx 12: 11,13; Êx 12:26,27; Êx 13:9; Êx 24:8; At 22:16; 1Co 10:1-4; 1Pe 3:21.<br /><br /><strong>79. Por que, então, Cristo chama o pão "seu corpo" e o cálice "seu sangue" ou "a nova aliança em seu sangue", e por que Paulo fala sobre "a comunhão do corpo e do sangue de Cristo"?<br /></strong><br />R. É por motivo muito sério que Cristo fala assim. Ele nos quer ensinar que seu corpo crucificado e seu sangue derramado são o verdadeiro alimento e bebida de nossas almas para a vida eterna, assim como pão e vinho mantêm a vida temporária (1). E, ainda mais, Ele nos quer assegurar por estes visíveis sinais e garantias,primeiro: que participamos de seu corpo e sangue, pela obra do Espírito Santo, tão realmente como recebemos com nossa própria boca estes santos sinais, em memória dEle (2) ;e segundo: que todo o seu sofrimento e obediência são nossos, tão certo, como se nós mesmos tivéssemos sofrido e pago por nossos pecados.<br /><br />(1) Jo 6:51,53-55. (2) 1Co 10:16.<br /><br /><br /><strong>DOMINGO 30<br /></strong><br /><br /><strong>80. Que diferença há entre a ceia do Senhor e a missa do papa?<br /></strong><br />R. A ceia do Senhor nos testemunha que temos completo perdão de todos os nossos pecados, pelo único sacrifício de Jesus Cristo, que Ele mesmo, uma única vez, realizou na cruz (1) ; e também que, pelo Espírito Santo, somos incorporados a Cristo, que agora, com seu verdadeiro corpo, não está na terra mas no céu, à direita do Pai (3) e lá quer ser adorado por nós (4). A missa, porem, ensina que Cristo deve ser sacrificado todo dia, pelos sacerdotes na missa, em favor dos vivos e dos mortos, e que estes, sem a missa, não tem perdão dos pecados pelo sofrimento de Cristo; e também, que Cristo está corporalmente presente sob a forma de pão e vinho e, por isso, neles deve ser adorado. A missa, então, no fundo, não é outra coisa senão a negação do único sacrifício e sofrimento de Cristo e uma idolatria abominável (5).<br /><br />(1) Mt 26:28; Lc 22:19,20; Jo 19:30; Hb 7:26,27; Hb 9:12; Hb 9:25-28; Hb 10:10,12,14. (2) 1Co 6:17; 1Co 10:16,17. (3) Jo 20:17; Cl 3:1; Hb 1:3; Hb 8:1,2. (4) At 7:55,56; Fp 3:20; Cl 3:1; 1Ts 1:10. (5) Hb 9:26; Hb 10:12,14.<br /><br /><strong>81. Quem deve vir a santa ceia?</strong><br /><br />R. Aqueles que se aborrecem de si mesmos por causa dos seus pecados, mas confiam que estes lhes foram perdoados por amor de Cristo e que, também, as demais fraquezas são cobertas por seu sofrimento e sua morte; e que desejam, cada vez mais, fortalecer a fé e corrigir-se na vida. Mas os pecadores impenitentes e os hipócritas comem e bebem para sua própria condenação (1).<br /><br />(1) 1Co 10:19-22; 1Co 11:28,29.<br /><br /><strong>82. Podem vir a essa ceia também aqueles que, por sua confissão e vida, se mostram incrédulos e ímpios?<br /></strong><br />R. Não, porque assim é profanada a aliança de Deus e é provocada sua ira sobre toda a congregação (1). Por isso, a igreja cristã tem a obrigação, conforme o mandamento de Cristo e de seus apóstolos, de excluir tais pessoas, pelas chaves do reino dos céus, até que demonstrem arrependimento.<br /><br />(1) Sl 50:16; Is 1:11-15; Is 66:3; Jr 7:21-23; 1Co 11:20,34.<br /><br /><br /><strong>DOMINGO 31<br /></strong><br /><br /><strong>83. Que são as chaves do reino dos céus?</strong><br /><br />R. A pregação do santo Evangelho e a disciplina cristã. É por estes dois meios que o reino dos céus se abre para aqueles que crêem e se fecha para aqueles que não crêem (1).<br /><br />(1) Mt 16:18,19; Mt 18:15-18.<br /><br /><strong>84. Como se abre e se fecha o reino dos céus pela pregação do santo Evangelho?</strong><br /><br />R. Conforme o mandamento de Cristo, se proclama e testifica aos crentes, a todos juntos e a cada um deles, que todos os seus pecados realmente lhes são perdoados por Deus, pelo mérito de Cristo, sempre que aceitam a promessa do Evangelho com verdadeira fé. Mas a todos os incrédulos e hipócritas se proclama e testifica que a ira de Deus e a condenação permanecem sobre eles, enquanto não se converterem (1). Segundo este testemunho do Evangelho Deus julgará todos, nesta vida e na futura.<br /><br />(1) Mt 16:19; Jo 20:21-23.<br /><br /><strong>85. Como se fecha e se abre o reino dos céus pela disciplina cristã?</strong><br /><br />R. Conforme o mandamento de Cristo, aqueles que, com o nome de cristãos, se comportam na doutrina ou na vida como não-cristãos, são fraternalmente advertidos, repetidas vezes. Se não querem abandonar seus erros ou maldades, são denunciados à igreja e aos que, pela igreja, foram ordenados para este fim. Se não dão atenção nem a admoestação destes, não são mais admitidos aos sacramentos e, assim, excluídos da congregação de Cristo, e, pelo próprio Deus, do reino de Cristo. Eles voltam a ser recebidos como membros de Cristo e da sua igreja, quando realmente prometem e demonstram verdadeiro arrependimento (1).<br /><br />(1) Mt 18:15-18; 1Co 5:3-5,11; 2Co 2:6-8; 2Ts 3:14,15; 1Tm 5:20; 2Jo :10,11. </div><div align="center"><br /><br /><br /><strong><span style="font-size:130%;">PART 3: NOSSA GRATIDÃO</span></strong> </div><div align="justify"><br /><br /><br /><strong>DOMINGO 32<br /></strong><br /><br /><br /><br /><strong>86. Visto que fomos libertados de nossa miséria, por Cristo, sem mérito algum de nossa parte, somente pela graça, por que ainda devemos fazer boas obras?<br /></strong><br />R. Primeiro: porque Cristo não somente nos comprou e libertou com seu sangue, mas também nos renova, à sua imagem, por seu Espírito Santo, para que mostremos, com toda a nossa vida, que somos gratos a Deus por seus benefícios (1) , e para que Ele seja louvado por nós (2). Segundo: para que, pelos frutos da fé, tenhamos a certeza de que nossa fé é verdadeira (3) e para que ganhemos nosso próximo para Cristo, pela vida cristã que levamos (4).<br /><br />(1) Rm 6:13; Rm 12:1,2; 1Co 6:20; 1Pe 2:5,9. (2) Mt 5:16; 1Pe 2:12. (3) Mt 7:17,18; Gl 5:6,22; 2Pe 1:10. (4) Mt 5:16; Rm 14:18,19; 1Pe 3:1,2.<br /><br /><strong>87. Não podem ser salvos, então, aqueles que continuam vivendo sem Deus e sem gratidão e não se convertem a Ele?<br /></strong><br />R. De maneira alguma, porque a Escritura diz que nenhum impuro, idólatra, adúltero, ladrão, avarento, bêbado, maldizente, assaltante ou semelhante herdará o reino de Deus (1).<br /><br />(1) 1Co 6:9,10; Ef 5:5,6; 1Jo 3:14,15.<br /><br /><br /><strong>DOMINGO 33<br /></strong><br /><br /><strong>88. Quantas partes há na verdadeira conversão do homem?</strong><br /><br />R. Duas: a morte do velho homem e o nascimento do novo homem (1).<br /><br />(1) Rm 6:4-6; 1Co 5:7; 2Co 7:10; Ef 4:22-24; Cl 3:5-10.<br /><br /><strong>89. O que é a morte do velho homem?</strong><br /><br />R. É a profunda tristeza por causa dos pecados e a vontade de odiá-los e evitá-los, cada vez mais (1).<br /><br />(1) Jl 2:13; Rm 8:13.<br /><br /><strong>90. O que é o nascimento do novo homem?<br /></strong><br />R. É a alegria sincera em Deus, por Cristo (1) , e o forte desejo de viver conforme a vontade de Deus em todas as boas obras (2).<br /><br />(1) Is 57:15; Rm 5:1,2; Rm 14:17. (2) Rm 6:10,11; Gl 2:19,20.<br /><br /><strong>91. Que são boas obras?</strong><br /><br />R. São somente aquelas que são feitas com verdadeira fé (1) conforme a lei de Deus (2) e para sua glória (5) ; não são aquelas que se baseiam em nossa própria opinião ou em tradições humanas (4).<br /><br />(1) Rm 14:23. (2) Lv 18:4; 1Sm 15:22; Ef 2:10. (3) 1Co 10:31. (4) Is 29:13,14; Ez 20:18,19; Mt 15:7-9. </div><div align="center"><br /><br /><br /><span style="font-size:130%;"><strong>OS DEZ MANDAMENTOS</strong></span> </div><div align="justify"><br /><br /><br /><strong>DOMINGO 34<br /></strong><br /><br /><strong>92. Que diz a lei do SENHOR?<br /></strong><br />R. Deus falou todas estas palavras (Êxodo 20:1-17; Deuteronômio 5:6-2 (1) :<br /><br />"Eu sou o SENHOR teu Deus, que te tirei da terra do Egito, da casa da servidão. "<br /><br />Primeiro mandamento: "Não terás outros deuses diante de mim. "<br /><br />Segundo mandamento: "Não farás para ti imagem de escultura, nem semelhança alguma do que há em cima nos céus, nem em baixo na terra, nem nas águas debaixo da terra. Não as adorarás, nem lhes darás culto; porque eu sou o SENHOR teu Deus, Deus zeloso, que visito a iniqüidade dos pais nos filhos até a terceira e quarta geração daqueles que me aborrecem, e faço misericórdia até mil gerações daqueles que me amam e guardam os meus mandamentos. "<br /><br />Terceiro mandamento: "Não tomarás o nome do SENHOR teu Deus em vão, porque o SENHOR não terá por inocente o que tomar seu nome em vão. "<br /><br />Quarto mandamento: "Lembra-te do dia de descanso, para o santificar. Seis dias trabalharás, e farás toda a tua obra. Mas o sétimo dia é o sábado do SENHOR teu Deus; não farás nenhum trabalho, nem tu, nem teu filho, nem tua filha, nem o teu servo, nem a tua serva, nem o teu animal, nem o forasteiro das tuas portas para dentro; porque em seis dias fez o SENHOR os céus e a terra, o mar e tudo o que neles há, e ao sétimo dia descansou: por isso o SENHOR abençoou o dia de sábado, e o santificou. "<br /><br />Quinto mandamento: "Honra a teu pai e a tua mãe, para que se prolonguem os teus dias na terra que o SENHOR teu Deus te dá. "<br /><br />Sexto mandamento: "Não matarás. "<br /><br />Sétimo mandamento: "Não adulterarás. "<br /><br />Oitavo mandamento: "Não furtarás. "<br /><br />Nono mandamento: "Não dirás falso testemunho contra o teu próximo. "<br /><br />Décimo mandamento: "Não cobiçarás a casa do teu próximo. Não cobiçarás a mulher do teu próximo, nem o seu servo, nem a sua serva, nem o seu boi, nem o seu jumento, nem coisa alguma que pertença ao teu próximo".<br /><br /><strong>93. Como se dividem estes Dez Mandamentos?</strong><br /><br />R. Em duas partes (1). A primeira nos ensina, em quatro mandamentos, como devemos viver diante de Deus; a segunda nos ensina, em seis mandamentos, as nossas obrigações para com nosso próximo (2).<br /><br />(1) Êx 31:18; Dt 4:13; Dt 10:3,4. (2) Mt 22:37-40.<br /><br /><strong>94. O que Deus ordena no primeiro mandamento?</strong><br /><br />R. Primeiro: para não perder minha salvação, devo evitar e fugir de toda idolatria (1) , feitiçaria, adivinhação e superstição (2). Também não posso invocar os santos ou outras criaturas (3). Segundo: devo reconhecer devidamente o único e verdadeiro Deus (4) , confiar somente nEle (5) , me submeter somente a Ele (6) com toda humildade (7) e paciência. Devo amar (8) , temer (9) e honrar (10) a Deus de todo o coração, e esperar todo o bem somente dEle (11). Em resumo, devo renunciar a todas as criaturas e não fazer a menor coisa contra a vontade de Deus (12).<br /><br />(1) 1Co 6:10; 1Co 10:7,14; 1Jo 5:21. (2) Lv 19:31; Dt 18:9-12. (3) Mt 4:10; Ap 19:10; Ap 22:8,9. (4) Jo 17:3. (5) Jr 17:5,7. (6) Rm 5:3-5; 1Co 10:10; Fp 2:14; Cl 1:11; Hb 10:36. (7) 1Pe 5:5. (8) Dt 6:5; Mt 22:37,38. (9) Dt 6:2; Sl 111:10; Pv 1:7; Pv 9:10; Mt 10:28. (10) Dt 10:20; Mt 4:10. (11) Sl 104:27-30; Is 45:7; Tg 1:17. (12) Mt 5:29,30; Mt 10:37-39; At 5:29.<br /><br /><strong>95. Que é idolatria?</strong><br /><br />R. Idolatria é inventar ou ter alguma coisa em que se deposite confiança, em lugar ou ao lado do único e verdadeiro Deus, que se revelou em sua Palavra (1).<br /><br />(1) 1Cr 16:26; Is 44:16,17; Jo 5:23; Gl 4:8; Ef 2:12; Ef 5:5; Fp 3:19; 1Jo 2:23; 2Jo :9.<br /><br /><br /><strong>DOMINGO 35<br /></strong><br /><br /><br /><strong>96. O que Deus exige no segundo mandamento?<br /></strong><br />R. Não podemos, de maneira alguma, representar Deus por imagem ou figura (1). Devemos adorá-Lo somente da maneira que Ele ordenou em sua palavra (2).<br /><br />(1) Dt 4:15,16; Is 40:18,19,25; At 17:29; Rm 1:23-25. (2) Dt 12:30-32; lSm 15:23; Mt 15:9.<br /><br /><strong>97. Não se pode fazer imagem alguma?</strong><br /><br />R. Não se pode nem deve fazer nenhuma imagem de Deus. As criaturas podem ser representadas, mas Deus nos proíbe fazer ou ter imagens delas para adorá-las ou para servir a Deus por meio delas (1).<br /><br />(1) Êx 34:13,14,17; Dt 12:3,4; Dt 16:22; 2Rs 18:4 Is 40:25.<br /><br /><strong>98. Mas não podem ser toleradas as imagens nas igrejas como ‘livros para ignorantes’?<br />R. Não, porque não devemos ser mais sábios do que Deus. Ele não quer ensinar a seu povo por meio de ídolos mudos (1) , mas pela pregação viva de sua Palavra (2).<br /></strong><br />(1) Jr 10:5,8; Hc 2:18,19. (2) Rm 10:14-17; 2Tm 3:16,17; 2Pe 1:19.<br /><br /><br /><br /><strong>DOMINGO 36<br /></strong><br /><br /><strong>99. O que Deus exige no terceiro mandamento?<br /></strong><br />R. Não devemos blasfemar ou profanar o santo nome de Deus por maldições (1) ou juramentos falsos (2) nem por juramentos desnecessários (3). Também não devemos tomar parte em pecados tão horríveis, ficando calados quando os ouvimos (4). Em resumo, devemos usar o santo nome de Deus somente com temor e reverencia (5) a fim de que Ele, por nós, seja devidamente confessado (6) , invocado (7) e glorificado por todas as nossas palavras e obras (8).<br /><br />(1) Lv 24:15,16. (2) Lv 19:12. (3) Mt 5:37; Tg 5:12. (4) Lv 5:1; Pv 29:24. (5) Is 45:23; Jr 4:2. (6) Mt 10:32; Rm 10:9,10. (7) Sl 50:15; 1Tm 2:8. (8) Rm 2:24; Cl 3:17; lTm 6:1.<br /><br /><strong>100. Será que blasfemar o nome de Deus por juramentos e maldições é um pecado tão grande, que Deus se ira também contra aqueles que não se esforçam para impedir e proibir tal coisa?<br /></strong><br />R. Claro que sim, pois não há pecado maior ou que mais provoque a ira de Deus do que blasfemar seu nome. Por isso, Ele mandava castigar este pecado com a pena da morte (1).<br /><br />(1) Lv 24:16; Ef 5:11.<br /><br /><br /><strong>DOMINGO 37</strong><br /><br /><br /><strong>101. Mas não podemos nós, de modo piedoso, fazer juramento em nome de Deus?</strong><br /><br />R. Podemos sim, quando as autoridades o exigirem ou quando for preciso, para manter e promover a fidelidade e a verdade, para a glória de Deus e o bem-estar do próximo. Por tal juramento está baseado na Palavra de Deus (1) e era praticado, com razão, pelos santos do Antigo e Novo Testamento (2).<br /><br />(1) Dt 6:13; Dt 10:20; Hb 6:16. (2) Gn 21:24; Gn 31:53; 1Sm 24:22,23; 2Sm 3:35; 1Rs 1:29,30; Rm 1:9; Rm 9:1; 2Co 1:23.<br /><br /><strong>102. Podemos jurar também pelos santos ou por outras criaturas?<br /></strong><br />R. Não, porque o juramento legítimo é uma invocação a Deus, para que Ele, o único que conhece os corações, testemunhe a verdade e nos castigue, se jurarmos falsamente. (1) Tal honra não pertence a criatura alguma (2).<br /><br />(1) Rm 9:1; 2Co 1:23. (2) Mt 5:34-36; Tg 5:12.<br /><br /><br /><strong>DOMINGO 38<br /></strong><br /><br /><strong>103. O que Deus ordena no quarto mandamento?<br /></strong><br />R. Primeiro: o ministério do Evangelho e as escolas cristãs devem ser mantidos (1) , e eu devo reunir-me fielmente com o povo de Deus, especialmente no dia de descanso (2) , para conhecer a palavra de Deus (3) , para participar dos sacramentos (4) , para invocar publicamente ao Senhor Deus (5) e para praticar a caridade cristã para com os necessitados (6). Segundo: eu devo, todos os dias da minha vida, desistir das más obras, deixando o Senhor operar em mim, por seu Espírito. Assim começo nesta vida o descanso eterno (7).<br /><br />(1) 1Co 9:13,14; 1Tm 3:15; 2Tm 2:2; 2Tm 3:14,15; Tt 1:5. (2) Lv 23:3; Sl 40:9,10; Sl 122:1; At 2:42,46. (3) 1Co 14:1,3; lTm 4:13; Ap 1:3. (4) At 20:7; 1Co 11:33. (5) 1Co 14:16; 1Tm 2:1-4. (6) Dt 15:11; 1Co 16:1,2; 1Tm 5:16. (7) Hb 4:9,10.<br /><br /><br /><strong>DOMINGO 39</strong><br /><br /><br /><strong>104. O que Deus exige no quinto mandamento?</strong><br /><br />R. Devo prestar toda honra, amor e fidelidade a meu pai e a minha mãe e a todos os meus superiores; devo submeter-me à sua boa instrução e disciplina com a devida obediência (1) , e também ter paciência com seus defeitos (2) ; porque Deus nos quer governar pelas mãos deles (3).<br /><br />(1) Êx 21:17; Pv 1:8; Pv 4:1; Pv 15:20; Pv 20:20; Rm 13:1; Ef 5:22; Ef 6:1,2,5; Cl 3:18,20,22. (2) Pv 23:22; 1Pe 2:18. (3) Mt 22:21; Rm 13:2,4; Ef 6:4; Cl 3:20.<br /><br /><br /><strong>DOMINGO 40<br /></strong><br /><br /><strong>105. O que Deus exige no sexto mandamento?<br /></strong><br />R. Eu não devo desonrar, odiar, ofender ou matar meu proximo (1) , por mim mesmo ou através de outros. Isto não posso fazer, nem por pensamentos, palavras, ou gestos e muito menos por atos. Mas devo abandonar todo desejo de vingança (2) , não fazer mal a mim mesmo ou, de propósito, colocar-me em perigo (3).<br /><br />Por isso as autoridades dispõem das armas para impedir homicídios (4).<br /><br />(1) Gn 9:6; Mt 5:21,22; Mt 26:52. (2) Mt 5:25; Mt 18:35; Rm 12:19; Ef 4:26. (3) Mt 4:7; Cl 2:23. (4) Gn 9:6; Êx 21:14; Rm 13:4.<br /><br /><strong>106. Este mandamento trata somente de matar?</strong><br /><br />R. Não, proibindo o homicídio, Deus nos ensina que Ele detesta a raiz do homicídio, a saber: a inveja (1) , o ódio (2) , a ira (3) e o desejo de vingança. Ele considera tudo isto homicídio (4).<br /><br />(1) Sl 37:8; Pv 14:30; Rm 1:29. (2) 1Jo 2:9-11. (3) Tg 1:20; Gl 5:19-21. (4) 1Jo 3:15.<br /><br /><strong>107. Mas é suficiente não matar nosso próximo?</strong><br /><br />R. Não, porque Deus, condenando a inveja, o ódio e a ira, manda que amemos nosso próximo como a nós mesmos (1) e mostremos paciência, paz, mansidão, misericórdia e gentileza para com ele (2). Devemos evitar seu prejuízo, tanto quanto possível (3) , e fazer bem até aos nossos inimigos (4).<br /><br />(1) Mt 7:12; Mt 22:39; Rm 12:10. (2) Mt 5:5,7; Lc 6:36; Rm 12:18; Gl 6;1,2; Ef 4:1-3; Cl 3:12; 1Pe 3:8. (3) Êx 23:5. (4) Mt 5:44,45; Rm 12:20,21.<br /><br /><br /><br /><strong>DOMINGO 41<br /></strong><br /><br /><strong>108. O que o sétimo mandamento nos ensina?</strong><br /><br />R. Toda impureza sexual é amaldiçoada por Deus (1). Por isso, devemos detestá-la profundamente e viver de maneira pura e disciplinada (2) , sejamos casados ou solteiros (3).<br /><br />(1) Lv 18:27-29. (2) 1Ts 4:3-5. (3) Ml 2:16; Mt 19:9; 1Co 7:10,11; Hb 13:4.<br /><br /><strong>109. Mas Deus, neste mandamento, proíbe somente adultério e outros pecados vergonhosos?<br /></strong><br />R. Não, pois como nosso corpo e nossa alma são o templo do Espírito Santo, Deus quer que os conservemos puros e santos (1). Por isso, Ele proíbe todos os atos, gestos, palavras (2) , pensamentos e desejos (3) impuros e tudo o que possa atrair o homem para tais pecados (4).<br /><br />(1) 1Co 6:18-20. (2) Dt 22:20-29; Ef 5:3,4. (3) Mt 5:27,28. (4) 1Co 15:33; Ef 5:18.<br /><br /><br /><strong>DOMINGO 42</strong><br /><br /><br /><strong>110. O que Deus proíbe no oitavo mandamento?<br /></strong><br />R. Deus não somente proíbe o furto (1) e o roubo (2) que as autoridades castigam, mas também classifica como roubo todos os maus propósitos e as práticas maliciosas, através dos quais tentamos nos apropriar dos bens do próximo (3) , seja por força, seja por aparência de direito, a saber: falsificação de peso, de medida, de mercadoria e de moeda (4) , seja por juros exorbitantes ou por qualquer outro meio, proibido por Deus (5). Também proíbe toda avareza (6) bem como todo abuso e desperdício de suas dádivas (7).<br /><br />(1) 1Co 6:10. (2) Lv 19:13. (3) Lc 3:14; 1Co 5:10. (4) Dt 25:13-15; Pv 11:1; Pv 16:11; Ez 45:9-12. (5) Sl 15:5; Lc 6:35. (6) 1Co 6:10. (7) Pv 21:20; Pv 23:20,21.<br /><br /><strong>111. Mas o que Deus ordena neste mandamento?</strong><br /><br />R. Devo promover tanto quanto possível, o bem do meu próximo e tratá-lo como quero que outros me tratem (1). Além disto, devo fazer fielmente meu trabalho para que possa ajudar ao necessitado (2).<br /><br />(1) Mt 7:12. (2) Ef 4:28.<br /><br /><br /><strong>DOMINGO 43</strong><br /><br /><br /><strong>112. O que Deus exige no nono mandamento?</strong><br /><br />R. Jamais posso dar falso testemunho contra meu próximo (1) , nem torcer suas palavras (2) ou ser mexeriqueiro ou caluniador (3). Também não posso ajudar a condenar alguém levianamente, sem o ter ouvido (4). Mas devo evitar toda mentira e engano, obras próprias do diabo (5) , para Deus não ficar aborrecido comigo (6). Em julgamentos e em qualquer outra ocasião, devo amar a verdade, falar a verdade e confessá-la francamente (7). Também devo defender e promover, tanto quanto puder, a honra e a boa reputação de meu próximo (8).<br /><br />(1) Pv 19:5,9; Pv 21:28. (2) Sl 50:19,20. (3) Sl 15:3; Rm 1:30. (4) Mt 7:1,2; Lc 6:37. (5) Jo 8:44. (6) Pv 12:22. (7) 1Co 13:6; Ef 4:25. (8) 1Pe 4:8.<br /><br /><br /><strong>DOMINGO 44</strong><br /><br /><br /><strong>113. O que Deus exige no décimo mandamento?</strong><br /><br />R. Jamais pode surgir em nosso coração o menor desejo ou pensamento contra qualquer mandamento de Deus. Pelo contrário, devemos sempre, de todo o coração odiar todos os pecados e amar toda justiça (1).<br /><br />(1) Rm 7:7.<br /><br /><strong>114. Mas aqueles que se converteram a Deus, podem guardar perfeitamente estes mandamentos?<br /></strong><br />R. Não, não podem, porque nesta vida até os mais santos deles apenas começam a guardar os mandamentos (1). Entretanto, começam, com sério propósito, a viver não somente conforme alguns, mas conforme todos os mandamentos de Deus (2).<br /><br />(1) Ec 7:20; Rm 7:14,15; 1Co 13:9; 1Jo 1:8,10. (2) Sl 1:2; Rm 7:22; 1Jo 2:3.<br /><br /><strong>115. Para que, então, manda Deus pregar os Dez Mandamentos tão rigorosamente, já que ninguém pode guardá-los nesta vida?<br /></strong><br />R. Primeiro: para que, durante toda a vida, conheçamos cada vez melhor nossa natureza pecaminosa (1) e, por isso, ainda mais desejemos buscar, em Cristo, o perdão dos pecados e a justiça (2). Segundo: para que sempre sejamos zelosos e oremos a Deus pela graça do Espírito Santo, a fim de que sejamos cada vez mais renovados segundo a imagem de Deus até que, depois desta vida, alcancemos o objetivo, a saber: a perfeição (3).<br /><br />(1) Sl 32:5; Rm 3:20; 1Jo 1:9. (2) Mt 5:6; Rm 7:24,25. (3) 1Co 9:24; Fp 3:12-14. </div><div align="center"><br /><br /><br /><span style="font-size:130%;"><strong>A ORAÇÃO</strong></span> </div><div align="justify"><br /><br /><br /><strong>DOMINGO 45<br /></strong><br /><br /><strong>116. Por que a oração e necessária aos cristãos?</strong><br /><br />R. Porque a oração é a parte principal da gratidão, que Deus requer de nós (1). Além disto, Deus quer conceder sua graça e seu Espírito Santo somente aos que continuamente Lhe pedem e agradecem, de todo o coração (2).<br /><br />(1) Sl 50:14,15. (2) Mt 7:7,8; Lc 11:9,10; 1Ts 5:17,18.<br /><br /><strong>117. Como devemos orar, para que a oração seja agradável a Deus e Ele nos ouça?</strong><br /><br />R. Primeiro: devemos invocar, de todo o coração (1) , o único e verdadeiro Deus, que se revelou a nós em sua palavra (2) , e orar por tudo o que Ele nos ordenou pedir (3). Segundo: devemos muito bem conhecer nossa necessidade e miséria (4) , a fim de nos humilharmos perante sua majestade (5). Terceiro: devemos ter a plena certeza (6) de que Deus, apesar de nossa indignidade, quer atender à nossa oração (7) , por causa de Cristo, como Ele prometeu em sua Palavra (8).<br /><br />(1) Sl 145:18-20; Tg 4:3,8. (2) Jo 4:22-24; Ap 19:10. (3) Rm 8:26; Tg 1:5; 1Jo 5:14. (4) 2Cr 20:12; Sl 143:2. (5) Sl 2:11; Sl 51:17; Is 66:2. (6) Rm 8:15,16; Rm 10:14; Tg 1:6-8. (7) Dn 9:17-19; Jo 14:13,14; Jo 15:16; Jo 16:23. (8) Sl 27:8; Sl 143:1; Mt 7:8.<br /><br /><strong>118. O que Deus ordenou pedir a Ele?<br /></strong><br />R. Tudo o que é necessário ao nosso corpo e a nossa alma (1) , como Cristo, o Senhor, o resumiu na oração que Ele mesmo nos ensinou.<br /><br />(1) Mt 6:33; Tg 1:17.<br /><br /><strong>119. Que diz esta oração?<br /></strong><br />R. "Pai nosso, que estás nos céus, santificado seja o teu nome;venha o teu reino,faça-se a tua vontade, assim na terra como no céu;o pão nosso de cada dia dá-nos hoje;e perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós temos perdoado aos nossos devedores;e não nos deixes cair em tentação, mas livra nos do mal; pois teu é o reino, o poder e a glória para sempre. Amém" (Mateus 6:9-13; Lucas 11:2-4).<br /><br /><br /><strong>DOMINGO 46<br /></strong><br /><br /><strong>120. Por que Cristo nos ordenou dizer a Deus "Pai nosso"?<br /></strong><br />R. Porque Cristo quer despertar em nós, logo no início como base da oração, respeito e confiança, como uma criança para com Deus. Pois Deus se tornou nosso Pai, por Cristo. E muito menos do que nossos pais nos recusam bens materiais, Ele nos recusará o que Lhe pedirmos com verdadeira fé (1).<br /><br />(1) Mt 7:9-11; Lc 11:11-13<br /><br /><strong>121. Por que se acrescenta: "que estás nos céus"?<br /></strong><br />R. Porque assim Cristo nos ensina a não ter idéia terrena da majestade celestial de Deus (1) e a esperar, da onipotência dEle, tudo o que é necessário ao nosso corpo e a nossa alma (2).<br /><br />(1) Jr 23:23,24; At 17:24-27. (2) Rm 10:12.<br /><br /><br /><strong>DOMINGO 47<br /></strong><br /><strong>P. 122. Qual e a primeira petição?</strong><br /><br />R. "Santificado seja o teu nome". Quer dizer: Faze primeiro, com que Te conheçamos em verdade (1) e Te santifiquemos, honremos e glorifiquemos em todas as tuas obras (2) , em que brilham tua onipotência, sabedoria, bondade, justiça, misericórdia e verdade. Faze, também, com que dirijamos toda a nossa vida -nossos pensamentos, palavras e obras- de tal maneira que teu nome não seja blasfemado por nossa causa, mas honrado e glorificado (3).<br /><br />(1) Sl 119:105; Jr 9:24; Jr 31:33,34, Mt 16:17; Jo 17:3; Tg 1:5. (2) Êx 34:6,7; Sl 119:137,138; Sl 145:8,9; Jr 31:3; Jr 32:18,19; Mt 19:17; Lc 1:46-55; Lc 1:68,69; Rm 3:3,4; Rm 11:22,23; Rm 11:33. (3) Sl 71:8; Sl 115:1; Mt 5:16.<br /><br /><br /><strong>DOMINGO 48<br /></strong><br /><br /><strong>123. Qual é a segunda petição?<br /></strong><br />R. "Venha o teu reino". Quer dizer: Governa-nos por tua palavra e por teu Espírito, de tal maneira que, cada vez mais, nos submetamos a Ti (1) ;conserve e aumenta tua igreja (2) ;destrói as obras do diabo, e todo poder que se levanta contra Ti, e todos os maus planos que são inventados contra tua santa Palavra (3) ;até que venha a plenitude de teu reino (4) ,em que Tu serás tudo em todos (5).<br /><br />(1) Sl 119:5; Sl 143:10; Mt 6:33. (2) Sl 51:18; Sl 122:6,7. (3) Rm 16:20; 1Jo 3:8. (4) Rm 8:22,23; Ap 22:17,20. (5) 1Co 15:28.<br /><br /><br /><strong>DOMINGO 49<br /></strong><br /><br /><br /><strong>124. Qual é a terceira petição ?</strong><br /><br />R. "Faça-se a tua vontade, assim na terra como no céu". Quer dizer: Faze com que nós e todos os homens renunciemos à nossa própria vontade (1) e obedeçamos, sem protestos, à tua vontade (2) , a única que é boa, para que cada um, assim, cumpra sua tarefa e vocação (3) , tão pronta e fielmente como os anjos no céu (4).<br /><br />(1) Mt 16:24; Tt 2:11,12. (2) Lc 22:42; Rm 12:2; Ef 5:10. (3) 1Co 7:22-24. (4) Sl 103:20,21.<br /><br /><br /><strong>DOMINGO 50<br /></strong><br /><br /><strong>125. Qual é a quarta petição?<br /></strong><br />R. "O pão nosso de cada dia dá-nos hoje". Quer dizer: Cuida de nós com tudo o que for necessário ao nosso corpo (1) , para que reconheçamos que Tu és a única fonte de todo o bem (2) e que, sem tua bênção, nem nosso cuidado e trabalho, nem teus dons nos são úteis (3). Faze também com que, por isso, não mais depositemos nossa confiança em qualquer criatura, mas somente em Ti (4).<br /><br />(1) Sl 104:27,28; Sl 145:15,16; Mt 6:25,26. (2) At 14:17; At 17:27,28; Tg 1:17. (3) Dt 8:3; Sl 37:3-7,16,17; Sl 127:1,2; 1Co 15:58. (4) Sl 55:22; Sl 62:10; Sl 146:3; Jr 17:5,7.<br /><br /><br /><strong>DOMINGO 51<br /></strong><br /><br /><strong>126. Qual é a quinta petição?</strong><br /><br />R. "E perdoa-nos as nossas dividas, assim como nós temos perdoado aos nossos devedores". Quer dizer: Por causa do sangue de Cristo, não cobres de nós, miseráveis pecadores que somos, nossas transgressões nem o mal que ainda há em nós (1) , assim como tua graça em nós fez com que tenhamos o firme propósito de perdoar nosso próximo, de todo o coração (2).<br /><br />(1) Sl 51:1; Sl 143:2; Rm 8:1; 1Jo 2:1. (2) Mt 6:14,15.<br /><br /><br /><strong>DOMINGO 52</strong><br /><br /><br /><strong>127. Qual é a sexta petição?<br /></strong><br />R. "E não nos deixes cair em tentação, mas livra-nos do mal". Quer dizer: Somos tão fracos que, por nós mesmos, não podemos subsistir por um só momento (1) ; além disto, nossos inimigos declarados: o diabo (2) , o mundo (3) e nossa própria carne (4) nos tentam continuamente. Por isso, Te pedimos: sustenta-nos e fortalece-nos, pelo poder de teu Espírito Santo, a fim de que neste combate espiritual não sejamos derrotados (5) , mas possamos fortemente resistir, até que finalmente alcancemos a vitória total (6).<br /><br />(1) Sl 103:14-16; Jo 15:5. (2) Ef 6:12; 1Pe 5:8. (3) Jo 15:19. (4) Rm 7:23; Gl 5:17. (5) Mt 26:41; Mc 13:33; 1Co 10:12,13. (6) 1Ts 3:13; 1Ts 5:23.<br /><br /><strong>128. Como você termina sua oração?<br /></strong><br />R. "Pois teu é o reino, o poder e a glória, para sempre". Quer dizer: Tudo isso Te pedimos, porque Tu queres e podes dar-nos todo o bem, pois és nosso Rei e tudo está em teu poder (1). Pedimos-Te isso também, para que não o nosso, mas teu santo nome seja eternamente glorificado (2).<br /><br />(1) 1Cr 29:10-12; Rm 10:11-13; 2Pe 2:9. (2) Sl 115:1; Jr 33:8,9; Jo 14:13.<br /><br /><strong>129. O que significa a palavra: "amém"?</strong><br /><br />R. Amém quer dizer: é verdadeiro e certo. Pois Deus atende à minha oração com muito mais certeza do que o desejo que eu sinto, no coração, de ser ouvido por Ele (1).<br /><br />(1) 2Co 1:20; 2Tm 2:13. </div>Josemar Bessahttp://www.blogger.com/profile/11243228073041915068noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-27420332.post-1155570620354324632006-08-14T12:45:00.000-03:002006-08-14T12:53:44.843-03:00O Catecismo de Heidelberg: Sua História e Influência<div align="justify"><span style="color:#ff9900;">Uma das principais características da Reforma Protestante do século XVI foi a produção de um grande número de declarações doutrinárias na forma de confissões e catecismos. Estas declarações resultaram tanto de necessidades teológicas quanto pastorais, à medida em que os novos grupos definiam a sua identidade em um complexo ambiente religioso, cultural, social e político. Mark Noll observa que esse fenômeno é típico da Reforma, uma vez que o termo "confissão", em seu sentido mais comum, designa as declarações formais da fé cristã escritas especialmente por protestantes, desde o início do seu movimento.(1)<br /><br />Embora tais documentos normalmente sejam classificados como confissões e catecismos, é importante recordar que os catecismos são também confissões de fé. A distinção é formal, já que os catecismos são simplesmente "declarações de fé escritas na forma de perguntas e respostas que na época da Reforma freqüentemente serviram aos mesmos propósitos que as confissões formais." (2)<br /><br />O ramo reformado do protestantismo foi pródigo na produção de tais documentos, particularmente no período decorrido entre o primeiro catecismo de João Calvino, Instrução na Fé (1537), e os catecismos de Westminster (1648). Uma das mais extraordinárias declarações de fé escritas naquele período foi o famoso Catecismo de Heidelberg, também conhecido como o Heidelberger o mais importante documento confessional da Igreja Reformada Alemã.<br /><br /></span>O objetivo do presente artigo é refletir sobre a singularidade desse documento, tanto no que diz respeito às circunstâncias históricas que conduziram à sua preparação, quanto no que se refere à natureza excepcional do seu conteúdo e da sua contribuição à igreja. Conforme destaca Karl Barth, o Catecismo de Heidelberg resultou das necessidades imediatas da vida de uma igreja em particular.(3) Ao final, todavia, ele se tornou a mais ecumênica das confissões de fé protestantes. Esse estudo irá abordar os antecedentes históricos do catecismo, os dois homens mais intimamente associados com a sua preparação, suas principais características e sua influência duradoura.<br /><br />Antecedentes históricos<br />Foi especialmente na década de 1560 que o protestantismo reformado penetrou na Renânia.(4) Enquanto o luteranismo debatia-se com divisões internas, a tradição reformada suíça fez avanços em estados anteriormente luteranos. Os líderes do movimento eram alemães que haviam sido inspirados por Zurique e Genebra, mas que estabeleceram os seus próprios padrões. Para alguns, este era o próximo passo a partir do Filipismo (luteranismo moderado) em direção a uma ampla restruturação do culto e da disciplina. Este movimento algumas vezes tem sido denominado "a segunda reforma".(5)<br /><br />Nas cidades-estado do Baixo Reno, o movimento teve início através de pressões congregacionais. Ainda na década de 1540, refugiados holandeses começaram a chegar ao Baixo Reno e esse influxo de imigrantes tornar-se-ia gigantesco após a repressão promovida pelo Duque de Alba em 1567. Em outras áreas, as mudanças religiosas foram promovidas pelos governantes.<br /><br />A reforma em Estrasburgo, sob a liderança de Bucer (morto em 1551), já havia manifestado algumas características reformadas. Calvino havia trabalhado ali (1538-41) e era conhecido de muitos naquela região. Na década de 1550 Estrasburgo tornou-se fortemente luterana e anti-calvinista.<br /><br />O Palatinado Renano ou Baixo Palatinado foi o primeiro e o mais importante estado a envolver-se com o novo movimento. Lutero havia visitado Heidelberg em 1518; naquela época, Bucer, então um jovem dominicano, abraçara a causa protestante. Heidelberg adotou o luteranismo sob Frederico II em 1545-46. Todavia, durante a maior parte dos vinte anos seguintes, uma série de conflitos manteve a vida da cidade em turbulência.(6)<br /><br />Sob o eleitor Oto Henrique (1556-59), o Baixo Palatinado adotou um luteranismo moderado que tolerava o zuinglianismo e o calvinismo. No entanto, ao final da década de 1550 houve um grave conflito na Universidade de Heidelberg, no qual extremistas luteranos atacaram aqueles de convicção melanchtoniana e reformada e introduziram formas de culto vistas como idolátricas pelos seus oponentes. A intolerância anti-calvinista desagradou a Oto Henrique e a seu sucessor Frederico III (1559-76).<br /><br />O eleitor Frederico ficou particularmente incomodado com uma amarga controvérsia a respeito da Ceia do Senhor ocorrida em 1560. Um pastor luterano e um diácono calvinista discutiram violentamente diante dos cidadãos reunidos para uma celebração dominical da Ceia do Senhor. Frederico baniu os dois antagonistas e tentou achar um caminho melhor. Ele era um homem sinceramente religioso e inteligente que havia sido convertido ao luteranismo através da sua esposa. Ele familiarizou-se com os pontos controvertidos de culto e doutrina. Seu desprazer em relação a cerimônias elaboradas fizeram-no inclinar-se em direção ao calvinismo. Era cada vez mais difícil manter o luteranismo liberal do seu predecessor, agora que Melanchton estava morto (abril de 1560).<br /><br />Depois de um debate de cinco dias realizado em Heidelberg (junho de 1560), no qual as doutrinas calvinistas foram apresentadas de maneira convincente, Frederico começou a tomar providências no sentido de adotar o calvinismo. Em agosto, os religiosos que não quiseram aceitar a confissão Augustana Variata (1541) tiveram de retirar-se.<br /><br />Em janeiro de 1561, uma conferência de príncipes realizada em Naumburg separou luteranos e calvinistas de modo ainda mais dramático, e o eleitor passou a promover o calvinismo nos seus domínios. Na realidade, tratava-se de um calvinismo marcado por um espírito melanchtoniano.(7)<br /><br />Frederico precisava de teólogos que pudessem trabalhar juntos. Ele encontrou uma dupla notável em Zacarias Ursino e Gaspar Oleviano, talentosos teólogos de orientação suíça, ambos com menos de 30 anos. Ursino foi nomeado professor de teologia ele havia iniciado a sua educação teológica com Melanchton, mas também estudara pessoalmente com Calvino. Oleviano era um protestante reformado francês que também havia estudado com Calvino e apreciava os escritos de Melanchton. Ele tornou-se o pastor da principal igreja de Heidelberg.<br /><br />Noll comenta que "juntos eles formaram uma equipe de rara compatibilidade (...) Ambos estavam ansiosos para trabalhar juntos a fim de apresentar uma frente protestante comum. E ambos tinham o dom de discernimento pastoral."(8) Seus nomes ficariam permanentemente associados ao produto mais influente do movimento reformado alemão o Catecismo de Heidelberg, publicado a 19 de janeiro de 1563.<br /><br />Os Contribuidores<br />Zacarias Ursino<br />Zacarias Ursino (1534-1583) nasceu na cidade silésia de Breslau (hoje na Polônia). Seu pai era um homem de recursos modestos, mas Zacarias teve uma excelente educação preparatória graças às suas conexões e ao apoio de um benfeitor Dr. João Crato, o médico da família.<br /><br />Na sua juventude, Ursino foi grandemente influenciado pelo seu pastor, Miobano, um luterano com tendências calvinistas. Ursino passou quase sete anos em Wittenberg (1550-57) sob a orientação de Filipe Melanchton, ao qual se apegara fortemente. Ali ele estudou lógica, dialética e teologia.<br /><br />Quando Melanchton foi para a conferência de Worms (1557), levou Ursino consigo. Ao terminar a conferência, Ursino passou dez dias em Heidelberg com o eleitor Oto Henrique. Em 1557-58 ele foi para a Suíça e a França numa viagem de estudos, e visitou todas as figuras conhecidas que pode, inclusive Calvino. Logo após regressar para Wittenberg foi chamado para ensinar em sua cidade natal, mas teve de partir em abril de 1560 durante uma controvérsia a respeito da Ceia do Senhor. Ele então foi para Zurique, onde Pedro Mártir o conduziu a um calvinismo explícito.<br /><br />"Com 27 anos, Ursino era um estudioso altamente preparado, apreciador dos clássicos e da poesia, e familiarizado com todo o campo da teologia."(9) Ele foi para Heidelberg em setembro de 1561. Com a reação luterana que se seguiu à morte de Frederico III, ele mudou-se para Neustadt, onde passou os últimos cinco anos da sua vida, ensinando na escola fundada por João Casimir.<br /><br />À semelhança de Calvino, Ursino era um estudioso retraído que tinha a modesta ambição de levar uma vida tranqüila; porém, a sua posição em Heidelberg tornou isto impossível.(10) O conselho afixado à sua porta em Neustadt é bastante revelador da sua personalidade: "Meu amigo, seja você quem for, torne a sua visita breve, vá embora, ou ajude-me no meu trabalho."(11)<br /><br />Ursino sempre afirmou que pertencia à igreja evangélica. Derk Visser observa que "ele não pode ser categorizado como pertencente a nenhuma escola ou movimento que não seja a igreja evangélica."(12) Ele esteve sempre ansioso por encontrar fórmulas conciliatórias e lutou sinceramente pela paz teológica.<br /><br />Zacarias Ursino escreveu ou editou algumas das obras mais fundamentais da Igreja Reformada Alemã. A exposição mais sistemática da sua teologia pode ser encontrada no seu comentário sobre o Catecismo de Heidelberg. Peter A. Lillback argumenta que outra importante contribuição feita por ele à teologia reformada foi "a primeira apresentação claramente articulada do pacto das obras, que Ursino denominou como o `pacto da criação' ou o `pacto da natureza'."(13)<br /><br />Gaspar Oleviano<br />Kaspar von Olewig (1536-1587) nasceu em Treves, na fronteira de Luxemburgo. Seu pai era o chefe da associação de padeiros da cidade. O jovem Oleviano freqüentou escolas católicas; aos quatorze anos foi para Paris e mais tarde, à semelhança de Calvino, estudou direito em Orleans e Bourges (1550-57). Quando estava em Bourges, conheceu o futuro eleitor ao tentar, em vão, salvar o filho de Frederico quando o mesmo se afogava. Durante aqueles anos ele foi influenciado por estudantes huguenotes e tornou-se um calvinista.(14)<br /><br />Após a sua formatura, Oleviano estudou com vários líderes protestantes na Suíça (Pedro Mártir, Beza e Calvino) e foi incentivado a voltar para Treves. Não havia nenhuma igreja protestante na cidade. Oleviano ensinou por um ano e meio na academia local e em agosto de 1560 pregou um sermão eletrizante no qual atacou a missa, o culto dos santos, procissões e outras práticas católicas. Ele suplicou ao povo que observasse os ensinamentos das Escrituras. Dois meses depois foi preso juntamente com o prefeito e outras pessoas que o apoiaram.<br /><br />Frederico imediatamente enviou embaixadores a Treves e obteve a sua soltura. Oleviano foi para Heidelberg no dia 22 de dezembro de 1560 e tornou-se pastor da Igreja de S. Pedro, bem como professor na escola de teologia. McNeill comenta: "Ele era dois anos mais moço que Ursino, mais eloqüente e menos erudito."(15)<br /><br />A Produção do Heidelberger<br />Ursino e Oleviano trabalharam no Colégio da Sabedoria, a escola de teologia criada por Frederico. Oleviano atuou principalmente como pregador e Ursino como professor.<br /><br />Frederico III queria um catecismo conciliador que pudesse combinar o melhor da sabedoria luterana e reformada, e que servisse para instruir as pessoas comuns nos elementos básicos da fé cristã.(16) Anteriormente ele havia buscado o conselho de Melanchton, que recomendou um acordo baseado na simplicidade bíblica, moderação e paz, e advertiu contra sutilezas escolásticas.<br /><br />A exata autoria do Catecismo de Heidelberg é uma questão controvertida. Joseph H. Hall declara que Ursino tornou-se a sua principal "fonte" juntamente com Oleviano, mas "a verdadeira autoria do Catecismo de Heidelberg permanece inconclusiva."(17) Barth vai além e diz que "o catecismo não é obra de um autor; é obra de uma comunidade."(18) No entanto, ele admite que os dois teólogos tiveram uma participação decisiva no projeto.<br /><br />Com respeito a Oleviano, Lyle Bierma observa que a historiografia dos últimos 350 anos o havia ligado a pelo menos duas fases da obra: a redação dos esboços iniciais e a redação final da primeira edição alemã.(19) Ele mesmo acredita que o papel de Oleviano foi o de um redator intermediário ele teria preparado um esboço do texto alemão baseado em grande parte na Catechesis Minor de Ursino (1562), que então apresentou o referido esboço a um grupo maior de teólogos e pastores para a elaboração final.(20)<br /><br />O catecismo foi publicado inicialmente sob o título Catecismo ou Instrução Cristã como tem sido transmitida nas Igrejas e Escolas do Palatinado Eleitoral.(21) Questões controvertidas quanto à Ceia do Senhor foram evitadas e o conceito calvinista da predestinação foi apresentado de uma forma mais moderada.<br /><br />Uma edição latina publicada em 1563 foi usada como base para várias traduções para o inglês. O Catecismo Palatino, como veio a ser chamado, teve ampla aceitação na Escócia. A sua aprovação pelo Sínodo de Dort (1618) aumentou grandemente a sua autoridade.<br /><br />A Recepção do Heidelberger<br />O catecismo rapidamente obteve aceitação formal em praticamente todas as igrejas calvinistas. "Ele tornou-se imediatamente popular naquelas partes da Alemanha que se inclinavam na direção reformada e até mesmo alcançou algum sucesso em áreas luteranas, durante as duas décadas seguintes..."(22)<br /><br />Frederico resistiu a todas as pressões de outros príncipes e do imperador Maximiliano no sentido de repudiar o catecismo. Em maio de 1566 ele foi convocado a explicar-se diante da dieta imperial reunida em Augsburgo, sob a acusação de ser um violador do Tratado de Augsburgo (1555). Em virtude de sua defesa eloqüente e convincente, nenhuma ação punitiva foi tomada e ele passou a organizar mais plenamente a igreja palatina, a fim de dar-lhe segurança e estabilidade.<br /><br />O próximo eleitor, Luís VII (1576-83), filho de Frederico, agiu visando abolir a Igreja Reformada e restaurar o luteranismo estrito. Cerca de 600 pastores e professores foram expulsos, entre os quais Oleviano, que foi para Nassau-Dillenburg, e Ursino, que refugiou-se na corte do eleitor João Casimir. Casimir sucedeu a seu irmão e restaurou o calvinismo. Mais tarde, Frederico IV (1592-1610) continuaria a favorecer a Igreja Reformada e a fortalecer a sua organização.(23)<br /><br />A importância do Catecismo de Heidelberg como um guia para a vida cristã é evidenciada pelas suas muitas edições e traduções. Somente durante as últimas décadas do século XVI, 43 edições e traduções vieram à luz. Ao todo, mais de 200 versões já foram identificadas.(24)<br /><br />O Heidelberger teria uma influência ainda maior na Holanda. Por volta de 1586 os ministros da igreja protestante holandesa precisavam subscrevê-lo como expressão de sua fé, e ele tornou-se a base da "pregação catequética" semanal tanto na Holanda quanto na Alemanha.<br /><br />Principais características<br />O Catecismo de Heidelberg tem sido destacado como a mais bela das confissões de fé produzidas pela Reforma Protestante, e a mais generosa e pessoal dentre as exposições do Calvinismo.<br /><br />Trata-se de uma confissão constituída de 129 perguntas e respostas, tendo a sua seqüência baseada na Epístola aos Romanos. As duas primeiras perguntas são introdutórias. A primeira pergunta, "uma jóia de confissão existencial",(25) estabelece o teor do documento, e a segunda pergunta esboça o que vem a seguir: "meu pecado e miséria", "como eu sou redimido" e "como devo ser grato."<br /><br />O documento tem três divisões principais: a Primeira Parte - Nosso Pecado e Culpa: A Lei de Deus (perguntas 3 a 11), é uma confissão da pecaminosidade humana e do desprazer de Deus. A Segunda Parte - Nossa Redenção e Liberdade: A Graça de Deus em Jesus Cristo (perguntas 12 a 85), revela o plano de redenção e inclui uma exposição do Credo dos Apóstolos. A Terceira Parte - Nossa Gratidão e Obediência: Nova Vida através do Espírito Santo (perguntas 86 a 129), apresenta a gratidão obediente como o fundamento das boas obras e inclui uma exposição dos Dez Mandamentos e da Oração Dominical. Esta seção vê a vida cristã como a resposta de gratidão do crente às bênçãos de Deus. O catecismo constitui-se em um "pequeno clássico da vida devocional."(26)<br /><br />Os estudiosos têm destacado algumas outras características que tornam este documento especialmente notável:<br /><br />(a) O uso do pronome da primeira pessoa, muitas vezes no singular, "confere ao seu testemunho evangélico um tom caloroso e pessoal."(27) Bons exemplos disto são a pergunta n° 1: "Qual é o teu único consolo, na vida e na morte?" Resposta: "Que eu pertenço corpo e alma, na vida e na morte não a mim mesmo, mas ao meu fiel Salvador, Jesus Cristo..."; e a definição de fé encontrada na resposta à pergunta n° 21: "É não somente um conhecimento seguro pelo qual eu aceito como verdadeiro tudo o que Deus nos revelou em sua Palavra, mas também uma confiança plena de que o Espírito Santo cria em mim através do evangelho..."<br /><br />(b) É a mais ecumênica dentre as confissões da Reforma, reunindo três correntes do pensamento reformado. Ademais, está isenta de definições dogmáticas e é notavelmente não-sectária.(28) A pergunta 80, sobre a diferença entre a Ceia do Senhor e a Missa, foi inserida pelo eleitor Frederico após a primeira impressão.<br /><br />(c) Possui um caráter inteiramente bíblico; toda a sua estrutura é moldada pela perspectiva bíblica. O catecismo deixa a Bíblia falar e não procura substituí-la.<br /><br />(d) Em sua posição teológica, o catecismo é cristão, evangélico e reformado, estando plenamente radicado na tradição dos apóstolos e dos concílios ecumênicos da igreja antiga.(29)<br /><br />(e) O catecismo é um manual de religião prática. Em lugar de levantar problemas especulativos, a fé cristã é apresentada de maneira prática, acentuando-se a sua importância para a vida diária. Foi concebido para ser ao mesmo tempo um guia para a instrução religiosa das crianças e jovens e uma confissão para toda a igreja.(30)<br /><br />Bela Vassady comenta que o Catecismo de Heidelberg tem cumprido um quádruplo propósito: catequético, teológico, litúrgico e querigmático. "Ele combina de modo feliz a ênfase à necessidade humana de salvação com um testemunho ainda mais forte do triunfo da graça e glória de Deus em Sua contínua obra de redenção."(31)<br /><br />Outros temas importantes são a sua ênfase na bondade e providência de Deus, sua forte preocupação soteriológica e sua insistência numa "interioridade que não se torna em mera subjetividade."(32) Joseph Hall comenta que "o Catecismo de Heidelberg presta-se a uma pedagogia holística. Ele contém perguntas cognitivas com respostas devocionais."(33) Isto pode ser visto nas perguntas e respostas sobre a Oração Dominical (119-129).<br /><br />Finalmente, como muitas outras declarações de fé reformadas, o ensino sobre os Dez Mandamentos vem após uma exposição do Credo dos Apóstolos (nas declarações de Lutero é o contrário). Estas posições não são antitéticas, mas apontam para ênfases diferentes: a Lei como parte do alegre serviço do crente a Cristo (ênfase reformada) e como a força que impele o pecador a Ele (ênfase luterana).<br /><br />Influência duradoura<br />Por mais de quatrocentos anos o Catecismo de Heidelberg tem sido uma fonte de conforto, encorajamento e alimento espiritual para muitas gerações de cristãos em vários continentes. Ele não só tem proporcionado inspiração a homens e mulheres que enfrentam pressões externas e lutas interiores, mas também tem sido um poderoso incentivo ao diálogo e à aceitação mútua entre diferentes grupos e tradições cristãs. Isto se tornou possível, por um lado, graças às circunstâncias peculiares que contribuíram para a sua composição e, por outro lado, devido à maneira feliz com que seus autores expressaram as antigas verdades de um modo que se tornou relevante e significativo para os seus contemporâneos naqueles dias turbulentos.<br /><br />Espera-se que as igrejas reformadas deste final do século XX possam conhecer e utilizar melhor mais este valioso elemento de nossa herança evangélica. </div><div align="justify"><span style="color:#000000;">k</span></div><div align="justify"><em><span style="color:#ff0000;">Alderi Mattos*</span></em><br /><br />___________________________<br /><br /><em><span style="font-size:85%;">NOTAS<br /><span style="color:#ff0000;">*</span> O autor é ministro presbiteriano, atualmente concluindo seu doutorado em História da Igreja na Universidade de Boston, Estados Unidos.<br /><br />1. M. Noll, Confessions and Catechisms of the Reformation (Grand Rapids: Baker, 1991) 13.<br /><br />2. Ibid., 14.<br /><br />3. Learning Jesus Christ through the Heidelberg Catechism (Grand Rapids: Eerdmans, 1964) 22.<br /><br />4. John T. McNeill, The History and Character of Calvinism (New York: Oxford University Press, 1954) 268. (Nota do Editor: A Renânia é aquela parte da Alemanha que fica a oeste do rio Reno, encompassando diversas regiões, como o Vale Superior do Reno, o Palatinado, etc. As principais cidades desta área são Bonn, Colonia e Aachen).<br /><br />5. Euan Cameron, The European Reformation (Oxford: Clarendon House, 1991) 369.<br /><br />6. Noll, Confessions and Catechisms, 133.<br /><br />7. McNeill, History and Character of Calvinism, 269.<br /><br />8. Noll, Confessions and Catechisms, 134.<br /><br />9. McNeill, History and Character of Calvinism, 270.<br /><br />10. Christopher J. Burchill, "On the Consolation of a Christian Scholar: Zacharias Ursinus (1534-83) and the Reformation in Heidelberg," em Journal of Ecclesiastical History 37/4 (1985) 565-83, 583.<br /><br />11. Ibid., 577.<br /><br />12. D. Visser, "Zacharias Ursinus: 1534-1583," em Shapers of Religious Traditions in Germany, Switzerland, and Poland: 1560-1600, ed. Jill Raitt (New Haven: Yale University Press, 1981) 128.<br /><br />13. Peter A. Lillback, "Ursinus' Development of the Covenant of Creation: A Debt to Melanchthon or Calvin?," em Westminster Theological Journal 43 (1980-81) 247.<br /><br />14. McNeill, History and Character of Calvinism, 270; Edward J. Masselink, The Heidelbeg Story (Grand Rapids: Baker, 1964) 64.<br /><br />15. McNeill, History and Character of Calvinism, 270.<br /><br />16. Noll, Confessions and Catechisms, 134.<br /><br />17. Joseph H. Hall, "Reformed Catechetics," em Concordia Journal 5/6 (November) 205-207.<br /><br />18. Barth, Learning Jesus Christ, 23.<br /><br />19. Lyle Bierma, "Olevianus and the Authorship of the Heidelberg Catechism: Another Look," em Sixteenth Century Journal 13/4 (1982) 17-27, 17.<br /><br />20. Ibid., 27.<br /><br />21. Thomas F. Torrance, The School of Faith: The Catechisms of the Reformed Church (New York: Harper & Brothers, 1959) 67.<br /><br />22. Noll, Confessions and Catechisms, 134.<br /><br />23. McNeill, History and Character of Calvinism, 274-76.<br /><br />24. Visser, "Zacharias Ursinus," 135.<br /><br />25. Allen O. Miller e M. Eugene Osterhaven, trads., The Heidelberg Catechism (Philadelphia: United Church, 1962) 6.<br /><br />26. McNeill, History and Character of Calvinism, 271-72.<br /><br />27. Ibid., 271.<br /><br />28. James I. McCord, "The Heidelberg Catechism: An Ecumenical Confession," em Princeton Seminary Bulletin 56/2 (1988) 12-18, 13-14.<br /><br />29. Miller e Osterhaven, Heidelberg Catechism, 7.<br /><br />30. McCord, "Heidelberg Catechism," 12.<br /><br />31. B. Vassady, "Our Only Comfort," em Theology and Life 6/1 (1963) 7-16, 10-11.<br /><br />32. McCord, "Heidelberg Catechism," 15.<br /><br />33. "Hall, "Reformed Catechetics</span></em>," 207. </div>Josemar Bessahttp://www.blogger.com/profile/11243228073041915068noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-27420332.post-1147114658610841842006-05-08T18:54:00.000-03:002006-05-11T15:31:17.763-03:00OS CÂNONES DE DORT (1618 - 1619)<p></p><ul><li><strong><em><a href="http://josemarconfissao.blogspot.com/2006/05/dort-histria.html"><span style="color:#cc0000;">História.</span></a></em></strong></li><li><a href="http://josemarconfissao.blogspot.com/2006/05/dort-captulo-1.html"><strong><em><span style="color:#cc0000;">Cap. 01 - A Divina eleição e Reprovação.</span></em></strong></a></li><li><strong><em><a href="http://josemarconfissao.blogspot.com/2006/05/dort-captulo-1-rejeio-de-erros.html"><span style="color:#cc0000;">Cap. 01 - Rejeição de Erros.</span></a></em></strong></li><li><strong><em><a href="http://josemarconfissao.blogspot.com/2006/05/captulo-2.html"><span style="color:#cc0000;">Cap. 02 - A Morte de Cristo e a Redenção ho Homem por meio Dela.</span></a></em></strong></li><li><strong><em><a href="http://josemarconfissao.blogspot.com/2006/05/caprtulo-2-rejeio-de-erros.html"><span style="color:#cc0000;">Cap. 02 - Rejeição de Erros.</span></a></em></strong></li><li><em><strong><a href="http://josemarconfissao.blogspot.com/2006/05/captulos-3-e-4.html"><span style="color:#cc0000;">Caps. 03 e 04 - A Morte de Cristo e a Redenção do Homem por meio Dela.</span></a></strong></em></li><li><em><strong><a href="http://josemarconfissao.blogspot.com/2006/05/captulos-3-e-4-refutao-de-erros.html"><span style="color:#cc0000;">Caps. 03 e 04 - Rejeição de Erros.</span></a></strong></em></li><li><em><strong><a href="http://josemarconfissao.blogspot.com/2006/05/captulo-5.html"><span style="color:#cc0000;">Cap. 05 - A Perseverança dos Santos.</span></a></strong></em></li><li><em><strong><a href="http://josemarconfissao.blogspot.com/2006/05/captulo-5-rejeio-de-erros.html"><span style="color:#cc0000;">Cap. 05 - Rejeição de erros.</span></a></strong></em></li><li><em><strong><a href="http://josemarconfissao.blogspot.com/2006/05/dort-concluso.html"><span style="color:#cc0000;">Conclusão.</span></a></strong></em></li></ul>Josemar Bessahttp://www.blogger.com/profile/11243228073041915068noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-27420332.post-1147113167613543742006-05-08T15:08:00.000-03:002006-05-08T15:38:13.843-03:00Dort - Capítulo 1<div align="center"><strong><em><span style="font-size:130%;">Os Cânones de Dort(1618-1619)</span></em></strong></div><div align="center"><span style="color:#cc0000;"><em><span style="font-size:85%;">(Os cinco artigos de fé sobre o Arminianismo)<br /></span></em><br /></span><strong>1º CAPÍTULO - A DIVINA ELEIÇÃO E REPROVAÇÃO</strong></div><div align="justify"><br /><strong>1 - Toda a humanidade é condenável perante Deus - </strong>Todos os homens pecaram em Adão, estão debaixo da maldição de Deus e são condenados à morte eterna. Por isso Deus não teria feito injustiça a ninguém se Ele tivesse resolvido deixar toda a raça humana no pecado e sob a maldição e condená-la por causa do seu pecado, de acordo com estas palavras do apóstolo: <span style="color:#cc0000;"><strong><em>"... para que se cale toda boca, e todo o mundo seja culpável perante Deus... pois todos pecaram e carecem da glória de Deus...",</em></strong> e<strong><em>:"...o salário do pecado é a morte..." (Rom. 3:19,23; 6:23).</em></strong></span></div><em><div align="justify"><br /></em><strong>2 - O envio do Filho de Deus -</strong> Mas <strong><em><span style="color:#cc0000;">"Nisto se manifestou o amor de Deus em nós, em haver Deus enviado o seu Filho unigênito ao mundo...", "...para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna." (I Jo 4:9; Jo 3:16).</span></em></strong></div><div align="justify"><br /><strong>3 - A pregação do Evangelho -</strong> Para que os homens sejam conduzidos à fé, Deus envia, em sua misericórdia, mensageiros desta mensagem muito alegre a quem e quando Ele quer. Pelo ministério deles, os homens são chamados ao arrependimento e à fé no Cristo crucificado. Porque<span style="color:#cc0000;"> <strong><em>"...como crerão naquele de quem nada ouviram? e como ouvirão, se não há quem pregue? E como pregarão se não forem enviados?..." (Rom. 10:14, 15).</em></strong></span></div><em><div align="justify"><br /></em><strong>4 - Um duplo resultado - </strong>A ira de Deus permanece sobre aqueles que não crêem neste Evangelho. Mas aqueles que o aceitam e abraçam Jesus, o Salvador, com uma fé verdadeira e viva, são redimidos por Ele da ira de Deus e da perdição, e presenteados com a vida eterna<strong><em> <span style="color:#cc0000;">(Jo 3:36; Mc 16:16). </span></em></strong></div><em><div align="justify"><br /></em><strong>5 - A causa da incredulidade e a fonte da fé - </strong>Em Deus não está, de forma alguma, a causa ou culpa desta incredulidade. O homem tem a culpa dela, tal como de todos os demais pecados. Mas a fé em Jesus Cristo e também a salvação por meio dEle são dons gratuitos de Deus, como está escrito: <span style="color:#cc0000;"><strong><em>"Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus..." (Ef 2:8)</em></strong>.</span> Semelhantemente, <strong><em><span style="color:#cc0000;">"Porque vos foi concedida a graça de..." crer em Cristo (Fp 1:29).</span></em></strong></div><em><div align="justify"><br /></em><strong>6 </strong><strong>- Decreto eterno de Deus - </strong>Deus dá nesta vida a fé a alguns enquanto não dá a fé a outros. Isto procede do eterno decreto de Deus. Porque as Escrituras dizem que Ele <strong><em><span style="color:#cc0000;">"...faz estas cousas conhecidas desde séculos."</span></em></strong> e que Ele <strong><em><span style="color:#cc0000;">"faz todas as cousas conforme o conselho da sua vontade..." (Atos 15:18; Ef 1:11).</span></em></strong> De acordo com este decreto, Ele graciosamente quebranta os corações dos eleitos, por duros que sejam, e os inclina a crer. Pelo mesmo decreto, entretanto, segundo seu justo juízo, Ele deixa os não-eleitos em sua própria maldade e dureza. E aqui especialmente nos é manifesta a profunda, misericordiosa e ao mesmo tempo justa distinção entre os homens que estão na mesma condição de perdição. Este é o decreto da eleição e reprovação revelado na Palavra de Deus. Ainda que os homens perversos, impuros e instáveis o deturpem, para sua própria perdição, ele dá um inexprimível conforto para as pessoas santas e tementes a Deus.</div><div align="justify"><br /><strong>7 - Eleição definida -</strong> Esta eleição é o imutável propósito de Deus, pelo qual Ele, antes da fundação do mundo, escolheu um número grande e definido de pessoas para a salvação, por graça pura. Estas são escolhidas de acordo com o soberano bom propósito de sua vontade, dentre todo o gênero humano, decaído pela sua própria culpa de sua integridade original para o pecado e a perdição. Os eleitos não são melhores ou mais dignos que os outros, porém envolvidos na mesma miséria dos demais. São escolhidos em Cristo, quem Deus constituiu, desde a eternidade, como Mediador e Cabeça de todos os eleitos e fundamento da salvação. E, para salvá-los por Cristo, Deus decidiu dá-los a Ele e efetivamente chamá-los e atraí-los à sua comunhão por meio da sua Palavra e seu Espírito. Em outras palavras, Ele decidiu dar-lhes verdadeira fé em Cristo, justificá-los, santificá-los, e depois, tendo-os guardado poderosamente na comunhão de seu Filho, glorificá-los finalmente. Deus fez isto para a demonstração de sua misericórdia e para o louvor da riqueza de sua gloriosa graça. Como está escrito: <span style="color:#cc0000;"><strong><em>"... assim como nos escolheu nele, antes da fundação do mundo, para sermos santos e irrepreensíveis perante ele; e em amor nos predestinou para ele, para a adoção de filhos, por meio de Jesus Cristo, segundo o beneplácito [bom propósito] de sua vontade, para louvor da glória de sua graça, que ele nos concedeu gratuitamente no Amado...".</em></strong> E em outro lugar: <strong><em>"E aos que predestinou, a esses também chamou; e aos que chamou, a esses também justificou; e aos que justificou, a esses também glorificou" (Ef 1:4-6; Rom 8:30).</em></strong></span></div><em><div align="justify"><br /></em><strong>8 - Um só decreto de eleição -</strong> Esta eleição náo é múltipla, mas ela é uma e a mesma de todos os que são salvos tanto no Antigo Testamento quanto no Novo Testamento. Pois a Escritura nos prega o único bom propósito e conselho da vontade de Deus, pelo qual Ele nos escolheu desde a eternidade, tanto para a graça como para a glória, assim também para a salvação e para o caminho da salvação, o qual preparou para que andássemos nEle <strong><em><span style="color:#cc0000;">(Ef 1:4,5; 2:10).</span></em></strong></div><em><div align="justify"><br /></em><strong>9 - Eleição não baseada em fé prevista - </strong>Esta eleição não é baseada em fé prevista, em obediência de fé, santidade ou qualquer boa qualidade ou disposição, que seria uma causa ou condição previamente requerida ao homem para ser escolhido. Mas a eleição é para fé, obediência de fé, santidade, etc. Eleição, portanto, é a fonte de todos os bens da salvação, de onde procedem a fé, a santidade e os outros dons da salvação, e finalmente a própria vida eterna como seus frutos. É conforme o testemunho do apóstolo: Ele <strong><em><span style="color:#cc0000;">"...nos escolheu..." (não por sermos mas) "...para sermos santos e irrepreensíveis perante ele..." (Ef 1:4). </span></em></strong></div><em><div align="justify"><br /></em><strong>10 - Eleição baseada no bom propósito de Deus - </strong>A causa desta eleição graciosa é somente o bom propósito de Deus. Este bom propósito não consiste no fato de que, dentre todas as condições possíveis Deus tenha escolhido certas qualidades ou ações dos homens como condição para salvação. Mas este bom propósito consiste no fato de que Deus adotou certas pessoas dentre da multidão inteira de pecadores para ser a sua propriedade. Como está escrito: <span style="color:#cc0000;">"<strong><em>E ainda não eram os gêmeos nascidos, nem tinham praticado o bem ou o mal...já lhe fora dito a ela (Rebeca): O mais velho será servo do mais moço. Como está escrito, "Amei a Jacó, porém me aborreci de Esaú."</em></strong> E, <strong><em>"...creram todos os que haviam sido destinados para a vida eterna." (Rom 9:11-13; At 13:48).</em></strong></span></div><em><div align="justify"><br /></em><strong>11 - Eleição imutável - </strong>Como Deus é supremamente sábio, imutável, onisciente, e Todo-Poderoso, assim sua eleição não pode ser cancelada e depois renovada, nem alterada, revogada ou anulada; nem mesmo podem os eleitos ser rejeitados, ou o número deles ser diminuído.</div><div align="justify"><br /><strong>12 - A certeza da eleição - </strong>Os eleitos recebem, no devido tempo, a certeza da sua eterna e imutável eleição para salvação, ainda que em vários graus e em medidas desiguais. Eles não a recebem quando curiosamente investigam os mistérios e profundezas de Deus. Mas eles a recebem, quando observam em si mesmos, com alegria espiritual e gozo santo, os infalíveis frutos de eleição indicados na Palavra de Deus - tais como uma fé verdadeira em Cristo, um temor filial para com Deus, tristeza com seus pecados segundo a vontade de Deus, e fome e sede de justiça. </div><div align="justify"><br /><strong>13 - O valor desta certeza - </strong>A consciência e a certeza desta eleição fornecem diariamente aos filhos de Deus maior motivo para se humilhar perante Deus, para adorar a profundidade de sua misericórdia, para se purificar, e para amar ardentemente Aquele que primeiro tanto os amou. Contudo absolutamente não é verdade que esta doutrina da eleição e a reflexão na mesma os façam relaxar na observação dos mandamentos de Deus ou rendam segurança falsa. No justo julgamento de Deus isto ocorre freqüentemente àqueles que se vangloriam levianamente da graça da eleição, ou facilmente falam acerca disto, mas recusam andar nos caminhos dos eleitos.</div><div align="justify"><br /><strong>14. - Como a eleição deve ser ensinada - </strong>A doutrina da divina eleição, segundo o mui sábio conselho de Deus, foi pregada pelos profetas, por Cristo mesmo, e pelos apóstolos, tanto no Antigo Testamento como no Novo Testamento, e depois escrita e nos entregue nas Escrituras Sagradas. Por isso, também hoje esta doutrina deve ser ensinada no seu devido tempo e lugar na Igreja de Deus, para qual ela foi particularmente destinada. Ela deve ser ensinada com espírito de discrição, de modo reverente e santo, sem curiosa investigação dos caminhos do Altíssimo, para a glória do santo nome de Deus e consolação vivificante do seu povo.</div><div align="justify"><br /><strong>15 - Reprovação descrita - </strong>A Escritura Sagrada mostra e recomenda a nós esta graça eterna e imerecida sobre nossa eleição, especialmente quando, além disso, testifica que nem todos os homens são eleitos, mas que alguns não o são, ou seja, são passados na eleição eterna de Deus. De acordo com seu soberano, justo, irrepreensível e imutável bom propósito, Deus decidiu deixá-los na miséria comum em que se lançaram por sua própria culpa, nao lhes concedendo a fé salvadora e a graça de conversão. Para mostrar sua justiça, decidiu deixá-los em seus próprios caminhos e debaixo do seu justo julgamento, e finalmente condená-los e puni-los eternamente, não apenas por causa de sua incredulidade, mas também por todos os seus pecados, para mostrar sua justiça. Este é o decreto da reprovação qual não torna Deus o autor do pecado (tal pensamento é blasfêmia!), mas O declara o temível, irrepreensível e justo Juiz e Vingador do pecado. </div><div align="justify"><br /><strong>16 - Como a doutrina da reprovação deve ser recebida - </strong>Há pessoas que não sentem fortemente a fé viva em Cristo, nem confiança firme no coração, nem boa consciência, nem zelo pela obediência filial e pela glorificação de Deus por meio de Cristo. Apesar disso elas usam os meios pelos quais Deus prometeu operar tais coisas em nós. Elas não devem se desanimar quando a reprovação for mencionada nem contar a si mesmos entre os reprovados. Pelo contrário, devem continuar diligentemente no uso destes meios, desejando ferventemente dias de graça mais abundante e esperando-os com reverência e humildade. Não devem se assustar de maneira nenhuma com a doutrina da reprovação os que desejam seriamente se converter a Deus, agradar só a Ele e serem libertos do corpo de morte, mas ainda não podem chegar no ponto que gostariam no caminho da piedade e da fé. O Deus misericordioso prometeu não apagar a torcida que fumega, nem esmagar a cana quebrada. Mas esta doutrina é certamente assustadora para os que não contam com Deus e o Salvador Jesus Cristo e se entregaram completamente às preocupações do mundo e aos desejos da carne, enquanto não se converterem seria mente a Deus.</div><div align="justify"><br /><strong>17 - Filhos de ccrentes que morrem na infância - </strong>Devemos julgar a respeito da vontade de Deus com base na sua Palavra. Ela testifica que os filhos de crentes são santos, não por natureza mas em virtude da aliança da graça, na qual estão incluídos com seus pais. Por isso os pais que temem a Deus não devem ter dúvida da eleição e salvação de seus filhos, que Deus chama desta vida ainda na infância. </div><div align="justify"><br /><strong>18 - Protesto não, e sim, adoração - </strong>Aqueles que reclamam contra esta graça de eleição imerecida e a severidade da justa reprovação, nós replicamos com esta sentença do apóstolo: <strong><em><span style="color:#cc0000;">"Quem és tu, ó homem para discutires com Deus?!" (Rom 9:20).</span></em></strong> E com esta palavra do Salvador:<strong><em> "<span style="color:#cc0000;">Porventura não me é lícito fazer o que quero do que é meu?" (Mt 20:15).</span></em></strong> Nós entretanto, adorando reverentemente estes mistérios, exclamamos com o apóstolo: <strong><em><span style="color:#cc0000;">"O profundidade da riqueza, tanto da sabedoria, como do conhecimento de Deus! Quão insondáveis são os seus juízos e quão inescrutáveis os seus caminhos! Quem, pois conheceu a mente do Senhor? ou quem foi o seu conselheiro? Ou quem primeiro lhe deu a ele para que lhe venha a ser restituído? Porque dele e por meio dele e para ele são todas as cousas. A ele, pois, a glória eternamente. Amém." (Rom 11:33-36).</span></em></strong></div><em><div align="center"><br /></em> </div><div align="justify"></div>Josemar Bessahttp://www.blogger.com/profile/11243228073041915068noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-27420332.post-1147115751395649252006-05-08T12:10:00.000-03:002006-05-08T16:16:56.410-03:00Dort - História<div align="justify"><br />A convocação do <strong>Sínodo de Dort</strong> foi a<strong> 361 anos atrás</strong>. Para a maioria das pessoas o nome nem é mesmo familiar, talvez por ter alguma relação com o rio Maas e a provinciana cidade holandesa de Dort. Na mente daqueles que já o ouviram, muito freqüentemente o que restou é algo do ódio há tanto relacionado com o Sínodo, em razão das calúnias de seus inimigos. Não obstante, quando a Reforma era ainda jovem e os homens amavam ardentemente as doutrinas da graça, o nome de Dort era famoso em todo o mundo protestante. </div><div align="justify">William Cunningham vai longe em dizer: “O Sínodo de Dort, representando quase todas as igrejas reformadas, e contendo uma grande proporção dos teólogos do mais alto nível, erudição e caráter, tem direito a maior medida de respeito e deferência do que qualquer outro concílio registrado na história da Igreja” [Os Reformadores e a Teologia da Reforma, p. 367]. Isto é de fato um grande elogio! Mas há muitos grandes nomes na história que em algum tempo significaram muito, mas que agora não têm nenhum significado prático. Então, alguém poderia perguntar por que deveríamos estar preocupados com uma assembléia eclesiástica esquecida pela maioria dos homens há tanto tempo, e que, à primeira vista, parece não ter qualquer significado contemporâneo?<br />Em primeiro lugar o Sínodo de Dort é de peculiar interesse histórico para a Grã-Bretanha, pois – embora fosse principalmente um ajuntamento holandês – o rei James I foi, na verdade, responsável em parte por sua existência! Nos anos anteriores a 1618-19 ele somou sua forte influência a dos homens na Holanda que clamavam pela convocação de um Sínodo nacional, para pôr fim às controvérsias teológicas que estavam perturbando a paz, e mesmo pondo em risco a sobrevivência dos Paises Baixos. Ainda mais, James escolheu vigorosamente os representantes calvinistas contra os oponentes arminianos. E, quando um tal Vortius, homem justamente suspeito como de opinião sociniana [unitarino], foi indicado para susbstituir Arminius na Universidade de Leiden, após sua morte, James notificou ao Estado Geral da Holanda que retiraria seu embaixador se Vortius não fosse demitido imediatamente. O Eleitor do Palatinado era genro de James e acrescentou sua própria influência à do rei inglês no clamor por um Sínodo. Quando chegou o momento, James indicou cinco representantes para o Sínodo, todos do partido episcopal, que, juntamente com outros teólogos estrangeiros, teriam prerrogativas de participação nas deliberações do Sínodo além do direito de voto. Eram eles George Carleton, então bispo de Llandaff e posteriormente de Chichester; Joseph Hall, posterior e sucessivamente bispo de Exeter e Norwich; John Davenant, depois bispo de Salisbury; Samuel Ward, o celebrado erudito e mestre de Sidney Sussex College, Cambridge; e Walter Balcahqual, um escocês, capelão do rei e depois deão de Rochester. Hall adoeceu após alguns dias e ficou impossibilitado de dar continuidade às suas responsabilidades, mas foi substituído por Thomas Goad, capelão do arcebispo da Cantuária. É importante lembrar que estes homens não eram representantes do partido puritano da Igreja da Inglaterra. O fato de que o bispo Carleton estar preparado para participar como membro ordinário [embora respeita] de um Sínodo convocado nos moldes da reforma e presidido por um mero presbítero, diz muito sobre a posição do governo episcopal que prevalecia na Inglaterra, um aspecto que seria em breve alterado radicalmente pela influência de homens como William Laud com suas enfatuadas noções não-protestantes do direito divino do episcopado. Também é significativo que todos estes ingleses, um prelado e dois futuros prelados assinaram os Cânones do Sínodo de Dort. Era de se esperar tal profissão de calvinismo dos herdeiros de Cartwright e Perkins; todos sabem que eles faziam coro com seus companheiros do continente. Mas aqueles clérigos, insuspeitos de puritanismo, são prova suficiente de que o calvinismo continuava a ser a teologia predominante na Igreja da Inglaterra durante o reinado de James I. Foi apenas sob o domínio de seu filho Charles I que começou a triste decadência no fervor, e que mais tarde trouxe conseqüências trágicas.<br />O Sínodo de Dort é também de grande importância por razões religiosas. “A controvérsia arminiana”, escreveu Philip Schaff, “é a mais importante que ocorreu dentro da Igreja Reformada”. Pode-se acrescentar que o sínodo que pôs fim à controvérsia, definiu claramente assuntos que sempre perturbaram a Igreja e continuam a perturbá-la ainda hoje. Para entender-se o que ocorreu nos Paises Baixos, nas duas primeiras décadas do século dezessete, é necessário retroceder até o próprio Arminius e à origem da luta associada ao seu nome. James Arminius [latinizado de Jacob Hermanson] nasceu em 1560 e estudou em Leiden e Genebra na gestão de Teodoro Beza, sucessor de Calvino. Em 1588 tornou-se um dos ministros de Amsterdam, onde realmente começou o problema por causa da sua pregação relacionada particularmente com a exposição de Romanos 7. Os homens suspeitaram que ele estava saindo da confissão reformada, e houve considerável agitação na cidade por causa disso. Em 1630 foi indicado como professor de teologia em Leiden, em substituição ao célebre Franciscus Gomarus, um dos grandes teólogos da época, e assim ficou claro que Arminius tinha sérias objeções contra a doutrina da Igreja. Entretanto, agora, como antes em Amsterdam, mesmo tendo jurado não contradizer em seus ensinamentos a Confissão e aderir completamente a ela em suas lições públicas, dava, todavia, instrução em particular a certos estudantes selecionados, falando mais livremente de suas insatisfações e dúvidas. Seu sucesso em fazer prevalecer sobre os jovens seu próprio ponto de vista cedo tornou-se evidente quando estes se apresentaram ao exame dos Presbitérios para admissão no ministério.<br />Arminius morreu em 1609 em meio à controvérsia, mas seu manto logo foi tomado por Johannes Uytenbogaert, o pregador da corte, e Simon Episcopus, seu sucessor na universidade. Sob a liderança deles os arminianos, em 1610, prepararam uma representação (Remonstrance) [desde então passaram a ser chamados de os remonstrantes] na qual em princípio rejeitavam certas posições defendidas pelos calvinistas. Esta representação era formulada de tal maneira que oferecia mais uma caricatura do que uma representação correta da doutrina reformada; e prosseguiam asseverando em cinco posições [os cinco artigos do arminianismo] seus próprios pontos de vista; i.é, eleição condicional à presciência da fé; expiação universal [que Cristo “morreu por todos e por cada um, de forma que ele concedeu reconciliação e perdão de pecados a todos através da morte na cruz”]; a necessidade de regeneração para que o homem seja salvo [mas, como apareceu mais tarde, entendido de tal maneira que subestimava seriamente a depravação da natureza humana]; a resistibilidade da graça [“mas quanto ao modo desta graça, ela não é irresistível”]; e a incerteza da perseverança dos crentes. Os calvinistas responderam com a contra-remonstrance [desde então o nome contra-remonstrantes] com sete artigos reafirmando o ensinamento das confissões reformadas com respeito à doutrina da graça. A conferência teve lugar em Hague em 1611, mas não chegou a nenhuma acordo.<br />Os anos seguintes testemunharam a exacerbação da controvérsia, que agora se espalhava velozmente pelo país e era marcada pela demanda crescente, da parte dos calvinistas, da convocação de um sínodo geral para pôr fim à disputa. Embora a Constituição da Igreja determinasse um Sínodo, no mínimo a cada três anos, nenhum havia sido permitido desde 1586. John Van Olden Barneveldt, Grande Pensionário da Holanda e o grande homem do momento, apoiava os arminianos e era de posicionamento erastiano quanto à relação entre Igreja e o Estado. Em seu ponto de vista e dos remonstrantes, que derivavam suas forças de autoridades políticas, o magistrado civil exercia autoridade em assuntos eclesiásticos. O príncipe Mauricio, filho de William, o Taciturno, e stadtholder hereditário, permaneceu neutro até 1616, quando começou abertamente a tomar o partido dos calvinistas e, nos idos do verão de 1617, estava participando publicamente do culto com a congregação reformada da capital. No mesmo ano, executou um bem sucedido golpe de estado contra Barneveldt e determinou, finalmente, a convocação de um sínodo da igreja holandesa. Este entretanto foi um sínodo único na história do protestantismo pois, pela pressão de James I, teólogos estrangeiros foram convidados a participar. Convites foram enviados para todas as igrejas reformadas da Europa, e realmente vieram delegados da Inglaterra, do Palatinado, Hesse, Zurich, Berne, Basel, Schaffhausen, Genebra, Bremen e Emden. A França não se fez representar. Os representantes designados, Pierre du Moulin e André Rivet, dois dos teólogos mais célebres da época, foram proibidos de deixar o país pelo rei da França. Mas assim mesmo, a Igreja reformada francesa aprovou os Cânones de Dort e fê-los obrigatórios aos seus ministros em dois sínodos gerais separados em 1620 e também em 1623. Nem a Escócia foi incluída – muito estranho, desde que a igreja de John Knox pertencia ao grupo reformado internacional. Mas, deve-se lembrar que o mesmo rei que indicou os episcopais ingleses que participaram do Sínodo de Dort, estava, nestes mesmos anos, engajado em submeter a igreja do norte, do seu reino, a um jugo hierárquico completamente desprezível e indesejável; por isso a igreja escocesa não ficou livre para participar.<br />Foi uma extraordinária assembléia. Um antigo escritor disse dela o seguinte: “os membros deste sínodo formavam uma constelação dos melhores e mais eruditos teólogos que já se congregaram num concílio desde a dispersão dos apóstolos; salvo se excetuarmos a convocação imperial de Nicéia no quarto século” [Biographia Evangélica II, p. 456]. O concílio incluía 56 ministros e presbíteros regentes das igrejas holandesas, 5 professores de teologia e 26 teólogos estrangeiros, além de 18 comissários políticos [não-membros do sínodo] que iriam supervisionar o processo e dar informações ao Estado Geral. Para se avaliar o peso da assembléia, basta citarem-se alguns nomes. Gomarus estava lá, sucessivamente professor em Leiden, Saumur e agora em Groningen; Lubbertus, de Franeker; Bogerman, o grande ministro de Leeuwaarden que estudou em diversas universidades continentais e então em Oxford e Cambridge [sob Reynolds e Perkins]; Diodati, o italiano que ensinava em Genebra; o jovem Voetius, que não havia ainda iniciado a estupenda carreira acadêmica que o faria, talvez, o mais influente teólogo da Europa; e Scultetus, Polyander, Lydius, Alting, Hommius, Triglandius, Meyer. Podia-se prosseguir referindo-se mais e mais nomes. Interessante é que o grande puritano William Ames, que por causa de seus princípios fora constrangido a fugir da Inglaterra, foi designado por Bogerman, presidente do sínodo, como seu secretário particular, para grande descontentamento dos delegados ingleses. Ames exerceria considerável influência nos bastidores.<br />O Sínodo começou em 13 de novembro, com culto solene em holandês na Grande Igreja e em francês naquela que fora antes a igreja dos agostinianos. Após o que, ocorreram as sessões, 154 ao todo, no Kloveniersdoelen , uma espécie de armazém arsenal que era aquecido durante todo o inverno por uma grande lareira. Mas, como proteção extra contra o frio e a umidade de que muitos se queixavam, cada delegado recebeu um stoofje , um pequeno braseiro para ser colocado sob os pés. O principal assunto em pauta era, é claro, a controvérsia arminiana, e treze dos remonstrantes foram convocados diante do Sínodo para prestarem contas de suas opiniões. Após alguma demora chegaram finalmente em 6 de dezembro, e até 14 de janeiro o Sínodo engajou-se na vã tentativa de extrair deles uma declaração clara de seus ensinamentos. Os arminianos – Episcopus à frente deles como presidente de uma espécie de contra-sínodo – utilizaram de toda engenhosidade para evitarem qualquer declaração deste tipo, exigiram que fosse seguida sua própria pauta de assuntos em lugar da do Sínodo, praticaram evasivas, táticas de retardamento e obstruções, caluniaram o Estado Geral implicando até mesmo o próprio príncipe Mauricio, e rejeitaram a autoridade do Sínodo em julgá-los; isto a despeito do fato de ser legalmente um Sínodo da Igreja em que ocupavam cargos, à qual confessavam pertencer, e a cuja disciplina estavam obrigados a se submeter em virtude de suas ordenanças e votos!<br />Após um mês de esforços infrutíferos para se prosseguir com o assunto em pauta, tempo durante o qual Bogerman, o presidente, se conduziu com tal paciência e calma contida, que alguns dos seus colegas a achavam excessiva, em face à tamanha obstinação; não houve alternativa senão despedir Episcopus e seus companheiros. Os historiadores acusam Bogerman por sua conduta no dia fatídico de 14 de janeiro, quando por um momento pareceu ter perdido o auto-controle, mas sua exasperação é compreensível. Referindo-se às distorções deliberadas, e até mesmo falsidades com que os arminianos trataram o Sínodo, ele vociferou: “Vocês estão sendo mandados embora. Vão! Começaram com mentiras e terminaram com mentiras”. E uma vez mais gritou: “Ide! Ide!”. Após este fato o trabalho prosseguiu, fazendo uso, agora, dos escritos e não dos próprios remonstrantes, e o Sínodo formulou em cinco capítulos e noventa e três artigos, os famosos Cânones de Dort, que foram assinados por todos os delegados em 23 de abril e promulgados solenemente na Grande Igreja em 6 de maio de 1619, diante de numerosa congregação. Três dias mais tarde, após seis meses de trabalho exaustivo, os teólogos estrangeiros partiram e os teólogos holandeses permaneceram para 22 sessões adicionais devotadas, em sua maioria, à preparação de uma nova liturgia e ordem eclesiásticas.<br />Falou-se muito sobre o “perseguidor sínodo de Dort” e houve muita distorção propositada quanto a ele. Por isso, é que na Inglaterra uma versão dos Cânones permaneceu amplamente em voga até 1804, versão esta que tinha o peculiar pedigree de ter sido produzida por um tal de Daniel Tilenus, que era na verdade um remonstrante. Esta versão que corria como uma “sinopse conveniente” era na verdade uma corrupção deliberada dos Cânones. Afirma, por exemplo, que Deus elegeu para salvação “um pequeno número de homens” e predestinou o resto para condenação “sem qualquer consideração quanto à infidelidade e impiedade deles”. Isto era simplesmente uma reprodução da caricatura arminiana original da posição calvinista na Remonstrance de 1610. Os Cânones não fazem na verdade tal afirmação quanto à pequenez do número dos eleitos, exceto para rejeitar a acusação arminiana, para efeito de conclusão, e insiste em estabelecer a conexão entre o decreto da reprovação e o fato do pecado e desobediência do homem: quanto aos preteridos, “Deus (...) decretou deixá-los na miséria comum na qual eles mesmos se precipitaram intencionalmente (...) não apenas por causa de sua descrença, mas também por todos seus outros pecados” [I.7,15].<br />Quanto à perseguição, deveria ser lembrado que a Igreja Holandesa estava sujeita a duas ordens confessionais: a Confissão Belga e o Catecismo de Heidelberg. Os arminianos, dessa forma, enquanto que sujeitos aos votos destas declarações da fé reformada, estavam advogando a subversão delas. E foram eles, nota bene , nos anos anteriores ao Sínodo provaram ser intolerantes com os homens, com respeito ao apoio às doutrinas da Igreja. Em muitas ocasiões ministros depostos pela Igreja por heresia eram mantidos no cargo pelos magistrados; e os ministros fiéis apoiados pela Igreja eram depostos por eles. Na verdade, os calvinistas eram privados do uso de edifícios, postos à parte, como seu próprio local de culto, e forçados a se reunirem onde quer que pudessem, e nem assim eram deixados em paz. Destarte a acusação de perseguição pôde escassamente ser feita, com justiça, pelos remonstrantes pois eles mesmos, quando podiam, se favoreciam dela. O resultado de Dort não foi a supressão de todas as religiões com exceção da reformada. Diferentemente de outros países da Europa, a Holanda já era o lar de pessoas oprimidas. Em 1609, os Pais Peregrinos tomaram o rumo de Leiden, e luteranos, anabatistas e mesmo católicos romanos eram tolerados, embora que confinados a locais privativos a seu próprio culto. É verdade que, após o Sínodo ter-se reunido, muitos pregadores que não se adequaram foram depostos. É verdade também que mesmo no Sínodo os arminianos eram tratados não como iguais – se bem que tivessem a pretensão de serem uma espécie de contra-sínodo – mas como aqueles que foram convocados para prestarem contas de si mesmos e para serem julgados. Mas isso nada tem a ver com a questão da tolerância como tal; é antes a questão de se a Igreja tem ou não o direito de obrigar sua própria confissão de fé e insistir em sua prerrogativa de privar de seus cargos os que se desviram daquela confissão e ensinavam o erro e não a verdade. A ação do Sínodo era disciplinar, voltada para membros e oficiais da Igreja que se tinham envolvido em heresias e tentaram mudar a confissão da Igreja, para ajustá-la às suas próprias opiniões. Apenas aqueles que são por si mesmos cautelosos quanto a adesão de estatutos confessionais, ou que já viveram sob perjúrio, havendo prometido uma coisa apenas para crer em outra, questionaram o direito do Sínodo de uma igreja de agir resolutamente em tais casos.<br />É impossível aqui aprofundarmo-nos nas questões teológicas inerentes à controvérsia arminiana. Para isso os leitores devem recorrer ao volume recentemente publicado pela Reformed Fellowship , de Grand Rapids, e editado pelo Dr. P. Y. de Jong, sob o título Crisis in the Reformed Churches (Crise nas Igrejas Reformadas), e também à magistral discussão de William Cunningham no volume II de sua Historical Theology (Teologia Histórica). A comtrovérsia dizia respeito às diferentes conceituações do homem e de Deus. Os arminianos representavam o reavivamento das doutrinas semi-pelagianas que havia tanto tempo flagelado a Igreja cristã. Embora o próprio Arminius não fosse um não-evangélico, entretanto a história subseqüente do movimento demonstra claramente que, quando a queda e suas conseqüências totais para o ser humano como um todo não é levada suficientemente a sério, e quando a salvação não é compreendida como total e completamente pela graça divina, então o resultado é inevitavelmente o racionalismo e coisa pior. Os teólogos de Dort não estavam, em primeiro lugar, preocupados com questões escolásticas não relacionadas com a vida. Para eles a controvérsia não era acadêmica em nenhum sentido. Era prática em último caso à vista deles, como na era de Atanásio, mil e duzentos anos antes em sua luta contra o arianismo, o problema principal era mesmo a salvação. Se os arminianos tivessem prevalecido e suas doutrinas introduzidas na Igreja, o resultado final seria destrutivo para a doutrina cristã da salvação. A partir dos Cânones – o caráter incondicional e gracioso da eleição; a expiação de Cristo limitada em seu desígnio e amplitude; a depravação total do homem; a graça irresistível; e a perseverança dos santos – foram todos, em resposta aos cinco artigos da remonstrance, com a intenção de estabelecer clara e inequivocamente o absoluto e gracioso caráter da salvação que “não depende de quem quer, ou de quem corre, mas de usar Deus a sua misericórdia” (Rm 9.16).<br />Qual é então a importância atual de Dort? É tão somente esta: o erro arminiano, embora travestido sob um nome do século dezesseis, é tão antigo quanto o homem e ressurge sempre e sempre, freqüentemente sob novas formas, até mesmo com vestes evangélicas [como mesmo no caso de Arminius]. Encontra-se agora entre aqueles que, embora professem doutrina bíblica, ainda insistem na capacidade do homem de escolher a Deus por si mesmos. É também corrente, em forma muito mais radical, entre um grande número de teólogos não-ortodoxos e liberais que concentram seu raciocínio na antropologia e substituem a busca da Reforma por um Deus gracioso, pela busca de um próximo gracioso. Encontra-se onde quer que os homens não se sujeitem com humildade, obediência e fé ao Deus das Escrituras e não atribuem a Ele, não apenas a iniciativa, mas também todos os meios para o cumprimento da salvação em toda parte. A verdade fundamental que Dort levantou bem alto é a verdade na qual a Reforma na linha de Agostinho e mesmo a Palavra de Deus permanecem firmemente: Soli Deo gloria !<br /></div><div align="justify">J. R de Witt </div>Josemar Bessahttp://www.blogger.com/profile/11243228073041915068noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-27420332.post-1147113987602968812006-05-08T10:43:00.000-03:002006-05-08T15:53:06.446-03:00Dort - Capítulo 1 - Rejeição de Erros.<div align="center"><strong><span style="font-size:180%;">Os Cânones de Dort(1618-1619)</span></strong><br /><br /><strong>CAPÍTULO 1 - REJEIÇÃO DE ERROS</strong></div><div align="justify"><br /><em>Havendo explicado a doutrina ortodoxa de eleição e reprovação, o Sínodo rejeita os seguintes erros:</em></div><em><div align="justify"><br /></em><strong>Erro 1</strong> - A vontade de Deus para salvar aqueles que crerem e perseverarem na fé e na obediência da fé é o decreto inteiro e total da eleição para salvação. Nada mais sobre este decreto foi revelado na Palavra de Deus.<br /><strong>Refutação -</strong> Este erro engana aos simples e claramente contradiz a Escritura. Ela testifica não apenas que Deus salvará aqueles que crêem mas também que escolheu específicas pessoas desde a eternidade. Nesta vida Ele dará a estes eleitos a fé em Cristo e perseverança, que Ele não dá a outros; como está escrito: <strong><em><span style="color:#cc0000;">"Manifestei o teu nome aos homens que me deste do mundo." (Jo 17:6). "...e creram todos os que haviam sido destinados para a vida eterna." (At 13:48). "...como nos escolheu nele antes da fundação do mundo, para sermos santos e irrepreensíveis perante ele..." (Ef 1:4). </span></em></strong></div><em><span style="color:#cc0000;"><div align="justify"><br /></span></em><strong>Erro 2</strong> - Há vários tipos de eleição divina para a vida eterna. Um é geral e indefinido, e outro é particular e definido. Esta última eleição ou é incompleta, revogável, não-decisiva e condicional, ou é completa, irrevogável, decisiva e absoluta. Do mesmo modo, há uma eleição para fé e outra para salvação. Portanto eleição pode ser para a fé justificante, sem ser decisiva para a salvação.<br /><strong>Refutação -</strong> Isto é uma invenção da mente humana, sem nenhuma base na Escritura. Essa invenção corrompe a doutrina da eleição e quebra a corrente de ouro da nossa salvação. <strong><em><span style="color:#cc0000;">"E aos que predestinou, a esses também chamou; e aos que chamou, a esses também justificou; e aos que justificou, a esses também glorificou." (Rom 8:30). </span></em></strong></div><span style="color:#cc0000;"><div align="justify"><br /></span><strong>Erro 3</strong> - O bom propósito de Deus do qual a Escritura fala na doutrina da eleição não significa que Ele escolheu certas pessoas e não outras, mas que Ele, dentre todas as condições possíveis (inclusive as obras da lei) ou seja, dentre todas as possibilidades, escolheu como condição de salvação, o ato de fé, que é sem méritos de si mesmo, e a obediência imperfeita da fé. Na sua graça Ele a considera como obediência perfeita e digna da recompensa da vida eterna.<br /><strong>Refutação -</strong> Este erro perigoso invalida o bom propósito de Deus e o mérito de Cristo, e desvia as pessoas, por questões inúteis, da verdade da justificação graciosa e da simplicidade da Escritura. Ele acusa de falsidade esta declaração do apóstolo: <strong><em><span style="color:#cc0000;">" ...que nos salvou e nos chamou com santa vocação; não segundo as nossas obras, mas conforme a sua própria determinação e graça que nos foi dada em Cristo Jesus antes dos tempos eternos." (II Tim 1:9). </span></em></strong></div><em><span style="color:#cc0000;"><div align="justify"><br /></span></em><strong>Erro 4</strong> - Eleição para fé depende das seguintes condições prévias: o homem deve fazer uso adequado da luz da natureza, e deve ser piedoso, humilde, submisso e qualificado para a vida eterna.<br /><strong>Refutação -</strong> Assim parece que a eleição depende destas coisas. Isto tem o sabor do ensino de Pelágio e está em conflito com o ensino do apóstolo em <strong><em><span style="color:#cc0000;">Efésios 2:3-9: "...entre os quais também todos nós andamos outrora, segundo as inclinações da nossa carne, fazendo a vontade da carne e dos pensamentos; e éramos por natureza filhos da ira, como também os demais. Mas Deus, sendo rico em misericórdia, por causa do grande amor com que nos amou, e estando nós mortos em nossos delitos, nos deu vida juntamente com Cristo -- pela graça sois salvos, e juntamente com ele nos ressuscitou e nos fez assentar nos lugares celestiais em Cristo Jesus; para mostrar nos séculos vindouros a suprema riqueza da sua graça, em bondade para conosco em Cristo Jesus. Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus; não de obras, para que ninguém se glorie." </span></em></strong></div><em><span style="color:#cc0000;"><div align="justify"><br /></span></em><strong>Erro 5 -</strong> A eleição incompleta e não-definitiva de certas pessoas para a salvação se baseou nisto: Deus previu que elas começariam a crer, se converter, viver em santidade e piedade, e até continuariam nisto por algum tempo. Eleição completa e definitiva de pessoas, porém, ocorreu porque Deus previu que elas perseverariam em fé, conversão, santidade e piedade até ao fim. Isto é a dignidade graciosa e evangélica por causa da qual a pessoa que é escolhida é mais digna que outra que não é escolhida. Consequentemente a fé, a obediência de fé, a piedade e a perseverança não são frutos da imutável eleição para glória. São condições e causas previamente requeridas e previstas como cumpridas naqueles que serão eleitos completamente. Só com base nestas condições ocorre a eleição imutável para a glória.<br /><strong>Refutação -</strong> Este erro está em conflito com toda a Escritura que repete constantemente para nossos ouvidos e corações, estas e semelhantes afirmações: eleição <strong><em><span style="color:#cc0000;">"não [é] por obras mas por aquele que chama..." (Rom 9:11), "...e creram todos os que haviam sido destinados para a vida eterna." (At 13:48); "...nos escolheu nele antes da fundação do mundo para sermos santos e irrepreensíveis perante ele..." (Ef 1:4); "Não fostes vós que me escolhestes a mim; pelo contrário, eu vos escolhi a vós outros..." (Jo 15:16); "...se é pela graça, já não é pelas obras; do contrário, a graça já não é graça." (Rom 11:6). "Nisto consiste o amor, não em que nós tenhamos amado a Deus, mas em que Ele nos amou, e enviou o seu Filho..." (I Jo 4:10). </span></em></strong></div><em><span style="color:#cc0000;"><div align="justify"><br /></span></em><strong>Erro 6</strong> - Nem toda eleição para salvação é imutável. Alguns dos eleitos podem perder-se e de fato se perdem eternamente, não obstante qualquer decreto de Deus.<br /><strong>Refutação -</strong> Este erro grosseiro faz Deus mutável, destrói o conforto dos crentes quanto à constância de sua eleição, e contradiz a Escritura: os eleitos não podem ser enganados <strong><em><span style="color:#cc0000;">(Mt 24:24); "E a vontade de quem me enviou é esta: Que nenhum eu perca de todos os que me deu..." (Jo 6:39); "E aos que predestinou a esses também chamou; e aos que chamou a esses também justificou; e aos que justificou a esses também glorificou." (Rom 8:30). </span></em></strong></div><em><span style="color:#cc0000;"><div align="justify"><br /></span></em><strong>Erro 7</strong> - Nesta vida não há fruto, consciência ou certeza da eleição imutável para glória, exceto a certeza que depende de uma condição mutável e incerta.<br /><strong>Refutação -</strong> Falar acerca de uma certeza incerta é não apenas absurdo mas também contrário à experiência dos santos. Sentindo sua eleição, eles se regozijam junto com o apóstolo e glorificam este benefício de Deus<strong><em><span style="color:#cc0000;"> (Cf Ef 1:12).</span></em></strong> Conforme o mandamento de Cristo Eles se regozijam junto com os discípulos por seus nomes estarem escritos nos céus <strong><em><span style="color:#cc0000;">(Lc 10:20).</span></em></strong> Eles colocam a consciência de sua eleição contra os dardos inflamados das tentações do diabo, quando perguntam:<strong><em><span style="color:#cc0000;"> "Quem intentará acusação contra os eleitos de Deus?" (Rom 8:33). </span></em></strong></div><em><span style="color:#cc0000;"><div align="justify"><br /></span></em><strong>Erro 8</strong> - Deus não decidiu, simplesmente com base em sua justa vontade, deixar ninguém na queda de Adão e no estado comum de pecado e condenação. Nem decidiu passar ninguém quando deu a graça, necessária para fé e conversão.<br /><strong>Refutação -</strong> Pois isto é certo: <strong><em><span style="color:#cc0000;">"Logo, tem ele misericórdia de quem quer, e também endurece a quem lhe apraz." (Rom 9:18). E também isto: "...Porque a vós outros é dado conhecer os mistérios do reino dos céus, mas àqueles não lhes é isso concedido." (Mt 13:11). Igualmente: "...Graças te dou, ó Pai, Senhor do céu e da terra, porque ocultaste estas cousas aos sábios e entendidos, e as revelaste aos pequeninos. Sim, ó Pai, porque assim foi de teu agrado." (Mt 11:25,26). </span></em></strong></div><div align="justify"><em><span style="color:#cc0000;"><br /></span></em><strong>Erro 9</strong> - Deus envia o Evangelho a um povo mais que a um outro, não meramente e somente por causa do bom propósito de sua vontade, mas por ser este melhor e mais digno que o outro, ao qual o Evangelho não é comunicado.<br /><strong>Refutação -</strong> Moisés nega isto quando se dirige ao povo de Israel dizendo:<strong><em><span style="color:#cc0000;"> "Eis que os céus e os céus dos céus são do SENHOR teu Deus, a terra e tudo o que nela há. Tão-somente o SENHOR se afeiçoou a teus pais para os amar: a vós outros, descendentes deles escolheu de todos os povos, como hoje se vê." (Dt 10:14, 15).</span></em></strong> E Cristo diz: <strong><em><span style="color:#cc0000;">"Ai de ti, Corazim! ai de ti, Betsaida! porque, se em Tiro e em Sidom se tivessem operado os milagres que em vós se fizeram, há muito que elas se teriam arrependido, com pano de saco e cinza." (Mt 11:21).</span></em></strong></div>Josemar Bessahttp://www.blogger.com/profile/11243228073041915068noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-27420332.post-1147369339732402472006-05-08T10:40:00.000-03:002006-05-11T14:42:19.746-03:00Capítulo 2<div align="center"><strong><em><span style="font-size:130%;color:#cc0000;">CAPÍTULO 2 - A MORTE DE CRISTOE A REDENÇÃO DO HOMEM POR MEIO DELA</span></em></strong></div><div align="justify"><br /><strong><span style="color:#cc0000;">1.</span></strong> Deus é não só supremamente misericordioso mas também supremamente justo. E como Ele se revelou em sua Palavra, sua justiça exige que nossos pecados, cometidos contra sua infinita majestade, sejam punidos nesta vida e na futura, em corpo e alma. Não podemos escapar destas punições a menos que seja cumprida a justiça de Deus.<br /><strong><span style="color:#cc0000;">2.</span></strong> Por nós mesmos, entretanto, não podemos cumprir tal satisfação nem podemos livrar a nós mesmos da ira de Deus. Por isso Deus, em sua infinita misericórdia deu seu Filho único como nosso Fiador. Por nós, ou em nosso lugar, Ele foi feito pecado e maldição na cruz para que pudesse satisfazer a Deus por nós.<br /><strong><span style="color:#cc0000;">3</span>.</strong> Esta morte do Filho de Deus é o único e perfeito sacrifício pelos pecados, de valor e dignidade infinitos, abundantemente suficiente para expiar os pecados do mundo inteiro.<br /><strong><span style="color:#cc0000;">4.</span></strong> Essa morte é de tão grande poder e valor porque quem se submeteu a ela, é não apenas verdadeira e perfeitamente santo homem, mas também o Filho único de Deus. Ele é Deus eterno e infinito junto ao Pai e ao Espírito Santo. Assim devia ser nosso Salvador. Além disto, Ele sentiu, quando morria a ira e a maldição de Deus que nós merecemos, pelos nossos pecados.<br /><strong><span style="color:#cc0000;">5</span>.</strong> A promessa do Evangelho é que todo aquele que crer no Cristo crucificado não pereça mas tenha vida eterna. Esta promessa deve ser anunciada e proclamada sem discriminação a todos os povos e a todos os homens, aos quais Deus em seu bom propósito envia o Evangelho, com a ordem de se arrepender e crer.<br /><strong><span style="color:#cc0000;">6.</span></strong> Muitos que têm sido chamados pelo Evangelho não se arrependem nem crêem em Cristo, mas perecem na incredulidade. Isto não acontece por causa de algum defeito ou insuficiência no sacrifício de Cristo na cruz, mas por causa de sua própria culpa.<br /><strong><span style="color:#cc0000;">7.</span></strong> Mas aqueles que verdadeiramente crêem e, pela morte de Cristo, são libertos e salvos dos seus pecados e perdição, recebem tal benefício apenas por causa da graça de Deus, que lhes é dada, em Cristo, desde a eternidade. Deus não deve a ninguém tal graça.<br /><strong><span style="color:#cc0000;">8</span>.</strong> Pois este foi o soberano conselho, a vontade graciosa e o propósito de Deus o Pai, que a eficácia vivificante e salvífica da preciosíssima morte de seu Filho fosse estendida a todos os eleitos. Daria somente a eles a justificação pela fé e por conseguinte os traria infalivelmente à salvação. Isto quer dizer que foi da vontade de Deus que Cristo por meio do sangue na cruz (pelo qual Ele confirmou a nova aliança) redimisse efetivamente de todos os povos, tribos, línguas e nações, todos aqueles e somente aqueles que foram escolhidos desde a eternidade para serem salvos, e Lhe foram dado pelo Pai. Deus quis que Cristo lhes desse a fé, que Ele mesmo lhes conquistou com sua morte, junto com outros dons salvíficos do Espírito Santo. Deus quis também que Cristo os purificasse de todos os pecados por meio do seu sangue, tanto do pecado original como dos pecados atuais, que foram cometidos antes e depois de receberem a fé. E que Cristo os guardasse fielmente até ao fim e finalmente os fizesse comparecer perante o próprio Pai em glória, "sem mácula, nem ruga" (Ef 5:27).<br /><strong><span style="color:#cc0000;">9.</span></strong> Este conselho, procedendo do amor eterno de Deus aos eleitos, tem sido poderosamente cumprido, desde o começo do mundo até hoje, ainda que as "portas do inferno" em vão tentem frustrá-lo. O conselho de Deus também continuará a ser cumprido. No devido tempo os eleitos serão unidos em um só rebanho, e sempre haverá uma Igreja de crentes fundada no sangue de Cristo. Esta Igreja ama firmemente seu Salvador (o qual como noivo deu na cruz sua própria vida por sua noiva), O serve com perseverança e O glorifica agora e para sempre.<br /></div>Josemar Bessahttp://www.blogger.com/profile/11243228073041915068noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-27420332.post-1147369617152803122006-05-08T10:35:00.000-03:002006-05-11T14:46:57.156-03:00Capírtulo 2 - Rejeição de Erros.<div align="center"><strong><em><span style="font-size:130%;">REJEIÇÃO DE ERROS</span></em></strong></div><div align="center"> </div><div align="justify">Havendo explicado a doutrina ortodoxa, o Sínodo rejeita os seguintes erros:<br /><strong><span style="color:#cc0000;">Erro 1</span></strong> - Deus o Pai destinou seu Filho à morte na cruz sem um decreto definido de determinadas pessoas. Mesmo que a redenção por Cristo conquistada de fato nunca tivesse sido aplicada a nem uma só pessoa, o que Ele alcançou pela sua morte podia ter sido necessário, proveitoso e valioso e podia permanecer perfeito, completo, e intacto em todas as suas partes.<br /><strong><span style="font-size:130%;color:#cc0000;">Refutação</span></strong> - Esta doutrina é uma ofensa à sabedoria do Pai, ao mérito de Cristo e é contrária à Escritura. Pois o nosso Salvador afirma: "... dou a minha vida pelas ovelhas." e "eu as conheço..." (Jo 10:15, 27). E o profeta Isaías fala acerca do Salvador: "... quando der ele a sua alma como oferta pelo pecado, verá a sua posteridade e prolongará os seus dias; e a vontade do SENHOR prosperará nas suas mãos." (Is 53:10). Finalmente, este erro invalida o artigo de fé pelo qual confessamos a Igreja universal de Cristo.<br /><span style="font-size:130%;color:#cc0000;"><strong>Erro 2</strong></span> - Não era propósito da morte de Cristo que Ele confirmasse de fato a nova aliança da graça pelo seu sangue. Mas era somente propósito que conquistasse para o Pai o mero direito de estabelecer de novo uma aliança com o homem, seja de graça seja de obras, conforme a vontade do Pai.<br /><span style="font-size:130%;color:#cc0000;"><strong>Refutação</strong></span> - Isto contradiz a Escritura que ensina que Cristo se tornou o Fiador e Mediador de uma aliança superior, isto é, da nova aliança. Um testamento só se concretiza em caso de morte (Hb 7:22 e 9:15, 17).<br /><span style="font-size:130%;color:#cc0000;"><strong>Erro 3</strong></span> - Por sua satisfação ao Pai, Cristo não mereceu para ninguém a salvação segura nem a fé pela qual esta satisfação para salvação é efetivamente aplicada. Ele obteve apenas para o Pai a possibilidade ou a vontade perfeita, para tratar de novo com o homem e para prescrever novas condições conforme sua vontade. Depende entretanto da livre vontade do homem para preencher estas condições. Portanto poderia acontecer que ninguém ou todos os homens preenchessem tais condições.<br /><span style="font-size:130%;color:#cc0000;"><strong>Refutação -</strong></span> Aqueles que ensinam este erro desprezam a morte de Cristo e não reconhecem de maneira nenhuma o seu mais importante resultado ou benefício. Eles evocam do inferno o erro pelagiano.<br /><span style="font-size:130%;color:#cc0000;"><strong>Erro 4</strong></span> - A nova aliança da graça, que Deus o Pai, mediante a morte de Cristo, estabeleceu com o homem, não consiste nisso que nós estamos justificados diante de Deus e salvos pela fé se ela aceita o mérito de Cristo. Ela consiste no fato de que Deus revogou a exigência de perfeita obediência à lei e considera agora a própria fé e a obediência de fé, ainda que imperfeitas, como a perfeita obediência à lei. Ele acha, em sua graça, que elas sejam dignas da recompensa da vida eterna.<br /><span style="font-size:130%;color:#cc0000;"><strong>Refutação -</strong></span> Os que ensinam isto contradizem a Escritura: "...sendo justificados gratuitamente, por sua graça, mediante a redenção que há em Cristo Jesus, a quem Deus propôs, no seu sangue, como propiciação, mediante a fé..." (Rom 3:24, 25). Eles introduzem, junto com o ímpio Socino, uma nova e estranha justificação do homem diante de Deus, contrária ao consenso da Igreja inteira.<br /><strong><span style="font-size:130%;color:#cc0000;">Erro 5</span></strong> - Todas as pessoas têm sido aceitas por Deus, de tal maneira que estão reconciliadas com Ele e participam da aliança. Por isso ninguém está sujeito à condenação ou será condenado por causa do pecado original. Todos estão livres da culpa deste pecado.<br /><span style="color:#cc0000;"><strong><span style="font-size:130%;">Refutação</span> </strong></span>- Esta opinião contraria a Escritura que ensina que nós somos "por natureza filhos da ira" (Ef 2:3).<br /><span style="font-size:130%;color:#cc0000;"><strong>Erro 6</strong></span> - Deus, por sua parte, quer dar a todas as pessoas igualmente os benefícios conquistados pela morte de Cristo. Entretanto algumas obtêm o perdão de pecados e a vida eterna, e outras não. Esta distinção depende de sua própria livre vontade que se junta à graça que é oferecida sem distinção. Mas não depende do dom especial da misericórdia que opera tão poderosamente nestas pessoas, que elas, diferentes de outras, se apropriam desta graça.<br /><span style="font-size:130%;color:#cc0000;"><strong>Refutação</strong></span> - Os que ensinam assim abusam da distinção entre aquisição e apropriação da salvação para implantar esta opinião nas mentes de pessoas imprudentes e sem experiência. Enquanto eles simulam apresentar esta distinção da maneira correta, procuram induzir na mente do povo o perigoso veneno dos erros pelagianos.<br /><span style="font-size:130%;color:#cc0000;"><strong>Erro 7</strong></span> - Cristo não podia nem precisava morrer, nem morreu de fato, por aqueles a quem Deus amou supremamente e elegeu para a vida eterna, visto que estes não precisavam da morte de Cristo.<br /><strong><span style="font-size:130%;"><span style="color:#cc0000;">Refutação </span>-</span></strong> Esta doutrina contradiz o apóstolo, que declara: O Filho de Deus "me amou e a si mesmo se entregou por mim." (Gl 2:20). Igualmente: "Quem intentará acusação contra os eleitos de Deus? É Deus quem os justifica. Quem os condenará? É Cristo Jesus quem morreu..." por eles (Rom.8:33, 34). E o Salvador assegura: "...dou a minha vida pelas ovelhas." (Jo 10:15). E mais: "O meu mandamento é este, que vos ameis uns aos outros, assim como eu vos amei. Ninguém tem maior amor do que este: de dar alguém a própria vida em favor dos seus amigos." (Jo 15:12, 13).</div>Josemar Bessahttp://www.blogger.com/profile/11243228073041915068noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-27420332.post-1147370456747764532006-05-08T10:30:00.000-03:002006-05-11T15:00:56.760-03:00Capítulos 3 e 4<div align="center"><span style="font-size:130%;color:#cc0000;"><strong>CAPÍTULOS 3 e 4 - A CORRUPÇÃO DO HOMEM,A SUA CONVERSÃO A DEUS E O MODO DELA </strong></span></div><span style="color:#cc0000;"><div align="justify"><br /></span><span style="font-size:130%;color:#cc0000;"><strong>1.</strong></span> No princípio o homem foi criado à imagem de Deus. Foi adornado em seu entendimento com o verdadeiro e salutar conhecimento de Deus e de todas as coisas espirituais. Sua vontade e seu coração eram retos, todos os seus afetos puros; portanto, era o homem completamente santo. Mas, desviando-se de Deus sob instigação do diabo e pela sua própria livre vontade, ele se privou destes dons excelentes. Em lugar disso trouxe sobre si cegueira, trevas terríveis, leviano e perverso juízo em seu entendimento; malícia, rebeldia e dureza em sua vontade e seu coração; também impureza em todos os seus afetos.<br /><span style="font-size:130%;color:#cc0000;"><strong>2</strong></span>. Depois da queda, o homem corrompido gerou filhos corrompidos. Então a corrupção, de acordo com o justo julgamento de Deus, passou de Adão até todos os seus descendentes, com exceção de Cristo somente. Não passou por imitação, como os antigos pelagianos afirmavam, mas por procriação da natureza corrompida.<br /><span style="font-size:130%;color:#cc0000;"><strong>3.</strong></span> Portanto, todos os homens são concebidos em pecado e nascem como filhos da ira, incapazes de qualquer ação que o salve, inclinados para o mal, mortos em pecados e escravos do pecado. Sem a graça do Espírito Santo regenerador nem desejam nem tampouco podem retornar a Deus, corrigir suas naturezas corrompidas ou ao menos estar dispostos para esta correção.<br /><span style="font-size:130%;color:#cc0000;"><strong>4.</strong></span> É verdade que há no homem depois da queda um resto de luz natural. Assim ele retém ainda alguma noção sobre Deus, sobre as coisas naturais e a diferença entre honrado e desonrado e pratica um pouco de virtude e disciplina exterior. Mas o homem está tão distante de chegar ao conhecimento salvífico de Deus e à verdadeira conversão por meio desta luz natural que ele não a usa apropriadamente nem mesmo em assuntos cotidianos. Antes, qualquer que seja esta luz, o homem totalmente a polui de maneiras diversas e a detém pela injustiça. Assim ele se faz indesculpável perante Deus.<br /><span style="font-size:130%;color:#cc0000;"><strong>5.</strong></span> O que foi dito sobre a luz da natureza vale também com relação à lei dos Dez Mandamentos, dada por Deus através de Moisés, particularmente aos judeus. A lei revela como é grande o pecado e mais e mais convence o homem de sua culpa, mas não aponta o remédio nem dá a força para sair desta miséria. A lei ficou sem força pela carne e deixa o transgressor debaixo da maldição. Por esta razão o homem não pode obter a graça salvadora através da lei.<br /><span style="font-size:130%;color:#cc0000;"><strong>6.</strong></span> Aquilo que a luz natural nem a lei podem fazer, Deus o faz pelo poder do Espírito Santo e pela pregação ou ministério da reconciliação, que é o Evangelho do Messias. Agradou a Deus usar este Evangelho para salvar os crentes, tanto na antiga quanto na nova aliança.<br /><span style="font-size:130%;color:#cc0000;"><strong>7.</strong></span> No Antigo Testamento Deus revelou este mistério da sua vontade apenas a poucas pessoas. No Novo testamento, entretanto, Ele retirou a distinção entre os povos e revelou o mistério a muito mais pessoas. Esta distribuição distinta do Evangelho não é causada pela maior dignidade de um certo povo, nem pelo melhor uso da luz da natureza, mas pelo soberano bom propósito e amor imerecido de Deus. Portanto eles que recebem tão grande graça, além e ao contrário de tudo que merecem, devem reconhecer isto com coração humilde e agradecido. Mas eles devem com o apóstolo adorar a severidade e justiça dos julgamentos de Deus sobre aqueles que não recebem esta graça. Estes julgamentos de Deus, eles não devem, de maneira nenhuma, investigá-los curiosamente.<br /><span style="font-size:130%;color:#cc0000;"><strong>8.</strong></span> Mas tantos quantos são chamados pelo Evangelho, seriamente o são. Porque Deus revela séria e sinceramente em sua Palavra o que Lhe agrada, a saber, que aqueles que são chamados venham a Ele. Ele também seriamente promete descanso para a alma e vida eterna a todos que a Ele vierem e crerem.<br /><span style="font-size:130%;color:#cc0000;"><strong>9.</strong></span> Muitos são chamados através do ministério do Evangelho mas não vêm nem são convertidos. Não é a culpa do Evangelho, nem do Cristo que é oferecido pelo Evangelho, nem de Deus que chama através do Evangelho e inclusive confere vários dons a eles. Mas é sua própria culpa. Alguns deles não aceitam a Palavra da vida por descuido. Outros de fato a recebem, mas não em seus corações, e por isso, quando desaparece a alegria de sua fé temporária, viram as costas à Palavra. Ainda outros sufocam a semente da Palavra com os espinhos dos cuidados e prazeres deste mundo, e não produzem nenhum fruto. Isto é o que o Salvador ensina na parábola do semeador (Mt 13).<br /><span style="font-size:130%;color:#cc0000;"><strong>10.</strong></span> Outros que são chamados pelo ministério do Evangelho vêm e são convertidos. Isto não pode ser atribuído ao homem, como se ele se distinguisse por sua livre vontade de outros que receberam a mesma e suficiente graça para fé e conversão, como a heresia orgulhosa de Pelágio afirma. Mas isto deve ser atribuído a Deus: como Ele os escolheu em Cristo desde a eternidade, assim Ele os chamou efetivamente no tempo. Ele lhes dá fé e arrependimento; Ele os livra do poder das trevas e os transfere para o reino de seu Filho. Tudo isto Ele faz a fim de que eles proclamem as grandes virtudes daquele que os chamou das trevas para a sua maravilhosa luz, e se gloriem não em si mesmos mas no Senhor, como é o testemunho geral dos escritos apostólicos (Col 1:13; 1 Pe 2:9; 1 Cor 1:31).<br /><span style="font-size:130%;color:#cc0000;"><strong>11.</strong></span> Deus realiza seu bom propósito nos eleitos e opera neles a verdadeira conversão da seguinte maneira: Ele faz com que ouçam o Evangelho mediante a pregação e poderosamente ilumina suas mentes pelo Espírito Santo de tal modo que possam entender corretamente e discernir as coisas do Espírito de Deus. Mas pela operação eficaz do mesmo Espírito regenerador, Deus também penetra até os recantos mais íntimos do homem. Ele abre o coração fechado e amolece o que está duro, circuncida o que está incircunciso e introduz novas qualidades na vontade. Esta vontade estava morta, mas Ele a faz reviver; era má, mas Ele a torna boa; estava indisposta, mas Ele a torna disposta; era rebelde, mas Ele a faz obediente. Ele move e fortalece esta vontade de tal forma que, como uma boa árvore, seja capaz de produzir frutos de boas obras (I Cor 2:14).<br /><span style="font-size:130%;color:#cc0000;"><strong>12.</strong></span> Esta conversão é aquela regeneração, renovação, nova criação, ressurreição dos mortos e vivificação, tão exaltada nas Escrituras, a qual Deus opera em nós, sem nós. Mas esta regeneração não é efetuada pela pregação apenas, nem por persuasão moral. Nem ocorre de tal maneira que, havendo Deus feito a sua parte, resta ao poder do homem ser regenerado ou não regenerado, convertido ou não convertido. Ao contrário, a regeneração é uma obra sobrenatural, poderosíssima, e ao mesmo tempo agradabilíssima, maravilhosa, misteriosa e indizível. De acordo com o testemunho da Escritura, inspirada pelo próprio autor desta obra, regeneração não é inferior em poder à criação ou à ressurreição dos mortos. Consequentemente todos aqueles em cujos corações Deus opera desta maneira maravilhosa são, certamente, infalivelmente e efetivamente regenerados e de fato passam a crer. Portanto a vontade que é renovada não é apenas acionada e movida por Deus, mas ela age também, sob a ação de Deus, por si mesma. Por isso também se diz corretamente que o homem crê e se arrepende mediante a graça que recebeu.<br /><span style="font-size:130%;color:#cc0000;"><strong>13</strong></span>. Como Deus opera, os crentes, enquanto vivos, não podem entender completamente. Entretanto, porém, estão tranqüilos sabendo e sentindo que por esta graça de Deus eles crêem com o coração e amam seu Salvador.<br /><strong><span style="font-size:130%;color:#cc0000;">14.</span></strong> Fé é, portanto, um dom de Deus. Isto não significa que Deus a oferece à livre vontade do homem, mas que ela é, de fato, conferida ao homem e nele infundida. Não é um dom no sentido de que Deus apenas concede poder para crer e depois espera da livre vontade do homem o consentimento para crer ou o ato de crer. Ao contrário, é um dom no sentido de que Deus efetua no homem tanto a vontade de crer quanto o ato de crer. Ele opera tanto o querer como o realizar, sim, opera tudo em todos. (Ef 2:8; Fp 2:13).<br /><span style="font-size:130%;color:#cc0000;"><strong>15</strong></span>. Esta graça Deus não deve a ninguém. Em troca de que seria Ele devedor ao homem? Quem tem primeiro dado a Ele para que possa ser retribuído? O que poderia Deus dever a alguém que nada tem de si mesmo a não ser pecado e falsidade? Aquele portanto, que recebe esta graça deve e rende eterna gratidão a Deus. Porém quem não recebe esta graça, nem valoriza estas coisas espirituais e tem prazer na sua própria situação, ou numa falsa segurança em vão se gaba de ter o que não tem. Além disto, quanto aos que manifestam sua fé e corrigem suas vidas, nós devemos julgar e falar da maneira mais favorável, de acordo com o exemplo dos apóstolos, pois o fundo do coração é desconhecido de nós. Quanto aos que ainda não foram chamados, nós devemos orar a Deus em seu favor, pois Ele é que chama à existência as coisas que não existem. De maneira nenhuma, porém, podemos ter uma atitude orgulhosa para com eles, como se nós tivéssemos realizado nossa posição distinta (Rom 11:35).<br /><span style="font-size:130%;color:#cc0000;"><strong>16.</strong></span> O homem não deixou, apesar da queda, de ser homem dotado de intelecto e vontade; e o pecado, que tem penetrado em toda a raça humana, não privou o homem de sua natureza humana, mas trouxe sobre ele depravação e morte espiritual. Assim também a graça divina da regeneração não age sobre os homens como se fossem máquinas ou robôs, e não destrói a vontade e as suas propriedades, ou a coage violentamente. Mas a graça a faz reviver espiritualmente, a cura, a corrige, e a dobra agradável e ao mesmo tempo poderosamente. Como resultado, onde dominava rebelião e resistência da carne, agora, pelo Espírito começa a prevalecer uma pronta e sincera obediência. Esta é a verdadeira renovação espiritual e liberdade da vontade. E se o admirável autor de todo bem não agisse desse modo conosco, o homem não teria esperança de levantar-se da sua queda por meio de sua livre vontade, pela qual ele, quando ainda estava em pé, se lançou na perdição.<br /><span style="font-size:130%;color:#cc0000;"><strong>17.</strong></span> A todo-poderosa operação de Deus pela qual Ele produz e sustenta nossa vida natural não exclui mas requer o uso de meios, pelos quais Ele quis exercer seu poder, de acordo com sua infinita sabedoria e bondade. Da mesma maneira a mencionada operação sobrenatural de Deus, pela qual Ele nos regenera, de modo nenhum exclui ou anula o uso do Evangelho, que o mui sábio Deus ordenou para ser a semente da regeneração e o alimento da alma. Por esta razão os apóstolos, e os mestres que os sucederam, piedosamente instruíram o povo acerca da graça de Deus, para sua glória e para humilhação de toda soberba do homem. Ao mesmo tempo eles não descuidaram de manter o povo, pelas santas admoestações do Evangelho, sob a ministração da Palavra, dos sacramentos e da disciplina.<br />Por isso aqueles que hoje ensinam ou aprendem na igreja não devem ousar tentar a Deus, separando aquilo que Ele em seu bom propósito quis preservar inteiramente unido. Pois a graça é conferida, através de admoestações, e quanto mais prontamente desempenhamos nosso dever, tanto mais este benefício de Deus, que opera em nós, se manifesta gloriosamente e sua obra prossegue da maneira melhor. A Deus somente toda glória eternamente, tanto pelos meios quanto pelo fruto e eficácia salvíficos.</div><div align="justify"><br /> </div>Josemar Bessahttp://www.blogger.com/profile/11243228073041915068noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-27420332.post-1147370728104175962006-05-08T10:25:00.000-03:002006-05-11T15:05:28.113-03:00Capítulos 3 e 4 - Refutação de Erros<div align="center"><span style="font-size:130%;color:#cc0000;"><strong>REJEIÇÃO DE ERROS</strong></span></div><div align="justify"><br />Havendo explicado a doutrina ortodoxa, o Sínodo rejeita os seguintes erros:<br /><span style="font-size:130%;color:#cc0000;"><strong>Erro 1 -</strong></span> É impróprio dizer que o pecado original em si é suficiente para condenar toda a raça humana ou merecer castigo temporal e eterno.<br /><span style="font-size:130%;color:#cc0000;"><strong>Refutação -</strong></span> Isto contradiz o apóstolo que declara: "Portanto, assim como por um só homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado a morte, assim também a morte passou a todos os homens porque todos pecaram." (Rom 5:12) E no verso 16 diz: "... o julgamento derivou de uma só ofensa, para a condenação." E em Rom 6:23: "O salário do pecado é a morte."<br /><span style="font-size:130%;color:#cc0000;"><strong>Erro 2</strong></span> - Os dons espirituais ou as boas qualidades e virtudes, tal como a bondade, santidade, justiça, não podiam estar na vontade do homem quando no princípio foi criado. Por isso também não podiam ter sido separados da sua própria vontade quando caiu.<br /><span style="font-size:130%;color:#cc0000;"><strong>Refutação</strong></span> - Este erro é contrário à descrição da imagem de Deus que o apóstolo dá em Ef 4:24, dizendo que ela consiste em justiça e santidade, que sem dúvida estão na vontade.<br /><span style="font-size:130%;color:#cc0000;"><strong>Erro 3</strong></span> - Na morte espiritual os dons espirituais não são separados da vontade do homem. Porque a vontade como tal nunca tem sido corrompida mas apenas atrapalhada pelo obscurecimento do entendimento e pela desordem das afeções. Se estes obstáculos forem removidos, a vontade pode exercer seu livre poder inato. A vontade é por si mesma capaz de desejar e escolher ou não toda espécie de bem que lhe for apresentada.<br /><span style="font-size:130%;color:#cc0000;"><strong>Refutação</strong></span> - Esta é uma novidade e um engano, e tende a exaltar os poderes da livre vontade, contrário ao que o profeta Jeremias declara no cap. 17:9: "Enganoso é o coração, mais do que todas as coisas, e desesperadamente corrupto...." E o apóstolo Paulo escreve: "Entre os quais (os filhos da desobediência) também todos nós andamos outrora, segundo as inclinações da nossa carne, fazendo a vontade da carne e dos pensamentos" (Ef 2:3).<br /><span style="font-size:130%;color:#cc0000;"><strong>Erro 4</strong></span> - O homem não-regenerado não é realmente ou totalmente morto em pecados, ou privado de toda capacidade para fazer o bem. Ele ainda pode ter fome e sede de justiça e vida, e pode oferecer sacrifício de espírito contrito e quebrantado que agrada a Deus.<br /><span style="font-size:130%;color:#cc0000;"><strong>Refutação</strong></span> - Estas afirmações são contrárias ao testemunho claro da Escritura: "Ele vos deu vida, estando vós mortos nos vossos delitos e pecados" (Ef 2:1; cf.vs.5). E, "...era continuamente mau todo o desígnio do seu coração" (Gn 6:5; cf.8:21). Além do mais, somente os regenerados e os bem-aventurados têm fome e sede da libertação da miséria, e da vida, e oferecem a Deus um sacrifício de espírito quebrantado (Sl 51:19 e Mt 5:6).<br /><span style="font-size:130%;color:#cc0000;"><strong>Erro 5</strong></span> - O homem degenerado e carnal pode usar bem a graça comum (o que é a luz natural), ou os dons ainda lhe deixados após a queda. Assim ele, sozinho, pode alcançar, pouco a pouco e gradualmente, uma graça maior, isto é, a graça evangélica ou salvadora, e até a salvação. Dessa forma Deus, por seu lado, mostra-se pronto para revelar Cristo a todo homem, porque a todos Ele administra suficiente e efetivamente os meios necessários para conhecer Cristo, para crer e se arrepender.<br /><span style="font-size:130%;"><strong><span style="color:#cc0000;">Refutação </span>-</strong></span> Tanto a experiência de todas as épocas como a Escritura testificam que isto não é verdade. "Mostra a sua palavra a Jacó, as suas leis e os seus preceitos a Israel. Não fez assim a nenhuma outra nação; todas ignoram os seus preceitos" (Sl 147:19,20). "...o qual nas gerações passadas permitiu que todos os povos andassem nos seus próprios caminhos" (At 14:16). E Paulo e seus companheiros foram "impedidos pelo Espírito Santo de pregar a Palavra na Asia, defrontando Mísia, tentavam ir para Bitínia, mas o Espírito de Jesus não o permitiu" (At 16:6,7).<br /><span style="font-size:130%;color:#cc0000;"><strong>Erro 6</strong></span> - Na verdadeira conversão do homem, Deus não pode infundir novas qualidades, novos poderes ou dons na vontade humana. Portanto a fé, que é o começo da conversão, e que nos dá o nome de crente, não é uma qualidade ou um dom outorgados por Deus mas apenas um ato do homem. Somente com respeito ao poder para alcançar a fé, pode se dizer que é um dom.<br /><span style="font-size:130%;"><span style="color:#cc0000;"><strong>Refutação</strong> </span></span>- Este ensino contradiz a Sagrada Escritura que declara que Deus infunde em nossos corações novas qualidades de fé, obediência e experiência de seu amor: "Na mente lhes imprimirei as minhas leis, também nos corações lhas inscreverei" (Jr 31:33). E: "...derramarei água sobre o sedento, e torrentes sobre a terra seca" (Is 44:3). E ainda: "...o amor de Deus é derramado em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi outorgado" (Rom 5:5). O ensino arminiano também contraria a prática constante da Igreja, que ora com o profeta: "Converte-me, e serei convertido" (Jr 31:18).<br /><strong><span style="font-size:130%;color:#cc0000;">Erro 7</span></strong> - Esta graça pela qual somos convertidos a Deus é apenas um apelo gentil. Ou (como alguns explicam): Esta maneira de agir, que consiste em aconselhar é a mais nobre maneira de converter o homem e está mais em harmonia com a natureza do homem. Não há razão porque tal graça persuasiva não seja suficiente para tornar espiritual o homem natural. Em verdade, Deus não produz o consentimento da vontade a não ser através deste tipo de apelo moral. O poder da operação divina supera a ação de Satanás, Deus prometendo bens eternos e Satanás bens temporais.<br /><span style="font-size:130%;color:#cc0000;"><strong>Refutação</strong></span> - Isto é Pelagianismo por completo, e contrário a toda Escritura que conhece além deste apelo moral, outra operação, muito mais poderosa e divina: a ação do Espírito Santo na conversão do homem: "Dar-vos-ei coração novo, e porei dentro em vós espírito novo; tirarei de vós o coração de pedra e vos darei coração de carne" (Ez 36:26).<br /><span style="font-size:130%;color:#cc0000;"><strong>Erro 8</strong></span> - Na regeneração do homem Deus não usa os poderes de sua onipotência de tal maneira que Ele dobra a vontade do homem, à força e infalivelmente, para fé e conversão. Mesmo sendo realizadas todas as operações da graça que Deus possa usar para converter o homem e mesmo que Deus tenha a intenção e a vontade de regenerá-lo, o homem ainda pode resistir a Deus e ao Santo Espírito. De fato freqüentemente resiste, chegando a impedir totalmente sua regeneração. Portanto ser ou não ser regenerado permanece no poder do homem.<br /><span style="font-size:130%;color:#cc0000;"><strong>Refutação</strong></span> - Isto é nada mais nada menos que anular todo o poder da graça de Deus em nossa conversão e sujeitar a operação do Deus Todo-Poderoso à vontade do homem. É contrário ao que os apóstolos ensinam: cremos "... segundo a eficácia da força do seu poder" (Ef 1:19), e: "...para que nosso Deus cumpra... com poder todo propósito de bondade e obra de fé..." (2 Ts 1:11), e também: "...pelo seu divino poder nos têm sido doadas todas as coisas que conduzem à vida e piedade..." (2 Pe 1:3).<br /><span style="font-size:130%;color:#cc0000;"><strong>Erro 9</strong></span> - Graça e livre vontade são as causas parciais que operam juntas no início da conversão. Pela ordem destas causas a graça não precede à operação da vontade do homem. Deus não ajuda efetivamente a vontade do homem para sua conversão, enquanto a própria vontade do homem não se move e decide se converter.<br /><span style="font-size:130%;color:#cc0000;"><strong>Refutação</strong></span> - A Igreja Antiga há muito tempo já condenou esta doutrina dos Pelagianos, de acordo com a palavra do apóstolo: "Assim, pois, não depende de quem quer, ou de quem corre, mas de usar Deus a sua misericórdia" (Rom 9:16). Também: "Pois quem é que te faz sobressair? e que tens tu que não tenhas recebido?..." (1 Cor 4:7)? E ainda: "...porque Deus é quem efetua em vós tanto o querer como o realizar, segundo a sua boa vontade" (Fp 2:13).</div>Josemar Bessahttp://www.blogger.com/profile/11243228073041915068noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-27420332.post-1147370993296870622006-05-08T10:20:00.000-03:002006-05-11T15:09:53.303-03:00Capítulo 5<div align="center"><strong><span style="font-size:130%;color:#cc0000;">CAPÍTULO 5 - A PERSEVERANÇA DOS SANTOS</span></strong></div><div align="justify"><br /><span style="font-size:130%;color:#cc0000;"><strong>1.</strong></span> Aqueles que, de acordo com o seu propósito, Deus chama à comunhão do seu Filho, nosso Senhor Jesus Cristo, e regenera pelo seu Santo Espírito, Ele certamente os livra do domínio e da escravidão do pecado. Mas nesta vida, Ele não os livra totalmente da carne e do corpo de pecado (Rom 7:24).<br /><span style="font-size:130%;color:#cc0000;"><strong>2.</strong></span> Portanto, pecados diários de fraqueza surgem e até as melhores obras dos santos são imperfeitas. Estes são para eles constante motivo para humilhar-se perante Deus e refugiar-se no Cristo crucificado. Também são motivo para mais e mais mortificar a carne através do Espírito de oração, e através dos santos exercícios de piedade, e ansiar pela meta da perfeição. Eles fazem isto até que possam reinar com o Cordeiro de Deus nos céus, finalmente livres deste corpo de morte.<br /><span style="font-size:130%;color:#cc0000;"><strong>3.</strong></span> Por causa dos seus pecados remanescentes e também por causa das tentações do mundo e de Satanás, aqueles que têm sido convertidos não poderiam perseverar nesta graça, se deixados ao cuidado de suas próprias forças. Mas Deus é fiel: misericordiosamente os confirma na graça, uma vez conferida sobre eles, e poderosamente preserva a eles na sua graça até o fim.<br /><span style="font-size:130%;color:#cc0000;"><strong>4.</strong></span> O poder de Deus, pelo qual Ele confirma e preserva os verdadeiros crentes na graça, é tão grande que isto não pode ser vencido pela carne. Mas os convertidos nem sempre são guiados e movidos por Deus, e assim eles poderiam, em certos casos, por sua própria culpa, se desviar da direção da graça, e ser seduzidos pelos desejos da carne e segui-los. Devem, portanto, vigiar constantemente e orar para que não caiam em tentação. Quando não vigiarem e orarem, eles podem ser levados pela carne, pelo mundo e por Satanás para sérios e horríveis pecados. Isto ocorre também muitas vezes pela justa permissão de Deus. A lamentável queda de Davi, Pedro e outros santos, descrita na Sagrada Escritura, demonstra isto.<br /><span style="font-size:130%;color:#cc0000;"><strong>5.</strong></span> Por tais pecados grosseiros, entretanto, eles causam a ira de Deus, se tornam culpados da morte, entristecem o Espírito Santo, suspendem o exercício da fé, ferem profundamente suas consciências e algumas vezes perdem temporariamente a sensação da graça. Mas quando retornam ao reto caminho por meio de arrependimento sincero, logo a face paternal de Deus brilha novamente sobre eles.<br /><span style="font-size:130%;color:#cc0000;"><strong>6.</strong></span> Pois Deus, que é rico em misericórdia, de acordo com o imutável propósito da eleição, não retira completamente o seu Espírito dos seus, mesmo em sua deplorável queda. Nem tão pouco permite que venham a cair tanto que recaiam da graça da adoção e do estado de justificado. Nem permite que cometam o pecado que leva à morte, isto é, o pecado contra o Espírito Santo e assim sejam totalmente abandonados por Ele, lançando-se na perdição eterna.<br /><strong><span style="font-size:130%;color:#cc0000;">7.</span></strong> Pois, em primeiro lugar, em tal queda, Deus preserva neles sua imperecível semente da regeneração, a fim de que esta não pereça nem seja lançada fora. Além disto, através da sua Palavra e seu Espírito, certamente Ele os renova efetivamente para arrependimento. Como resultado eles se afligem de coração com uma tristeza para com Deus pelos pecados que têm cometido; procuram e obtêm pela fé, com coração contrito, perdão pelo sangue do Mediador; e experimentam novamente a graça de Deus, que é reconciliado com eles, adorando sua misericórdia e fidelidade. E de agora em diante eles se empenham mais diligentemente pela sua salvação com temor e tremor.<br /><span style="font-size:130%;color:#cc0000;"><strong>8</strong></span>. Assim, não é por seus próprios méritos ou força mas pela imerecida misericórdia de Deus que eles não caiam totalmente da fé e da graça e nem permaneçam caídos ou se percam definitivamente. Quanto a eles, isto facilmente poderia acontecer e aconteceria sem dúvida. Porém, quanto a Deus, isto não pode acontecer, de modo nenhum. Pois seu decreto não pode ser mudado, sua promessa não pode ser quebrada, seu chamado em acordo com seu propósito não pode ser revogado. Nem o mérito, a intercessão e a preservação de Cristo podem ser invalidados, e a selagem do Espírito tão pouco pode ser frustrada ou destruída.<br /><span style="font-size:130%;color:#cc0000;"><strong>9.</strong></span> Os crentes podem estar certos e estão certos desta preservação dos eleitos para salvação e da perserverança dos verdadeiros crentes na fé. Esta certeza é de acordo com a medida de sua fé, pela qual eles crêem com certeza que são e permanecerão verdadeiros e vivos membros da Igreja, e que têm o perdão de pecados e a vida eterna.<br /><strong><span style="font-size:130%;color:#cc0000;">10.</span></strong> Esta certeza não vem de uma revelação especial, sem ou fora da Palavra, mas vem da fé nas promessas de Deus, que Ele revelou abundantemente em sua Palavra para nossa consolação. Vem também do testemunho do Espírito Santo, testificando com o nosso espírito de que somos filhos e herdeiros de Deus; e finalmente, vem do zelo sério e santo por uma boa consciência e por boas obras. E se os eleitos não tivessem neste mundo a sólida consolação de obter a vitória e esta garantia infalível da glória eterna, seriam os mais miseráveis de todos os homens (Rom 8:16,17).<br /><span style="font-size:130%;color:#cc0000;"><strong>11.</strong></span> No entanto, a Escritura testifica que os crentes nesta vida têm de lutar contra várias dúvidas da carne e, sujeitos a graves tentações, nem sempre sentem plenamente esta confiança da fé e certeza da perseverança. Mas Deus, que é Pai de toda a consolação, não os deixa ser tentados além de suas forças, mas com a tentação proverá também o livramento e pelo Espírito Santo novamente revive neles a certeza da perseverança (I Cor. 10:13).<br /><span style="font-size:130%;color:#cc0000;"><strong>12.</strong></span> Entretanto, esta certeza de perseverança não faz de maneira nenhuma que os verdadeiros crentes se orgulhem e se acomodem. Ao contrário, ela é a verdadeira raiz da humildade, reverência filial, verdadeira piedade, paciência em toda luta, orações fervorosas, firmeza em carregar a cruz e confessar a verdade e alegria sólida em Deus. Além do mais, a reflexão deste benefício é para eles um estímulo para praticar séria e constantemente a gratidão e as boas obras, como é evidente nos testemunhos da Escritura e nos exemplos dos santos.<br /><span style="font-size:130%;color:#cc0000;"><strong>13.</strong></span> Quando pessoas são levantadas de uma queda (no pecado) começa a reviver a confiança na perseverança. Isto não produz descuido ou negligência na piedade delas. Em vez disto produz maior cuidado e diligência para guardar os caminhos do Senhor, já preparados, para que, andando neles, possam preservar a certeza da perseverança. Quando fazem isto o Deus reconciliado não retira de novo sua face delas por causa do abuso da sua bondade paternal (a contemplação dela é para os piedosos mais doce que a vida e sua retirada mais amarga que a morte), e elas não cairão em tormentos mais graves da alma (Ef. 2:10).<br /><span style="font-size:130%;color:#cc0000;"><strong>14.</strong></span> Tal como agradou a Deus iniciar sua obra da graça em nós pela pregação do evangelho, assim Ele a mantém, continua e aperfeiçoa pelo ouvir e ler do Evangelho, pelo meditar nele, pelas suas exortações, ameaças, e promessas, e pelo uso dos sacramentos.<br /><span style="font-size:130%;color:#cc0000;"><strong>15.</strong></span> Deus revelou abundantemente em sua Palavra esta doutrina da perseverança dos verdadeiros crentes e santos, e da certeza dela, para a glória do seu Nome e para a consolação dos piedosos. Ele a imprime nos corações dos crentes, mas a carne não pode entendê-la. Satanás a odeia, o mundo zomba dela, os ignorantes e hipócritas dela abusam, e os heréticos a ela se opõem. A Noiva de Cristo, entretanto, sempre tem-na amado ternamente e defendido constantemente como um tesouro de inestimável valor. Deus, contra quem nenhum plano pode se valer e nenhuma força pode prevalecer, cuidará para que a Igreja possa continuar fazendo isso. Ao único Deus, Pai, Filho e Espírito Santo, sejam a honra e a glória para sempre. Amém!<br /></div>Josemar Bessahttp://www.blogger.com/profile/11243228073041915068noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-27420332.post-1147371286716284352006-05-08T10:15:00.000-03:002006-05-11T15:14:46.723-03:00Capítulo 5 - Rejeição de Erros<div align="center"><span style="font-size:130%;color:#cc0000;"><strong>REJEIÇÃO DE ERROS</strong></span></div><div align="justify"><br />Havendo explicado a doutrina ortodoxa, o Sínodo rejeita os seguintes erros:<br /><span style="font-size:130%;color:#cc0000;"><strong>Erro 1</strong></span> - A perseverança dos verdadeiros crentes não é resultado da eleição ou um dom de Deus obtido pela morte de Cristo. É uma condição da nova aliança, que o homem deve cumprir pela sua livre vontade antes da assim chamada eleição decisiva, e justificação.<br /><span style="font-size:130%;color:#cc0000;"><strong>Refutação</strong></span> - A Escritura Sagrada testifica que a perseverança provém da eleição e é dada aos eleitos pelo poder da morte, ressurreição e intercessão de Cristo: "a eleição o alcançou; e os mais foram endurecidos" (Rom 11:7). Também: "Aquele que não poupou a seu próprio Filho, antes, por todos nós o entregou, porventura não nos dará graciosamente com Ele todas as coisas? Quem intentará acusação contra os eleitos de Deus? É Deus quem os justifica. Quem os condenará? É Cristo quem morreu, ou antes, quem ressuscitou, o qual está à direita de Deus, e também intercede por nós. Quem nos separará do amor de Cristo?" (Rom 8:32-35)<br /><span style="font-size:130%;color:#cc0000;"><strong>Erro 2 -</strong></span> Deus de fato provê os crentes de suficientes forças para perseverar, e está pronto para preservar tais forças nele, se este cumprir seu dever; mas ainda que todas estas coisas tenham sido estabelecidas, que são necessárias para perseverar na fé e que Deus usa para preservar a fé, ainda assim dependerá da vontade humana se perseverar ou não.<br /><strong><span style="font-size:130%;color:#cc0000;">Refutação</span></strong> - Esta idéia é abertamente pelagiana. Enquanto deseja libertar o homem, o faz usurpador da honra de Deus. Combate o consenso geral da doutrina evangélica que retira do homem todo motivo de orgulho e atribui todo louvor por este benefício somente à graça de Deus. É também contrário ao apóstolo que declara: "...o qual também vos confirmará até ao fim, para serdes irrepreensíveis no dia de nosso Senhor Jesus Cristo" (1 Cor 1:8).<br /><span style="font-size:130%;color:#cc0000;"><strong>Erro 3</strong></span> - Crentes verdadeiramente regenerados não só podem perder completa e definitivamente a fé justificadora, a graça e a salvação, mas de fato as perdem freqüentemente e assim se perdem eternamente.<br /><span style="color:#cc0000;"><span style="font-size:130%;"><strong>Refutação</strong></span> </span>- Esta opinião invalida a graça, justificação, regeneração e contínua preservação por Cristo. Ela é contrária às palavras expressas do apóstolo Paulo: "Mas Deus prova o seu próprio amor para conosco, pelo fato de ter Cristo morrido por nós, sendo nós ainda pecadores. Logo, muito mais agora, sendo justificados pelo seu sangue, seremos por ele salvos da ira" (Rom 5:8,9). É contrária ao apóstolo João: "Todo aquele que é nascido de Deus não vive na prática do pecado; pois o que permanece nele é a divina semente; ora, esse não pode viver pecando porque é nascido de Deus" (1 Jo 3:9). Também é contrária às palavras de Jesus Cristo: "Eu lhes dou a vida eterna; jamais perecerão, eternamente, e ninguém as arrebatará da minha mão. Aquilo que meu Pai me deu é maior do que tudo; e da mão do Pai ninguém pode arrebatar" (Jo 10:28,29).<br /><span style="font-size:130%;color:#cc0000;"><strong>Erro 4 -</strong></span> Verdadeiros crentes regenerados podem cometer o pecado que leva à morte ou o pecado contra o Espírito Santo.<br /><span style="font-size:130%;color:#cc0000;"><strong>Refutação -</strong></span> Após o apóstolo João ter falado no 5º capítulo de sua 1ª carta, versos 16 e 17, sobre aqueles que pecam para morte e de ter proibido de orar por eles, logo acrescenta no verso 18: "Sabemos que todo aquele que é nascido de Deus não vive em pecado, antes, Aquele que nasceu de Deus o guarda, e o maligno não lhe toca."<br /><span style="font-size:130%;color:#cc0000;"><strong>Erro 5</strong></span> - Sem uma revelação especial não podemos ter nesta vida, nenhuma certeza da perseverança futura.<br /><span style="font-size:130%;color:#cc0000;"><strong>Refutação</strong></span> - Por tal doutrina o seguro consolo dos crentes verdadeiros nesta vida é tirado, e as dúvidas dos seguidores do papa são novamente introduzidas na igreja. As Escrituras Sagradas, entretanto, sempre deduzem esta segurança, não a partir de uma revelação especial e extraordinária, mas a partir das marcas dos filhos de Deus e das promessas mui firmes dEle. Especialmente o apóstolo Paulo ensina isto:"...nem qualquer outra criatura poderá separar-nos do amor de Deus que há em Cristo Jesus nosso Senhor" (Rom 8:39). E João escreve: "E aquele que guarda os seus mandamentos permanece em Deus, e Deus nele. E nisto conhecemos que Ele permanece em nós, pelo Espírito que nos deu" (1 Jo 3:24).<br /><span style="font-size:130%;color:#cc0000;"><strong>Erro 6</strong></span> - Por sua própria natureza a doutrina da certeza da perseverança e da salvação causa falsa segurança e prejudica a piedade, os bons costumes, orações e outros santos exercícios. Ao contrário, é louvável duvidar desta certeza.<br /><span style="font-size:130%;color:#cc0000;"><strong>Refutação</strong></span> - Esta falsa doutrina ignora o efetivo poder da graça de Deus e a operação do Santo Espírito, que habita em nós. Contradiz o apóstolo João que, em palavras explícitas, ensina o contrário: "Amados, agora somos filhos de Deus, e ainda não se manifestou o que havemos de ser. Sabemos que, quando ele se manifestar, seremos semelhantes a ele; porque havemos de vê-Lo como ele é. E a si mesmo se purifica todo o que nele tem esta esperança, como ele é puro." (1 Jo 3:2,3) Ainda mais, ela é refutada pelos exemplos dos santos tanto no Antigo como no Novo Testamento, que, não obstante estarem certos de sua perseverança e salvação, continuaram em oração e outros exercícios de piedade.<br /><span style="font-size:130%;color:#cc0000;"><strong>Erro 7</strong></span> - A fé daqueles que crêem apenas por um tempo não é diferente da fé justificadora e salvadora, a não ser com respeito à sua duração.<br /><span style="font-size:130%;"><strong><span style="color:#cc0000;">Refutação</span> -</strong></span> Em Mt 13:20-23 e Lc 8:13-15 Cristo mesmo indica claramente, além da duração, uma tríplice diferença entre os que crêem só por um tempo e os verdadeiros crentes. Ele declara que o primeiro recebe a semente em terra rochosa, mas o último em bom solo, ou seja, em bom coração; que o primeiro é sem raiz, mas o último tem firme raiz; que o primeiro não tem fruto, mas o último produz fruto em várias medidas, constante e perseverantemente.<br /><strong><span style="font-size:130%;color:#cc0000;">Erro 8 -</span></strong> Não é absurdo o fato de alguém, tendo perdido sua primeira regeneração, nascer de novo e mesmo freqüentemente nascer de novo.<br /><span style="color:#cc0000;"><span style="font-size:130%;"><strong>Refutação</strong></span> -</span> Esta doutrina nega que a semente de Deus, pela qual somos nascidos de novo, seja incorruptível. Isto é contrário ao testemunho do apóstolo Pedro: "...pois fostes regenerados, não de semente corruptível, mas de incorruptível..." (I Ped. 1:23).<br /><span style="font-size:130%;color:#cc0000;"><strong>Erro 9</strong></span> - Cristo em lugar algum orou para que os crentes perseverassem infalivelmente na fé.<br /><strong><span style="font-size:130%;color:#cc0000;">Refutação</span></strong> - Isto contradiz ao próprio Cristo, que diz: "Eu, porém, roguei por ti" (Pedro) "para que a tua fé não desfaleça." (Lc 22:32). Também contradiz o apóstolo João que declara que Cristo não orava somente pelos apóstolos, mas também por todos aqueles que viessem a crer por meio da palavra deles: "Pai Santo, guarda-os em teu nome, que me deste...Não peço que os tires do mundo; e, sim, que os guardes do mal." (Jo 17:11,15).</div>Josemar Bessahttp://www.blogger.com/profile/11243228073041915068noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-27420332.post-1147371445003238502006-05-08T10:05:00.000-03:002006-05-11T15:17:25.006-03:00Dort - Conclusão.<div align="center"><strong><span style="font-size:130%;color:#cc0000;">CONCLUSÃO</span></strong></div><div align="justify"><br />Esta é a declaração clara, simples, e sincera da doutrina ortodoxa com respeito aos Cinco Artigos de Fé disputados na Holanda; e esta é a rejeição dos erros pelos quais as Igrejas têm sido perturbadas, por algum tempo. O Sínodo de Dort julga a presente declaração e as rejeições serem tiradas da Palavra de Deus e conforme as Confissões das Igrejas Reformadas. Assim torna-se evidente que alguns agiram muito impropriamente e contrário à toda verdade, equidade e amor, desejando persuadir o povo do seguinte:<br />- A doutrina das Igrejas Reformadas com relação à predestinação e assuntos relacionados com ela, por seu caráter e tendência, desvia os corações dos homens da verdadeira religião.<br />- Ela é um ópio do diabo para a carne, bem como uma fortaleza para Satanás, onde permanece à espera por todos, fere multidões atingindo mortalmente a muitos com os dardos tanto de desespero quanto de falsa segurança.<br />- Faz de Deus o autor injusto do pecado, um tirano e hipócrita; é nada mais do que um renovado Estoicismo, Maniqueísmo, Libertinismo e Islamismo.<br />- Conduz a um pecaminoso descuido porque faz as pessoas crer que nada pode impedir a salvação dos eleitos, não importando como vivam, e que portanto podem, tranqüilamente, cometer os crimes mais horríveis. Por outro lado, se os reprovados tivessem produzido todas as obras dos santos, isto não poderia nem ao menos contribuir para a salvação deles.<br />- A mesma doutrina ensina que Deus tem predestinado e criado a maior parte da humanidade para a condenação eterna só por um ato arbitrário de sua vontade sem levar em conta qualquer pecado.<br />- Da mesma maneira pela qual a eleição é a fonte e a causa da fé e boas obras, a reprovação é a causa da incredulidade e impiedade.<br />- Muitos filhos inocentes de pais crentes são arrancados do seio de suas mães e, tiranicamente lançados no inferno, de tal modo que nem o sangue de Cristo, nem o batismo nem as orações da Igreja no ato do batismo lhes podem ser proveitosos.<br />Há muitas outras coisas semelhantes que as Igrejas Reformadas não apenas não confessam mas também repelem de todo coração.<br />Portanto, este Sínodo de Dort conclama em nome do Senhor a todos os que piedosamente invocam o nosso Salvador Jesus Cristo, que não julguem a fé das Igrejas Reformadas a partir das calúnias juntadas daqui e dali, nem tão pouco a partir de declarações pessoais de alguns professores, modernos ou antigos, que muitas vezes são citadas em má fé, distorcidas e explicadas de forma oposta ao seu sentido real.<br />Mas deve-se julgar a fé das Igrejas Reformadas pelas Confissões públicas destas Igrejas, e pela presente declaração da ortodoxa doutrina, confirmada pelo consenso unânime de cada um dos membros de todo o Sínodo.<br />Além do mais, o Sínodo adverte os caluniosos para que considerem o severo julgamento de Deus à espera deles, por falar falso testemunho contra tantas igrejas e contra as Confissões delas, e por conturbar as consciências dos fracos e por tentar colocar em suspeito, aos olhos de muitos, a comunidade dos verdadeiros crentes.<br />Finalmente, este Sínodo exorta todos os conservos no evangelho de Cristo a comportar-se em santo temor e piedade diante de Deus, quando lidarem com esta doutrina em escolas e igrejas.<br />Ao ensiná-la, tanto pela palavra falada quanto escrita, devem procurar a glória de Deus, a santidade de vida, e a consolação das almas aflitas. Seus pensamentos e palavras sobre a doutrina devem estar em concordância com a Escritura, de acordo com a analogia da fé. E devem abster-se de usar qualquer frase que exceda os limites prescritos pelo genuíno sentido das Escrituras<br />Sagradas para não dar aos frívolos sofistas boas oportunidades para atacar ou caluniar a doutrina das Igrejas Reformadas.<br />Que o Senhor Jesus Cristo, o Filho de Deus, o qual está sentado à direita do Pai e envia seus dons aos homens, nos santifique na verdade. Que Ele traga à verdade os que se desviaram dela, cale a boca dos caluniosos da sã doutrina e equipe os ministros fiéis da sua Palavra com o Espírito de sabedoria e discrição, para que tudo que falem possa ser para a glória de Deus e a edificação dos ouvintes. Amém. </div>Josemar Bessahttp://www.blogger.com/profile/11243228073041915068noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-27420332.post-1146680260256755802006-05-05T01:00:00.000-03:002006-05-09T09:50:08.686-03:00Catecismo Maior de Westminster<div align="justify"><strong>1. Qual é o fim supremo e principal do homem? </strong></div><strong><div align="justify"><br /></strong>O fim supremo e principal do homem e glorificar a Deus e gozá-lo para sempre.<br /><span style="color:#cc0000;"><strong>Rom. 11:36; 1 Cor. 10:31; Sal. 73:24-26; João 17:22-24.</strong></span> </div><div align="justify"></div><div align="justify"><strong>2. Donde se infere que há um Deus? </strong></div><strong><div align="justify"><br /></strong>A própria luz da natureza no espírito do homem e as obras de Deus claramente manifestam que existe um Deus; porém só a sua Palavra e o seu Espírito o revelam de um modo suficiente e eficazmente aos homens para a sua salvação<br /><strong><span style="color:#cc0000;">Rom. 1:19-20; 1 Cor. 2:9-10: II Tim. 3,15-17.</span></strong></div><div align="justify"><strong><span style="color:#cc0000;"></span></strong></div><div align="justify"><strong>3. Que é a Palavra de Deus? </strong></div><div align="justify"><strong><br /></strong>As Escrituras Sagradas, o Velho e o Novo Testamento, são a Palavra de Deus, a única regra de fé e prática.<br /><strong><span style="color:#cc0000;">II Tim. 3:16; 11 Pedro 1:19 21; Isa. 8:20; Luc. 16:29, 31; Gal. 1:8-9.</span></strong> </div><div align="justify"><br /><strong>4. Como se demonstra que as Escrituras são a Palavra de Deus? </strong></div><strong><div align="justify"><br /></strong>Demonstra-se que as Escrituras são a Palavra de Deus - pela majestade e pureza do seu conteúdo, pela harmonia de todas as suas partes, e pelo propósito do seu conjunto, que é dar toda a glória a Deus; pela sua luz e pelo poder que possuem para convencer e converter os pecadores e para edificar e confortar os crentes para a salvação. O Espírito de Deus, porém, dando testemunho, pelas Escrituras e juntamente com elas no coração do homem, é o único capaz de completamente persuadi-lo de que elas são realmente a Palavra de Deus.<br /><strong><span style="color:#cc0000;">Os. 8:12; 1 Cor. 2:6-7; Sal. 119:18, 129, 140; Sal. 12:6; Luc. 24:27; At. 10:43 e 26;22; Rom, 16:25-27; At. 28:28; Heb. 4:12; Tiago 1:18; Sal. 19:7-9; Rom. 15:4: At 20:32; João 16:13-14. </span></strong></div><span style="color:#cc0000;"><div align="justify"><br /></span><strong>5. Que é o que as Escrituras principalmente ensinam? </strong></div><strong><div align="justify"><br /></strong>As Escrituras ensinam principalmente o que o homem deve crer acerca de Deus e o dever que Deus requer do homem.<br /><strong><span style="color:#cc0000;">João 20:31; II Tim. 1:13.</span></strong> </div><div align="justify"><br /><strong>6. Que revelam as Escrituras acerca de Deus?</strong> </div><div align="justify"><br />As Escrituras revelam o que Deus é, quantas pessoas há na Divindade, os seus decretos e como Ele os executa.<br /><strong><span style="color:#cc0000;">Mas. 3:16-17; Isa. 46:9-10; At. 4:27-28</span></strong>, </div><div align="justify"><br /><strong>7. Quem é Deus?</strong> </div><div align="justify"><br />Deus é espírito, em si e por si infinito em seu ser, glória, bem-aventurança e perfeição; todo - suficiente, eterno, imutável, insondável, onipresente, infinito em poder, sabedoria, santidade, justiça, misericórdia e clemência, longânimo e cheio de bondade e verdade.<br /><strong><span style="color:#cc0000;">João 4:24; Ex. 3:14; Job. 11:7-9; At. 5:2; I Tim. 6:15; Mat. 5:48; Rom. 11:35-36 Sal. 90:2 -145:3 e 139:1, 2, 7; Mal. 2:6; Apoc. 4:8; Heb. 4:13; Rom. 16:27; Isa. 6:3; Deut. 32:4; Ex. 34:6. </span></strong></div><span style="color:#cc0000;"><div align="justify"><br /></span><strong>8. Há mais que um Deus?</strong> </div><div align="justify"><br />Há um só Deus, o Deus vivo e verdadeiro.<br /><strong><span style="color:#cc0000;">Deut. 6:4: Jer. 10:10; 1 Cor. 8:4.</span></strong> </div><div align="justify"><br /><strong>9. Quantas pessoas há na Divindade? </strong></div><div align="justify"><strong><br /></strong>Há três pessoas na Divindade: o Pai, o Filho e o Espírito Santo; estas três pessoas são um só Deus verdadeiro e eterno, da mesma substância, iguais em poder e glória, embora distintas pelas suas propriedades pessoais.<br /><strong><span style="color:#cc0000;">Mat. 3:16-17, e 28:19; 11 Cor. 13:14; João 10:30.</span></strong> </div><div align="justify"><br /><strong>10. Quais são as propriedades pessoais das três pessoas da Divindade?<br /></strong>O Pai gerou o Filho, o Filho foi gerado pelo Pai, e o Espírito Santo procede do Pai e do Filho, desde toda à eternidade.<br /><strong><span style="color:#cc0000;">Heb. 1:5-6; João 1:14 e 15:26; Gal. 4:6. </span></strong></div><span style="color:#cc0000;"><div align="justify"><br /></span><strong>11. Donde se infere que o Filho e o Espírito Santo são Deus, iguais ao Pai? </strong></div><strong><div align="justify"><br /></strong>As Escrituras revelam que o Filho e o Espírito Santo são Deus igualmente com o Pai, atribuindo-lhes os mesmos nomes, atributos, obras e culto que só a Deus pertencem.<br /><strong><span style="color:#cc0000;">Jer. 23:6; Isa. 6:3, 5, 8; João 12:41; At. 28:25; 1 João 5:20; Sal. 45:6; At. 5:3-4; João 1:1; Isa. 9:6; João 2:24-25; 1 Cor. 2:10-11; Col. 1:16; Gen. 1:2; Mat. 28:19; II Cor. 13:14. </span></strong></div><strong><span style="color:#cc0000;"><div align="justify"><br /></span>12. Que são os decretos de Deus? </div><div align="justify"><br /></strong>Os decretos de Deus são os atos sábios, livres e santos do conselho da sua vontade, pelos quais, desde toda a eternidade, Ele, para a sua própria glória, imutavelmente predestinou tudo o que acontece, especialmente com referência aos anjos e ,os homens.<br /><strong><span style="color:#cc0000;">Isa. 45:6-7; Ef. 1:11; Rom. 11:33; Sal. 33:11: Ef. 1:4; Rom. 9:22-23.</span></strong> </div><div align="justify"><br /><strong>13. Que decretou Deus especialmente com referência aos anjos e aos homens? </strong></div><strong><div align="justify"><br /></strong>Deus, por um decreto eterno e imutável, unicamente do seu amor e para patentear a sua gloriosa graça, que tinha de ser manifestada em tempo devido, elegeu alguns anjos para a glória, e, em Cristo, escolheu alguns homens para a vida eterna e os meios para consegui-la; e também, segundo o seu soberano poder e o conselho inescrutável da sua própria vontade (pela qual Ele concede, ou não, os seus favores conforme lhe apraz), deixou e predestinou os mais à desonra e à ira, que lhes serão infligidas por causa dos seus pecados, para patentear a glória da sua justiça.<br /><strong><span style="color:#cc0000;">I Tim. 5:21; Ef. 2A0; II Tess. 2:13-14; 1 Pedro 1:2; Rom. 9:17-18, 21-22; Judas 4; Mat. 11:25-26. </span></strong></div><strong><span style="color:#cc0000;"><div align="justify"><br /></span>14. Como executa Deus os seus decretos? </div><div align="justify"><br /></strong>Deus executa os seus decretos nas obras da criação e da providência, segundo a sua presciência infalível e o livre e imutável conselho da rua vontade.<br /><strong><span style="color:#cc0000;">Dan. 4:35; Ef. 1:11.</span></strong> </div><div align="justify"><br /><strong>15. Que é a obra da criação?</strong> </div><div align="justify"><br />A obra da criação é aquela pela qual Deus, pela palavra do seu poder, fez do nada o mundo, e tudo quanto nele há, para si no espaço de seis dias, e tudo muito bom.<br /><strong><span style="color:#cc0000;">Gen. 1: Heb. 11:3; Apoc. 4:11; Rom. 11:36.</span> </strong></div><div align="justify"><br /><strong>16. Como criou Deus os anjos? </strong></div><strong><div align="justify"><br /></strong>Deus criou todos os anjos como espíritos imortais, santos, poderosos e excelentes em conhecimento, para executarem os seus mandamentos e louvarem o seu nome, todavia sujeitos à mudança.<br /><strong><span style="color:#cc0000;">Col. 1:16; Mat. 22:30; Luc. 20:36; Mat. 25:31, e 24:36; 1 Pedro 1:12; 11 Tess. 1:7, Sal. 91:11-12; Mat. 13:39; Sal. 103:20-21; 11 Pedro 2:4. </span></strong></div><strong><span style="color:#cc0000;"><div align="justify"><br /></span>17. Como criou Deus o homem?</strong> </div><div align="justify"><br />Depois de ter feito todas as mais criaturas, Deus criou o homem, macho e fêmea; formou-o do pó, e a mulher da costela do homem; dotou-os de almas viventes, racionais e imortais; fê-los conforme a sua própria imagem, em conhecimento, retidão e santidade, tendo a lei de Deus escrita em seus corações e poder para a cumprir, com domínio sobre as criaturas, contudo sujeitos a cair.<br /><strong><span style="color:#cc0000;">Gen. 1:7, e 2:7, 32 e 1:26; Mat. 19:4; Ecl. 12:9; Mat. 10:28; Col. 3:10; Ef. 4:24; Rom. 2:14-15; Gen. 3:6, e 1:28, 3:1-19. </span></strong></div><span style="color:#cc0000;"><div align="justify"><br /></span><strong>18. Quais são as obras da providência de Deus? </strong></div><strong><div align="justify"><br /></strong>As obras da providência de Deus são a sua mui santa, sábia e poderosa maneira de preservar e governar todas as suas criaturas e todas as suas ações, para a sua própria glória.<br /><strong><span style="color:#cc0000;">Lev. 21:8; Sal. 104:24: Isa. 92:29; Ne. 9:6; Heb. 1:3; Sal. 103:19; Mat. 10:29-30; Gen. 45:7; Rom. 11:36; Isa. 63:14. </span></strong></div><span style="color:#cc0000;"><div align="justify"><br /></span><strong>19. Qual é a providência de Deus para com os anjos?</strong> </div><div align="justify"><br />Deus, pela sua providência, permitiu que alguns dos anjos, voluntária e irremediavelmente, caíssem em pecado e perdição, limitando e ordenando isso, como todos os pecados deles, para a sua própria glória; e estabeleceu os mais em santidade e felicidade, empregando-os todos, conforme lhe apraz, na administração do seu poder, misericórdia e justiça.<br /><strong><span style="color:#cc0000;">Judas 6; Luc. 10:17; Mar. 8:38; 1 Tim. 5:21; Heb. 12:22; Sal. 103:20; Heb. 1:14. </span></strong></div><span style="color:#cc0000;"><div align="justify"><br /></span><strong>20. Qual foi a providência de Deus para com o homem no estado em que ele foi criado?</strong> </div><div align="justify"><br />A providência de Deus para com o homem no estado em que ele foi criado consistiu em colocá-lo no Paraíso, designando-o para o cultivar, dando-lhe liberdade para comer do fruto da terra; pondo as criaturas sob o seu domínio; e ordenando o matrimônio para o seu auxílio; em conceder-lhe comunhão com Deus, instituindo o dia de descanso, entrando em um pacto de vida com ele, sob a condição de obediência pessoal, perfeita e perpetua, da qual a árvore da vida era um penhor, e proibindo-lhe comer da árvore da ciência do bem e do mal sob pena de morte.<br /><strong><span style="color:#cc0000;">Gen. 1:28, e 21:15-16, e 1:26, e 3:8, e 2:3, Exo. 20:11; Gal. 3:12; Gen. 2:9, 16-17. </span></strong></div><span style="color:#cc0000;"><div align="justify"><br /></span><strong>21. Continuou o homem no estado em que Deus o criou no princípio?</strong><br />Nossos primeiros pais, sendo deixados à liberdade da sua própria vontade, pela tentação de Satanás transgrediram o mandamento de Deus, comendo do fruto proibido, e por isso caíram do estado de inocência em que foram criados.<br /><strong>Gen. 3:6-8, 13.</strong> </div><div align="justify"><br /><strong>22. Caiu todo o gênero humano na primeira transgressão? </strong></div><strong><div align="justify"><br /></strong>O pacto sendo feito com Adão, como representante, não para si somente, mas para toda a sua posteridade, todo o gênero humano, descendendo dele por geração ordinária, pecou nele e caiu com ele na primeira transgressão.<br /><strong><span style="color:#cc0000;">At. 17:26; Gen. 2:17. </span></strong></div><span style="color:#cc0000;"><div align="justify"><br /></span><strong>23. A que estado ficou reduzido o gênero humano por essa queda?<br /></strong>Essa queda reduziu o gênero humano a um estado de pecado e miséria.<br /><strong><span style="color:#cc0000;">Rom. 5:12; Gal. 3:10. </span></strong></div><span style="color:#cc0000;"><div align="justify"><br /></span><strong><span style="color:#000000;">24. Que é pecado?</span></strong> </div><div align="justify"><br />Pecado é qualquer falta de conformidade com a lei de Deus, ou a transgressão de qualquer lei por Ele dada como regra, à criatura racional.<br /><strong><span style="color:#cc0000;">Rom. 3:23; 1 João 3:4; Gal. 3:10-12. </span></strong></div><span style="color:#cc0000;"><div align="justify"><br /></span><strong>25. Em que consiste o pecado desse estado em que o homem caiu?</strong> </div><div align="justify"><br />O pecado desse estado em que o homem caiu consiste na culpa do primeiro pecado de Adão, na falta de retidão na qual este foi criado e na corrupção da sua natureza pela qual se tornou inteiramente indisposto, incapaz e oposto a todo o bem espiritual e inclinado a todo o mal, e isso continuamente: o que geralmente se chama pecado original, do qual precedem todas as transgressões atuais.<br /><strong><span style="color:#cc0000;">Rom. 5:12, 19 e 5:6, e 3:10-12; Ef. 2:3; Rom.8:7-8; Gen. 6:1; Tiago 1:14-15; Mat. 15:19.</span></strong> </div><div align="justify"><br /><strong><span style="color:#000000;">26. Como é o pecado original transmitido de nossos primeiros pais à sua posteridade? </span></strong></div><strong><span style="color:#000000;"><div align="justify"><br /></span></strong>O pecado original é transmitido de nossos primeiros pais à sua posteridade por geração natural, de maneira que todos os que assim procedem deles são concebidos e nascidos em pecado.<br /><strong><span style="color:#cc0000;">Sal 51:15; João 3:6. </span></strong></div><span style="color:#cc0000;"><div align="justify"><br /></span><strong>27. Qual é a miséria que a queda trouxe sobre o gênero humano?</strong> </div><div align="justify"><br />A queda trouxe sobre o gênero humano a perda da comunhão com Deus, o seu desagrado e maldição; de modo que somos por natureza filhos da ira, escravos de Satanás e justamente expostos a todas as punições, neste mundo e no vindouro.<br /><strong><span style="color:#cc0000;">Gen. 3:8, 24; Ef. 2:2-3; 11 Tim. 2:26; Luc. 11:21-22; Heb. 2:14; Lam. 3:39; Rom. 6:23; Mat. 25:41, 46. </span></strong></div><span style="color:#cc0000;"><div align="justify"><br /></span><strong>28. Quais são as punições do pecado neste mundo?</strong> </div><div align="justify"><br />As punições do pecado neste mundo são: ou interiores, como cegueira do entendimento, sentimentos depravados, fortes ilusões, dureza de coração, remorso na consciência e afetos baixos; ou exteriores como a maldição de Deus sobre as criaturas por nossa causa e todos os outros males que caem sobre nós em nossos corpos, nossos bens, relações e empregos -juntamente com a morte.<br /><strong><span style="color:#cc0000;">Ef. 4:18; Rom, 1:28; 11 Tess. 2:11; Rom. 2:5; Isa. 33:14; Rom. 1:26; Gen. 3:17; Deut. 28:15; Rom. 6:21, 23. </span></strong></div><span style="color:#cc0000;"><div align="justify"><br /></span><strong>29. Quais são as punições do pecado no mundo vindouro? </strong></div><strong><div align="justify"><br /></strong>As punições do pecado no mundo vindouro são a separação eterna da presença consoladora de Deus e os tormentos mais penosos na alma e no corpo, sem intermissão, no fogo do inferno para sempre<br /><strong><span style="color:#cc0000;">II Tess. 1:9; Mar. 9:47-48: Luc. 16:24, 26; Apoc. 14:11.</span></strong> </div><div align="justify"><br /><strong>30. Deixa Deus todo o gênero humano perecer no estado de pecado e miséria?</strong> </div><div align="justify"><br />Deus não deixa todos os homens perecer no estado de pecado e miséria, em que caíram pela violação do primeiro pacto comumente chamado o pacto das obras; mas, por puro amor e misericórdia livra os escolhidos desse estado e os introduz num estado de salvação pelo segundo pacto comumente chamado o pacto da graça.<br /><strong><span style="color:#cc0000;">I Tess. 5:9; Gal. 3:lC; Tito 3:4-7, e 1:2. </span></strong></div><span style="color:#cc0000;"><div align="justify"><br /></span><strong>31. Com quem foi feito o pacto da graça?</strong><br />O pacto da graça foi feito com Cristo, como o segundo Adão, e nEle, com todos os eleitos, como sua semente.<br /><span style="color:#cc0000;"><strong>Gal. 3:16; Isa. 53:10-11; e 59:21.</strong></span> </div><div align="justify"><br /><strong>32. Como é manifestada a graça de Deus no segundo pacto?</strong> </div><div align="justify"><br />A graça de Deus é manifestada no segundo pacto em Ele livremente prover e oferecer aos pecadores um Mediador e a vida e a salvação por Ele; exigindo a fé como condição de interessá-los nEle, promete e dá o Espírito Santo a todos os seus eleitos, para neles operar essa fé, com todas as mais graças salvadoras, e para os habilitar a praticar toda a santa obediência, como evidência da sinceridade da sua fé e gratidão para com Deus e como o caminho que Deus lhes designou para a salvação.<br /><strong><span style="color:#cc0000;">Gen. 3:15: Isa. 4:3-6; João 326, 6:27; Tito 2:5; 1 João 5:11-12; João 3:36, 1:2; Prov. 1:23; Luc. 11:13; 1 Cor. 12:3, 9; Gal. 5:22-23; Eze. 34:27; Tiago 2:18, 12; II Cor. 5:14-15; Ef. 2:10. </span></strong></div><span style="color:#cc0000;"><div align="justify"><br /></span><strong>33. Foi o pacto da graça sempre administrado de uma só maneira?</strong> </div><div align="justify"><br />O pacto da graça não foi administrado da mesma maneira; mas as suas administrações no Velho Testamento eram diferentes das debaixo do Novo.<br /><strong><span style="color:#cc0000;">Cor. 3:6-9; Heb. 8:7-13.</span></strong> </div><div align="justify"><br /><strong>34. Como foi administrado o pacto da graça no Velho Testamento?</strong><br />O pacto da graça foi administrado no Velho Testamento por promessas, profecias, sacrifícios, pela circuncisão, pela páscoa e por outros símbolos e ordenanças: todos os quais tipificaram. o Cristo, que havia de vir e eram naquele tempo suficientes para edificar os eleitos na fé do Messias prometido, por quem tiveram, ainda nesse tempo, a plena remissão do pecado e a salvação eterna.<br /><strong><span style="color:#cc0000;">Rom. 15:8; At. 3:24; Heb. 10:1; Rom. 4:11, 1 Cor. 5:7; Heb. 11:13; Gal. 3:7-9. 14. </span></strong></div><span style="color:#cc0000;"><div align="justify"><br /></span><strong>35. Como é o pacto da graça administrado no Novo Testamento?</strong> </div><div align="justify"><br />No Novo Testamento, quando Cristo, a substância, foi manifestado, o mesmo pacto da graça foi e continua a ser administrado na pregação da palavra na celebração dos sacramentos do batismo e da Ceia do Senhor; e assim a graça e a salvação são manifestadas em maior plenitude, evidência e eficácia a todas as nações.<br /><strong><span style="color:#cc0000;">Luc. 24:47-48; Mat. 28:19-20; 1 Cor. 11:23-25; Rom. 1: 16; 11 Cor. 3:6.</span></strong></div><div align="justify"><span style="color:#cc0000;"><strong><br /><span style="color:#000000;">36. Quem é o Mediador do pacto da graça?</span></strong></span> </div><div align="justify"><br />0 único Mediador do pacto da graça é o Senhor Jesus Cristo, que, sendo o eterno Filho de Deus, da mesma substância e igual ao Pai, no cumprimento do tempo fêz-se homem, e assim foi e continua a ser Deus e homem em duas naturezas perfeitas e distintas e uma só pessoa para sempre.<br /><strong><span style="color:#cc0000;">João 14:16; 1 Tim. 2:5; João 1:1 e 10:30 ; Fil. 2:6; Gal. 4:4; Luc. 1:35; Rom. 9:5; Col. 2:9; Heb. 13:8. </span></strong></div><span style="color:#cc0000;"><div align="justify"><br /></span><strong>37. Sendo Cristo o Filho de Deus, como se fêz homem?</strong> </div><div align="justify"><br />Cristo, o Filho de Deus, fêz-se homem tomando para si um verdadeiro corpo e uma alma racional sendo concebido pelo poder do Espírito Santo no ventre da Virgem Maria, da sua substância e nascido dela, mas sem pecado.<br /><strong><span style="color:#cc0000;">João 1:14; Mat. 26:38; Luc. 1:31, 35-42; Heb. 4:15, e 7:26. </span></strong></div><span style="color:#cc0000;"><div align="justify"><br /></span><strong>38. Qual a necessidade de o Mediador ser Deus?</strong> </div><div align="justify"><br />Era necessário que o Mediador fosse Deus para poder sustentar a natureza humana e guardá-la de cair debaixo da ira infinita de Deus e do poder da morte; para dar valor e eficácia aos seus sofrimentos, obediência e intercessão; e para satisfazer a justiça de Deus, conseguir o seu favor, adquirir um povo peculiar, dar a este povo o seu Espírito, vencer todos os seus inimigos e conduzi-lo à salvação eterna.<br /><strong><span style="color:#cc0000;">At. 2:24; Rom. 1:4; At. 20:28; Heb. 7:25; Rom. 3:24-26; Ef. 1:6; Tito 2:14; João 15:26; Luc. 1:69, 71, 74; Heb. 5:9. </span></strong></div><span style="color:#cc0000;"><div align="justify"><br /></span><strong>39. Qual a necessidade de o Mediador ser homem? </strong></div><strong><div align="justify"><br /></strong>Era necessário que o Mediador fosse homem para poder levantar a nossa natureza e obedecer à lei, sofrer e interceder por nós em nossa natureza, e simpatizar com as nossas enfermidades; para que recebêssemos a adoção de filhos, e tivéssemos conforto e acesso com confiança ao trono da graça.<br /><strong><span style="color:#cc0000;">Rom. 8:34; 11 Fed. 1:4; Mat. 5:17; Gal. 4:4, Rom. 5:19; Heb. 2:4; e 7:24-25, e 4:15-16; Gal. 4:5 </span></strong></div><span style="color:#cc0000;"><div align="justify"><br /></span><strong>40. Qual a necessidade de o Mediador ser Deus e homem em uma só pessoa? </strong></div><strong><div align="justify"><br /></strong>Era necessário que o Mediador, que havia de reconciliar o homem com Deus, fosse Deus e homem e isto em uma só pessoa, para que as obras próprias de cada natureza fossem aceitas por Deus a nosso favor e que nós confiássemos nelas como as obras da pessoa inteira.<br /><strong><span style="color:#cc0000;">Mat. 1:21, 23 e 3:17; 1 Ped. 2:6.</span></strong></div><div align="justify"><strong><span style="color:#cc0000;"><br /></span>41. Por que foi o nosso Mediador chamado Jesus?</strong> </div><div align="justify"><br />O nosso Mediador foi chamado Jesus, porque salva o seu povo dos pecados.<br /><strong><span style="color:#cc0000;">Mat. 1:21. </span></strong></div><span style="color:#cc0000;"><div align="justify"><br /></span><strong>42. Por que foi o nosso Mediador chamado Cristo? </strong></div><strong><div align="justify"><br /></strong>O nosso Mediador foi chamado Cristo, porque foi acima de toda a medida ungido com o Espírito Santo; e assim separado e plenamente revestido com toda a autoridade e poder para exercer as funções de profeta, sacerdote e rei da sua igreja, tanto no estado da sua humilhação, como no da sua exaltação.<br /><strong><span style="color:#cc0000;">Mat. 3:16; João 3:24; Sal. 45:7, João 6:27; At. 3:22; Luc. 4:18, 21; Heb. 5:5-6; Isa- 9:6-7.<br /></span>43. Como exerce Cristo as funções de profeta? </strong></div><strong><div align="justify"><br /></strong>Cristo exerce as funções de profeta revelando a igreja em todos os tempos, pelo seu Espírito e Palavra, por diversos modos de administração, toda a vontade de Deus em todas as coisas concernentes à sua edificação e salvação.<br /><strong><span style="color:#cc0000;">João 1:18; 1 Pedro 1:10-12; Heb. 1:1-2; João 15:15; Ef. 4:11-13; João 20:31.</span></strong> </div><div align="justify"><br /><strong><span style="color:#000000;">44. Como exerce Cristo as funções de sacerdote?</span></strong> </div><div align="justify"><br />Cristo exerce as funções de sacerdote oferecendo-se a si mesmo uma vez em sacrifício sem mácula, a Deus, para ser a reconciliação pelos pecados do seu povo e fazendo contínua intercessão por ele.<br /><strong><span style="color:#cc0000;">Heb. 9:14, 28, e 2:17, e 7:35.</span></strong></div><div align="justify"><br /><strong>45. Como exerce Cristo as funções de rei? </strong></div><strong><div align="justify"><br /></strong>Cristo exerce as funções de rei chamando do mundo um povo para si, dando-lhe oficiais, leis e disciplinas para visivelmente o governar; dando a graça salvadora aos seus eleitos; recompensando a sua obediência e corrigindo-os por causa dos seus pecados; preservando-os por causa dos seus pecados; preservando-os e sustentando-os em todas as tentações e sofrimentos; restringindo e vencendo todos os seus inimigos, e poderosamente dirigindo todas as coisas para a sua própria glória e para o bem do seu povo; e também castigando os que não conhecem a Deus nem obedecem ao Evangelho.<br /><strong><span style="color:#cc0000;">Isa. 55:5; Gen. 49:10; 1 Cor. 12:28; João 15:14; Mat. 18:17-18; At. 5:31; Apoc. 22:12, e 3:19; Rom. 8:37-39; 1 Cor. 15:25; Rom. 14:11, e 8:28; 11 Tess. 1:8; Sal. 2:9. </span></strong></div><span style="color:#cc0000;"><div align="justify"><br /></span><strong>46. Qual foi o estado da humilhação de Cristo? </strong></div><strong><div align="justify"><br /></strong>O estado da humilhação de Cristo foi aquela baixa condição, na qual, por amor de nós, despindo-se da sua glória, Ele tomou a forma de servo em sua concepção e nascimento, em sua vida, em sua morte e depois até à sua ressurreição.<br /><strong><span style="color:#cc0000;">Fil. 2:6-8; 11 Cor. 8:9.</span></strong> </div><div align="justify"><br /><strong>47. Como se humilhou Cristo na sua concepção e nascimento?</strong> </div><div align="justify"><br />Cristo humilhou-se na sua concepção e nascimento, em ser, desde toda a eternidade o Filho de Deus no seio do Pai, quem aprouve, no cumprimento do tempo, tornar-se Filho do homem, nascendo de uma mulher de humilde posição com diversas circunstâncias de humilhação fora do comum.<br /><strong><span style="color:#cc0000;">I João 1:14, 18; Luc. 2:7.</span></strong> </div><div align="justify"><br /><strong>48. Como se humilhou Cristo na sua vida?</strong> </div><div align="justify"><br />Cristo humilhou-se na sua vida, sujeitando-se à lei, a qual perfeitamente cumpriu, e lutando com as indignidades do mundo, as tentações de Satanás e as enfermidades da carne, quer comuns à natureza do homem, quer as procedentes dessa baixa condição.<br /><strong><span style="color:#cc0000;">Gal. 4:4; Mat. 5:17; Isa. 53:2-3; Heb. 12:2-3; Mat. 4:1; Heb. 2:17-18.</span></strong> </div><div align="justify"><br /><strong>49. Como se humilhou Cristo na sua morte?</strong> </div><div align="justify"><br />Cristo humilhou-se na sua morte porque, tendo sido traído por Judas, abandonado pelos seus discípulos, escarnecido e rejeitado pelo mundo, condenado por Pilatos e atormentado pelos seus perseguidores, tendo também lutado com os terrores da morte e os poderes das trevas, tendo sentido e suportado o peso da ira de Deus, Ele deu a sua vida como oferta pelo pecado, sofrendo a penosa, vergonhosa e maldita morte da cruz.<br /><strong><span style="color:#cc0000;">Mat. 27:4, e 26:56; Isa. 53:3; Mat, 27:26; Luc, 22:44; Mat. 27:46; Isa. 53:10; Mat. 20:28; Fil. 2:8; Gal. 3:13. </span></strong></div><span style="color:#cc0000;"><div align="justify"><br /></span><strong>50. Em que consistiu a humilhação de Cristo depois da sua morte? </strong></div><strong><div align="justify"><br /></strong>A humilhação de Cristo depois da sua morte consistiu em ser ele sepultado, em continuar no estado dos mortos e sob o poder da morte até ao terceiro dia; o que, aliás, tem sido exprimido nestas palavras: Ele desceu ao inferno (Hades).<br /><strong><span style="color:#cc0000;">1 Cor. 15:3-4; Mat. 12:40. </span></strong></div><span style="color:#cc0000;"><div align="justify"><br /></span><strong>51. Qual é o estado de exaltação de Cristo?</strong> </div><div align="justify"><br />O estado de exaltação de Cristo compreende a sua ressurreição, ascensão, o estar sentado à destra do Pai, e a sua segunda vinda para julgar o mundo.<br /><strong><span style="color:#cc0000;">I Cor. 15:4; Luc. 24:51; Ef. 4:10, e 1:20; A 1:11.</span></strong> </div><div align="justify"><br /><strong><span style="color:#000000;">52. Como foi Cristo exaltado na sua ressurreição?</span></strong> </div><div align="justify"><br />Cristo foi exaltado na sua ressurreição em não ter visto a corrupção na morte (pela qual não era possível que Ele fosse retido), e o mesmo corpo em que sofrera, com as suas propriedades essenciais (sem a mortalidade e outras enfermidades comuns a esta vida), tendo realmente unido à sua alma, ressurgiu dentre os mortos ao terceiro dia, pelo seu próprio poder, e por essa ressurreição declarou-se Filho de Deus, haver satisfeito a justiça divina, ter vencido a morte e aquele que tinha o poder sobre ela, e ser o Senhor dos vivos e dos mortos. Tudo isto fez Ele na sua capacidade representativa, corno Cabeça da sua Igreja, para a justificação e vivificação dela na graça, apoio contra os inimigos, e para lhe assegurar sua ressurreição dos mortos no último dia.<br /><strong><span style="color:#cc0000;">At. 2:24; Sal. 16:10; Luc. 24:39; Rom. 6:9; Apoc. 1:18; João 2:19, e 10:18; Rom. 1:4 e 8:33-34; Heb. 2:14; Rom. 14:9; 1 Cor. 15:21-22; Ef. 1:22-23; Rom. 4:25; Ef. 2:5-6; 1 Cor. 15:20, 25-25; 1 Tess. 4:14. </span></strong></div><span style="color:#cc0000;"><div align="justify"><br /></span><strong>53. Como foi Cristo exaltado na sua ascensão? </strong></div><strong><div align="justify"><br /></strong>Cristo foi exaltado na sua ascensão em ter, depois da sua ressurreição, aparecido muitas vezes aos seus apóstolos e conversado com eles, falando-lhes das coisas pertencentes ao seu reino, impondo-lhes. o dever de pregarem o Evangelho a todos os povos, e em subir aos mais altos céus, no fim de quarenta dias, levando a nossa natureza e, como nosso Cabeça triunfante sobre os inimigos, para ali, à destra de Deus, receber dons para os homens, elevar os nossos afetos e aparelhar-nos um lugar onde Ele está e estará até à sua segunda vinda no fim do mundo.<br /><strong><span style="color:#cc0000;">At. 1:2-3; Mat. 28:19; Heb. 6:20: Ef. 4:8, 10; At. 1:9; Sal. 68:18; Col. 3:1, 2; João 14:2-3; At. 3:21. </span></strong></div><span style="color:#cc0000;"><div align="justify"><br /></span><strong>54. Como é Cristo exaltado em sentar-se à destra de Deus? </strong></div><strong><div align="justify"><br /></strong>Cristo é exaltado em sentar-se à destra de Deus, em ser Ele, como Deus-homem, elevado ao mais alto favor de Deus o Pai, tendo toda a plenitude de gozo, glória e poder sobre todas as coisas no céu e na terra; em reunir e defender a sua Igreja e subjugar os seus inimigos; em fornecer aos seus ministros e ao seu povo dons e graças e em fazer intercessão por eles.<br /><span style="color:#cc0000;"><strong>Fil. 2:9; At. 2:28; João 17:5; Ef. 1:22; Mat. 28:18; Ef. 4:11-12; Rom. 8:34.</strong> </span></div><div align="justify"><span style="color:#cc0000;"><br /></span><strong>55. Como faz Cristo a sua intercessão?</strong></div><div align="justify"><br />Cristo faz a sua intercessão apresentando-se em nossa natureza continuamente perante o Pai no céu, pelo mérito da sua obediência e sacrifício cumpridos na terra, declarando ser a Sua vontade que seja aplicado a todos os crentes respondendo a todas acusações contra eles; adquirindo-lhes paz de consciência, não obstante as faltas diárias, dando-lhes acesso com confiança ao trono da graça e aceitação das suas pessoas e serviços.<br /><strong><span style="color:#cc0000;">Heb. 9:24 e 1:3; João 17:9, 20,24; Rom. e 5:1-2, 1 João 2:1-2; Heb, 4:16; Ef. 11:6; 1 Ped 2:5.</span></strong> </div><div align="justify"><br /><span style="color:#000000;"><strong>56. Como há de ser Cristo exaltado em vir segunda vez para julgar o mundo?</strong> </span></div><span style="color:#000000;"><div align="justify"><br /></span>Cristo há de ser exaltado na sua vinda para julgar o mundo, em que, tendo sido injustamente julgado e condenado pelos homens maus, virá segunda vez no último dia com grande poder e na plena manifestação da sua glória e da do seu Pai, com todos os seus santos e anjos, com brado, com voz de arcanjo e com a trombeta de Deus, para julgar o mundo em retidão.<br /><strong><span style="color:#cc0000;">At. 3:14-15; Mat. 24:30; Luc 9:26, I Tess. 4:16; At. 17:31.</span></strong> </div><div align="justify"><br /><strong>57. Quais são os benefícios que Cristo adquiriu pela sua mediação?</strong><br />Cristo, pela sua mediação, adquiriu a redenção, juntamente com todos os mais benefícios do pacto da graça.<br /><strong><span style="color:#cc0000;">Heb. 9:12; 1 Cor. 1:20.</span></strong> </div><div align="justify"><br /><strong>58. Como nos tornamos participantes dos benefícios que Cristo adquiriu? </strong></div><strong><div align="justify"><br /></strong>Tornamo-nos participantes dos benefícios que Cristo adquiriu, pela aplicação deles, a nós, que é especialmente a obra do Espírito Santo.<br /><strong><span style="color:#cc0000;">João 1:12; Tito 3:5-6; João 16:14-15.</span></strong></div><div align="justify"><strong><span style="color:#cc0000;"><br /></span>59. Quem são feitos participantes da redenção mediante Cristo? </strong></div><strong><div align="justify"><br /></strong>A redenção é aplicada e eficazmente comunicada a todos aqueles para quem Cristo a adquiriu, os quais são nesta vida habilitados pelo Espírito Santo a crer em Cristo conforme o Evangelho.<br /><strong><span style="color:#cc0000;">João 6:37, 39 e 10:15-16; Ef. 2:8; João 3:5. </span></strong></div><span style="color:#cc0000;"><div align="justify"><br /></span><strong>60. Poderão ser salvos por viver segundo a luz da natureza aqueles que nunca ouviram o Evangelho e por conseguinte não conhecem a Jesus Cristo, nem nEle crêem? </strong></div><strong><div align="justify"><br /></strong>Aqueles que nunca ouviram o Evangelho e não conhecem a Jesus Cristo, nem nEle crêem, não poderão se salvar, por mais diligentes que sejam em conformar as suas vidas à luz da natureza, ou às leis da religião que professam; nem há salvação em nenhum outro, senão em Cristo, que é o único Salvador do seu corpo, a Igreja.<br /><strong><span style="color:#cc0000;">Rom. 10:14; 11 Tess. 1:8-9; Ef. 2:12: João 3:18, e 8:24; 1 Cor. 1:21; Rom. 3:20, e 2:14-15; João 4:22: At. 4:12; Ef. 5:23. </span></strong></div><span style="color:#cc0000;"><div align="justify"><br /></span><strong>61. Serão salvos todos os que ouvem o Evangelho e pertencem à Igreja? </strong></div><strong><div align="justify"><br /></strong>Nem todos os que ouvem o Evangelho e pertencem à Igreja visível serão salvos, mas unicamente aqueles que são membros verdadeiros da Igreja invisível.<br /><strong><span style="color:#cc0000;">Rom. 9:6; Mat. 7:21. </span></strong></div><span style="color:#cc0000;"><div align="justify"><br /></span><strong>62. Que é a Igreja visível?</strong> </div><div align="justify"><br />A Igreja visível é uma sociedade composta de todos quantos, em todos os tempos e lugares do mundo, professam a verdadeira religião, juntamente com seus filhos.<br /><strong><span style="color:#cc0000;">1 Cor. 1:2; Gen. 17:7; At. 2:39; 1 Cor. 7:14.</span></strong> </div><div align="justify"><br /><strong>63. Quais são os privilégios da Igreja visível?</strong> </div><div align="justify"><br />A Igreja visível tem o privilégio de estar sob o cuidado e governo especial de Deus; de ser protegida e preservada em todos os tempos, não obstante a oposição de todos os inimigos; e de gozar da comunhão dos santos, dos meios ordinários de salvação e das ofertas da graça por Cristo a todos os membros dela, no ministério do Evangelho, testificando que todo o que crer nEle será salvo, não excluindo a ninguém que queira vir a Ele.<br /><strong><span style="color:#cc0000;">Isa. 4:5-6; Mat. 16:18; At. 2:42; Sal. 147:19-20; Ef. 4:11-12; Rom. 8:9; João 6:37. </span></strong></div><span style="color:#cc0000;"><div align="justify"><br /></span><strong><span style="color:#000000;">64. Que é a Igreja invisível?</span></strong> </div><div align="justify"><br />A Igreja invisível é o número completo dos eleitos, que têm sido e que hão de ser reunidos em um corpo sob Cristo, a cabeça.<br /><strong><span style="color:#cc0000;">Ef. 1:10; 22-23; João 11:52 e 10:16.</span></strong> </div><div align="justify"><br /><strong>65. Quais são os benefícios especiais de que gozam por Cristo os membros da Igreja invisível? </strong></div><strong><div align="justify"><br /></strong>Os membros da igreja invisível gozam por Cristo da união e comunhão com Ele em graça e gloria.<br /><strong><span style="color:#cc0000;">João 17:21, 24; 1 João 1:3.</span></strong> </div><div align="justify"><br /><strong><span style="color:#000000;">66. Qual é a união que os eleitos têm com Cristo?</span></strong> </div><div align="justify"><br />A união que os eleitos têm com Cristo é a obra da graça de Deus, pela qual são eles espiritual e misticamente, ainda que real e inseparavelmente, unidos a Cristo, seu Cabeça e esposo o que se efetua na sua vocação eficaz.<br /><strong><span style="color:#cc0000;">Ef. 2:5; 1 Cor. 6:17; João 10:28; EL 5:23; 1 Cor. 1:9; 1 Pedro 5:10.</span></strong> </div><div align="justify"><br /><strong>67. Que é vocação eficaz? </strong></div><strong><div align="justify"><br /></strong>Vocação eficaz é a obra do poder e graça onipotente de Deus, pela qual (do seu livre e especial amor para com os eleitos e sem que nada neles o leve a Isto), Ele, no tempo aceitável, os convida e atrai a Jesus Cristo pela sua palavra e pelo seu Espírito, iluminando os seus entendimentos de urna maneira salvadora, renovando e poderosamente determinando as suas vontades, de modo que eles, embora em si mortos no pecado, tornam-se por isso prontos e capazes de livremente responder à sua chamada e de aceitar e abraçar a graça nela oferecida e comunicada.<br /><strong><span style="color:#cc0000;">Ef. 1:18-20; 11 Tim. 1:8-9; Tito 3:4-5; Rom. 9:11; 11 Cor. 5:20; e 6:2, João 6:44; 11 Tess. 2:13-14; At. 26:18; Eze. 11:19; João 6:45; Fil. 2:13. </span></strong></div><span style="color:#cc0000;"><div align="justify"><br /></span><strong>68. Os eleitos são os únicos eficazmente chamados?</strong> </div><div align="justify"><br />Todos os eleitos, e somente eles, são eficazmente chamados; ainda que outros o possam ser, e multas vezes são exteriormente chamados pelo ministério da palavra e tenham algumas operações comuns do Espírito, contudo, pela sua negligência e desprezo voluntário da graça que é oferecida, são justamente deixados na sua incredulidade e nunca vêm sinceramente a Jesus Cristo.<br /><strong><span style="color:#cc0000;">At. 13:48, e 2:47; Mat. 22:14, e 13:20-21; Sal. 81:11-12; João 12:38-40.</span></strong> </div><div align="justify"><br /><strong>69. Que é a comunhão em graça que os membros da Igreja invisível têm com Cristo? </strong></div><strong><div align="justify"><br /></strong>A comunhão em graça que os membros da Igreja invisível têm com Cristo é a participação da virtude da sua mediação, na justificação, adoção, santificação e tudo o que nesta vida manifesta a união com Ele .<br /><strong><span style="color:#cc0000;">Rom. 8:30; Ef. 1:5; 1 Cor. 1:30.</span></strong> </div><div align="justify"><br /><strong>70. Que é justificação? </strong></div><strong><div align="justify"><br /></strong>Justificação é um ato da livre graça de Deus para com os pecadores, no qual Ele os perdoa, aceita e considera justas as suas pessoas diante dEle, não por qualquer coisa neles operada, nem por eles feita mas unicamente pela perfeita obediência e plena satisfação de Cristo, a eles imputadas por Deus e recebidas só pela fé.<br /><strong><span style="color:#cc0000;">Rom. 3:22-25, e 4:5; 11 Cor. 5:19, 21; Ef. 1:6-7; Rom, 3:24, 25, 28, e 5:17-19, e 4:6-8, e 5:1; At. 10:43. </span></strong></div><span style="color:#cc0000;"><div align="justify"><br /></span><strong>71. Como é a justificação um ato da livre graça de Deus? </strong></div><strong><div align="justify"><br /></strong>Ainda que Cristo, pela sua obediência e morte, prestasse uma verdadeira satisfação real e plena à justiça de Deus a favor dos que são justificados, contudo a sua justificação é de livre graça para eles desde que Deus aceita a satisfação de um fiador, a qual podia ter exigido deles; e proveu este fiador,<br />Seu único Filho, imputando-lhes a justiça deste e não exigindo deles nada para a sua justificação senão a fé, a qual também é dom de Deus.<br /><strong><span style="color:#cc0000;">Mat. 20:28; Rom. 5:8-10, 19; 1 Tim. 2:5-6; Isa. 53:5-6; Heb. 7:22; Rom. 8:32; 11 Cor. 5:21; Rom. 3:25; Ef. 2:8, e 1:7. </span></strong></div><span style="color:#cc0000;"><div align="justify"><br /></span><strong>72. Que é a fé justificadora? </strong></div><strong><div align="justify"><br /></strong>A fé justificadora é a que salva. É operada .pelo Espírito e pela Palavra de Deus no coração do pecador que, sendo por eles convencido do seu pecado e miséria e da sua incapacidade, e das demais criaturas, para o restaurar desse estado, não somente aceita a verdade da promessa do Evangelho, mas recebe e confia em Cristo e na sua justiça, que lhe são oferecidos no Evangelho, para o perdão de pecados e para que a sua pessoa seja aceita e reputada justa diante de Deus para a salvação.<br /><strong><span style="color:#cc0000;">Heb. 10:39; 1 Cor, 12:3, 9; Rom. 10:14, 17; João 16:8-9; At. 16:30; Ef. 1:13; Ef. 10:43; Fil. 3.9; At. 15:11. </span></strong></div><span style="color:#cc0000;"><div align="justify"><br /></span><strong>73. Como justifica a fé o pecador diante de Deus?</strong> </div><div align="justify"><br />A fé justifica o pecador diante de Deus, não por causa das outras graças que sempre a acompanham, nem por causa das boas obras que são os frutos dela, nem como se fosse a graça da fé, ou qualquer ato dela, que lhe é imputado para a justificação; mas unicamente porque a fé é o instrumento pelo qual o pecador recebe e aplica a si Cristo e a sua justiça.<br /><strong><span style="color:#cc0000;">Gal. 3:11; Rom. 3:28, e 4:5; João 1:12; Gal2:16</span></strong> </div><div align="justify"><br /><strong>74. Que é adoção?</strong> </div><div align="justify"><br />Adoção é um ato da livre graça de Deus, em seu único Filho Jesus Cristo e por amor dEle, pelo qual todos os que são justificados são recebidos no número dos filhos de Deus, trazem o seu nome, recebem o Espírito do Filho, estão sob o seu cuidado e dispensações paternais, são admitidos a todas as liberdades e privilégios dos filhos de Deus, feitos herdeiros de todas as promessas e co-herdeiros com Cristo na glória.<br /><strong><span style="color:#cc0000;">1 João 3:1; Ef. 1:5; Gal. 4:4-5: João 1:12; II Cor. 6:18; Apoc. 3:12; Gal. 4:6; Sal. 103:13; Mat. 6:32; Rom. 8:17. </span></strong></div><span style="color:#cc0000;"><div align="justify"><br /></span><strong>75. Que é santificação? </strong></div><strong><div align="justify"><br /></strong>Santificação é a obra da graça de Deus, pela qual os que Deus escolheu, antes da fundação do mundo, para serem santos, são nesta vida, pela poderosa operação do seu Espírito, aplicando a morte e a ressurreição de Cristo, renovados no homem interior, segundo a imagem de Deus, tendo os germes do arrependimento que conduz à vida e de todas as outras graças salvadoras implantadas em seus corações, e tendo essas graças de tal forma excitadas, aumentadas e fortalecidas, que eles morrem, cada vez mais para o pecado e ressuscitam para novidade de vida.<br /><strong><span style="color:#cc0000;">Ef. 1:4; 1 Cor. 6:11; 11 Tess. 2:13; Rom. 6:4~6; Fil. 3:10; Ef. 4:23-24; At. 11:18; 1 João 3:9; Judas. 20; Ef. 3:16-19; Col. 1:10-11; Rom. 6:4-6. </span></strong></div><span style="color:#cc0000;"><div align="justify"><br /></span><strong>76. Que é o arrependimento que conduz à vida?</strong> </div><div align="justify"><br />0 arrependimento que conduz à vida é uma graça salvadora, operada no coração do pecador pelo Espírito e pela Palavra de Deus, pela qual, reconhecendo e sentindo, não somente o perigo, mas também a torpeza e odiosidade dos seus pecados, e apreendendo a misericórdia de Deus em Cristo para com os arrependidos, o pecador tanto se entristece pelos seus pecados e os aborrece, que se volta de todos eles para Deus, tencionando e esforçando-se a andar constantemente com Deus em todos os caminhos da nova obediência.<br /><strong><span style="color:#cc0000;">Luc. 24:47; II Tim. 2:25; João 16:8-9; At. 11:18, 20:21; Eze. 18:30, 32; Luc. 15:17-18; Eze. 36-31. e 16:61, 63; Sal. 130:34; Joel 2:12-13; Jer. 31:18-19; II Cor. 7:11; At. 26:18; 1 Reis 8:47-48; Eze. 14:6; Sal. 119:59, 128; Rom. 6:17-18; Luc. 19:8. </span></strong></div><span style="color:#cc0000;"><div align="justify"><br /></span><strong>77. Em que difere a justificação da santificação?</strong> </div><div align="justify"><br />Ainda que a santificação seja inseparavelmente unida com a justificação, contudo elas diferem nisto: na justificação Deus imputa a justiça de Cristo, e na santificação o seu Espírito infunde a graça e dá forças para a exercer. Na justificação o pecado é perdoado, na santificação ele é subjugado; aquela liberta a todos os crentes igualmente da ira vingadora de Deus, e isto perfeitamente nesta vida, de modo que eles nunca mais caem na condenação; esta não é igual em todos os crentes e nesta vida não é perfeita em crente algum, mas vai crescendo para a perfeição.<br /><strong><span style="color:#cc0000;">I Cor. 6:11, e 1:30; Rom. 4:6, 8; Eze. 36:27; Rom. 6:6, 14, e 8:1, 33-34; Heb. 5:12-14; 1 João 1:8, 10; 11 Cor. 7:1: Fil. 3:12-14. </span></strong></div><span style="color:#cc0000;"><div align="justify"><br /></span><strong><span style="color:#000000;">78. Como é que a santificação dos crentes é imperfeita?</span></strong> </div><div align="justify"><br />A santificação dos crentes é imperfeita por causa dos restos do pecado que permanecem neles, e das perpétuas concupiscência da carne contra o espirito; por isso são eles, muitas vezes arrastados pelas tentações e caem em muitos pecados, são impedidos em todos os seus serviços espirituais, e as suas melhores obras são imperfeitas e manchadas diante de Deus.<br /><strong><span style="color:#cc0000;">Rom. 7:18, 23; Gal. 5:17; Heb. 12:1; Isa. 64:6. </span></strong></div><span style="color:#cc0000;"><div align="justify"><br /></span><strong>79. Não poderão os crentes verdadeiros cair do estado de graça, em razão das suas imperfeições e das multas tentações e pecados que os surpreendem? </strong></div><strong><div align="justify"><br /></strong>Os crentes verdadeiros, em razão do amor imutável de Deus e do seu decreto e pacto de lhes dar a perseverança, da união inseparável entre eles e Cristo, da contínua intercessão de Cristo por eles e do Espírito e semente de Deus permanecendo neles, nunca poderão total e finalmente cair do estado de graça, mas são conservados pelo poder de Deus, mediante a fé para a salvação.<br /><strong><span style="color:#cc0000;">Jer. 31:3; João 13:1; 11 Tim. 2:19; Heb. 13:2021; 11 Sam. 23:5; 1 Cor. 1:8-9; Heb. 7:25; Luc. 22:32; 1 João 3:9, e 2:27; Jer. 32:40; João 10:28; 1 Ped. 1:5; Fil. 1:6. </span></strong></div><span style="color:#cc0000;"><div align="justify"><br /></span><strong>80. Poderão os crentes verdadeiros ter certeza infalível de que estão no estado da graça e de que neste estado perseverarão até a salvação? </strong></div><strong><div align="justify"><br /></strong>Aqueles que verdadeiramente crêem em Cristo, e se esforçam por andar perante Ele com toda a boa consciência, podem, sem uma revelação extraordinária, ter a certeza infalível de que estão no estado de graça, e de que neste estado perseverarão até a salvação, pela fé baseada na verdade das promessas de Deus e pelo Espírito que os habilita a discernir em si aquelas graças às quais são feitas as promessas da vida, testificando aos seus espíritos que eles são filhos de Deus.<br /><strong><span style="color:#cc0000;">I João 2:3; 1 Cor. 2:12; 1 João 4:13, 16 e 3:14,. 18-21, 24; Heb. 6:11-12; Rom. 8:16; 1 João 5:13; 11 Tim. 1: 12. </span></strong></div><span style="color:#cc0000;"><div align="justify"><br /></span><strong><span style="color:#000000;">81. Têm todos os crentes sempre a certeza de que estão no estado da graça e de que serão salvos? </span></strong></div><strong><span style="color:#000000;"><div align="justify"><br /></span></strong>A . certeza da graça e salvação, não sendo da essência da fé, crentes verdadeiros podem esperar muito tempo antes do consegui-la; e depois de gozar dela podem sentir enfraquecida e interrompida essa certeza, por muitas perturbações, Pecados, tentações e deserções; contudo nunca são deixados sem uma tal presença e apoio do Espírito de Deus, que os guarda de caírem em desespero absoluto.<br /><strong><span style="color:#cc0000;">II Ped 1:10; 1 João 5:13; Sal. 77:7-9, e 22:1 e 31:22, e 73:13-15, 23; 1 João 3:9; Isa. 54:7-11.</span></strong></div><span style="color:#cc0000;"><div align="justify"><br /></span><strong>82. Em que tempo se realiza a comunhão em glória que os membros da Igreja invisível têm com Cristo? </strong></div><strong><div align="justify"><br /></strong>A comunhão em glória que os membros da Igreja Invisível têm com Cristo realiza-se nesta vida e imediatamente depois da morte, e é finalmente aperfeiçoada na ressurreição e no dia do juízo.<br /><strong><span style="color:#cc0000;">II Cor 3:18; Col. 3:3; Luc. 23:43; 11 Cor. 5:8; 1 Tess. 4:17. </span></strong></div><span style="color:#cc0000;"><div align="justify"><br /></span><strong>83. Qual é a comunhão em glória com Cristo de que os membros da Igreja invisível gozam nesta vida? </strong></div><strong><div align="justify"><br /></strong>Aos membros da Igreja Invisível são comunicadas, nesta vida, as primícias da glória com Cristo visto serem membros dEle, a Cabeça, e, estando nEle têm, parte naquela glória que na sua plenitude lhe pertence; e como penhor dela sentem o amor de Deus, a paz de consciência, o gozo do Espírito Santo e a esperança da glória. Do mesmo modo, o sentimento ,da ira vingadora de Deus, o terror da consciência e uma terrível expectação do juízo, são para os ímpios o princípio dos tormentos, que eles hão de sofrer depois da morte.<br /><strong><span style="color:#cc0000;">Ef. 2:5-6; Rom. 5:5; 11 Cor. 1:22; Rom. 5:1-2 e 14:17; Gen. 4:13; Mat. 27:4; Heb. 10:27; Mar. 9:48. </span></strong></div><span style="color:#cc0000;"><div align="justify"><br /></span><strong>84. Morrerão todos os homens? </strong></div><strong><div align="justify"><br /></strong>A morte, sendo imposta como o estipêndio do pecado, está decretada a todos que uma vez morram, pois todos são pecadores.<br /><strong><span style="color:#cc0000;">Rom. 6:23; Heb. 9:27; Rom. 5:12. </span></strong></div><span style="color:#cc0000;"><div align="justify"><br /></span><strong>85. A morte sendo o estipêndio do pecado, por que não são os justos livrados dela, visto que todos os seus pecados são perdoados em Cristo? </strong></div><strong><div align="justify"><br /></strong>Os justos no último dia serão libertados da própria morte, e no ato de morrer estarão isentos do aguilhão e maldição dela, de modo que, embora morram, contudo, vem isto do amor de Deus, Para os livrar perfeitamente do pecado e miséria e os tornar capazes de maior comunhão com Cristo na glória, na qual eles imediatamente entram.<br /><strong><span style="color:#cc0000;">1 Cor. 15:26, 55-57; Rom. 14:8; Sal. 116:15; Apoc. 14.:13; Luc. 16:25, e 23:45; Fil. 1:23. </span></strong></div><span style="color:#cc0000;"><div align="justify"><br /></span><strong>86. Que é a comunhão em glória com Cristo de que os membros da Igreja invisível gozam imediatamente depois da morte? </strong></div><strong><div align="justify"><br /></strong>A comunhão em glória com Cristo de que os membros da Igreja invisível gozam imediatamente depois da morte, consiste em serem aperfeiçoadas em santidade as suas almas e recebidas nos mais altos céus onde vêem a face de Deus em luz e glória, esperando a plena redenção de seus corpos, os quais até na morte continuam unidos a Cristo, e descansam nas suas sepulturas, como em seus leitos, até que no último dia sejam unidos novamente às suas almas. Quanto às almas dos ímpios, são imediatamente depois da sua morte lançadas no inferno onde permanecem em tormentos e trevas exteriores; e os seus corpos ficam guardados nas suas sepulturas, como em cárceres, até à ressurreição e juízo do grande dia.<br /><strong><span style="color:#cc0000;">At. 7:55, 59; Apoc. 7:13;14, e 19:8; II Cor5:8; Fil. 1:23: At. 3:21; Ef. 4:20; Apoc. 7:15; I Cor. 13:12; Rom. 8:11, 23; 1 Tess. 4:6; 1 Reis 2:10; João11:11; I Tess, 4:14; Luc. 16:23-24; Judas 7. </span></strong></div><span style="color:#cc0000;"><div align="justify"><br /></span><strong>87. Que devemos crer acerca da ressurreição? </strong></div><strong><div align="justify"><br /></strong>Devemos crer que no último dia haverá uma ressurreição geral dos mortos, dos justos e dos injustos; então os que se acharem vivos serão mudados em um momento, e os mesmos corpos dos mortos, que têm jazido na sepultura, estando então novamente unidos às suas almas para sempre, serão ressuscitados pelo poder de Cristo. Os corpos dos justos, pelo Espírito e em virtude da ressurreição de Cristo, como cabeça deles, serão ressuscitados em poder, espirituais e incorruptíveis, e feitos semelhantes ao corpo glorioso dEle; e os corpos dos ímpios serão por Ele ressuscitados para vergonha, como por um juiz ofendido.<br /><strong><span style="color:#cc0000;">At. 24:15; I Cor. 15:51-53: I Tess. 4:15-17; I Cor. 15:21-23, 42-44; Fil. 3:21; João 5:28-29; Dan. 12:2. </span></strong></div><strong><span style="color:#cc0000;"><div align="justify"><br /></span>88. Que se seguirá imediatamente depois da ressurreição?</strong> </div><div align="justify"><br />Imediatamente depois da ressurreição se seguirá o juízo geral e final dos anjos e dos homens, o dia e a hora do qual homem nenhum sabe, para que todos vigiem, orem e estejam sempre prontos para a vinda do Senhor.<br /><strong><span style="color:#cc0000;">Mat. 16:27; II Ped. 2:4; 11 Cor. 5:10; Mat. 36, 42, 44.</span></strong> </div><div align="justify"><br /><strong>89. Que sucederá aos ímpios no dia do juízo?</strong> </div><div align="justify"><br />No dia do juízo os ímpios serão postos à mão esquerda de Cristo, e sob clara evidência e plena convicção das suas próprias consciências terão pronunciada contra si a terrível, porem justa, sentença de condenação; então serão excluídos da presença favorável de Deus e da gloriosa comunhão com Cristo, com e seus santos, e com todos os santos anjos e lançados no inferno, para serem punidos com tormentos indizíveis, do corpo e da alma, com o diabo e seus anjos para sempre.<br /><strong><span style="color:#cc0000;">Mat. 25:23, e 22:12; Luc. 19:22; Mat. 25:41-42, 46; II Tess. 1:8-9</span></strong> </div><div align="justify"><br /><strong>90. Que sucederá aos justos no dia do juízo? </strong></div><strong><div align="justify"><br /></strong>No dia do juízo os justos, sendo arrebatados para encontrar a Cristo nas nuvens, serão postas à sua destra e ali, abertamente, reconhecidos e justificados, se unirão com Ele para julgar os réprobos, anjos e homens; e serão recebidos no céu, onde serão plenamente e para sempre libertados de todo o pecado e miséria, cheios de gozos inefáveis, feitos perfeitamente santos e felizes, no corpo e na alma, na companhia de inumeráveis santos e anjos, mas especialmente na imediata visão e fruição de Deus o Pai, de nosso Senhor Jesus Cristo e do Espírito Santo, por toda a eternidade. É esta a perfeita e plena comunhão de que os membros da Igreja invisível gozarão com Cristo em glória, na ressurreição e no dia do juízo.<br /><strong><span style="color:#cc0000;">I Tess, 4:17; Mat. 25:33, e 10:32; I Cor. 6:2-3; Mat. 25:34, 46; Ef. 5:27; Sal 16:11; Heb. 12:22-23; I João 3:2; I Cor, 13:12; I Tess. 4:17-18. </span></strong></div><span style="color:#cc0000;"><div align="justify"><br /></span><strong>91. Qual é o dever que Deus requer do homem?</strong> </div><div align="justify"><br />O dever que Deus requer do homem é obediência à sua vontade revelada.<br /><strong><span style="color:#cc0000;">Deut. 29:29; Miq. 6:8; I Sam. 15:22. </span></strong></div><span style="color:#cc0000;"><div align="justify"><br /></span><strong>92. Que revelou Deus primeiramente ao homem como regra da sua obediência? </strong></div><strong><div align="justify"><br /></strong>A regra de obediência revelada a Adão no estado de inocência, e a todo o gênero humano nele, além do mandamento especial de não comer do fruto da árvore da ciência do bem e do mal, foi a lei moral.<br /><strong><span style="color:#cc0000;">Gen. 1:27; Rom. 10:5, e 2:14:15; Gen. 2:17 </span></strong></div><span style="color:#cc0000;"><div align="justify"><br /></span><strong>93. Que é a lei moral?</strong> </div><div align="justify"><br />A lei moral é a declaração da vontade de Deus, feita ao gênero humano, dirigindo e obrigando todas as pessoas à conformidade e obediência perfeita e perpétua a ela - nos apetites e disposições do homem inteiro, alma e corpo, e no cumprimento de todos aqueles deveres de santidade e retidão que se devem a Deus e ao homem, prometendo vida pela obediência e ameaçando com a morte a violação dela.<br /><strong><span style="color:#cc0000;">Deut. 5:1, 31, 33; Luc. 10:26-28; Gal 3:10; I Tess. 5:28; Luc. 1:75; At. 24,:16; Rom. 10:15.</span></strong> </div><div align="justify"><br /><strong>94. É a lei moral de alguma utilidade ao homem depois da queda? </strong></div><strong><div align="justify"><br /></strong>Embora nenhum homem, depois da queda, possa alcançar a retidão e a vida pela lei moral, todavia ela é de grande utilidade a todos os homens, tendo uma utilidade especial aos não regenerados e outra aos regenerados.<br /><strong><span style="color:#cc0000;">Rom. 8:3; Gal. 2:16; I Tim. 1:8. </span></strong></div><span style="color:#cc0000;"><div align="justify"><br /></span><strong>95. De que utilidade é a lei moral a todos os homens? </strong></div><strong><div align="justify"><br /></strong>A lei moral é de utilidade a todos os homens, para os instruir sobre a natureza e vontade de Deus e sobre os seus deveres para com Ele, obrigando-os, a andar conforme a essa vontade; para os convencer de que são incapazes de a guardar e do estado poluto e pecaminoso da sua natureza, corações e vidas; para os humilhar, fazendo-os sentir o seu pecado e miséria, e assim ajudando-os a ver melhor como precisam de Cristo e da perfeição da sua obediência.<br /><strong><span style="color:#cc0000;">Lev. 20:7-8; Rom. 7:12; Tiago 2:10; Miq. 6:8; Sal. 19:11-12; Rom. 3:9, 20, 23 e 7:7, 9, 13; Gal. 3:21-22; Rom. 10:4.</span></strong></div><div align="justify"><strong><span style="color:#cc0000;"><br /></span>96. De que utilidade especial é a lei moral, aos homens não regenerados? </strong></div><strong><div align="justify"><br /></strong>A lei moral é de utilidade aos homens não regenerados para despertar as suas consciências a fim de fugirem da ira vindoura e forçá-los a recorrer a Cristo; ou para deixá-los inescusáveis e sob a maldição do pecado, se continuarem nesse estado e caminho.<br /><strong><span style="color:#cc0000;">I Tim. 1:9-10; Gal. 3:10, 24; 1:20, </span></strong></div><span style="color:#cc0000;"><div align="justify"><br /></span><strong>97. De que utilidade especial é a lei moral aos regenerados?</strong> </div><div align="justify"><br />Embora os que são regenerados e crentes em Cristo sejam libertados da lei moral, como pacto de obras, de modo que nem. são justificado, nem condenados por ela; contudo, além da utilidade geral desta lei comum a eles e a todos os homens é ela de utilidade especial para lhes mostrar quanto devem a Cristo por cumpri-la e sofrer a maldição dela, em lugar e para bem deles, e assim provocá-los a uma gratidão maior e a manifestar esta gratidão por maior cuidado da sua parte em conformarem-se a esta lei, como regra de sua obediência.<br /><strong><span style="color:#cc0000;">Rom. 6:14 e 7:4, 6; Gal. 4:4-5; Rom. 3:20 e .8:1, 34 e 7:24-25; Gal. 3:13-14; Rom. 8:3-4; II Cor. 5:21; Col. 1:12-14; Rom. 7:22 e 12:2; Tito 2:11-14. </span></strong></div><span style="color:#cc0000;"><div align="justify"><br /></span><strong>98. Onde se acha a lei moral resumidamente compreendida? </strong></div><strong><div align="justify"><br /></strong>A lei moral acha-se resumidamente compreendida nos dez mandamentos, que foram dados pela voz de Deus no monte Sinal e por Ele escritos em duas tábuas de pedra, e estão registrados no capítulo vigésimo do Êxodo. Os quatro primeiros mandamentos contêm os nossos deveres para com Deus e os outros seis os nossos deveres para com o homem.<br /><strong><span style="color:#cc0000;">Deut. 10,4; Mat. 22:37-40.</span></strong> </div><div align="justify"><br /><strong><span style="color:#000000;">99. Que regras devem ser observadas para a boa compreensão dos dez mandamentos? </span></strong></div><strong><span style="color:#cc0000;"><div align="justify"><br /></span></strong>Para a boa compreensão dos dez mandamentos as seguintes regras devem ser observadas:<br />1a. Que a lei é perfeita e obriga a todos à plena conformidade do homem inteiro à retidão dela e à inteira obediência para sempre; de modo que requer a sua perfeição em todos os deveres e proíbe o mínimo grau de todo o pecado.<br /><strong><span style="color:#cc0000;">Sal. 19:7, Tiago 2:10; Mat. 5:21-22. </span></strong></div><strong><span style="color:#cc0000;"><div align="justify"><br /></span></strong>2a. Que a lei é espiritual, e assim se estende tanto ao entendimento, à vontade, aos afetos e a, todas as outras potências da alma - como às palavras, às obras e ao procedimento.<br /><strong><span style="color:#cc0000;">Rom. 7:14; Deut. 6:5; Mat. 22:37-39 e 12:36-37.</span></strong> </div><div align="justify"><br />3a. Que uma e a mesma coisa, em respeitos diversos, é exigida ou proibida em diversos mandamentos.<br /><strong><span style="color:#cc0000;">Col. 3:5; 1 Tim. 6:10; Prov. 1:19; Amós 8:5.</span></strong> </div><div align="justify"><br />4a. Que onde um dever é prescrito, o pecado contrário é proibido; e onde um pecado é proibido, o dever contrário é prescrito; assim como onde uma Promessa está anexa, a ameaça contrária está inclusa; e onde uma ameaça está anexa a promessa contrária está inclusa.<br /><strong><span style="color:#cc0000;">Is. 58:13; Mat. 15:4-6; Ef. 4:28; Exo. 20:12, Prov. 30:17; Jer. 18:7-8; Ex. 20:7. </span></strong></div><strong><span style="color:#cc0000;"><div align="justify"><br /></span></strong>5a. Que o que Deus proíbe não se há de fazer em tempo algum, e o que Ele manda é sempre um dever; mas nem todo o dever especial é para se cumprir em todos os tempos.<br /><strong><span style="color:#cc0000;">Rom. 3:8; Deut. 4:9; Miat. 12:7; Mar. 14:7. </span></strong></div><strong><span style="color:#cc0000;"><div align="justify"><br /></span></strong>6a. Que, sob um pecado ou um dever, todos os da mesma classe são proibidos ou mandados, juntamente com todas as coisas, meios, ocasiões e aparências deles e provocações a eles.<br /><strong><span style="color:#cc0000;">Heb. 10:24-25; I Tess. 5:22; Gal. 5:26; Col. 3:21; Judas 23. </span></strong></div><strong><span style="color:#cc0000;"><div align="justify"><br /></span></strong>7a. Que aquilo que nos é proibido ou mandado temos a obrigação, segundo o lugar que ocupamos, de procurar que seja evitado ou cumprido por outros segundo o dever das suas posições.<br /><strong><span style="color:#cc0000;">Ex. 20; Lev. 19:17; Gen. 18:19; Deut. 6:6:7; Jos. 24:15. </span></strong></div><strong><span style="color:#cc0000;"><div align="justify"><br /></span></strong>8a. Que, quanto ao que é mandado a outros, somos obrigados, segundo a nossa posição e vocação, a ajudá-los, e a cuidar em não participar com outros do que lhe é proibido.<br /><strong><span style="color:#cc0000;">II Cor 1:24; I Tim. 5:221; Ef 5:7. </span></strong></div><span style="color:#cc0000;"><div align="justify"><br /></span><strong>100. Que pontos devemos considerar nos dez mandamentos? </strong></div><strong><div align="justify"><br /></strong>Devemos considerar nos dez mandamentos - o prefácio, o conteúdo dos mesmos mandamentos e as divinas razões anexas a alguns deles para lhes dar maior força.</div><div align="justify"><br /><strong>101. Qual é o prefácio dos dez mandamentos?<br /></strong>O prefácio dos dez mandamentos é: "Eu sou o Senhor teu Deus, que te tirei da terra do Egito, da casa da servidão". Nestas palavras Deus manifesta a sua soberania como JEOVA (Senhor), o eterno, imutável e todo-poderoso Deus, existindo em si e por si, cumprindo todas as suas palavras e obras, manifestando que é um Deus em pacto, com todo o seu povo e com o Israel antigo; que assim como tirou a estes da servidão do Egito, assim nos libertou do cativeiro espiritual, e que, portanto, é nosso dever aceitar a Ele só por nosso Deus e guardar todos os seus mandamentos.<br /><strong><span style="color:#cc0000;">Ex. 20:2; Isa. 44:6; Exo. 3:14 e 6:13; At. 17:24, 28; Gen. 17:7; Rom. 3:29; Luc. 1:74-75 1 Pedro 1:15-18. </span></strong></div><span style="color:#cc0000;"><div align="justify"><br /></span><strong>102. Qual é o resumo dos quatro mandamentos que contêm o nosso dever para com Deus?<br /></strong>O resumo dos quatro mandamentos que contêm o nosso dever para com Deus é amar ao Senhor nosso Deus de todo o nosso coração, de toda a nossa alma, de todas as nossas forças e de todo o nosso entendimento.<br /><span style="color:#cc0000;"><strong>Luc. 10:27.</strong></span> </div><div align="justify"><br /><strong>103. Qual é o primeiro mandamento?</strong> </div><div align="justify"><br />O primeiro mandamento é: "Não terás outros deuses diante de mim."<br /><strong><span style="color:#cc0000;">Ex. 20:3. </span></strong></div><span style="color:#cc0000;"><div align="justify"><br /></span><strong>104. Quais são os deveres exigidos no primeiro mandamento? </strong></div><strong><div align="justify"><br /></strong>Os deveres exigidos no primeiro mandamento são - o conhecer e reconhecer Deus como único verdadeiro Deus e nosso Deus, e adorá-lo e glorificá-lo como tal; pensar e meditar nÊle, lembrar-nos dÊle, altamente apreciá-lo, honrá-lo, adorá-lo, escolhê-lo, amá-lo, desejá-lo e temê-lo; crêr nÊle, confiando, esperando, deleitando-nos e regozijando-nos nÊle; ter zêlo por Ele; invocá-lo, dando-Lhe todo louvor e agradecimentos, prestando-Lhe toda a obediência e submissão do homem todo; ter cuidado de o agradar em tudo, e tristeza quando Ele é ofendido em qualquer coisa; e andar humildemente com Ele.<br /><strong><span style="color:#cc0000;">I Cron. 28:9; Deut. 26:17; Isa. 43:10; Sal. 95:6-7; Mat. 4:10; Sal. 29:2; Mat. 3:16; Sal. 63:6; Ec. 12:1; Sal. 71:19; Mat. 1:6; Isa. 45:23; Jos. 24:22; Deut. 6:5; Sal. 73:25; Isa. 8:13; Exo. 14:31; Isa. 26:4; Sal. 130:7; e 37:4; e 12:11; Rom. 12:11; Fil. 4:6; Jer 7:23; Tiago 4:7; I João 3:22; Sal. 119:136; Jer. 31:18; Miq. 6:8. </span></strong></div><span style="color:#cc0000;"><div align="justify"><br /></span><strong>105. Quais são os pecados proibidos no primeiro mandamento?</strong> </div><div align="justify"><br />Os pecados proibidos no primeiro mandamento são - o ateísmo, negar ou não ter um Deus; a idolatria, ter ou adorar mais do que um Deus, ou qualquer outro juntamente com o verdadeiro Deus ou em lugar dÊle; o não tê-lo e não confessá-lo como Deus, e nosso Deus; a omissão ou negligência de qualquer coisa devida a Ele, exigida neste mandamento; a ignorância, o esquecimento, as más concepções, as falsas opiniões, os pensamentos indignos e ímpios quanto a Ele; o pesquisar audaz e curioso dos seus segredos; toda a impiedade, todo o ódio de Deus, egoísmo, espírito interesseiro e tôda a aplicação desordenada e imoderada do nosso entendimento, vontade ou afetos e outras coisas e o desvio destes de Deus, em tudo ou em parte; a vã credulidade, a incredulidade, a heresia, as crenças errôneas, a desconfiança, o desespêro; a resistência obstinada e a insensibilidade sob os juízos de Deus; a dureza de coração; a soberba; a presunção; a segurança carnal; o tentar a Deus; o uso de meios ilícitos, a confiança nos lícitos; os deleites e gozos carnais; um zêlo corrupto, cego e indiscreto; a tibieza e o amortecimento nas coisas de Deus; o alienar-nos e apostatar-nos de Deus; o orar ou prestar qualquer culto religioso a santos, anjos ou qualquer outra criatura; todos os pactos com o diabo; o consultar com ele e dar ouvidos às suas sugestões; o fazer dos homes senhores da nossa fé e consciência; o fazer pouco caso e desprezar a Deus e aos mandamentos; o resistir e entristecer o seu Espírito; o descontentamento e impaciência com as suas dispensações; acusá-lo estultamente dos males com que Ele nos aflige, e o atribuir o louvor de qualquer bem que somos, temos ou podemos fazer à fortuna, aos ídolos, a nós mesmos, ou a qualquer outra criatura.<br /><strong><span style="color:#cc0000;">Sal. 14:1; Ef. 2:12; Jer. 2:27-28; I Tess. 1:4; Sal. 81:11; Isa. 43:22-23; Jer. 4:22; Ose. 4:1-6; Jer. 2:32; At.17:23, 29; Isa. 40:18; Sal. 50:21; Deut. 29:29; Tito 1:16; Heb.12:16; Rom. 1:30; II Tim. 3:2; Fil. 2:21; I João 2:15-16; e 4:1; Heb. 3:12; Gal. 5:20; At. 26:9; Sal. 78:22; Gen. 4:13; Jer. 5:3; Isa. 43:25; Rom. 2:5; Jer. 13:15; Sal. 19:13; Sof. 1:12; Mat. 4:7; Rom. 3:8; Jer. 17:5; II Tim. 3:4; Gal. 4:17; Apoc. 3:1 e 3:16; Ez. 14:5; Isa. 1:4-5; Oze. 4:12; Apoc. 19:10; Col. 2:18; Rom. 1:25; lev. 20:6; At. 5:3; II Co. 1:24; Deut. 32:15; Prov. 13:13; At. 7:51; Ef. 4:30; Sal. 73:2-3; Job. 1:22; Luc. 12:19; Dan. 5:23; Deut. 8:17; Hab. 1:16. </span></strong></div><span style="color:#cc0000;"><div align="justify"><br /></span><strong>106. Que nos ensina especialmente pela palavras "além de mim" no primeiro mandamento? </strong></div><strong><div align="justify"><br /></strong>As palavras "além de mim" no primeiro mandamento ensinam-nos que Deus, que tudo vê, nota especialmente e se ofende muito, com o pecado de ter-se qualquer outro Deus, de maneira que elas sirvam de argumento para nos dissuadir desse pecado e de agravá-lo com uma provocação mui ousada; assim como para nos persuadir e fazer como diante dos olhos de deus tudo o que fizemos no seu serviço.<br /><strong><span style="color:#cc0000;">Sal. 44:20-21; I Cron. 28:29</span></strong> </div><div align="justify"><br /><strong>107. Qual é o segundo mandamento? </strong></div><strong><div align="justify"><br /></strong>O segundo mandamento é: "Não farás para tí imagem de escultura, nem figura alguma de tudo o que há em cima no céu, e do que há embaixo na terra; nem de coisas que haja debaixo da terra. Não as adorarás nem lhe dará culto, porque eu sou o Senhor teu Deus, o Deus forte e zeloso, que vinga a iniquidade dos pais nos filhos até a terceira e quarta geração daqueles que me aborrecem e que usa de misericórdia até mil gerações com a queles que me amam e que guardam os meus preceitos."<br /><span style="color:#cc0000;"><strong>Ex. 20:4-6</strong>. </span></div><span style="color:#cc0000;"><div align="justify"><br /></span><strong>108. Quais são os deveres exigidos no segundo mandamento? </strong></div><strong><div align="justify"><br /></strong>Os deveres exigidos no segundo mandamento são - o receber, observar e guardar, puros e inalterados, todo o culto e todas as ordenaças religiosas que Deus instituiu na sua Palavra, especialmente a oração e ações de graças em nome de Cristo; a leitura, a prédica, e o ouvir da Palavra; a administração e a recepção dos sacramentos; o governo e a disciplina da igreja; o ministério e a sua manutenção; o jejum religioso, o jurar em nome de Deus e o fazer os votos a Ele; bem como o desaprovar, detestar e opor-nos a todo o culto falso, e, segundo a posição e vocação de um, o remover tal culto e todos os símbolos de idolatria.<br /><strong><span style="color:#cc0000;">Deut. 32:43; Mat 28:20; I Tim. 6:13-14; Fil. 4:6; Ef. 5:20; Deut. 17:18-19; At. 15:21; II Tim. 4:2; At 10:33; Mat. 28:19 e 16:18 e 18:15-17; I Co 12:28; Ef. 4:11-12; Tim. 5-17-18; Joel 2:12; I Co 7:5; Deut. 6:13; Sal. 76:11; At. 17:16-17; Sal 16:4; Deut. 7:5; Isa. 30:22. </span></strong></div><span style="color:#cc0000;"><div align="justify"><br /></span><strong>109. Quais são os pecados proibidos no segundo mandamento? </strong></div><strong><div align="justify"><br /></strong>Os pecados proibinos no segundo mandamento são - o estabelecer, aconselhar, mandar, usar e aprovar de qualquer maneira qualquer culto religioso não instituído por Deus; o fazer qualquer imagem de Deus, de todas e qualquer das três pessoas, quer interiormente no espírito, quer exteriormente em qualquer forma de imagem ou semelhança de criatura alguma; toda a adoração dela, ou de Deus nela ou por meio dela; o fazer qualquer qualquer imagem de deuses imaginários e todo o culto ou serviço a eles pertecentes; todas as invensões superticiosas, corrompendo oculto de Deus, acrescentando ou tirando dele, quer sejam inventadas e adotadas por nós, quer recebidas por tradição de outros, embora sob o título de antiguidade, de costume, de devoção, de boa intenção, ou por qualquer outro pretexto; a simonia, o sacrilégio; toda a negligência, desprezo, impedimento e oposiçào ao culto e ordenanças que Deus instituiu.<br /><strong><span style="color:#cc0000;">Num. 15:39; Deut. 13:6-8; Oze. 5:11; Miq. 6:16; I Reis 11:33 e 12:23; Deut. 12:30-32 e 4:15-16; At. 17:29; Rom. 1:21-23,25; Gal. 4:8; Exo. 32:5,8; I Reis 18:26-28; At. 17:22; Col. 2 :21-23; Mal. 1:7-8,14; Deut. 4:2; Sal. 104:39; Mat. 15:9; I Ped. 1:8; Jer. 44:17; Isa. 55:3-5; Gal. 1:13-14; I Sam. 13:12 e 15:21; At. 8:18-19; Rom. 2:22; Mal. 3:8 e 1:7,13; Mat. 22:5 e 23:13; At. 13:45. </span></strong></div><span style="color:#cc0000;"><div align="justify"><br /></span><strong>110. Quais são as razões anexas ao segundo mandamento para lhe dar maior força?</strong><br />As razões anexas para o segundo mandamento, para lhe dar maior força, contidas nestas palavras: "Porque eu sou o Senhor teu Deus, o Deus forte e zelozo, que vinga a iniquidade dos pais nos filhos até a terceira e quarta geração daqueles que me aborrecem e que usa de misericórdia até mil gerações com a queles que me amam e que guardam os meus preceitos", são, além da soberania de Deus sobre nós e o seu direito de propriedade em nós, o seu zelo fervoroso pelo seu culto e indignação vingadora contra todo o culto falso, considerando-o uma apostasia religiosa, tendo por inimigos os violadores desse mandamento e ameaçando puni-los até diversas gerações e tendo por amigos os que guardam os seus mandamentos, prometendo-lhes a misericórdia até muitas gerações.<br /><strong><span style="color:#cc0000;">Ex. 20:5-6; Sal. 14:11; Apoc. 15:3-4; Exo. 34:13-14; I Co. 10-20-22; Oze 2:2-4; Deut. 5:29. </span></strong></div><strong><span style="color:#cc0000;"><div align="justify"><br /></span>111. Qual é o terceiro mandamento?</strong> </div><div align="justify"><br />O terceiro mandamento é: "Não tomarás o nome to Senhor teu Deus em vão, porque o Senhor não terá por inocente aquele que tomar em vão o nome do Senhor seu Deus".<br /><strong><span style="color:#cc0000;">Ex. 20:7</span></strong></div><div align="justify"><strong><span style="color:#cc0000;"></span></strong> </div><div align="justify"><strong><span style="color:#cc0000;"></span></strong></div><div align="justify"><strong><span style="color:#cc0000;"></span></strong></div><div align="justify"><span style="color:#cc0000;"></span></div><div align="justify"><strong><span style="color:#00cccc;">112. O que exige o terceiro mandamento?</span></strong></div><div align="justify"><strong></strong> </div><div align="justify"><strong></strong></div><div align="justify"><strong></strong></div><div align="justify"><strong></strong></div><div align="justify">O terceiro mandamento exige que o nome de Deus, os seus títulos, atributos, ordenanças, a Palavra, os sacramentos, a oração, os juramentos, os votos, as sortes, suas oras e tudo quanto pelo que Deus se faz conhecer, sejam santo e reverentemente usadas em nosso pensamento, meditações, palavras e escritos, por uma profissão santa e um comportamento convieniente, para a glória de Deus e para o nosso bem e o do próximo.</div><div align="justify"><strong><span style="color:#cc0000;">Mt 6.9; Dt 28.58; Sal 68.4; Ec 5.1; Lc 1.6; Sl 138.2; 1Co 11.28,29;1 Tm2.8; Jr 4.2; Ec 5.2,4; At 1.24,26; Jó 36.24; Ml 3.16; Sl 8.1,3,4; Sl 105.2,5; 102.18; 1Pe 3.15; 1Pe 2.12; Mq 4.5; Fp 1.27; 1Co 10.31; Jr 32.39.</span></strong></div><div align="justify"><strong><span style="color:#cc0000;"></span></strong> </div><div align="justify"><strong></strong></div><div align="justify"><strong><span style="color:#000000;"></span></strong></div><div align="justify"><strong><span style="color:#000000;"></span></strong></div><div align="justify"><strong><span style="color:#00cccc;">113. Quais são os pecados proibidos no terceito mandamento?</span></strong></div><div align="justify"><strong><span style="color:#00cccc;"></span></strong> </div><div align="justify"><strong></strong></div><div align="justify"><strong></strong></div><div align="justify"><strong></strong></div><div align="justify">Os pecados proibidos no terceito mandamentos são: o não usar o nome de Deus como é exigido e o abuso dele por uma ignorante, vã, irreverente, profana, supersticiosa ou ímpia menção, ou outro modo de usar os títulos, atributos, ordenanças, ou obras de Deus; a blasfêmia, o perjúrio, votos e sortes ímpias, a violação dos nossos juramentos e votos, quando lícitos, e o cumprimento deles, se por coisas ilícitas; a murmuração e as queixas contra os decretos e providência de Deus; a pesquisa curiosa e má aplicação dos mesmos, a má interpretação, a má aplicação ou qualquer perversão da Palavra, ou de qualquer parte dela; as zombarias profanos, questãos curiosas e sem proveito, vãs contendas de palavras ou a defesa de doutrinas falsas; o abuso da Palavra, das criaturas ou de qualquer coisa compreendida sob o nome de Deus, para encantamentos ou concupiscência e práticas pecaminosas; a maledicência, desprezo, vituperação, ou qualquer oposição à verdade, graça e caminhos de Deus; a profissão da religião por hipocrisia ou para fins sinistros; o ter vergonha da religião ou o ser uma vergonha para ela, por uma conduta inconveniente, imprudente, infrutífera e ofensiva, ou por apostasia.</div><div align="justify"><strong><span style="color:#cc0000;">Ml 2.2; At 17.23; Pv 30.9; Ml 1.6,7,12; Jr 7.4; 1Sm 4.3,5; Êx 5.2; Sl 139.20; Sl 50.16,17; 1Co 11.21-23; Is 5.12; 2Rs 19.22; Zc 5.4; Rm 12.14; Jr 5.7; 23.10; Mt 5.34; Dt 23.18; At 23.12,14; Et 9.24; Sl 24.4; Ez 17.16,18,19; ; Mc 6.26; Rm 9. 14,19,20; Dt 29.29; Rm 3.5,7,8; Ec 8.1; Mt 5.38; Ez 13.22; 2Pe 3.16; Mt 22.29; Jr 23.34,36-38; 1Tm 6.4,5,20; 2Tm 2.14; Tt 3.9; Dt 18.10,11; 2Tm 4.3,4; At 13.45; 1Jo 3.12; 2Pe 3.3; Sl 1.1; 1Pe 4.4; At 4.18; Mt 23.14; 2Tm 3.5; Mc 8.38; Sl 73.14,15; Ef 5.15-17; Is 5.4; Rm 2.23,24; Gl3.1,3.</span></strong></div><div align="justify"> </div><div align="justify"></div><div align="justify"><strong><span style="color:#cc0000;"></span></strong></div><div align="justify"></div><div align="justify"><strong><span style="color:#cc0000;"></span></strong></div><div align="center"><strong><span style="color:#33ccff;">As perguntas - 114 - 196, estarão disponíveis em breve.</span></strong></div>Josemar Bessahttp://www.blogger.com/profile/11243228073041915068noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-27420332.post-1148305784149061252006-05-05T00:57:00.000-03:002006-05-22T19:35:19.476-03:00Catecismo Maior de Wstminster - Parte 2<div align="justify"><strong>114. Quais são as razões anexas ao terceiro mandamento?</strong><br /><br />R: As razões anexas ao terceiro mandamento, contidas nestas palavras: “O Senhor teu Deus”, e, “porque o Senhor não terá por inocente aquele que tomar em vão o seu nome”, são porque ele é o Senhor e nosso Deus, portanto o seu Nome não deve ser profanado nem por forma alguma abusado por nós; especialmente porque ele estará tão longe de absolver e poupar os transgressores deste mandamento, que não os deixará escapar de seu justo juízo, embora muitos escapem das censuras e punições dos homens.<br /><em><span style="color:#cc0000;">Ref: Ex 20.7; Lv 19.12; Dt 28.58,59; I Sm 3.13;</span></em><br /><br /><strong>115. Qual é o quarto mandamento?</strong><br /><br />R: O quarto mandamento é: “Lembra-te de santificar o dia de sábado. Trabalharás seis dias e farás neles tudo o que tens para fazer. O sétimo dia, porém, é o sábado do Senhor teu Deus. Não farás nesse dia obra alguma, nem tu, nem o teu filho, nem a tua filha, nem o teu servo, nem a tua serva, nem o teu animal, nem o peregrino que vive das tuas portas para dentro. Porque o Senhor fez em seis dias o céu, a terá, o mar e tudo o que neles há, e descansou ao sétimo dia: por isso o Senhor abençoou o dia sétimo e o santificou.”<br /><span style="color:#cc0000;"><em>Ref.: Ex 20.8-11</em></span><br /><em><span style="color:#cc0000;"></span></em><br /><strong>116. Que se exige no quarto mandamento?</strong><br /><strong></strong><br />R: No quarto mandamento exige-se que todos os homens santifiquem ou guardem santos para Deus todos os tempos estabelecidos, que Deus designou em sua Palavra, expressamente um dia inteiro em cada sete; que era o sétimo desde o princípio do mundo até à ressurreição de Cristo, e o primeiro dia da semana desde então, e há de assim continuar até ao fim do mundo; o qual é o sábado cristão, e que no Novo Testamento se chama Dia do Senhor.<br /><em><span style="color:#cc0000;">Ref.: Is 56.2,4,6,7; Gn 2.3; I Co 16.2; Jo 20.19-27; Ap 1.10.</span></em><br /><em><span style="color:#cc0000;"></span></em><br /><strong>117. Como deve ser santificado o Sábado ou Dia do Senhor?</strong><br /><br />R: O Sábado, ou Dia do Senhor (=Domingo), deve ser santificado por meio de um santo descanso por todo aquele dia, não somente de tudo quanto é sempre pecaminoso, mas até de todas as ocupações e recreios seculares que são lícitos em outros dias; e em fazê-lo o nosso deleite, passando todo o tempo (exceto aquela parte que se deve empregar em obras de necessidade e misericórdia) nos exercícios públicos e particulares do culto de Deus. Para este fim havemos de preparar os nossos corações, e, com toda previsão, diligência e moderação, dispor e convenientemente arranjar os nossos negócios seculares, para que sejamos mais livres e mais prontos para os deveres desse dia.<br /><span style="color:#cc0000;">Ref.: Ex 20.8,10; Ex 16.25,26; Jr 17.21,22; Mt 12.1-14; Lv 23.3; Lc 4.16; Lc 23.54-56;</span><br /><span style="color:#cc0000;"></span><br /><strong>118. Por que é o mandamento de guardar o sábado (=Dia do Senhor ou Domingo) mais especialmente dirigido aos chefes de família e a outros superiores?</strong><br /><strong><br /></strong>R: O mandamento de guardar o sábado (=Dia do Senhor ou Domingo) é o mais especialmente dirigido aos chefes de família e a outros superiores, porque estes são obrigados não somente a guarda-lo por si mesmos, mas também fazer que seja ele observado por todos os que estão sob o seu cuidado; e porque são, às vezes, propensos e embaraça-los por meio de seus próprios trabalhos.<br /><em><span style="color:#cc0000;">Ref.: Ex 23.12</span></em><br /></strong><em><span style="color:#cc0000;"><br /></span></em><strong>119. Quais são os pecados proibidos no quarto mandamento?</strong><br /></span></em><br />R: Os pecados proibidos no quarto mandamento são: Toda omissão dos deveres exigidos, toda realização descuidosa, negligente e sem proveito, e o ficar cansado deles, toda profanação desse dia por ociosidade e por fazer aquilo que é em si pecaminoso, e por todas as obras, palavras e pensamentos desnecessários acerca de nossas ocupações e recreios seculares.<br /><em><span style="color:#cc0000;">Ref.: Ex 22.26; Ez 33.31,32; Ml 1.13; Am 8.5; Ez 23.38; Jr 17.27; Is 58.13,14.</span></em><br /><em><span style="color:#cc0000;"></span></em><br /><strong>120. Quais são as razões anexas ao quarto mandamento, para lhe dar maior força?</strong><br /><strong><br /></strong>R: As razões anexas ao quarto mandamento, para lhe dar maior força são tiradas da equidade dele, concedendo-nos Deus seis dias de cada sete para os nossos afazeres, e reservando apenas um para si, nestas palavras: “Seis dias trabalharás e farás tudo o que tens para fazer”, de Deus exigir uma propriedade especial nesse dia: “O sétimo dia é o sábado do Senhor teu Deus”, do exemplo de Deus, que “em seis dias fez o céu e a terra, o mar e tudo o que neles há, e descansou no dia sétimo”; e da bênção que Deus conferiu a esse dia, não somente santificando-o para ser um dia santo para o seu serviço, mas também determinando-o para ser um meio de bênção para nós em santifica-lo: “portanto o Senhor abençoou o dia de sábado e o santificou.”<br /><span style="color:#cc0000;"><em>Ref.: Ex 20.9,10; Ex 20.11;</em></span><br /></strong><span style="color:#cc0000;"><em><br /></em></span><strong>121. Por que a expressão “lembra-te” se acha colocada no princípio do quarto mandamento?</strong><br /></em></span><strong><br /></strong>R: A expressão “lembra-te” se acha colocada no princípio do quarto mandamento, em parte devido ao grande benefício que há em nos lembrarmos dele, sendo nós assim ajudados em nossa preparação para guarda-lo; e porque, em o guardar, somos ajudados a guardar melhor todos os mais mandamentos, e a manter uma grata recordação dos dois grandes benefícios da criação e da redenção, que contém em si a breve súmula da religião; e em parte porque somos propensos a esquecer-nos desde mandamento, visto haver menos luz da natureza para ele, e restringir nossa liberdade natural quanto a coisas permitidas em outros dias; porque esse aparece somente uma vez em cada sete, e muitos negócios seculares intervém e muitas vezes nos impedem de pensar nele, seja para nos prepararmos para ele, seja para o santificarmos; e porque Satanás, com os seus instrumentos, se esforça para apagar a glória e até a memória desde dia, para introduzir a irreligião e a impiedade.<br /><em><span style="color:#cc0000;">Ref.: Ex 20.8; Ex 16.23; Ez 20.12,20; Gn 2.2,3; Sl 118.22,24; Nm 15.37,38.40;Ex 34.21; Lm 1.7; Ne 13.15-23, Jr 17.21-23;</span></em><br /></strong><em><span style="color:#cc0000;"><br /></span></em><strong>122. Qual é o resumo dos seis mandamentos que encerram o nosso dever para com o homem?</strong><br /></span></em><strong><br /></strong>R: O resumo dos seis mandamentos que encerram o nosso dever para com o homem, é amar o nosso próximo como a nós mesmos, e a fazer aos outros aquilo que desejamos que eles nos façam.<br /><em><span style="color:#cc0000;">Ref.: Mt 22.39; Mt 7.12.</span></em><br /></strong><em><span style="color:#cc0000;"></span></em><br /><strong>123. Qual é o quinto mandamento?</strong><br /><br />R: O quinto mandamento é: “Honrarás a teu pai e a tua mãe, para teres uma longa vida sobre a terra que o Senhor teu Deus te há de dar.”<br /><em><span style="color:#cc0000;">Ref.: Ex 20.12</span></em><br /><em><span style="color:#cc0000;"></span></em><br /><strong>124. Que significam as palavras “pai” e “mãe”, no quinto mandamento?</strong><br /><br />R: As palavras “pai” e “mãe”, no quinto mandamento, abrangem não somente os próprios pais, mas também todos os superiores em idade e dons, especialmente todos aqueles que, pela sua ordenação de Deus, estão colocados sobre nós em autoridade, quer na Família, quer na Igreja, quer no Estado.<br /><em><span style="color:#cc0000;">Ref.: Pv 23.,25; Gn 4.20,21; II Rs 5.13; Gl 4.19; Is 49.23.</span></em><br /><em><span style="color:#cc0000;"><br /></span></em><strong>125. Por que são os superiores chamados “pai” e “mãe”?</strong><br /></span></em><br />R: Os superiores são chamados “pai” e “mãe” para lhes ensinar que, em todos os deveres para com os seus inferiores, devem eles, como verdadeiros pais, mostrar amor e ternura para com aqueles, conforme as suas diversas relações, e para levar os inferiores a cumprirem os seus deveres para com os seus superiores, pronta e alegremente, como se estes fossem seus pais.<br /><em><span style="color:#cc0000;">Ref.: Ef 6.4; I Co 4.14-16;</span></em><br /><br /><strong>126. Qual é o alcance geral do quinto mandamento?</strong><br /><br />R: O alcance geral do quinto mandamento é o cumprimento dos deveres que mutuamente temos uns para com os outros em nossas diversas relações como inferiores, superiores ou iguais.<br /><em><span style="color:#cc0000;">Ref.: Ef 5.21; I Pe 2.17; Rm 12.10.</span></em><br /><em><span style="color:#cc0000;"><br /></span></em><strong>127. Qual é a honra que os inferiores devem aos superiores?</strong><br /></span></em><br />R: A honra que os inferiores devem aos superiores é toda a devida reverência sincera, sem palavras e em procedimento, a oração e ações de graças por eles; a imitação de suas virtudes e graças; a pronta obediência aos seus mandamentos e conselhos legítimos; a devida submissão às suas correções; a fidelidade, a defesa, a manutenção de suas pessoas e autoridade, conforme os seus diversos graus e a natureza de suas posições; suportando as suas fraquezas e encobrindo-as com amor, para que sejam uma honra para eles e para o seu governo.<br /><em><span style="color:#cc0000;">Ref.: Ml 1.6; Pv 31.38,29; Lv 19.32; I Tm 2.1,2; Hb 13.7; Ef 6.1,2; I Pe 2.13,14; Hb 12.9; I Pe 2.18-20; Tt 2.9,10; I Sm 26.15,16; Mt 22.21; Rm 13.6,7; I Tm 5.17,18; Gn 9.23; Sl 127.3-5; Pv 31.23.</span></em><br /><em><span style="color:#cc0000;"><br /></span></em><strong>128. Quais são os pecados inferiores contra os seus superiores?</strong><br /></span></em><strong></strong><br />R: Os pecados dos inferiores contra os seus superiores são: toda negligência dos deveres exigidos para com eles; a inveja, o desprezo e a rebelião contra suas pessoas e posições, em seus conselhos, mandamentos e correções legítimos; a maldição, a zombaria e todo comportamento rebelde e escandaloso, que vem a ser uma vergonha e desonra para eles e para o seu governo.<br /><em><span style="color:#cc0000;">Ref.: Mt 15.5,6; Sl 106.16; I Sm 8.7; Ex 21.15; I Sm 10.27; I Sl 2.25; Dt 21.18,20,21; Pv 30.11,17; Pv 19.26.</span></em><br /><em><span style="color:#cc0000;"><br /></span></em><strong>129. Que se exige dos superiores para com os seus inferiores?</strong><br /></span></em><strong></strong><br />R: Exige-se dos superiores, conforme o poder que recebem de Deus e a relação em que se acham colocados, que amem os seus inferiores, que orem por eles e os abençoem; que os instruam, aconselhem e admoestem, aprovando, animando e recompensando os que fazem o bem, e reprovando, repreendendo e castigando os que fazem o mal; protegendo-os e provendo-lhes tudo o que é necessário para a alma e o corpo; e que, por um procedimento sério, prudente, santo e exemplar glorifiquem a Deus, honrem-se a si mesmos, e assim preservem a autoridade com que Deus os revestiu.<br /><em><span style="color:#cc0000;">Ref.: Cl 3.19; Tt 2.4; I sm 12.23; Jô 1.5; I Rs 8.55,56; Dt 6.6,7; Ef 6.4;I Pe 3.7; Rm 13.3; Rm 13.4; Pv 29.15; I Tm 5.8; I tm 4.12; I Rs 3.28; tt 2.15.</span></em><br /><em><span style="color:#cc0000;"><br /></span></em><strong>130. Quais são os pecados superiores?</strong><br /></span></em><strong></strong><br />R: Os pecados dos superiores, além da negligência dos deveres que lhe são exigidos, são a ambição incontrolável, a busca desordenada da própria glória, repouso, proveito ou prazer; a exigência de coisas ilícitas ou fora do alcance de os inferiores poderem realizar; aconselhando, encorajando ou favorecendo-os naquilo que é mau; dissuadindo, desanimando ou reprovando-os naquilo que é bom; corrigindo-os indevidamente; expondo-os descuidadosamente ao dano, à tentação e ao perigo; provocando-os à ira, ou de alguma forma desonrando-se a si mesmos, ou diminuindo a sua autoridade por um comportamento injusto, indiscreto, rigoroso ou negligente.<br /><em><span style="color:#cc0000;">Ref.: Ex 34,2,4; Fp 2.21; Jo 5.4; Is 56.10,11; At 4.18; Mt 23.2,4; Mt 14.8; Jr 5.30,31; Jr 6.13,14; Jo 7.46-48; I Pe 2.19,20; Lv 19.29; Ef 6.4; I Rs 12.13,14.</span></em><br /><em><span style="color:#cc0000;"><br /></span></em><strong>131. Quais são os deveres dos iguais?</strong><br /></span></em><strong><br /></strong>R: Os deveres dos iguais são o considerar a dignidade e o merecimento uns dos outros, tendo cada um aos outros por superiores; e o alegar-se com os dons e a promoção uns dos outros como sendo de si mesmos.<br /><em><span style="color:#cc0000;">Ref.: I Pe 2.17; Rm 12.10; Rm 12.15,16.</span></em><br /></strong><em><span style="color:#cc0000;"><br /></span></em><strong>132. Quais são os pecados dos iguais?</strong><br /></span></em><strong></strong><br />R: Os pecados dos iguais, além da negligência dos deveres exigidos, são a depreciação do merecimento, a inveja dos dons, a tristeza causada pela promoção ou prosperidade dos outros, e a usurpação da preeminência que uns têm sobre outros.<br /><em><span style="color:#cc0000;">Ref.: Rm 13.8; Pv 13.21; At 7.9; Nm 12.2; I Jo 3.12; Mt 20.15; Lc 15.28,29; Mt 20.25-27; Lc 22.24-26.</span></em><br /><em><span style="color:#cc0000;"><br /></span></em><strong>133. Qual é a razão anexa ao quinto mandamento para lhe dar maior força?<br /></strong>R: A razão anexa ao quinto mandamento, para lhe dar maior força, contida nestas palavras: “para que se prolonguem os teus dias na terra que o Senhor teu Deus te dá”, é uma promessa de longa vida e prosperidade, tanto quanto sirva para a glória de Deus e para o bem de todos quantos guardem este mandamento.<br /><em><span style="color:#cc0000;">Ref.: Ex 20.12; Ef 6.2,3; Dt 5.16; I Rs 8.25.</span></em><br /></span></em><br /><strong>134. Qual é o sexto mandamento?</strong><br /><br />R: O sexto mandamento é: “não matarás.”<br /><em><span style="color:#cc0000;">Ref.: Ex 20.13</span></em><br /><em><span style="color:#cc0000;"></span></em><br /><strong>135. Quais são os deveres exigidos no sexto mandamento?</strong><br /><strong></strong><br />R: Os deveres exigidos no sexto mandamento são todo empenho cuidadoso e todos os esforços legítimos para a preservação de nossa vida e a de outros, resistindo a todos os pensamentos e propósitos, subjugando todas as paixões e evitando todas as ocasiões, tentações e práticas que tendem a tirar injustamente a vida de alguém por meio de justa defesa dela contra a violência; por paciência em suportar a mão de Deus; sossego mental, alegria de espírito e uso sóbrio da comida, bebida, remédios, sono, trabalho e recreios; por pensamentos caridosos, amor, compaixão, mansidão, benignidade, bondade, comportamento e palavras pacíficos, brandos e corteses, a longanimidade e prontidão para se reconciliar, suportando pacientemente e perdoando as injúrias, dando bem por mal, confortando e socorrendo os aflitos, e protegendo e defendendo o inocente.<br /><em><span style="color:#cc0000;">Ref.: Ef 5.29; Sl 82.4; Mt 5.22; Jr 26.15,16; Ef 4.26; Pv 22.24,25; I Sm 25.32,33, Pv 1.10,11,15; I Rs 21.9,10,19; Gn 37.21,22; I Sm 24.12; I Sm26.9-11; Pv 24.11,12; I Sm 14.45; Lc 21.19; Hb 12.5; Sl 37.8,11; Pv 17.22; Pv 23.20; Pv 23.29,30; Mt 9.12; Sl 127.2; II Ts 3.10,12; Mc 6.31; I Tm 4.8; I Co 13.4,5, I Sm 19.4,5; Rm 13.10; Zc 7.9; Cl 3.12; Rm 12.18; I Pe 2.20; Rm 12.20,21; Mt 5.24; I Ts 5.14; Mt 25.35,36; Pv 31.8,9; Is 58.7.</span></em><br /><em><span style="color:#cc0000;"><br /></span></em><strong>136. Quais são os pecados proibidos no sexto mandamento?</strong><br /></span></em><strong><br /></strong>R: Os pecados proibidos no sexto mandamento são: o tirar a nossa vida ou a de outrem, exceto no caso de justiça pública, guerra legítima, ou defesa necessária; a negligência ou retirada dos meios lícitos ou necessários para a preservação da vida; a ira pecaminosa, o ódio, a inveja, o desejo de vingança; todas as paixões excessivas e cuidados demasiados; o uso imoderado de comida, bebida, trabalho e recreios; as palavras provocadoras, a opressão, a contenda, os espancamentos, os ferimentos e tudo o que tende à destruição da vida de alguém.<br /><em><span style="color:#cc0000;">Ref.: At 16.28; Gn 9.6; Nm 35.31,33; Hb 11.32-34; Ex 22.2; Mt 25.42,43; Mt 5.22; I Jo 3.15; Pv 14.30; Rm 12.19; Tg 4.1; Mt 6.31,34; Lc 21.34; Ex 20.9.10; I Pe 4.3,4; pv 15.1; Pv 12.18; Is 3.15; Nm 35.16; Pv 28.17.</span></em><br /></strong><em><span style="color:#cc0000;"><br /></span></em><strong>137. Qual é o sétimo mandamento?</strong><br /></span></em><strong></strong><br />R: O Sétimo mandamento é: “Não adulterarás.”<br /><em><span style="color:#cc0000;">Ref.: Ex 20.14</span></em><br /><em><span style="color:#cc0000;"></span></em><br /><strong>138. Quais são os deveres exigidos no sétimo mandamento?</strong><br /><strong></strong><br />R: Os deveres exigidos no sétimo mandamento são: castidade no corpo, mente, afeições, palavras e comportamento; e a preservação dela em nós mesmos e nos outros; a vigilância sobre os olhos e todos os sentidos, a temperança, a conservação da sociedade de pessoas castas, a modéstia no vestuário, o casamento daqueles que não têm o dom da continência, o amor conjugal e a coabitação, o trabalho diligente em nossas vocações, o evitar todas as ocasiões de impurezas e resistir às suas tentações.<br /><span style="color:#cc0000;"><em>Ref.: I Ts 4.4,5; Ef 4.29; Cl 4.6; i Pe 3.2, I Co 7.2; Mt 5.28; Pv 23.31,33; Jr 5.7; Pv 2.16,20; I Co 5.9; I Tm 2.9; I Co 7.9; Pv 5.18,19; I Pe 3.7; I Co 7.5; I Tm 5.13,14; Pv 31.27; Pv 5.8.</em></span><br /><span style="color:#cc0000;"><em><br /></em></span><strong>139. Quais são os pecados proibidos no sétimo mandamento?</strong><br /><br />R: Os pecados proibidos no sétimo mandamento, além da negligência dos deveres exigidos, são: adultério, fornicação, rapto, incesto, sodomia e todas as concupiscências desnaturais, todas as imaginações, pensamentos, propósitos e afetos impuros; todas as comunicações corruptas ou torpes, ou o ouvir as mesmas; os olhares lascivos, o comportamento imprudente ou leviano; o vestuário imoderado, a proibição de casamentos lícitos e a permissão de casamentos ilícitos; o permitir, tolerar ou ter bordéis e a frequentação deles, os votos embaraçadores de celibato; a demora indevida de casamento; o ter mais que uma mulher ou mais que um marido ao mesmo tempo; o divórcio ou o abandono injusto; a ociosidade, a glutonaria, a bebedice, a sociedade impura; cânticos, livros, gravuras, danças, espetáculos lascivos e todas as demais provocações à impureza, ou atos de impureza, quer em nós mesmos, quer nos outros.<br /><em><span style="color:#cc0000;">Ref.: Pv 5.7; Pv 4.23,27; Hb 13.4; Gl 5.19; II Sm 13.14; Mc 6.18; I Co 5.1,13; Rm 1.26,27; Lv 20.15,16; Mt 15.19; Ef 5.3,4; Pv 7.5,21; Is 3.16; II Pe 2.14; Pv 7.10,13,14; I Tm 4.3; II Rs 23.7; Lv 19.29; Jr 5.7; Mt 19.10-12; I Tm 5.14,15; Mt 19.5; Mt 5.32; I Co 7.12,13; Ez 16.49; Ef 5.11; Rm 13.13; Rm 13.14.</span></em><br /><em><span style="color:#cc0000;"><br /></span></em><strong>140. Qual é o oitavo mandamento?</strong><br /></span></em><strong><br /></strong>R: O Oitavo mandamento é: “Não furtarás.”<br /><em><span style="color:#cc0000;">Ref.: Ex 20.15.</span></em><br /></strong><em><span style="color:#cc0000;"></span></em><br /><strong>141. Quais são os deveres exigidos no oitavo mandamento?</strong><br /><strong></strong><br />R: Os deveres exigidos no oitavo mandamento são: a verdade, a fidelidade e a justiça nos contratos e no comércio entre os homens, dando a cada um o que lhe é devido; a restituição de bens ilicitamente tirados de seus legítimos donos; a doação e a concessão de empréstimos, livremente, conforme as nossas forças e as necessidades de outrem; a moderação de nossos juízos, vontades e afetos, em relação às riquezas deste mundo; o cuidado e empenho providentes em adquirir, guardar, usar e distribuir aquelas coisas que são necessárias e convenientes para o sustento de nossa natureza, e que condizem com a nossa condição; o meio lícito de vida e a diligência no mesmo; a frugalidade; o impedimento de demandas forenses desnecessárias e fianças, ou outros compromissos semelhantes; e o esforço por todos os modos justos e lícitos para adquirir, preservar e adiantar a riqueza e o estado exterior, tanto de outros como o nosso próprio.<br /><em><span style="color:#cc0000;">Ref.: Sl 15.2,4; Rm 13.7; Lv 6.4,5; Dt 15.7,8,10; I Tm 6.8,9; I Tm 5.8; Pv 27.23,24; I Tm 6.17,18; Ef 4.28; Rm 12.5-8; Pv 10.4; Rm 12.11; Pv 12.27; Pv 21.20; I Co 6.7; Pv 11.15; Lv 25.25.</span></em><br /><em><span style="color:#cc0000;"><br /></span></em><strong>142. Quais são os pecados proibidos no oitavo mandamento?</strong><br /></span></em><br />R: Os pecados proibidos no oitavo mandamento, além da negligência dos deveres exigidos, são: o furto, o roubo, o tráfico de seres humanos e a recepção de qualquer coisa furtada; as transações fraudulentas e os pesos e medidas falsos; a remoção de marcos de propriedade, a injustiça e a infidelidade em contratos entre os homens ou em questões de confiabilidade; a opressão, a extorsão, a usura, o suborno, as vexatórias demandas forenses, o cerco injusto de propriedades e a desapropriação, a acumulação de gêneros para encarecer o preço; os meios ilícitos de vida, e todos os outros modos injustos e pecaminosos de tirar ou de reter de nosso próximo aquilo que lhe pertence, ou de nos enriquecer a nós mesmos; a cobiça, a estima e o amor desordenado aos bens mundanos, a desconfiança, a preocupação excessiva e o empenho em obtê-los, guarda-los e usar deles; a inveja diante da prosperidade de outrem; assim como a ociosidade, a prodigalidade, o jogo dissipador e todos os outros modos pelos quais indevidamente prejudicamos o nosso próprio estado exterior, e o ato de defraudar a nós mesmos do devido uso e conforto da posição em que Deus nos colocou.<br /><span style="color:#cc0000;"><em>Ref.: Pv 23.21; Ef 4.28; Sl 62.10; I Tm 1.10; Pv 29.24; I Ts 4.6; Pv 11.1; Dt 19.14; Am 8.5; Lc 16.11,12; Ez 22.29; Lv 25.17; Mt 23.25; Is 33.15; Pv 3.30; Is 5.8; Pv 11.26; At 19.19; Tg 5.4; Lc 12.15; I Jo 2.15,16; Mt 6.25,34; Sl 73.3; II Ts 3.11; Pv 21.17; Dt 12.7;.</em></span><br /><span style="color:#cc0000;"><em><br /></em></span><strong>143. Qual é o nono mandamento?</strong><br /></em></span><br />R: O nono mandamento é: “Não dirás falso testemunho contra o teu próximo.”<br />Ref<em><span style="color:#cc0000;">.: Ex 20.16</span></em><br /><em><span style="color:#cc0000;"><br /></span></em><strong>144. Quais são os deveres exigidos no nono mandamento?</strong><br /></span></em><strong><br /></strong>R: Os deveres exigidos no nono mandamento são: conservar e promover a verdade entre os homens e a boa reputação de nosso próximo, assim como a nossa; evidenciar e manter a verdade, e de coração, sincera, livre, clara e plenamente falar a verdade, somente a verdade, em questões de julgamento e justiça e em todas as mais coisas, quaisquer que sejam; considerar caridosamente os nossos semelhantes; amar, desejar e ter regozijo pela sua boa reputação; entristecer-nos pelas suas fraquezas e encobri-las, e mostrar franco reconhecimento dos seus dons e graças; defender sua inocência; receber prontamente boas informações a seu respeito e rejeitar as que são maldizentes, lisonjeadoras e caluniadoras; prezar e cuidar de nossa boa reputação e defende-la quando for necessário; cumprir as promessas lícitas; empenhar e praticar tudo o que é verdadeiro, honesto, amável e de boa fama.<br /><em><span style="color:#cc0000;">Ref.: Ef 4.25; III Jo 12; Pv 31.9; Sl 15.2; Jr 9.3; Jr 42.4; At 20.27; Lv 19.15; Cl 3.9; Hb 6.9; III Jo 4; II Co 12.21; Pv 17.9; I Co 1.4,5; Sl 82.3; I Co 13.4-7; Sl 15.3; Pv 25.23; Pv 26.24,25; Sl 101.5; II Co 11.18,23; Sl 15.4; Fp 4.8.</span></em><br /></strong><em><span style="color:#cc0000;"><br /></span></em><strong>145. Quais são os pecados proibidos no nono mandamento?</strong><br /></span></em><strong><br /></strong>R: Os pecados proibidos no nono mandamento são: tudo quando prejudica a verdade e a boa reputação de nosso próximo, bem assim a nossa, especialmente em julgamento público, o testemunho falso, subornar testemunhas falsas; aparecer e pleitear cientemente a favor de uma causa má; resistir e calcar à força a verdade, dar sentença injusta, chamar o mau, bom e o bom, mau; recompensar os maus segundo a obra dos justos e os justos segundo a obra dos maus; falsificar firmas, suprir a verdade e silenciar indevidamente em uma causa justa; manter-nos tranqüilos quando a iniqüidade reclama a repreensão de nossa parte, ou denunciar outrem, falar a verdade inoportunamente, ou com malícia, para um fim errôneo; pervertê-la em sentido falso, ou proferi-la duvidosa e equivocadamente, para prejuízo da verdade ou da justiça; falar inverdades; mentir, caluniar, maldizer, depreciar, tagarelar, cochichar, escarnecer, vilipendiar, censurar temerária e asperamente ou com parcialidade, interpretar de maneira má as intenções, palavras e atos de outrem, adular e vangloriar, elogiar ou depreciar demasiadamente a nós mesmos ou a outros, em pensamentos ou palavras; negar os dons e as graças de Deus; agravar as faltas menores; encobrir, desculpar e atenuar os pecados quando chamados a uma confissão franca; descobrir desnecessariamente as fraquezas de outrem e levantar boatos falsos; receber e acreditar em rumores maus e tapar os ouvidos a uma defesa justa; suspeitar mau; invejar ou sentir tristeza pelo crédito merecido de alguém; esforçar-se ou desejar o prejuízo de laguem; regozijar-se na desgraça ou na infâmia de alguém; a inveja ou tristeza pelo crédito merecidos de outros; prejudicar; o desprezo escarnecedor; a admiração excessiva de outrem; a quebra de promessas legítimas; a negligência daquelas coisas que são de boa fama; praticar ou não evitar aquelas coisas que trazem má fama, ou não impedir, em outras pessoas, tais coisas, até onde pudermos.<br /><em><span style="color:#cc0000;">Ref.: Lc 3.14; Lv 19.15; Pv 19.5; At 6.13; Jr 9.3; Pv 17.15; Is 5.23; I Rs 21.8; Lv 5.1; Lv 19.17; Is 59.4; Pv 29.11; I Sm 22.9,10; Sl 56.5; Gn 3.5; Is 59.13; Cl 3.9; Sl 50.20; Sl 15.3; Tg 4.11; Lv 19.16; Rm 1.29; Is 28.22; I Co 6.10; Mt 7.1; Tg 2.13; Jo 7.24; Rm 3.8; Sl 12.2,3; II Tm 3.2; Lc 18.11; Is 29.20,21; Gn 3.12,13; Pv 25.9; Ex 23.1; Jr 20.10; At 7.57; I Co 13.4,5; Mt 21.15; Dn 6.3,4; Jr 48.27; Mt 27,28; I Co 3.21; Rm 1.31; II Sm 12.14; Fp 3.18,19. </span></em></div><p><em><span style="color:#cc0000;"></span></em></p><p><strong>146. Qual é o décimo mandamento? </strong></p><strong><p><br /></strong>R: O décimo mandamento é: “Não cobiçarás a casa do teu próximo, não desejarás a sua mulher, nem o seu servo, nem a sua serva, nem o seu boi, nem o seu jumento, nem coisa alguma que lhe pertença.”<br /><em><span style="color:#cc0000;">Ref.: Ex 20.17</span></em> </p><p><br /><strong>147. Quais são os deveres exigidos no décimo mandamento? </strong></p><strong><p><br /></strong>R: Os deveres exigidos no décimo mandamento são: um pleno contentamento com a nossa condição e uma disposição caridosa da alma para com o nosso próximo, de modo que todos os nossos desejos e afetos relativos a ele se inclinem para todo o seu bem e promovam o mesmo.<br /><em><span style="color:#cc0000;">Ref.: Hb 13.5; Rm 12.15; Fp 2.4, I tm 1.5. </span></em></p><em><span style="color:#cc0000;"><p><br /></span></em><strong>148. Quais são os pecados proibidos no décimo mandamento?</strong> </p><p><br />R: Os pecados proibidos no décimo mandamento são: o descontentamento com o nosso estado; a inveja e a tristeza pelo bem de nosso próximo, juntamente com todos os desejos e afetos desordenados para com qualquer coisa que lhe pertença.<br /><em><span style="color:#cc0000;">Ref.: I Co 10.10; Gl 5.26; Sl 112.9,10; Rm 7.7; Dt 5.21; Cl 3.5; Rm 13.9. </span></em></p><em><span style="color:#cc0000;"><p><br /></span></em><strong>149. Será alguém capaz de guardar perfeitamente os mandamentos de Deus?</strong> </p><p><br />R: Nenhum homem, por si mesmo, ou por qualquer graça que receba nesta vida, é capaz de guardar perfeitamente os mandamentos de Deus; mas diariamente os viola por pensamentos, palavras e obras.<br /><em><span style="color:#cc0000;">Ref.: Tg 3.2; I Rs 8.46; Sl 17.15; I Jo 1.8; I Jo 2.6; Gn 8.21; Tg 1.14; Sl 19.12; Tg 3.2,8.</span></em> </p><p><br /><strong>150. São todas as transgressões da lei de Deus igualmente odiosas em si mesmas à vista de Deus? </strong></p><strong><p align="justify"><br /></strong>R: Todas as transgressões da lei de Deus não são igualmente odiosas; mas alguns pecados em si mesmos, e em razão de diversas circunstâncias agravantes, são mais odiosos à vista de Deus do que outros.<br /><em><span style="color:#cc0000;">Ref.: Hb 2.2,3; Ed 9.14; Sl 78.17,32,56.</span></em> </p><p align="justify"><br /><strong>151. Quais são as circunstâncias agravantes que tornam alguns pecados mais odiosos do que outros? </strong></p><p align="justify"><br /><strong>R: Alguns pecados se tornam mais agravantes: </strong></p><strong><p align="justify"><br />1º »</strong> Em razão dos ofensores, se forem pessoas de idade mais madura, de maior experiência ou graça; se forem eminentes pela vida cristã, dons, posição, ofícios, se forem guias para outros e pessoas cujo exemplo será, provavelmente, seguido por outros.<br /><em><span style="color:#cc0000;">Ref.: Jr 2.8; I Rs 11.9; II Sm 12.14; I Co 5.1; Tg 12.47; Jo 3.10; II Sm 12.7-9; Ez 8.11,12; Rm 2.21,22,24; Gl 2.14.<br /></span></em><strong>2º »</strong> Em razão das pessoas ofendidas, se as ofensas forem diretamente contra Deus, seus atributos e culto, contra Cristo e sua graça; contra o Espírito Santo, seu testemunho e operações; contra superiores, pessoas eminentes e aqueles a quem estamos especialmente relacionados e a quem devemos favores; contra os santos, especialmente contra os irmãos fracos; contra as suas almas ou as de quaisquer outros, e contra o bem geral de todos ou de muitos.<br /><em><span style="color:#cc0000;">Ref.: I Jo 5.10; Mt 21.38,39; I Sm 2.25; Rm 2.4; Mt 1.14; I Co 10.21,22; Jo 3.18,36; Hb 6.4-6; Hb 10.29; Mt 12.31,32; Ef 4.30; Nm 12.8; Pv 30.17; Zc 2.8; I Co 8.11,12; I Ts 2.15,16; Mt 23.34-38.<br /></span></em><strong>3º »</strong> Pela sua natureza e qualidade de ofensa, se for contra a letra expressa da lei, se violar muitos mandamentos, se contiver em si muitos pecados; se for concebida não só no coração, mas manifestar-se em palavras e ações, escandalizar a outrem e não admitir reparo algum; se for contra os meios, misericórdias, juízos, luz da natureza, convicção da consciência, admoestação pública ou particular, censuras da igreja, punições civis; se for contra as nossas orações, propósitos, promessas, votos, pactos, obrigações a Deus ou aos homens; se for feita deliberada, voluntária, presunçosa, imprudente, jactanciosa, maliciosa, freqüente, e obstinadamente, com displicência, persistência, reincidência, depois do arrependimento.<br /><em><span style="color:#cc0000;">Ref.: Ez 20.12,13; Cl 3.5; Mq 2.1,2; Rm 2.23,24; Pv 6.32-35; Mt 11.21-24; Dt 32.6; Jr 5.13; Rm 1.20,21; Pv 29.1; Rm 13.1-5; Sl 78.34,36,37; Jr 42.20-22; Sl 36.4; Nm 15.30; Ez 35.5,6; Nm 14.22,23; Zc 7.11,12; Pv 2.14; Jr 9.3,5; II Pe 2.20,21; Hb 6.4,6.<br /></span></em><strong>4º)</strong> Pelas circunstâncias de tempo e de lugar, se for no dia do Senhor ou em outros tempos de culto divino, imediatamente antes, depois destes ou de outros auxílios para prevenção ou remédio contra tais quedas; se em público ou em presença de outros que são capazes de ser provocados ou contaminados por essas transgressões.<br /><em><span style="color:#cc0000;">Ref.: Is 22.12-14; Jr 7.10,11; Ez 23.38; Is 58.3,4; I Co 11.20,21; Pv 7.14,15; Ne 9.13-16; Is 3.9; I Sm 2.22-24. </span></em></p><em><span style="color:#cc0000;"><p align="justify"><br /></span></em><strong>152. O que cada pecado merece da parte de Deus? </strong></p><strong><p align="justify"><br /></strong>R: Todo pecado, até o menor, sendo contra a soberania, bondade, santidade de Deus, e contra a sua justa lei, merece a sua ira e maldição, nesta vida e na vindoura, e não pode ser expiado, senão pelo sangue de Cristo.<br /><em><span style="color:#cc0000;">Ref.: Tg 2.10,11; Ml 1.14; Dt 32.6; Hc 1.13; I Pe 1.15,16; Lv 11.45; I Jo 3.4; Gl 3.10; Ef 5.6; Pv 13.21; Mt 25.41; Rm 6.21,23; Hb 9.22; I Jo 1.7; I Pe 1.18,19. </span></em></p><em><span style="color:#cc0000;"><p align="justify"><br /></span></em><strong>153. Que exige Deus de nós para que possamos escapar à sua ira e maldição, em que incorremos pela transgressão da lei?</strong> </p><p align="justify"><br />R: Para escaparmos à ira e maldição de Deus, em que incorremos pela transgressão da lei, ele exige de nós o arrependimento para com Deus, a fé em nosso Senhor Jesus Cristo e o uso diligente de todos os meios exteriores pelos quais Cristo nos comunica os benefícios de sua mediação.<br /><em><span style="color:#cc0000;">Ref.: At 20.21; Mc 1.15; Jo 3.18<br /></span>Vejam-se os textos citados sob a questão 154. </em></p><em><p align="justify"><br /></em><strong>154. Quais são os meios exteriores pelos quais Cristo nos comunica os benefícios de sua mediação? </strong></p><strong><p align="justify"><br /></strong>R: Os meios exteriores e ordinários, pelos quais Cristo comunica à sua Igreja os benefícios de sua mediação, são todas as suas ordenanças, especialmente a Palavra, os Sacramentos e a Oração; todas essas ordenanças se tornam eficazes aos eleitos em sua salvação.<br /><em><span style="color:#cc0000;">Ref.: Mt 28.19-20; At 2.42,46; I Tm 4.16; I Co 1.21; Ef 5.19,20; Ef 6.17,18. </span></em></p><em><span style="color:#cc0000;"><p align="justify"><br /></span></em><strong>155. Como a palavra se torna eficaz para a salvação? </strong></p><strong><p align="justify"><br /></strong>R: O Espírito de Deus torna a leitura, e especialmente a pregação da palavra, um meio eficaz para iluminar, convencer e humilhar os pecadores; para lhes tirar toda confiança em si mesmos e os atrair a Cristo, para os conformar à sua imagem e os sujeitar à sua vontade; para os fortalecer contra as tentações e corrupções; para os edificar na graça e estabelecer os seus corações em santidade e conforto, mediante a fé para a salvação.<br /><em><span style="color:#cc0000;">Ref.: Jr 23.28,29; Hb 4.12; At 17.11,12; At 26.18; At 2.37,41; II Co 3.18; II Co 10.4,5; Rm 6.17; Sl 19.11; Cl 1.28; Ef 6.16,17; Mt 4.7,10; Ef 4.11,12; II Tm 3.15-17; Rm 16.25; I Ts 3.2,13; Rm 10.14-17. </span></em></p><em><span style="color:#cc0000;"><p align="justify"><br /></span></em><strong>156. A palavra de Deus deve sr lida por todos?</strong> </p><p align="justify"><br />R: Embora não seja permitido a todos lerem a Palavra publicamente à congregação, contudo os homens de todas as condições têm obrigação de lê-la em particular para si mesmos e com as suas famílias, e para este fim as Santas Escrituras devem ser traduzidas das línguas originais para as línguas vulgares.<br /><em><span style="color:#cc0000;">Ref.: Dt 17.18,19; Is 34.16; Dt 6.6,7; Sl 78.5,6; I Co 14.18,19. </span></em></p><em><span style="color:#cc0000;"><p align="justify"><br /></span></em><strong>157. Como a Palavra de Deus deve ser lida?</strong> </p><p align="justify"><br />R: As Santas Escrituras devem ser lidas com um alto e reverente respeito; com firme persuasão de serem elas a própria Palavra de Deus e de que somente ele pode habilitar-nos e entende-las; com desejo de conhecer, crer e obedecer à vontade de Deus nelas revelada; com diligência e atenção ao seu conteúdo e propósito; com meditação, aplicação, abnegação e oração.<br /><em><span style="color:#cc0000;">Ref.: Ls 119.97; I Ts 2.13; II Pe 1.16-21; Sl 119.18; Lc 24.44-48; Tg 1.21.22; I Pe2.2; At 17.11; At 8.30,34; Mt 13.23; Sl 1.2; At 2.38,39; II Cr 34.21; Gl 1.15,16; Sl 119.18. </span></em></p><em><span style="color:#cc0000;"><p align="justify"><br /></span></em><strong>158. Por quem a Palavra de Deus deve ser pregada?</strong> </p><p align="justify"><br />R: A Palavra de Deus deve ser pregada somente por aqueles que têm dons suficientes, e são devidamente aprovados e chamados para o ministério.<br /><em><span style="color:#cc0000;">Ref.: I Tm 3.2,6; II Tm 2.2; Ml 2.7; Rm 10.15; I Co 12.28,29; I Tm 4.14. </span></em></p><em><span style="color:#cc0000;"><p align="justify"><br /></span></em><strong>159. Como a Palavra de Deus deve ser pregada por aqueles que para isto são chamados? </strong></p><strong><p align="justify"><br /></strong>R: Aqueles que são chamados a trabalhar no ministério da palavra devem pregar a sã doutrina, diligentemente, em tempo e fora de tempo, claramente, não em palavras persuasivas de humana sabedoria, mas em demonstração do Espírito de Deus; sabiamente, adaptando-se às necessidades e às capacidades dos ouvintes; zelosamente, com amor fervoroso para com Deus e para com as almas de seu povo; sinceramente, tendo por alvo a glória de Deus e procurando converter, edificar e salvar as almas.<br /><em><span style="color:#cc0000;">Tt 2.1,7,8; At 18.25; II Tm 4.2; I Co 14.9; I Co 2.4; Jr 23.28; I Co 4.1,2; At 20.27; Cl 1.28; II Tm 2.15; I Co 3.2; Hb 5.12-14; At 18.25; II Tm 4.5; II Co 5.13,14; II Co 3.12; II Co 4.2; Jo 7.18; I Co 9.19-22; II Co 12.19; I Tm 4.16; At 26.16-18. </span></em></p><em><span style="color:#cc0000;"><p align="justify"><br /></span></em><strong>160. Que se exige dos que ouvem a Palavra pregada? </strong></p><strong><p align="justify"><br /></strong>R: Exige-se dos que ouvem a Palavra pregada que atendam a ela com diligência, preparação e oração; que comparem com as Escrituras aquilo que ouvem; que recebam a verdade com fé, amor, mansidão e prontidão de espírito, com a palavra de Deus; que meditem nela e conversem a seu respeito uns com os outros; que a escondam nos seus corações e produzam os devidos frutos em suas vidas.<br /><em><span style="color:#cc0000;">Ref.: Lc 8.18; I Pe 2.1,2; Sl 119.18; At 17.11; Hb 4.12; II Ts 2.10; Tg 1.21; At 17.11; I Ts 2.13; Hb 2.1; Dt 6.6-7; Sl 119.11; Lc 8.15. </span></em></p><em><span style="color:#cc0000;"><p align="justify"><br /></span></em><strong>161. Como os sacramentos se tornam meios eficazes da salvação? </strong></p><strong><p align="justify"><br /></strong>R: Os sacramentos tornam-se meios eficazes da salvação, não porque tenham qualquer poder em si, nem qualquer virtude derivada da piedade ou da intenção de quem os administra, mas unicamente pela operação do Espírito Santo e pela bênção de Cristo que os instituiu.<br /><span style="color:#cc0000;"><em>Ref.: I Pe 3.21; At 8.13,23; I Co 3.7; I Co 6.11. </em></span></p><span style="color:#cc0000;"><em><p align="justify"><br /></em></span><strong>162. O que é um sacramento?</strong> </p><p align="justify"><br />R: Um sacramento é uma santa ordenança instituída por Cristo em sua Igreja, para significar, selar e conferir àqueles que estão em pacto da graça os benefícios da mediação de Cristo, para os fortalecer e lhes aumentar a fé em todas as mais graças, e os obrigar à obediência, para testemunhar e nutrir o seu amor e comunhão uns para com os outros, e para distingui-los dos que estão fora.<br /><em><span style="color:#cc0000;">Ref.: Mt 28.20; Rm 4.11; I Co 11.24,25; Rm 9.8; At 2.38; I Co 11.24-26; Rm 6.4; I Co 12.13; I Co 10.21. </span></em></p><em><span style="color:#cc0000;"><p align="justify"><br /></span></em><strong>163. Quais são as partes de um sacramento?</strong> </p><p align="justify"><br />As partes de um sacramento são duas: uma, um sinal exterior e sensível usado segundo a própria instituição de Cristo, a outra, uma graça inferior e espiritual significada pelo sinal.<br /><em><span style="color:#cc0000;">Ref.: Veja-se Confissão de Fé, Cap. XXVII e as passagens ali citadas. </span></em></p><em><span style="color:#cc0000;"><p align="justify"><br /></span></em><strong>164. Quantos sacramentos instituiu Cristo sob o Novo Testamento?</strong> </p><p align="justify"><br />R: Sob o Novo Testamento, Cristo instituiu em sua Igreja somente dois sacramentos: o Batismo e a Ceia do Senhor.<br /><em><span style="color:#cc0000;">Ref.: Mt 28.19; I Co 11.23-26¸Mt 26.26,27. </span></em></p><em><span style="color:#cc0000;"><p align="justify"><br /></span></em><strong>165. O que é Batismo?</strong> </p><p align="justify"><br />R: Batismo é um sacramento do Novo Testamento no qual Cristo ordenou a lavagem com água em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, para ser um sinal e selo de nos unir a si mesmo, da remissão de pecados pelo seu sangue e da regeneração pelo seu Espírito; da adoção e ressurreição para a vida eterna; e por ele os batizando são solenemente admitidos à Igreja visível e entram em um comprometimento público, professando pertencer inteira e unicamente ao Senhor.<br /><em><span style="color:#cc0000;">Ref.: Mt 28.19; Gl 3.27; Rm 6.3; At 22.16; Mc 1.4; Jo 3.5; Gl 3.26-27; I Co 15.29; At 2.41; Rm 6.4. </span></em></p><em><span style="color:#cc0000;"><p align="justify"><br /></span></em><strong>166. A quem deve ser ministrado o Batismo?</strong> </p><p align="justify"><br />O Batismo não deve ser ministrado aos que estão fora da Igreja visível, e assim estranhos aos pactos da promessa, enquanto não professarem a sua fé em Cristo e obediência a Ele; porém as crianças, cujos pais, ou um só deles, professarem fé em Cristo e obediência a ele, estão, quanto a isto, dentro do pacto e devem ser batizadas.<br /><em><span style="color:#cc0000;">Ref.: At 2.41; At 2.38,39; I Co 7.14; Lc 18.16; Rm 11.16; Gn 17.7-9; Cl 2.11,12; Gl 3.17,18,29. </span></em></p><em><span style="color:#cc0000;"><p align="justify"><br /></span></em><strong>167. Como devemos tirar proveito de nosso Batismo?</strong> </p><p align="justify"><br />R: O dever necessário, mas muito negligenciado, de tirar proveito de nosso Batismo deve ser cumprido por nós durante toda a nossa vida, especialmente no tempo de tentação, quando assistimos à administração desse sacramento a outros, por meio de séria e grata consideração da sua natureza e dos fins para os quais Cristo o instituiu, dos privilégios e benefícios conferidos e selados por ele e do voto solene que nele fizemos por meio de humilhação devida à nossa corrupção pecaminosa, às nossas falhas, e ao andarmos contrários à graça do Batismo e aos nossos votos; por crescermos até à certeza do perdão de pecados e de todas as mais bênçãos a nós seladas por esse sacramento; por fortalecer-nos pela morte e ressurreição de Cristo, em cujo nome fomos batizados para mortificação do pecado e a vivificação da graça e por esforçar-nos a viver pela fé, a ter a nossa conversação em santidade e retidão como convém àqueles que deram os seus nomes a Cristo, e a andar em amor fraternal, como batizados pelo mesmo Espírito em um só corpo.<br /><em><span style="color:#cc0000;">Ref.: Sl 22.10,11; Rm 6.3-5; Rm 6.2,3; I Co 1.11-13; I Pe 3.21; Rm 4.11,12; Rm 6.2-4; Gl 3.26,27; Rm 6.22; I Co 12.13,25,26. </span></em></p><em><span style="color:#cc0000;"><p align="justify"><br /></span></em><strong>168. O que é a Ceia do Senhor?</strong> </p><p align="justify"><br />R: A Ceia do Senhor é um sacramento do Novo Testamento no qual, dando-se e recebendo-se pão e vinho, conforme a instituição de Jesus Cristo, é anunciada a sua morte; e os que dignamente participam dele, alimentam-se do corpo e do sangue de Cristo para sua nutrição espiritual e crescimento na graça; têm a sua união e comunhão com ele confirmadas; testemunham e renovam a sua gratidão e consagração a Deus e o seu mútuo amor uns para com os outros, como membros do mesmo corpo místico.<br /><em><span style="color:#cc0000;">Ref.: I Co 11.26; Mt 26.26,27; I Co 11.23-27; I Co 10.16-21. </span></em></p><em><span style="color:#cc0000;"><p align="justify"><br /></span></em><strong>169. Como ordenou Cristo que o pão e o vinho fossem dados e recebidos no sacramento da Ceia do Senhor? </strong></p><strong><p align="justify"><br /></strong>R: Cristo ordenou que os ministros da Palavra, na administração deste sacramento da Ceia do Senhor, separassem o pão e o vinho do uso comum pela palavra da instituição, ações de graça e oração; que tomassem e partissem o pão e dessem, tanto este como o vinho, aos comungantes, os quais, pela mesma instituição, devem tomar e comer o pão e beber o vinho, em grata recordação de que o corpo de Cristo foi partido e dado, e o seu sangue derramado em favor deles.<br /><em><span style="color:#cc0000;">Ref.: Mc 14.22-24. </span></em></p><em><span style="color:#cc0000;"><p align="justify"><br /></span></em><strong>170. Como se alimentam do corpo e do sangue de Cristo os que dignamente participam da Ceia do Senhor? </strong></p><strong><p align="justify"><br /></strong>R: Desde que o corpo e o sangue de Cristo não estão nem corporal, nem carnalmente, presentes no, com ou sob o pão e o vinho na Ceia do Senhor, mas, sim, espiritualmente à fé do comungante, não menos verdadeira e realmente do que estão os mesmos elementos aos seus sentidos exteriores, assim os que dignamente participam do sacramento da Ceia do Senhor se alimentam do corpo e do sangue de Cristo, não de uma maneira corporal e carnal, mas espiritual, contudo verdadeira e realmente, visto que pela fé recebem e aplicam a si mesmos o Cristo crucificado e todos os benefícios de sua morte.<br />As especificações enumeradas nas respostas às questões 170 a 175 são deduzidas da natureza da Ceia do Senhor como estabelecida no N.T. Os textos são dados para mostrar que estas especificações estão de acordo com o tema geral das Escrituras.<br /><em><span style="color:#cc0000;">Ref.: At 3.21; Gl 3.1; Hb 11.1; Jo 6.51,53; I Co 10.16. </span></em></p><em><span style="color:#cc0000;"><p align="justify"><br /></span></em><strong>171. Os que recebem o sacramento da Ceia do Senhor, como devem preparar-se para o receber? </strong></p><strong><p align="justify"><br /></strong>R: Os que recebem o sacramento da Ceia do Senhor devem preparar-se para o receber, examinando-se a si mesmos, se estão em Cristo, a respeito de seus pecados e necessidades, da verdade e medida de seu conhecimento, fé, arrependimento e amor para com Deus e para com os irmãos; da caridade para com todos os homens, perdoando aos que lhes têm feito mal; de seus desejos de ter Cristo e de sua nova obediência, renovando o exercício destas graças pela meditação séria e pela oração fervorosa.<br /><em><span style="color:#cc0000;">Ref.: I Co 11.28; II Co 13.5; I Co 5.7; Ex 12.15; Co 11.29; II Co 13.5; I Co 10.17; I Co 5.8; I Co 11.18,20; Mt 5.23,24; Jo 7.37; Is 55.1; I Co 5.8; Hb 10.21,22,24; I Co 11.24; II Co 30.18,19. </span></em></p><em><span style="color:#cc0000;"><p align="justify"><br /></span></em><strong>172. Uma pessoa que duvida de que esteja em Cristo, ou de que esteja convenientemente preparada, pode chegar-se à Ceia do Senhor? </strong></p><strong><p align="justify"><br /></strong>R: Uma pessoa que duvida de que esteja em Cristo, ou de que esteja convenientemente preparada para participar do sacramento da Ceia do Senhor, pode ter um verdadeiro interesse em Cristo, embora não tenha ainda a certeza disto; mas aos olhos de Deus o tem, se está devidamente tocada pelo receio da falta desse interesse, e sem fingimento deseja ser achada em Cristo e apartar-se da iniqüidade. Neste caso, desde que as promessas são feitas, e este sacramento é ordenado para o alívio dos cristãos fracos e que estão em dúvida, deve lamentar a sua incredulidade e esforçar-se para ter as suas dúvidas dissipadas, e, assim fazendo, pode e deve chegar-se à Ceia do Senhor para ficar mais fortalecida.<br /><em><span style="color:#cc0000;">Ref.: Is 54.7,8.10; Is 50.10; Mt 5.3,4; Sl 31.22; Sl 42.11; II Tm 2.19; Rm 7.24,25; Mt 26.28; Mt 11.28; Is 40.11,29,31; Mc 9.24; At 16.30; I Co 11.28. </span></em></p><em><span style="color:#cc0000;"><p align="justify"><br /></span></em><strong>173. Alguém que professa a fé, e deseja participar da Ceia do Senhor, pode ser excluído dela?</strong> </p><p align="justify"><br />R: Os que forem achados ignorantes ou escandalosos, não obstante a sua profissão de fé e o desejo de participar da Ceia do Senhor, podem e devem ser excluídos desse sacramento, pelo poder que Cristo legou à sua Igreja, até que recebam instrução e manifestem mudança.<br /><em><span style="color:#cc0000;">Ref.: I Co 11.29; I Co 5.11; Mt 7.6; I Co 5.3-5; II Co 2.5-8.</span></em> </p><p align="justify"><br /><strong>174. Que se exige dos que recebem o sacramento da Ceia do Senhor, na ocasião de sua celebração? </strong></p><strong><p align="justify"><br /></strong>R: Exige-se dos que recebem o sacramento da Ceia do Senhor que, durante a sua celebração, esperem em Deus, nessa ordenança, com toda a santa reverência e atenção; que diligentemente observem os elementos e os atos sacramentais; que atentamente discriminem o corpo do Senhor, e, cheios de amor, meditem na sua morte e sofrimentos, e assim se despertem para um vigoroso exercício das suas graças, julgando-se a si mesmos e entristecendo-se pelo pecado, tendo fome e sede ardentes de Cristo, alimentando-se nele pela fé, recebendo da sua plenitude, confiando nos seus méritos, regozijando-se no seu amor, sendo gratos pela sua graça e renovando o pacto que fizeram com Deus e o amor a todos os santos.<br /><em><span style="color:#cc0000;">Ref.: I Co 11.29; Lc 22.19; I Co 11.31; Zc 12.10¸Sl 63.1; Gl 2.20; Jo 6.35; Jo 1.16; Fp 3.9; I Pe 1.8; II Cr 30.21; Sl 22.26; I Co 10.17. </span></em></p><em><span style="color:#cc0000;"><p align="justify"><br /></span></em><strong>175. Qual é o dever dos crentes depois de receberem o sacramento da Ceia do Senhor? </strong></p><strong><p align="justify"><br /></strong>R: o dever dos crentes, depois de receberem o sacramento da Ceia do Senhor, é o de seriamente considerar como se portaram nele, e com que proveito; se foram vivificados e confortados; devem bendizer a Deus por isto, pedir a continuação do mesmo, vigiar contra a reincidência, cumprir sus votos e animar-se a atender sempre a esta ordenança; se não acharem, porém, nenhum benefício, deverão refletir novamente, e com mais cuidado, na sua preparação para este sacramento e no comportamento que tiverem na ocasião, podendo, em uma e outra coisa, aprovar-se diante de Deus e de suas próprias consciências, esperando com o tempo o fruto de sua participação; se perceberem, porém, que nessas coisas foram remissos, deverão humilhar-se, e para o futuro participar desta ordenança com mais cuidado e diligência.<br /><span style="color:#cc0000;"><em>Ref.: I Co 11.17,30.31; II Co 2.14; At 2.42,46,47; I Co 10.12; I Co 11.25,26; Sl 27.4; Sl 77.6; Sl 77.6; Sl 123.1,2; Os 14.2; II Co 7.11; I Cr 15.12-14. </em></span></p><span style="color:#cc0000;"><p align="justify"><br /></span><strong><span style="color:#cc0000;"><span style="color:#ffffff;">178. O que é oração?</span> </span></strong></p><strong><span style="color:#cc0000;"><p align="justify"><br /></span></strong>R: Oração é um oferecimento de nossos desejos a Deus, em nome de Cristo e com o auxílio de seu Espírito, e com a confissão de nossos pecados e um grato reconhecimento de suas misericórdias.<br /><em><span style="color:#cc0000;">Ref.: Sl 62.8; Jo 16.23,24; Rm 8.26; Dn 9.4; Fp 4.6.</span></em> </p><p align="justify"><br /><strong>179. Devemos orar somente a Deus?</strong> </p><p align="justify"><br />R: Sendo Deus o único que pode esquadrinhar o coração, ouvir os pedidos, perdoar os pecados e cumprir os desejos de todos, o único em quem se deve crer e a quem se deve prestar culto religioso, a oração, que é uma parte especial do culto, deve ser oferecida por todos a ele só, e a nenhum outro.<br /><em><span style="color:#cc0000;">Ref.: I Rs 8.39; Sl 65.2; Mq 7.18; Sl 145.16,19; II Sm 22.32; Mt 4.10; I Co 1.2; Lc 4.8; Is 42.8; Jr 3.23. </span></em></p><em><span style="color:#cc0000;"><p align="justify"><br /></span></em><strong>180. O que é orar em nome de Cristo? </strong></p><strong><p align="justify"><br /></strong>R: Orar em nome de Cristo é, em obediência ao seu mandamento e em confiança nas suas promessas, pedir a misericórdia por amor deles, não por mera menção de seu nome; porém derivando o nosso ânimo para orar, a nossa coragem, força e esperança de sermos aceitos em oração, de Cristo e sua mediação.<br /><em><span style="color:#cc0000;">Ref.: Jo 14.13,14; Lc 6.46; Hb 4.14-16; I Jo 5.13-15.</span></em> </p><p align="justify"><br /><strong>181. Por que devemos orar em nome de Cristo? </strong></p><strong><p align="justify"><br /></strong>R: O homem, em razão de seu pecado, ficou tão afastado de Deus que a ele não se pode chegar sem ter um mediador; e não havendo ninguém, no céu ou na terra, constituído e preparado para esta gloriosa obra, senão Cristo unicamente, o nome dele é o único por meio do qual devemos orar.<br /><em><span style="color:#cc0000;">Ref.: I Jo 14.6; I Tm 2.5; Jo 6.27; Cl 3.17; Hb 13.15. </span></em></p><em><span style="color:#cc0000;"><p align="justify"><br /></span></em><strong>182. Como o Espírito nos ajuda a orar?</strong> </p><p align="justify"><br />R: Não sabendo nós o que havemos de pedir, como convém, o Espírito nos assiste em nossa fraqueza, habilitando-nos a saber por quem, pelo quê, e como devemos orar; operando e despertando em nossos corações (embora não em todas as pessoas, nem em todos os tempos, na mesma medida) aquelas apreensões, afetos e graças que são necessários para o bom cumprimento desse dever.<br /><em><span style="color:#cc0000;">Ref.: Rm 8.26; Sl 80.18; Sl 10.17; Zc 12.10. </span></em></p><em><span style="color:#cc0000;"><p align="justify"><br /></span></em><strong>183. Por quem devemos orar?</strong> </p><p align="justify"><br />R: Devemos orar por toda a Igreja de Cristo na terra, pelos magistrados e outras autoridades, por nós mesmos, pelos nossos irmãos e até mesmo pelos nossos inimigos, e pelos homens de todas as classes, pelos vivos e pelos que ainda hão de nascer; porém, não devemos orar pelos mortos, nem por aqueles que se sabe terem cometido o pecado para a morte.<br /><em><span style="color:#cc0000;">Ref.: Ef 6.18; I Tm 2.1,2; II Ts 3.1; Gn 32.11; Tg 5.16; Mt 5.44; I Tm 2.1; Jo 17.20; I Jo 5.16</span></em>. </p><p align="justify"><br /><strong>184. Pelo quê devemos orar? </strong></p><strong><p align="justify"><br /></strong>R: Devemos orar por tudo quanto realça a glória de Deus e o bem-estar da Igreja, o nosso próprio bem ou o de outrem, nada, porém, que seja ilícito.<br /><em><span style="color:#cc0000;">Ref.: Mt 6.9; Sl 51.18; Mt 7.11; Sl 125; I Ts 5.23; I Jo 5.14; Tg 4.3. </span></em></p><em><span style="color:#cc0000;"><p align="justify"><br /></span></em><strong><span style="color:#cc0000;"><span style="color:#ffffff;">185. Como devemos orar?</span> </span></strong></p><strong><span style="color:#cc0000;"><p align="justify"><br /></span></strong>R: Devemos orar com solene apreensão da majestade de Deus e profunda convicção de nossa própria indignidade, necessidades e pecados; com corações penitentes, gratos e francos; com entendimento, fé, sinceridade, fervor, amor e perseverança, esperando nele com humilde submissão à sua vontade.<br /><em><span style="color:#cc0000;">Ref.: Sl 33.8; Gn 18.27; Sl 86.1; Sl 130.3; Sl 51.17; Zc 12.10-11; Fp 4.6; Sl 81.10; I Co 14.15; Hb 10.22; Sl 145.18; Sl 17.1; Jo 4.24; Tg 5.16; I Tm 2.8; Ef 6.18; Mq 7.7; Mt 26.39. </span></em></p><em><span style="color:#cc0000;"><p align="justify"><br /></span></em><strong>186. que regra Deus nos deu para nos dirigir na prática da oração?</strong> </p><p align="justify"><br />R: Toda a Palavra de Deus é útil para nos dirigir na prática da oração; mas a regra especial é aquela forma de oração que nosso Salvador Jesus Cristo ensinou aos seus discípulos, geralmente chamada “Oração do Senhor”.<br /><span style="color:#cc0000;"><em>Ref.: Ii Tm 3.16,17; Mt 6.9-13; Lc 11.2-4. </em></span></p><span style="color:#cc0000;"><em><p align="justify"><br /></em></span><strong>187. Como a oração do Senhor deve ser usada?</strong> </p><p align="justify"><br />R: A oração do Senhor não é somente para direcionamento, como modelo segundo o qual devemos orar; mas também pode ser usada como uma oração, contanto que seja feita com entendimento, fé, reverência e outras graças necessárias para o correto cumprimento do dever da oração.<br /><em><span style="color:#cc0000;">Ref.: Mt 6.9; Lc 11.2. </span></em></p><em><span style="color:#cc0000;"><p align="justify"><br /></span></em><strong>188. De quantas partes consiste a Oração do Senhor? </strong></p><strong><p align="justify"><br /></strong>R: A oração do Senhor consiste de três partes: prefácio, petições e conclusão. </p><p align="justify"><br /><strong>189. O que nos ensina o prefácio da Oração do Senhor? </strong></p><strong><p align="justify"><br /></strong>R: O prefácio da Oração do Senhor, que é: “Pai nosso que estás nos céus”, nos ensina, quando orarmos, a nos aproximarmos de Deus com confiança na sua bondade paternal e no nosso interesse nele; com reverência e todas as outras disposições de filhos, afetos celestes e a devida apreensão do seu soberano poder, majestade e graciosa condescedência; bem assim o orar com outros e por eles.<br /><em><span style="color:#cc0000;">Ref.: Mt 6.9; Lc 11.13; Rm 8.15;Sl 95.6,7; Is 64.9; Sl 123.1; Sl 104.1; Sl 113.4-6; At 12.5; Zc 8.21. </span></em></p><em><span style="color:#cc0000;"><p align="justify"><br /></span></em><strong>190. O que pedimos na primeira petição? </strong></p><strong><p align="justify"><br /></strong>R: Na primeira petição, que é: “Santificado seja o teu nome” – reconhecendo a inteira incapacidade e indisposição que há em nós e em todos os homens, de honrar a Deus, como é devido --, pedimos que ele, pela sua graça, nos habilite e nos incline, a nós e aos demais, a conhece-lo, confessa-lo e altamente estimar, a ele e a seus títulos, atributos, ordenanças, palavras, obras e tudo aquilo por meio do qual ele se dá a conhecer; a glorifica-lo em pensamentos, palavras e obras, que ele impeça e remova o ateísmo, a ignorância, a idolatria, a profanação e tudo quando o desonre; que pela sua soberana providência dirija e disponha tudo para a sua própria glória.<br /><em><span style="color:#cc0000;">Ref: Mt 6.9; II Co 3.5; Sl 51.15; Sl 67.2,3; Sl 145.6-8; II Ts 3.1; II Co 2.14; Sl 19.14; Fp 1.11; Sl 67.1-4; Ef 1.17,18; Sl 97.7; Sl 74.18,22; Jr 14.21; Is 64.1,2. </span></em></p><em><span style="color:#cc0000;"><p align="justify"><br /></span></em><strong>191. O que pedimos na segunda petição?</strong> </p><p align="justify"><br />R: Na segunda petição, que é: “Venha o teu reino” – reconhecendo que nós e todos os homens estamos, por natureza, sob o domínio do pecado e de Satanás –-, pedimos que o domínio do mal seja destruído, o Evangelho seja propagado por todo o mundo, os judeus chamados, e a plenitude dos gentios seja consumada; que a igreja seja provida de todos os oficiais e ordenanças do Evangelho, purificada da corrupção, aprovada e mantida pelo magistrado civil; que as ordenanças de Cristo sejam administradas com pureza, feitas eficazes para a conservação daqueles que estão ainda nos seus pecados, e para a confirmação, conforto e edificação dos que estão já convertidos; que Cristo reine nos nossos corações, aqui, e apresse o tempo da sua segunda vinda e de reinarmos nós com ele para sempre; que lhe apraza exercer o reino de seu poder em todo o mundo, do modo que melhor contribua para estes fins.<br /><em><span style="color:#cc0000;">Ref.: Ef 2.2,3; Sl 68.1; Rm 7.24,25; Ez 11.19; Sl 119.35; At 21.14; Sl 123.2; Is 38.3; Ef 6.6; Sl 119.4; Rm 12.11; II Co 1.12; Sl 119.112; Rm 2.7; Sl 103.20-22. </span></em></p><em><span style="color:#cc0000;"><p align="justify"><br /></span></em><strong>193. O que pedimos na quarta petição?</strong> </p><p align="justify"><br />R: Na quarta petição, que é: “O pão nosso de cada dia nos dá hoje” – reconhecendo que em Adão e pelo nosso próprio pecado, perdemos o nosso direito a todas as bênçãos exteriores desta vida, e que merecemos ser, por Deus, totalmente privados delas, tendo elas se transformado em maldição para nós, no seu uso; que nem elas podem de si mesmas nos sustentar, nem nós podemos merece-las nem pela nossa diligência consegui-las, mas que somos propensos a desejar, obter e usar delas ilicitamente, pedimos, por nós mesmos, e por outros que tanto eles como nós, dependendo da providência de Deus, de dia em dia, no uso de meios lícitos, possamos, do seu livre e conforme parecer bem à sua sabedoria paternal, gozar de sua porção suficiente desses favores e de tê-los continuados e abençoados para nós em nosso santo e confortável uso e contentamento; e que sejamos guardados de tudo quanto é contrário ao nosso sustento e conforto temporais.<br /><em><span style="color:#cc0000;">Ref: Gn 3.17; Lm 3.22; Dt 8.3; Gn 32.10; Dt 8.18;Pv 10.22; Os 12.7; Tg 4.3; Tg 4.13,15; Sl 90.17; Sl 144.12-15; I Tm 4.4,5; I Tm 6.6-8; Pv 30.8,9. </span></em></p><em><span style="color:#cc0000;"><p align="justify"><br /></span></em><strong>194. O que pedimos na quinta petição?</strong> </p><p align="justify"><br />R: Na quinta petição que é: “Perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós também perdoamos aos nossos devedores” , reconhecendo que nós e todos os demais somos culpados do pecado original e atual, e por isso nos tornamos devedores à justiça de Deus; que nem nós nem outra criatura qualquer pode fazer a mínima satisfação por essa dívida –, pedimos, por nós mesmos e por outros, que Deus da sua livre graça e pela obediência e satisfação de Cristo adquiridas e aplicadas pela fé, nos absolva da culpa e da punição do pecado, que nos aceite no seu Amado, continuem o seu favor e graça em nós, perdoe as nossas faltas diárias e nos encha de paz e gozo, dando-nos diariamente mais e mais certeza de perdão; que tenhamos mais coragem de pedir e sejamos mais animados e esperar, uma vez que já temos este testemunho em nós, que de coração já perdoamos aos outros as suas ofensas.<br /><span style="color:#cc0000;"><em>Ref.: Mt 6.12; Mt 18.24; Rm 3.9-19; Rm 5.19; Ef 1.6; II Pe 1.2; Os 14.2; Rm 15.13; Sl 51.7-12; Lc 11.4; Mt 6.14,15. </em></span></p><span style="color:#cc0000;"><em><p align="justify"><br /></em></span><strong>195. O que pedimos na sexta petição?</strong> </p><p align="justify"><br />R: Na sexta petição, que é “Não nos deixes cair em tentação, mas livra-nos do mal” reconhecendo que o mui sábio, justo e gracioso Deus, por diversos fins, santos e justos, pode dispor as coisas de maneira que sejamos assaltados, frustrados e feitos por algum tempo cativos pelas tentações; que Satanás, o mundo e a carne estão prontos e são poderosos para nos desviar e enlaçar; que nós, depois do perdão de nossos pecados, devido à nossa corrupção, fraqueza e falta de vigilância, estamos, não somente sujeitos a ser tentados e dispostos a nos expor às tentações, mas também, de nós mesmos, incapazes e indispostos para lhes resistir, sair ou tirar proveito delas; e que somos dignos de ser deixados sob o seu poder –-, pedimos que Deus de tal forma reja o mundo e tudo o que nele há, subjugue a carne, restrinja a Satanás, disponha tudo, conceda e abençoe todos os meios de graça e nos desperte à vigilância no seu uso, que nós e todo o seu povo sejamos guardados, pela sua providência, de sermos tentados ao perdão, ou que, quando tentados, sejamos poderosamente sustentados pelo Espírito, e habilitados a ficar firmes na hora da tentação, ou, quando fracassados, sejamos levantados novamente, recuperados da queda, e que façamos dela uso e proveito santos; que a nossa santificação e salvação sejam aperfeiçoados do pecado, da tentação e de todo o mal, para sempre.<br /><em><span style="color:#cc0000;">Ref.: Mt 6.13; II Cr 32.31; I Pe 5.8; Lc 21.34; Tg 1.14; Gl 5.17; Mt 26.41; I Tm 6.9; Rm 7.18,19; Sl 81.11,12; Jo 17.15; Sl 51.10; Hb 2.18; Rm 8.28; Hb 13.20,21; Ef 4.11,12; Mt 26.41; I Co 10.13; Ef 3.14-16; Sl 51.12; I Pe 5.10; I Ts 3.13; Rm 16.20; I Ts 5.23. </span></em></p><em><span style="color:#cc0000;"><p align="justify"><br /></span></em><strong>196. O que nos ensina a conclusão da Oração do Senhor?</strong> </p><p align="justify"><br />R: A conclusão da Oração do Senhor, que é: “Porque teu é o reino e o poder e a glória para sempre. Amém”, nos ensina a reforçar as nossas petições com argumentos que devem sr derivados, não de qualquer mérito que haja em nós ou em qualquer outra criatura, mas de Deus; e ajuntar louvores às nossas orações, atribuindo a Deus, unicamente, a soberania eterna, onipotência e gloriosa excelência; em virtude do quê, como ele pode e quer socorrer-nos, assim nós, pela fé, estamos animados a instar com ele a que atenda aos nossos pedidos, e a confiar tranqüilamente que assim o fará. E para testemunhas os nossos desejos e certeza de sermos ouvidos, dizemos: Amém.<br /><em><span style="color:#cc0000;">Ref.: Mt 6.13; Jô 23.3,4; Dn 9.4,7-9; Fp 4.6; I Cr 29.10-13; Ef 3.20,21; Lc 11.13; Ef 3.12; Hb 10.19-22; I Jo 5.14; Rm 8.32; I Co 14.16; Ap 22.20,21.<br /></span></em>geovisit();<br /></p><p><span style="color:#000000;"></span></p><p><em><span style="color:#cc0000;"></p></span></em>Josemar Bessahttp://www.blogger.com/profile/11243228073041915068noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-27420332.post-1146610669894832082006-05-03T03:58:00.000-03:002006-05-03T14:28:40.090-03:00Confissão de Fé de Westminster.<p align="center"><strong><em>Escolha o Capítulo, clique sobre ele e aproveite.</em></strong></p><ul><li><strong><a href="http://josemarconfissao.blogspot.com/2006/05/histria.html"><span style="color:#cc0000;">História</span></a> </strong></li><li><strong><a href="http://josemarconfissao.blogspot.com/2006/05/captulo-1-da-escritura-sagrada.html"><span style="color:#cc0000;">Cap. 01 - Da Escritura Sagrada.</span></a></strong></li><li><strong><a href="http://josemarconfissao.blogspot.com/2006/05/captulo-2-de-deus-e-da-santssima.html"><span style="color:#cc0000;">Cap. 02 - De Deus e da Santíssima Trindade.</span></a></strong></li><li><strong><a href="http://josemarconfissao.blogspot.com/2006/05/captulo-3-dos-eternos-decretos-de-deus.html"><span style="color:#cc0000;">Cap. 03 - Dos Eternos Decretos de Deus</span></a></strong></li><li><strong><a href="http://josemarconfissao.blogspot.com/2006/05/captulo-4-da-criao.html"><span style="color:#cc0000;">Cap. 04 - Da Criação.</span></a></strong></li><li><strong><a href="http://josemarconfissao.blogspot.com/2006/05/captulo-5-da-providncia.html"><span style="color:#cc0000;">Cap. 05 - Da Providência.</span></a></strong></li><li><strong><a href="http://josemarconfissao.blogspot.com/2006/05/captulo-6-da-queda-do-homem-do-pecado.html"><span style="color:#cc0000;">Cap. 06 - Da Queda do Homem, do Pecado e do seu Castigo.</span></a></strong></li><li><strong><a href="http://josemarconfissao.blogspot.com/2006/05/captulo-7-do-pacto-de-deus-com-o-homem.html"><span style="color:#cc0000;">Cap. 07 - Do Pacto de Deus com o Homem.</span></a></strong></li><li><strong><a href="http://josemarconfissao.blogspot.com/2006/05/captulo-8-cristo-o-mediador.html"><span style="color:#cc0000;">Cap. 08 - Cristo o Mediador.</span></a></strong></li><li><strong><a href="http://josemarconfissao.blogspot.com/2006/05/captulo-9-do-livre-arbtrio.html"><span style="color:#cc0000;">Cap. 09 - Do Livre Arbítrio.</span></a></strong></li><li><strong><a href="http://josemarconfissao.blogspot.com/2006/05/captulo-10-da-vocao-eficaz.html"><span style="color:#cc0000;">Cap. 10 - Da Vocação Eficaz</span></a></strong></li><li><strong><a href="http://josemarconfissao.blogspot.com/2006/05/captulo-11-da-justificao.html"><span style="color:#cc0000;">Cap. 11 - Da Justificação.</span></a></strong></li><li><strong><a href="http://josemarconfissao.blogspot.com/2006/05/captulo-12-da-adoo.html"><span style="color:#cc0000;">Cap. 12 - Da Adoção.</span></a></strong></li><li><strong><a href="http://josemarconfissao.blogspot.com/2006/05/captulo-13-da-santificao.html"><span style="color:#cc0000;">Cap. 13 - Da Santificação.</span></a></strong></li><li><strong><a href="http://josemarconfissao.blogspot.com/2006/05/captulo-14-da-f-salvadora.html"><span style="color:#cc0000;">Cap. 14 - Da Fé Salvadora</span></a><span style="color:#cc0000;">.</span></strong></li><li><strong><a href="http://josemarconfissao.blogspot.com/2006/05/captulo-15-do-arrependimento-para-vida.html"><span style="color:#cc0000;">Cap. 15 - Do Arrependimento para aVida.</span></a></strong></li><li><strong><a href="http://josemarconfissao.blogspot.com/2006/05/captulo-16-das-boas-obras.html"><span style="color:#cc0000;">Cap. 16 - Das Boas Obras</span></a></strong></li><li><strong><a href="http://josemarconfissao.blogspot.com/2006/05/captulo-17-da-perseverana-dos-santos.html"><span style="color:#cc0000;">Cap. 17 - Da Preservação dos Santos</span></a><span style="color:#cc0000;">.</span></strong></li><li><strong><a href="http://josemarconfissao.blogspot.com/2006/05/captulo-18-da-certeza-da-graa-e-da.html"><span style="color:#cc0000;">Cap. 18 - Da Certeza da Graça e da Salvação</span></a><span style="color:#cc0000;">.</span></strong></li><li><strong><a href="http://josemarconfissao.blogspot.com/2006/05/captulo-19-da-lei-de-deus.html"><span style="color:#cc0000;">Cap. 19 - Da Lei de Deus.</span></a></strong></li><li><strong><a href="http://josemarconfissao.blogspot.com/2006/05/captulo-20-da-liberdade-crist-e-da.html"><span style="color:#cc0000;">Cap. 20 - Da Liberdade Cristã e da Liberdade da Consciência</span></a></strong></li><li><strong><a href="http://josemarconfissao.blogspot.com/2006/05/captulo-21-do-culto-religioso-e-do.html"><span style="color:#cc0000;">Cap. 21 - Do Culto Religioso e do Domingo.</span></a></strong></li><li><strong><a href="http://josemarconfissao.blogspot.com/2006/05/captulo-22-dos-juramentos-legais-e-dos.html"><span style="color:#cc0000;">Cap. 22- Dos Juramentos Legais e dos Votos</span></a><span style="color:#cc0000;">.</span></strong></li><li><strong><a href="http://josemarconfissao.blogspot.com/2006/05/captulo-23-do-magistrado-civil.html"><span style="color:#cc0000;">Cap. 23 - Do Magistrado Civil.</span></a></strong></li><li><strong><a href="http://josemarconfissao.blogspot.com/2006/05/captulo-24-do-matrimnio-e-do-divrcio.html"><span style="color:#cc0000;">Cap. 24 - Do Matrimônio e do Divórcio.</span></a></strong></li><li><strong><a href="http://josemarconfissao.blogspot.com/2006/05/captulo-25-da-igreja.html"><span style="color:#cc0000;">Cap. 25 - Da Igreja.</span></a></strong></li><li><strong><a href="http://josemarconfissao.blogspot.com/2006/05/captulo-26-da-comunho-dos-santos.html"><span style="color:#cc0000;">Cap. 26 - Da Comunhão dos Santos.</span></a></strong></li><li><strong><a href="http://josemarconfissao.blogspot.com/2006/05/captulo-27-dos-sacramentos.html"><span style="color:#cc0000;">Cap. 27 - Dos Sacramentos.</span></a></strong></li><li><strong><a href="http://josemarconfissao.blogspot.com/2006/05/captulo-28-do-batismo.html"><span style="color:#cc0000;">Cap. 28 - Do Batismo</span></a></strong></li><li><strong><a href="http://josemarconfissao.blogspot.com/2006/05/captulo-29-da-ceia-do-senhor.html"><span style="color:#cc0000;">Cap. 29 - Da Ceia do Senhor</span></a></strong></li><li><strong><a href="http://josemarconfissao.blogspot.com/2006/05/captulo-30-das-censuras-eclesisticas.html"><span style="color:#cc0000;">Cap. 30 - Das Censuras Eclesiásticas.</span></a></strong></li><li><strong><a href="http://josemarconfissao.blogspot.com/2006/05/captulo-31-dos-snodos-e-conclios.html"><span style="color:#cc0000;">Cap. 31 - Dos Sínodos e Concílios</span></a></strong></li><li><strong><a href="http://josemarconfissao.blogspot.com/2006/05/captulo-32-do-estado-do-homem-depois.html"><span style="color:#cc0000;">Cap. 32 - Do Estado do Homem depois da Morte e Ressurreição</span></a></strong></li><li><strong><a href="http://josemarconfissao.blogspot.com/2006/05/captulo-33-do-juzo-final.html"><span style="color:#cc0000;">Cap. 33 - Do Juízo Final.</span></a></strong></li></ul>Josemar Bessahttp://www.blogger.com/profile/11243228073041915068noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-27420332.post-1146577861770882962006-05-03T03:48:00.000-03:002006-05-02T19:33:59.566-03:00História<div align="justify">Desde julho de 1643 até fevereiro de 1649, reuniu-se em uma das salas da <strong>Abadia de</strong> <strong>Westminster,</strong> na cidade de Londres, o Concílio conhecido na História pelo nome de Assembléia de Wstmisnter. Esse Concílio foi convocado pelo parlamento inglês, para preparar um nova base de doutrina, forma de culto e governo eclesiástico que devia servir a Igreja do Estado nos três reinos.</div><div align="justify">Em um sentido, a ocasião não foi propícia. Já começara a luta entre o parlamento e o rei, Carlos I, e durante as sessões do concílio o país foi agitado pela revolução em que o rei perdeu a vida e Cromwell tomou as rédeas do governo. Em outro sentido, a ocasião foi oportuna. Os teólogos mais eruditos daquele tempo tomaram parte nos trabalhos da Assembléia. A Confissão de Fé e os Catecismos foram discutidos ponto a ponto aproveitando-se o que havia de melhor nas Confissões já formuladas, e o resultado foi a organização de um sistema de doutrina cristã baseado na Escritura e notável pela coerência em todas as partes.</div><div align="justify">A Confissão de Westminster foi a última das confissões formuladas durante o período da Reforma. Até agora tem havido na história da Igreja somente dois períodos qeu se distinguiram pelo número de credos ou confissões que neles foram produzidos. O primeiro pertence aos séculos quarto e quinto, que produziram os credos formulados pelos concílios ecumênicos de Nicéia, Constantinopla, Éfeso e Calcedônia; o segundo sincroniza com o período da Reforma. Os símbolos do primeiro período se chamam <strong>"credos"</strong> - os do segundo <strong>"confissões".</strong> Uma comparação com o Credo dos Apóstolos, por exemplo, e a Confissão de Westminster mostrará a diferença. O Credo é a fórmula de uma fé pessoal e principia com a palavra "Creio". A Confissão de Westminster segue o plano adotado na Reforma, é mais elaborada e apresenta um pequeno sistema de teologia.</div><div align="justify">A utilidade de um Confissão de fé evidencia-se na história das Igrejas Reformadas. Sendo a Confissão de Fé de Westminster a mais perfeita que elas conseguiram formular.</div>Josemar Bessahttp://www.blogger.com/profile/11243228073041915068noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-27420332.post-1146578621084092172006-05-02T10:52:00.000-03:002006-05-02T11:06:26.660-03:00Capítulo 1 - Da Escritura Sagrada.<div align="center"><span style="color:#ff0000;"></span> </div><div align="justify"><br /><strong><span style="color:#cc0000;">I</span></strong>. Ainda que a luz da natureza e as obras da criação e da providência de tal modo manifestem a bondade, a sabedoria e o poder de Deus, que os homens ficam inescusáveis, contudo não são suficientes para dar aquele conhecimento de Deus e da sua vontade necessário para a salvação; por isso foi o Senhor servido, em diversos tempos e diferentes modos, revelar-se e declarar à sua Igreja aquela sua vontade; e depois, para melhor preservação e propagação da verdade, para o mais seguro estabelecimento e conforto da Igreja contra a corrupção da carne e malícia de Satanás e do mundo, foi igualmente servido fazê-la escrever toda. Isto torna indispensável a Escritura Sagrada, tendo cessado aqueles antigos modos de revelar Deus a sua vontade ao seu povo.<br /><strong>Sal. 19: 1-4; Rom. 1: 32, e 2: 1, e 1: 19-20, e 2: 14-15; I Cor. 1:21, e 2:13-14; Heb. 1:1-2; Luc. 1:3-4; Rom. 15:4; Mat. 4:4, 7, 10; Isa. 8: 20; I Tim. 3: I5; II Pedro 1: 19. </strong></div><div align="justify"><br /><strong><span style="color:#ff0000;">II</span></strong>. Sob o nome de Escritura Sagrada, ou Palavra de Deus escrita, incluem-se agora todos os livros do Velho e do Novo Testamento, que são os seguintes, todos dados por inspiração de Deus para serem a regra de fé e de prática: </div><div align="center"><br /><strong><span style="color:#cc0000;">O VELHO TESTAMENTO </span></strong></div><div align="justify"><br />Gênesis, Êxodo ,Levítico, Números,Deuteronômio,Josué, Juízes,Rute, I Samuel, II Samuel,I Reis II Reis, I Crônicas, II Crônicas, Esdras, Neemias, Ester, Jó, Salmos, Provérbios, Eclesiastes, Cântico dos Cânticos, Isaías, Jeremias, Lamentações de Jeremias, Ezequiel, Daniel, Oséias, Joel, Amós, Obadias, Jonas, Miquéias, Naum ,Habacuque, Sofonias Ageu Zacarias, Malaquias. </div><div align="center"><br /><span style="color:#cc0000;"><strong>O NOVO TESTAMENTO</strong> </span></div><div align="justify"><br />Mateus, Marcos, Lucas, João, Atos, Romanos, I Coríntios, II Coríntios, Gálatas, Efésios, Filipenses, Colossenses, I Tessalonicenses, II Tessalonicenses, I Timóteo, II Timóteo, Tito, Filemon, Hebreus, Tiago, I Pedro, II Pedro, I João, II João, III João, Judas, Apocalipse -<strong>Ef. 2:20; Apoc. 22:18-19: II Tim. 3:16; Mat. 11:27. </strong></div><div align="justify"><br /><strong><span style="color:#cc0000;">III</span>.</strong> Os livros geralmente chamados Apócrifos, não sendo de inspiração divina, não fazem parte do cânon da Escritura; não são, portanto, de autoridade na Igreja de Deus, nem de modo algum podem ser aprovados ou empregados senão como escritos humanos.<br /><strong>Luc. 24:27,44; Rom. 3:2; II Pedro 1:21. </strong></div><div align="justify"><br /><strong><span style="color:#cc0000;">IV</span></strong>. A autoridade da Escritura Sagrada, razão pela qual deve ser crida e obedecida, não depende do testemunho de qualquer homem ou igreja, mas depende somente de Deus (a mesma verdade) que é o seu autor; tem, portanto, de ser recebida, porque é a palavra de Deus.<br /><strong>II Tim. 3:16; I João 5:9, I Tess. 2:13. </strong></div><div align="justify"><br /><strong><span style="color:#cc0000;">V</span></strong>. Pelo testemunho da Igreja podemos ser movidos e incitados a um alto e reverente apreço da Escritura Sagrada; a suprema excelência do seu conteúdo, e eficácia da sua doutrina, a majestade do seu estilo, a harmonia de todas as suas partes, o escopo do seu todo (que é dar a Deus toda a glória), a plena revelação que faz do único meio de salvar-se o homem, as suas muitas outras excelências incomparáveis e completa perfeição, são argumentos pelos quais abundantemente se evidencia ser ela a palavra de Deus; contudo, a nossa plena persuasão e certeza da sua infalível verdade e divina autoridade provém da operação interna do Espírito Santo, que pela palavra e com a palavra testifica em nossos corações.<br /><strong>I Tim. 3:15; I João 2:20,27; João 16:13-14; I Cor. 2:10-12.</strong> </div><div align="justify"><br /><strong><span style="color:#cc0000;">VI</span></strong>. Todo o conselho de Deus concernente a todas as coisas necessárias para a glória dele e para a salvação, fé e vida do homem, ou é expressamente declarado na Escritura ou pode ser lógica e claramente deduzido dela. À Escritura nada se acrescentará em tempo algum, nem por novas revelações do Espírito, nem por tradições dos homens; reconhecemos, entretanto, ser necessária a íntima iluminação do Espírito de Deus para a salvadora compreensão das coisas reveladas na palavra, e que há algumas circunstâncias, quanto ao culto de Deus e ao governo da Igreja, comum às ações e sociedades humanas, as quais têm de ser ordenadas pela luz da natureza e pela prudência cristã, segundo as regras gerais da palavra, que sempre devem ser observadas.<br /><strong>II Tim. 3:15-17; Gal. 1:8; II Tess. 2:2; João 6:45; I Cor. 2:9, 10, l2; I Cor. 11:13-14.</strong> </div><div align="justify"><br /><strong><span style="color:#cc0000;">VII</span></strong>. Na Escritura não são todas as coisas igualmente claras em si, nem do mesmo modo evidentes a todos; contudo, as coisas que precisam ser obedecidas, cridas e observadas para a salvação, em um ou outro passo da Escritura são tão claramente expostas e explicadas, que não só os doutos, mas ainda os indoutos, no devido uso dos meios ordinários, podem alcançar uma suficiente compreensão delas.<br /><strong>II Pedro 3:16; Sal. 119:105, 130; Atos 17:11. </strong></div><div align="justify"><br /><strong><span style="color:#cc0000;">VIII</span>.</strong> O Velho Testamento em Hebraico (língua vulgar do antigo povo de Deus) e o Novo Testamento em Grego (a língua mais geralmente conhecida entre as nações no tempo em que ele foi escrito), sendo inspirados imediatamente por Deus e pelo seu singular cuidado e providência conservados puros em todos os séculos, são por isso autênticos e assim em todas as controvérsias religiosas a Igreja deve apelar para eles como para um supremo tribunal; mas, não sendo essas línguas conhecidas por todo o povo de Deus, que tem direito e interesse nas Escrituras e que deve no temor de Deus lê-las e estudá-las, esses livros têm de ser traduzidos nas línguas vulgares de todas as nações aonde chegarem, a fim de que a palavra de Deus, permanecendo nelas abundantemente, adorem a Deus de modo aceitável e possuam a esperança pela paciência e conforto das escrituras.<br /><strong>Mat. 5:18; Isa. 8:20; II Tim. 3:14-15; I Cor. 14; 6, 9, 11, 12, 24, 27-28; Col. 3:16; Rom. 15:4. </strong></div><div align="justify"><br /><span style="color:#cc0000;"><strong>IX</strong>.</span> A regra infalível de interpretação da Escritura é a mesma Escritura; portanto, quando houver questão sobre o verdadeiro e pleno sentido de qualquer texto da Escritura (sentido que não é múltiplo, mas único), esse texto pode ser estudado e compreendido por outros textos que falem mais claramente.<br /><strong>At. 15: 15; João 5:46; II Ped. 1:20-21. </strong></div><div align="justify"><strong><br /><span style="color:#cc0000;">X.</span></strong> O Juiz Supremo, pelo qual todas as controvérsias religiosas têm de ser determinadas e por quem serão examinados todos os decretos de concílios, todas as opiniões dos antigos escritores, todas as doutrinas de homens e opiniões particulares, o Juiz Supremo em cuja sentença nos devemos firmar não pode ser outro senão o Espírito Santo falando na Escritura.<br /><strong>Mat. 22:29, 3 1; At. 28:25; Gal. 1: 10.</strong> </div>Josemar Bessahttp://www.blogger.com/profile/11243228073041915068noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-27420332.post-1146579396987053342006-05-02T09:00:00.000-03:002006-05-02T11:18:20.606-03:00Capítulo 2 De Deus e da Santíssima Trindade.<div align="justify"><strong><span style="color:#cc0000;">I</span></strong>. Há um só Deus vivo e verdadeiro, o qual é infinito em seu ser e perfeições. Ele é um espírito puríssimo, invisível, sem corpo, membros ou paixões; é imutável, imenso, eterno, incompreensível, - onipotente, onisciente, santíssimo, completamente livre e absoluto, fazendo tudo para a sua própria glória e segundo o conselho da sua própria vontade, que é reta e imutável. É cheio de amor, é gracioso, misericordioso, longânimo, muito bondoso e verdadeiro remunerador dos que o buscam e, contudo, justíssimo e terrível em seus juízos, pois odeia todo o pecado; de modo algum terá por inocente o culpado.<br /><strong>Deut. 6:4; I Cor. 8:4, 6; I Tess. 1:9; Jer. 10:10; Jó 11:79; Jó 26:14; João 6:24; I Tim. 1:17; Deut. 4:15-16; Luc. 24:39; At. 14:11, 15; Tiago 1:17; I Reis 8:27; Sal. 92:2; Sal. 145:3; Gen. 17:1; Rom. 16:27; Isa. 6:3; Sal. 115:3; Exo3:14; Ef. 1:11; Prov. 16:4; Rom. 11:36; Apoc. 4:11; I João 4:8; Exo. 36:6-7; Heb. 11:6; Nee. 9:32-33; Sal. 5:5-6; Naum 1:2-3. </strong></div><div align="justify"><br /><strong>II</strong>. Deus tem em si mesmo, e de si mesmo, toda a vida, glória, bondade e bem-aventurança. Ele é todo suficiente em si e para si, pois não precisa das criaturas que trouxe à existência, não deriva delas glória alguma, mas somente manifesta a sua glória nelas, por elas, para elas e sobre elas. Ele é a única origem de todo o ser; dele, por ele e para ele são todas as coisas e sobre elas tem ele soberano domínio para fazer com elas, para elas e sobre elas tudo quanto quiser. Todas as coisas estão patentes e manifestas diante dele; o seu saber é infinito, infalível e independente da criatura, de sorte que para ele nada é contingente ou incerto. Ele é santíssimo em todos os seus conselhos, em todas as suas obras e em todos os seus preceitos. Da parte dos anjos e dos homens e de qualquer outra criatura lhe são devidos todo o culto, todo o serviço e obediência, que ele há por bem requerer deles.<br /><strong>João 5:26; At. 7:2; Sal. 119:68; I Tim. 6: 15; At - . 17:24-25; Rom. 11:36; Apoc. 4:11; Heb. 4:13; Rom. 11:33-34; At. 15:18; Prov. 15:3; Sal. 145-17; Apoc. 5: 12-14. </strong></div><div align="justify"><br /><strong><span style="color:#cc0000;">III</span></strong>. Na unidade da Divindade há três pessoas de uma mesma substância, poder e eternidade - Deus o Pai, Deus o Filho e Deus o Espírito Santo, O Pai não é de ninguém - não é nem gerado, nem procedente; o Filho é eternamente gerado do Pai; o Espírito Santo é eternamente procedente do Pai e do Filho.<br /><strong>Mat. 3:16-17; 28-19; II Cor. 13:14; João 1:14, 18 e 15:26; Gal. 4:6.</strong> </div>Josemar Bessahttp://www.blogger.com/profile/11243228073041915068noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-27420332.post-1146580331657607952006-05-02T08:50:00.000-03:002006-05-02T11:32:19.930-03:00Capítulo 3 - Dos Eternos Decretos de Deus.<div align="justify"><strong><span style="color:#cc0000;">I</span></strong>. Desde toda a eternidade, Deus, pelo muito sábio e santo conselho da sua própria vontade, ordenou livre e inalteravelmente tudo quanto acontece, porém de modo que nem Deus é o autor do pecado, nem violentada é a vontade da criatura, nem é tirada a liberdade ou contingência das causas secundárias, antes estabelecidas.<br /><strong>Isa. 45:6-7; Rom. 11:33; Heb. 6:17; Sal.5:4; Tiago 1:13-17; I João 1:5; Mat. 17:2; João 19:11; At.2:23; At. 4:27-28 e 27:23, 24, 34. </strong></div><div align="justify"><br /><strong><span style="color:#ff0000;">II</span></strong>. Ainda que Deus sabe tudo quanto pode ou há de acontecer em todas as circunstâncias imagináveis, ele não decreta coisa alguma por havê-la previsto como futura, ou como coisa que havia de acontecer em tais e tais condições.<br /><strong>At. 15:18; Prov.16:33; I Sam. 23:11-12; Mat. 11:21-23; Rom. 9:11-18.</strong> </div><div align="justify"><br /><strong><span style="color:#cc0000;">III</span></strong>. Pelo decreto de Deus e para manifestação da sua glória, alguns homens e alguns anjos são predestinados para a vida eterna e outros preordenados para a morte eterna.<br /><strong>I Tim.5:21; Mar. 5:38; Jud. 6; Mat. 25:31, 41; Prov. 16:4; Rom. 9:22-23; Ef. 1:5-6. </strong></div><div align="justify"><br /><span style="color:#cc0000;"><strong>IV</strong></span>. Esses homens e esses anjos, assim predestinados e preordenados, são particular e imutavelmente designados; o seu número é tão certo e definido, que não pode ser nem aumentado nem diminuído.<br /><strong>João 10: 14-16, 27-28; 13:18; II Tim. 2:19. </strong></div><div align="justify"><br /><strong><span style="color:#cc0000;">V</span></strong>. Segundo o seu eterno e imutável propósito e segundo o santo conselho e beneplácito da sua vontade, Deus antes que fosse o mundo criado, escolheu em Cristo para a glória eterna os homens que são predestinados para a vida; para o louvor da sua gloriosa graça, ele os escolheu de sua mera e livre graça e amor, e não por previsão de fé, ou de boas obras e perseverança nelas, ou de qualquer outra coisa na criatura que a isso o movesse, como condição ou causa.<br /><strong>Ef. 1:4, 9, 11; Rom. 8:30; II Tim. 1:9; I Tess, 5:9; Rom. 9:11-16; Ef. 1: 19: e 2:8-9.</strong> </div><div align="justify"><br /><strong><span style="color:#cc0000;">VI</span></strong>. Assim como Deus destinou os eleitos para a glória, assim também, pelo eterno e mui livre propósito da sua vontade, preordenou todos os meios conducentes a esse fim; os que, portanto, são eleitos, achando-se caídos em Adão, são remidos por Cristo, são eficazmente chamados para a fé em Cristo pelo seu Espírito, que opera no tempo devido, são justificados, adotados, santificados e guardados pelo seu poder por meio da fé salvadora. Além dos eleitos não há nenhum outro que seja remido por Cristo, eficazmente chamado, justificado, adotado, santificado e salvo.<br /><strong>I Pedro 1:2; Ef. 1:4 e 2: 10; II Tess. 2:13; I Tess. 5:9-10; Tito 2:14; Rom. 8:30; Ef.1:5; I Pedro 1:5; João 6:64-65 e 17:9; Rom. 8:28; I João 2:19. </strong></div><strong><div align="justify"><br /></strong><span style="color:#cc0000;">VII</span>. Segundo o inescrutável conselho da sua própria vontade, pela qual ele concede ou recusa misericórdia, como lhe apraz, para a glória do seu soberano poder sobre as suas criaturas, o resto dos homens, para louvor da sua gloriosa justiça, foi Deus servido não contemplar e ordená-los para a desonra e ira por causa dos seus pecados.<br /><strong><span style="color:#000000;">Mat. 11:25-26; Rom. 9:17-22; II Tim. 2:20; Jud. 4; I Pedro 2:8. </span></strong></div><div align="justify"><span style="color:#000000;"><br /></span><strong><span style="color:#cc0000;">VIII</span></strong>. A doutrina deste alto mistério de predestinação deve ser tratada com especial prudência e cuidado, a fim de que os homens, atendendo à vontade revelada em sua palavra e prestando obediência a ela, possam, pela evidência da sua vocação eficaz, certificar-se da sua eterna eleição. Assim, a todos os que sinceramente obedecem ao Evangelho esta doutrina fornece motivo de louvor, reverência e admiração de Deus, bem como de humildade diligência e abundante consolação.<br /><strong>Rom. 9:20 e 11:23; Deut. 29:29; II Pedro 1:10; Ef. 1:6; Luc. 10:20; Rom. 5:33, e 11:5-6, 10.</strong> </div>Josemar Bessahttp://www.blogger.com/profile/11243228073041915068noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-27420332.post-1146580543535661682006-05-02T08:45:00.000-03:002006-05-02T11:35:43.536-03:00Capítulo 4 -Da Criação.<div align="justify"><span style="color:#cc0000;"><strong>I</strong></span>. Ao princípio aprouve a Deus o Pai, o Filho e o Espírito Santo, para a manifestação da glória do seu eterno poder, sabedoria e bondade, criar ou fazer do nada, no espaço de seis dias, e tudo muito bom, o mundo e tudo o que nele há, visíveis ou invisíveis.<br /><strong>Rom. 9:36; Heb. 1:2; João 1:2-3, Rom. 1:20; Sal. 104:24; Jer. 10: 12; Gen. 1; At. 17:24; Col. 1: 16; Exo. 20: 11. </strong></div><div align="justify"><br /><span style="color:#cc0000;"><strong>II</strong></span>. Depois de haver feito as outras criaturas, Deus criou o homem, macho e fêmea, com almas racionais e imortais, e dotou-as de inteligência, retidão e perfeita santidade, segundo a sua própria imagem, tendo a lei de Deus escrita em seus corações, e o poder de cumpri-la, mas com a possibilidade de transgredi-la, sendo deixados à liberdade da sua própria vontade, que era mutável. Além dessa escrita em seus corações, receberam o preceito de não comerem da árvore da ciência do bem e do mal; enquanto obedeceram a este preceito, foram felizes em sua comunhão com Deus e tiveram domínio sobre as criaturas.<br /><strong>Gen. 1:27 e 2:7; Sal. 8:5; Ecl. 12:7; Mat. 10:28; Rom. 2:14, 15; Col. 3:10; Gen. 3:6.<br /></strong></div>Josemar Bessahttp://www.blogger.com/profile/11243228073041915068noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-27420332.post-1146580873044319782006-05-02T08:40:00.000-03:002006-05-02T11:41:13.046-03:00Capítulo 5 - Da Providência.<div align="justify"><span style="color:#cc0000;"><strong>I</strong></span>. Pela sua muito sábia providência, segundo a sua infalível presciência e o livre e imutável conselho da sua própria vontade, Deus, o grande Criador de todas as coisas, para o louvor da glória da sua sabedoria, poder, justiça, bondade e misericórdia, sustenta, dirige, dispõe e governa todas as suas criaturas, todas as ações e todas as coisas, desde a maior até a menor.<br /><strong>Nee, 9:6; Sal. 145:14-16; Dan. 4:34-35; Sal. 135:6; Mat. 10:29-31; Prov. 15:3; II Cron. 16:9; At.15:18; Ef. 1:11; Sal. 33:10-11; Ef. 3:10; Rom. 9:17; Gen. 45:5. </strong></div><div align="justify"><br /><span style="color:#cc0000;"><strong>II</strong></span>. Posto que, em relação à presciência e ao decreto de Deus, que é a causa primária, todas as coisas acontecem imutável e infalivelmente, contudo, pela mesma providência, Deus ordena que elas sucedam conforme a natureza das causas secundárias, necessárias, livre ou contingentemente.<br /><strong>Jer. 32:19; At. 2:13; Gen. 8:22; Jer. 31:35; Isa.10:6-7. </strong></div><div align="justify"><br /><strong><span style="color:#cc0000;">III</span></strong>. Na sua providência ordinária Deus emprega meios; todavia, ele é livre para operar sem eles, sobre eles ou contra eles, segundo o seu arbítrio.<br /><strong>At. 27:24, 31; Isa. 55:10-11; Os.1:7; Rom. 4:20-21; Dan.3:27; João 11:34-45; Rom. 1:4.</strong> </div><div align="justify"><br /><strong><span style="color:#cc0000;">IV</span></strong>. A onipotência, a sabedoria inescrutável e a infinita bondade de Deus, de tal maneira se manifestam na sua providência, que esta se estende até a primeira queda e a todos os outros pecados dos anjos e dos homens, e isto não por uma mera permissão, mas por uma permissão tal que, para os seus próprios e santos desígnios, sábia e poderosamente os limita, e regula e governa em uma múltipla dispensarão mas essa permissão é tal, que a pecaminosidade dessas transgressões procede tão somente da criatura e não de Deus, que, sendo santíssimo e justíssimo, não pode ser o autor do pecado nem pode aprová-lo.<br /><strong>Isa. 45:7; Rom. 11:32-34; At. 4:27-28; Sal. 76:10; II Reis 19:28; At.14:16; Gen. 50:20; Isa. 10:12; I João 2:16; Sal. 50:21; Tiago 1:17. </strong></div><div align="justify"><br /><strong><span style="color:#cc0000;">V</span></strong>. O mui sábio, justo e gracioso Deus muitas vezes deixa por algum tempo seus filhos entregues a muitas tentações e à corrupção dos seus próprios corações, para castigá-los pelos seus pecados anteriores ou fazer-lhes conhecer o poder oculto da corrupção e dolo dos seus corações, a fim de que eles sejam humilhados; para animá-los a dependerem mais intima e constantemente do apoio dele e torná-los mais vigilantes contra todas as futuras ocasiões de pecar, para vários outros fins justos e santos.<br /><strong>II Cron. 32:25-26, 31; II Sam. 24:1, 25; Luc. 22:31-32; II Cor. 12:7-9. </strong></div><div align="justify"><br /><strong><span style="color:#cc0000;">VI</span></strong>. Quanto àqueles homens malvados e ímpios que Deus, como justo juiz, cega e endurece em razão de pecados anteriores, ele somente lhes recusa a graça pela qual poderiam ser iluminados em seus entendimentos e movidos em seus corações, mas às vezes tira os dons que já possuíam, e os expõe a objetos que a sua corrupção torna ocasiões de pecado; além disso os entrega às suas próprias paixões, às tentações do mundo e ao poder de Sataná5: assim acontece que eles se endurecem sob as influências dos meios que Deus emprega para o abrandamento dos outros.<br /><span style="color:#000000;"><strong>Rom. 1:24-25, 28 e 11:7; Deut. 29:4; Mar. 4:11-12; Mat. 13:12 e 25:29; II Reis 8:12-13; Sal.81:11-12; I Cor. 2:11; II Cor. 11:3; Exo. 8:15, 32; II Cor. 2:15-16; Isa. 8:14. </strong></span></div><div align="justify"><br /><strong><span style="color:#cc0000;">VII</span></strong>. Como a providência de Deus se estende, em geral, a todos os crentes, também de um modo muito especial ele cuida da Igreja e tudo dispõe a bem dela.<br /><strong>Amós 9:8-9; Mat. 16:18; Rom. 8-28; I Tim. 4: 10.</strong> </div>Josemar Bessahttp://www.blogger.com/profile/11243228073041915068noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-27420332.post-1146581171586958942006-05-02T08:35:00.000-03:002006-05-02T11:46:11.590-03:00Capítulo 6 - Da Queda do Homem, do Pecado e do seu Castigo.<div align="justify"><strong><span style="color:#cc0000;">I</span></strong>. Nossos primeiros pais, seduzidos pela astúcia e tentação de Satanás, pecaram, comendo do fruto proibido. Segundo o seu sábio e santo conselho, foi Deus servido permitir este pecado deles, havendo determinado ordená-lo para a sua própria glória.<br /><strong>Gen. 3:13; II Cor. 11:3; Rom. 11:32 e 5:20-21.</strong> </div><div align="justify"><br /><strong><span style="color:#cc0000;">II</span></strong>. Por este pecado eles decaíram da sua retidão original e da comunhão com Deus, e assim se tornaram mortos em pecado e inteiramente corrompidos em todas as suas faculdades e partes do corpo e da alma.<br /><strong>Gen. 3:6-8; Rom. 3:23; Gen. 2:17; Ef. 2:1-3; Rom. 5:12; Gen. 6:5; Jer. 17:9; Tito 1:15; Rom.3:10-18. </strong></div><div align="justify"><br /><strong><span style="color:#cc0000;">III</span></strong>. Sendo eles o tronco de toda a humanidade, o delito dos seus pecados foi imputado a seus filhos; e a mesma morte em pecado, bem como a sua natureza corrompida, foram transmitidas a toda a sua posteridade, que deles procede por geração ordinária.<br /><strong>At. 17:26; Gen. 2:17; Rom. 5:17, 15-19; I Cor. 15:21-22,45, 49; Sal.51:5; Gen.5:3; João3:6. </strong></div><div align="justify"><br /><strong><span style="color:#cc0000;">IV</span></strong>. Desta corrupção original pela qual ficamos totalmente indispostos, adversos a todo o bem e inteiramente inclinados a todo o mal, é que procedem todas as transgressões atuais.<br /><strong>Rom. 5:6, 7:18 e 5:7; Col. 1:21; Gen. 6:5 e 8:21; Rom. 3:10-12; Tiago 1:14-15; Ef. 2:2-3; Mat. 15-19. </strong></div><div align="justify"><br /><strong><span style="color:#cc0000;">V.</span></strong> Esta corrupção da natureza persiste, durante esta vida, naqueles que são regenerados; e, embora seja ela perdoada e mortificada por Cristo, todavia tanto ela, como os seus impulsos, são real e propriamente pecado.<br /><strong>Rom. 7:14, 17, 18, 21-23; Tiago 3-2; I João 1:8-10; Prov. 20:9; Ec. 7-20; Gal.5:17.</strong> </div><div align="justify"><br /><span style="color:#cc0000;"><strong>VI</strong></span>. Todo o pecado, tanto o original como o atual, sendo transgressão da justa lei de Deus e a ela contrária, torna, pela sua própria natureza, culpado o pecador e por essa culpa está ele sujeito à ira de Deus e à maldição da lei e, portanto, exposto à morte, com todas as misérias espirituais, temporais e eternas.<br /><strong>I João 3:4; Rom. 2: 15; Rom. 3:9, 19; Ef. 2:3; Gal. 3:10; Rom. 6:23; Ef. 6:18; Lam, 3:39; Mat. 25:41; II Tess. 1:9.<br /></strong></div>Josemar Bessahttp://www.blogger.com/profile/11243228073041915068noreply@blogger.com0